Os vampiros que se mordam 2 escrita por Gato Cinza


Capítulo 17
Sim senhor!




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Um mês se passou desde a morte de Katherine, não que o Salvatore estivesse se importando com o fato do ex-grande-amor-da-sua-vida ter morrido, afinal foi ele quem arrancou o coração dela fora. Mas a morte da vampira de alguma maneira bizarra afetou Bonnie que até agora não conseguia fazer nenhum feitiço.

Havia outras coisas acontecendo e tudo o que Damon queria era que sua bruxa voltasse ao normal, pois mais do que nunca os sobrenaturais precisavam de Bonnie. Um bruxo chamado Luka tinha convenientemente aparecido com intenção de ajudar, mas Damon não confiava nele. Havia Rose, a vampira interessante que tinha informações sobre a razão de Katherine ter ressurgido em Mystic Falls acompanhada de Mason e suas reais intensões, nela Damon confiava. Elijah, irmão do temível Klaus surgiu com ofertas tentadoras visando a proteção de Elena, nele Damon também não confiava.

Mason tinha convocado um grupo de lobisomens solitários que estavam acampando ao redor da cidade, esperando uma brecha para atacar. Tyler estava em conflito consigo e a oferta repentina de seu tio em transformá-lo, avido por compreender e iludido pelo tio, o adolescente acabou cometendo um crime e ativado a maldição, Caroline e Stefan estavam tentando ajuda-lo uma vez que ele fora inserido naquela realidade de um modo abrupto, Mason chegou bem perto de convencê-lo que os vampiros eram perigosos, felizmente “os bonzinhos da turma” provaram o contrário.

— Está tudo de cabeça para baixo – disse Bonnie sentando-se ao lado de Alaric á mesa – Eu devia me mandar daqui, pegar um ônibus para qualquer lugar e seguir em frente sem olhar para trás.

O vampiro e o professor conversavam, tentavam planejar um contra-ataque para o caso de Klaus resolver aparecer, segundo Elijah, o original já estava em Mystic Falls, só precisavam descobrir onde. O professor de história franziu o cenho, a semana toda Bonnie o olhou fixamente, como se soubesse de algo e agora do nada, senta-se ao lado dele falando de seus problemas como se estivesse tudo bem.

— Só que você não consegue fugir sabendo que precisamos de você, não é? – questionou o vampiro com um sorriso cínico.

— Sinceramente Damon, não é por vocês que estou aqui ainda.

— Então o que te segura? – perguntou o professor.

— Medo do desconhecido, uma curiosidade mórbida em saber o que vai acontecer e falta de coragem em deixar minha vida para trás.

— Está fazendo de novo – disse Damon apontando para o pulso da bruxa.

Ela puxava a fita verde. Escondeu as mãos debaixo da mesa.

— Sobre o que conversavam? – quis saber – Pareciam conspiradores.

— Estamos montando estratégias para lidar com Klaus – Damon explicou voltando ao tom conspiratório – Sua opinião é muito bem vinda.

A bruxa bufou e revirou os olhos.

— Se querem mesmo minha opinião, deveriam deixar Klaus em paz.

— Deixá-lo em paz? Bonnie, ele quer matar Elena como parte de um sacrifício para obter mais poder.

— E dai? Se a auto-estima dele depende do poder que possui dê á ele todo poder que ambiciona.

Damon retrucou, irritado:

— Está tentando ser engraçada? Por que isso não tem graça nenhuma.

— Não Damon, isso não é nenhuma piada. Ou você transforma Elena em vampira antes de Klaus chegar até ela ou a entrega para ele. De um modo ou outro a Elena vai morrer, que seja então do modo que cause menos estragos e faça menos vitimas.

— Enlouqueceu – expressou o vampiro com indignação.

— O meu mundo ruiu num período de seis meses, eu era uma adolescente comum de repente me vi cercada por magia e perigo. É claro que eu enlouqueci, mas insanidade não é sinônimo de burrice. O que acha Alaric? Usar o método de Katherine para salvar Elena do sacrifico ou sacrifica-la em nome de um bem maior?

— Se não estou enganado Katherine passou séculos fugindo e Elena não se entregaria tão pouco o Stefan permitiria.

