Três amigas e o amor. escrita por calivillas


Capítulo 48
Sílvia - Como nunca antes




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A princípio, Sílvia ficou receosa, já que mal conhecia aquele homem, no entanto, aceitou o convite e caminharam juntos pela praia até próximo do lugar onde as ondas quebravam, suavemente, na areia, em murmúrio constante. Sentaram-se lado a lado, Silvia encolheu e abraçou as pernas e apoiou o queixo nos joelhos, encarando o mar escuro, pensativa. Não havia iluminação elétrica por ali, por isso o céu era tal qual uma tempestade de estrela e uma leve brisa fresca trazia o cheiro de maresia.

— É tão calmo aqui - Sílvia refletiu com a voz mansa – Eu gosto muito do barulho do mar. E olhe esse céu! Quantas estrelas!

— Sabe, meu povo roubou nossas terras do mar, por isso, estamos, sempre, em vigília para que ele não as tome de volta.

— Eu sei, sou professora de geografia e sempre fui curiosa a respeito do mundo, mas só o conheci pelos livros e pela internet – ela revelou, resignada.

— Então, por que não vai conhecê-lo, pessoalmente? – Pete quis saber, intrigado, sem entender algo que era tão simples para ele.

— Não sei, talvez, medo do desconhecido. Não sou uma pessoa corajosa. Até alguns meses atrás, eu ia casar com o único homem, que conheci na vida, tinha toda a minha vida cuidadosamente planejada – confessou, sem jeito.

— E o que aconteceu com os seus planos e com o homem com quem você ia se casar?

— Ele me trocou por uma francesa.

O ventinho frio fez Sílvia se arrepiar, ele passou os braços em volta dela e a puxou para si e Sílvia pode sentir o cheiro do mar nele.

— Quem sabe, não foi melhor, porque agora é livre.

— Livre?

— Sim, não está presa a ninguém, pode fazer o que bem quiser – Pete disse, afastando alguns fios de cabelo do rosto dela.

— Não é bem assim! – Sílvia exclamou, perplexa com aquela afirmativa. – Eu tenho o meu trabalho, minha família.

— Mas, se você quer conhecer o mundo, isso não pode ser uma prisão – Ele deu de ombros. Ela o encarou por alguns segundos.

— Pete, faça sexo comigo – As palavras saíram da sua boca, como se tivessem vontade própria.

— É isso que você quer? – ele questionou, com naturalidade, ela assentiu com a cabeça. Ela precisava saber como seria, não queria colocar na bagagem mais uma possibilidade frustrada ou arrependimentos.

Ele lhe deu um sorriso meigo, beijou seus cabelos, seu rosto, sua boca, suavemente, depois suas mãos deslizaram gentis, circundando sua cintura e ela retribuiu, deixando-se levar pelas suas carícias. O beijo foi ficando cada vez mais intenso, até eles deitarem sobre areia fria. Sílvia chegou a pensar, que era loucura e o que estava fazendo, mas depois deixou esses pensamentos para trás, quando a mão de Pete subiu por sua coxa, tocando seu sexo, ela suspirou de prazer, depois desceu sua calcinha, enquanto, sua boca, seu pescoço, acariciava seu seio, por um segundo, ele parou, ouviu o barulho do papel laminado, sendo rasgado, ela sabia que seria, agora. Deu um leve gemido, quando ele deslizou para dentro dela, movendo-se suave, nesse momento, algo aconteceu, sentiu uma pressão no seu ventre, queria mais, mais rápido, mais forte, ela se moveu, exigente, ele correspondeu em um crescente, até sentir–se romper com uma descarga elétrica, fazendo seu corpo tremeu em um espasmo e gritou forte, como nunca antes. Sentindo-o relaxar.

Silvia o encarou Pete, atônita, estava sorrindo, então, rolou de lado se ajeitando, enquanto ela abaixava o vestido.

— Você quer voltar para a pensão agora? – Pete perguntou, com medo que ela estivesse encabulada.

— Não – respondeu com sinceridade - Você quer?

— Não, estou gostando da companhia.

Silvia acordou com o sol começando a nascer, aquecendo o seu rosto, ainda deitada na areia da praia, abraçada a Pete, que também tinha acabado de acordar.

— Bom dia! – ele disse, sorrindo, acariciando o seu rosto.

— Bom dia. – ela respondeu, depois pensou o que ia acontecer agora.

— Vamos ver o sol nascer antes de voltar? - Pete propôs.

Ela assentiu com a cabeça, porque deveria se preocupar? Provavelmente, nunca mais o veria. Os dois se sentaram, olhando para o horizonte onde o sol aparecia, e ele passou os braços sobre os ombros delas. Silvia se sentia feliz, guardaria para sempre na memória, aqueles momentos no compartimento de melhores lembranças. Na praia, os primeiros pescadores preparavam os barcos para saírem para o mar, o dia começava. Já estava na hora de ir, eles se levantaram, limparam o melhor possível a areia entranhada nos seus cabelos e grudadas nas suas roupas, voltaram juntos para a pensão, cada um foi para seu quarto

Ana acordou cedo, demorando um pouco para lembrar onde que estava. Fora do quarto, ouvia-se o barulho dos preparativos para café da manhã e, quando olhou para o lado, notou que a cama de Sílvia estava vazia e arrumada, não se lembrava de ter aberto a porta para ela.

— Meu Deus! Onde se meteu aquela mulher? -  Ana falou consigo mesma, preocupada.

— Bom dia – Marcelo também despertou. – Sílvia ainda não voltou? – indagou olhando a cama vazia e arrumada.

— Não - Neste momento, alguém bateu na porta e era Sílvia.

— Onde você se meteu? – Ana cobrou, aborrecida.

— Fui para a praia com Pete e ficamos até o sol nascer –respondeu, rindo, se atirando na cama - Foi tão bom!

— Eu vou até o banheiro me preparar para sair – Marcelo deu uma desculpa, a fim de deixá-las sozinhas.

— Sua louca! – Assim que ele saiu, Ana relaxou, achando engraçado, pois nunca esperaria isso de Sílvia

— Louca mesmo! Você não imagina o que rolou? - Sílvia respondeu, com um sorrisinho maroto.

— Não acredito! Vocês acabaram de se conhecer! – Ana se espantou com as atitudes da mais certinha das amigas. – Nunca imaginaria que você fosse capaz de fazer algo parecido!

— Eu queria fazer algo assim, depois de tudo que aconteceu. Ah! E foi tão bom! Pela primeira vez, eu tive um daqueles orgasmos de tremer a terra, como nunca imaginei que existisse.

— Eles existem, e você pode ficar viciada neles – Ana disse, com conhecimento de causa - E agora? – Quis saber.

— E agora, deixa rolar! – Sílvia disse, dando de ombros. –Vamos nos preparar! Temos uma pesquisa a fazer - pegou o biquíni e a toalha. E como foi a noite, sozinha com Marcelo? – indagou, com uma expressão travessa. Ana a fitou de cara feia.

— Sílvia! – Ana a chamou antes que saísse do quarto. – Por favor, não me deixe mais sozinha com Marcelo.


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