Forevermore escrita por Tsutsu


Capítulo 6
Capítulo VI




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Novamente a pequena encontrava-se em conflito sobre conversar ou não com a professora Charlotte, mas resolveu encarar tudo de frente de uma vez, lembrou-se de sua senpai (Alice) e entrou na sala dos professores, onde quem procurava estava de costas para a porta, então, caminhou lentamente até sentar a grande mesa, ficando frente a frente com ela, que percebeu a presença, contudo, só deu atenção após marcar com o marca texto a última frase que estava lendo de um artigo cientifico.

Encarou a pequena de face peculiar; ela tinha uma mancha de nascença, que não a deixava feia e sim fofa. Charlotte já a vira antes, mas não se lembrava bem onde.

— Em que posso te ajudar? — a mais velha perguntara, mas não ouvira nada em resposta.

A pequena permanecia a olhando, meio corada e engolindo a saliva. O silêncio estava sendo torturante para Charlotte, pois gostaria de se lembrar de onde a tinha visto; será que foi na festa? Ela se perguntava. De repente se levantou, então, e fitou a menina com os olhos arregalados, sorte estar apenas as duas ali.

— Lily? — ela soltou ainda em dúvida e agora corando.

— Hunf! — suspirou a pequena. — Ainda bem que você me reconheceu, achei que não se lembraria e eu teria que dizer...

— A-Ah, p-por que está aqui? — gaguejou, pois agora se lembrava de tudo.

Absolutamente tudo. A festa inteira. O fato de ter dormido com uma menor de idade e ainda por cima tê-la deixado lá, sem dizer nada, como já fizera com vários relacionamentos de curtos prazos. Mas a questão principal era por que diabos a menina estava ali? Ela supostamente também deveria esquecer, já que jamais poderia se envolver sem grandes escândalos e comentários acontecerem; o pior é que a rosada poderia perder seu emprego. E olhando aquela face peculiar, um tanto infantil, seus olhos azuis e cabelos alaranjados, não a estava ajudando a se afastar, na verdade, Lily tinha um imã natural, por ser extremamente fofa... Ainda mais na cama... Corou mais ainda com esse pensamento e desviou o seu olhar da menina, ficando de costas e esperando o que quer que fosse acontecer.

— Ano... Etto... — a pequena soltava e uma veia saltava da testa da mais velha por ela estar sendo uma otaku como seu superior.

Eles não estavam no Japão.

— Eu queria saber... — Lily começou acanhada e se preparando psicologicamente para um “não” como resposta. — S-se você gostaria professora, de... Sair comigo...? — a última frase saíra sussurrada, mas a mais velha escutara.

Agora com os braços cruzados, em pé e de costas para a menor, suspirou. Então, realmente Lily estava interessada nela e agora, o que dizer? Mentir não seria certo para a pequena e inocente (nem tanto) criatura que se encontrava ali. Uma coisa era certa, se Charlotte a olhasse agora, diria “sim” e é por isso que preferiu responder do jeito que estava.

— Eu... Vou pensar. — respondeu já se arrependendo no mesmo instante e massageava suas temporãs pela dor que começara a sentir na cabeça. E também um frio pela barriga.

— Sério?! — soltou a pequena levantando-se animadoramente.

— É. — disse.

Os dois estavam no chão da sala do pedagogo; a porta trancada e mesmo assim havia uma grande possibilidade de qualquer um escutar os gemidos e gritos por mais discretos que eles tentassem ser, ainda assim eram audíveis.

Para Gilbert aquela palavra “fique” dizia muita coisa, mas talvez para Break nem tanto. Estaria ele imaginando coisas ou o outro realmente gostava dele? Não sabia dizer, contudo, as coisas haviam mudado e Gilbert torcia para que fosse para melhor.

Break o penetrava devagar, vendo que ele parecia estar mais ocupado pensando e isso o incomodava um pouco, na realidade vê-lo demais estava se tornando um incomodo; será que é por que ele estava sentindo-se diferente, poderia realmente ter encontrado sua outra metade? Alguém que pudesse passar o resto de seus dias junto? Não ele fosse alguém romântico que ficasse criando estes tipos de expectativas, mas esperava pelo menos não morrer sozinho.

— Eu... T-te amo. — o moreno soltara em meio aos gemidos quando o albino aumentara a força das estocadas, aquilo fez o coração do albino parar e depois bater mais rápido que o normal.

— C-como? — perguntou com certa dificuldade por sua respiração estar descompassada.

Break realmente parecia surpreso, foi a primeira vez que Gilbert viu essa expressão estampada na face pálida dele. Porém, nada disse, ele sabia que o outro tinha escutado e entendido muito bem, só não acreditava.

Não demorou muito para ambos chegarem ao clímax; e Break saíra de dentro de Gilbert ficando ao lado do mesmo, deitado no chão e olhando para o teto, esperando que suas respirações voltassem ao normal para poderem conversar direito. Bom... Eles conversariam se Gilbert não estivesse esgotado, afinal, fora a terceira vez no mesmo dia e no mesmo lugar, suas pálpebras pesavam e quando o albino o olhou deu uma mordida em seu ombro, ficando apoiado no braço esquerdo no chão e fitando Gilbert, que reclamou da dor, mas não abriu os olhos.

— Não durma depois de dizer que me ama, precisamos conversar sobre isso. — reclamou o mais velho e o outro levantara um pouco as pálpebras; e o olhou de soslaio.

— Eu estou acabado, foram três vezes, você acabou comigo, todo meu corpo dói e eu quero dormir. — disse sorrindo.

— Você não é mais virgem para o seu corpo todo doer. — Break se irritou com aquele sorriso novamente.

Silêncio. O albino voltara à posição inicial com as costas totalmente encostadas no chão e olhando de forma irritada para o teto até que o moreno quebrara o silêncio.

— Você me ama, Xerxs? — perguntou antes de se entregar ao sono.

As orbes vermelhas se arregalaram e se sentou rapidamente, virando para fitar o moreno que dormia ao seu lado e estava com a cabeça virada completamente para ele. Ele o tinha chamado pelo apelido? E ainda ousou perguntar tal coisa? Realmente tinha criado uma grande intimidade com o mais novo e isso o deixava sem jeito, de certa forma não sabia responder com palavras, talvez apenas com ações, todavia, será que o mais alto iria compreender suas expressões corporais? Se caso não entendesse, ele teria que dizer...

— Eu também te amo. — murmurou acariciando a face suada do moreno e sorrindo de canto (não um sorriso diabólico, e sim sincero). — Gil.

Os dois estavam sedento um pelo outro, ambos suados e prestes a chegarem ao clímax na sala do zelador, com certeza foi a maior loucura que eles já fizeram em todos os anos que estudaram ali. Os gemidos e gritos não foram abafados, quando ambos tiveram seu orgasmo.

O loiro saiu de dentro da morena e deitou-se ao lado da mesma; suas respirações descompassadas eram as únicas coisas audíveis no momento. Para sorte deles é que ninguém veio conferir o que acontecia na sala do zelador, ou as pessoas deveriam estar ignorando, talvez por medo ou soubessem o que estava acontecendo e não queriam se intrometer.

— Até que dia você vai permanecer? — perguntou Oz com o fôlego quase recuperado, então começou a se vestir novamente e Alice fazia o mesmo.

— Até a formatura e no mesmo dia pego o voo da madrugada. — ela lhe respondeu ajeitando já a saia.

— Então, até lá, passaremos cada dia juntos, promete? — ele a olhava arrumar a jaqueta do seu uniforme, parando de abotoar a camisa.

— Prometo. — sorriu.


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