— É só o Klaus ameaçar a vida de alguém que ela mesma pega uma faca e se mata. Ah! Não me olhe assim, estou sendo prática e foi você quem pediu minha opinião.

— Uma opinião amiga e não a sugestão de garota ciumenta.

Bonnie crispou os lábios e se sentou ereta na cadeira.

— Ciúmes de que? Damon querido, minha família ao longo dos séculos vem participando indiretamente do frágil equilíbrio sobrenatural do mundo. Eu escolhi os humanos acima de qualquer sobrenatural.

 - O que houve com o guardar os guardiões?

— Quando meus ancestrais prometeram isso eles não tinham noção de que membros da família fundadora eram vampiros e lobisomens, eles prometeram proteger humanos e são os humanos que eu decidi proteger.

— Elena é humana – ponderou o professor ao seu lado.

— Uma ova que é. Se fosse mesmo Klaus não estaria atrás do sangue dela, há vestígios de magia em Elena, magia antiga.

— Não acredito que resolveu simplesmente ficar contra seus amigos á favor de um vampiro velho que nunca nem viu ou viu?

— Você me cansa, mas se tanto lhe importa, eu não tenho mais magia o que me torna inútil aos seus planos. Divirta-se sem mim e em caso de emergência, de seu sangue á Elena e a atropele.

 Fizeram e refizeram planos para proteger Elena, não podiam contar com a bruxa e isso deixava a todos magoados, o desgosto não era pela falta que a amiga fazia e sim pela renuncia da amiga em se envolver. Bonnie tinha recusado á ajudar os Salvatore com seus planos contra Klaus e para deixar claro que não se importava com as decisões que eles tomavam, simplesmente saiu da cidade em companhia de Tyler.

— Para onde foram? – Caroline perguntou quando um deles finalmente atendeu sua ligação.

“Estamos saindo da Virginia, não se preocupe estamos bem” – disse Tyler.

— Estão saindo do estado? Consegue ser mais especifico e explicar para onde vão e por quê?

“Eu não sei. Bonnie precisava de um lobisomem emprestado e eu queria dar um tempo de Mystic Falls. Não fiz perguntas e acho que ela não responderia se eu perguntasse”.

Na sala dos Salvatore, a vampira revirou os olhos, impaciente. Damon ouvia a conversa atento, Elena e Jeremy estavam impacientes com a falta de colaboração de Bonnie e sua reação atípica, somente Stefan parecia não se importar com os modos estranhos da bruxa. Caroline fez mais perguntas tentando tirar do lobisomem alguma informação útil, mas aparentemente, Tyler não tinha a menor idéia do que estava acontecendo e como ele disse, só estava tirando proveito da situação.

— Odeio não saber das coisas – disse a vampe zangada depois de encerrar o telefonema.

— O pior é que nem para Vicki e Enzo ela se explicou – Jeremy informou – Disse que ia ficar alguns dias fora e só.

— Todas as decisões de Bonnie tem uma consequência que afetam á ela antes dos outros – Stefan justificou o comportamento da amiga – Se fosse vampira ela já teria desligado as emoções, como bruxa ela sabe que a magia cobra um preço alto toda vez que usado.

— Era uma vez uma rainha má e um espelho mágico – Caroline murmurou.

— Foi Mina quem disse isso – explicou o vampiro – Quando Bonnie teve aquele lapso de memória, Mina disse que ela estava lidando com magia antiga e era preciso equilíbrio. Bonnie sabe disso e escolheu continuar usando magia e quando se recuperar ela vai voltar a interferir na ordem natural das coisas.

Damon distraiu-se da conversa ao redor, pensava na conversa que teve com Bonnie no dia anterior no Grill. A garota disse quase a mesma coisa que Stefan dissera á pouco. Equilíbrio sobrenatural. Magia antiga. Ele olhou para Elena, quais as chances da semelhança entre ela e Katherine ser resultado de alguma ancestral Bennett? Ele conteve um sorriso, finalmente estava começando a entender alguma coisa. Saiu sem dar atenção aos outros, precisava achar Elijah e descobrir mais sobre o sangue mágico de Elena.


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