Forevermore escrita por Tsutsu


Capítulo 4
Capítulo IV




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Charlotte não se encontrava na sala dos professores, ela estava em aula. Lily resolvera aparecer mais tarde, quando quase todos já estiverem indo embora, assim poderia falar de forma mais segura.

Gilbert reparou no olhar triste de sua pequena aluna, cuja face tinha uma marca de nascença fazendo com que ele não se esquecesse de seu nome facilmente.

— Lily, está tudo bem? — questionou o moreno.

— Hm. — ela assentiu, então, voltou a caminhar cabisbaixa e retornando para sua classe, Gilbert sabia que ela não estava bem, mas preferiu não insistir, talvez ela precisasse de um tempo sozinha.

Suspirou. Seus olhos dourados fitaram a porta da sala do pedagogo, que se encontrava fechada. O Nightray perguntava-se sobre o que Charlotte lhe dissera quando se conheceram a respeito de Xerxes Break.

— Entendo, mas de qualquer forma, esqueça o Break, você só o teve uma vez e assim será para sempre. — ela disse meio triste e voltando sua atenção a papelada.

Ele queria tentar mais uma vez, tinha gostado daquela noite apesar de não se lembrar muito bem por causa da bebedeira, porém, gostaria de tê-lo mais uma vez. Não eram necessários sentimentos, era apenas sexo, divertimento. E sabia que se dissesse isso, Break entenderia e talvez gostasse mais da ideia do que o próprio moreno. Foram apenas dois passos e quando ia bater na porta, a voz masculina ecoou pelos seus ouvidos:

Entre sem bater, Gilbert-sensei. — disse o albino de dentro da sala.

Um arrepio percorreu a espinha de Gilbert. Isso não é de Deus, pensou. Girou a maçaneta lentamente e adentrou, fechando a porta atrás de si, então, olhara o homem atrás da mesa, sentado na cadeira como se fosse dono do local e, tecnicamente, era. Ele queria dizer, mas preferiu que o albino se pronunciasse, afinal, parecia que ele o estava esperando, principalmente pela forma como o está olhando e dando seu sorriso sádico.

— Sente-se. Você me deixa ansioso de pé. — falou pousando os cotovelos na mesa e abrindo as palmas das mãos para colocar seu queixo nelas, enquanto Gilbert sentava-se na cadeira, ficando frente a frente, apenas olhando o albino de forma curiosa. — O que você quer?

— Como sabia que era eu atrás da porta? — questionou por curiosidade.

— Ouvi sua voz conversando com a pequena Lily e também sua sombra me contou*. — ele respondeu como se fosse algo natural.

— Você anda me observando, então... — não era uma pergunta, Break se ajeitou, encostando-se na cadeira, agora pousando os braços nos braços da cadeira giratória.

Não gostara muito do comentário, mas tinha que admitir que Gilbert “roubava” sua atenção e que andava de olho nele mais do que o devido.

— Nem tanto assim. — retrucou-lhe. — Mas não acho que tenha vindo apenas para descobrir isso, certo? O que tem em mente, Gilbert-sensei?

— Na verdade, gostaria de fazer um trato com você, prometo que ambos saem ganhando. — disse Gilbert honestamente, era melhor ser direto e claro de uma vez por todas ou não conseguiria mais fazê-lo.

— Oh. — Break o olhou com malicia e interesse. — E sobre o que seria esse trato que ambos saímos ganhando?

Oz estava sentado no terraço do colégio, absorto em seus pensamentos. Ele gostaria de entender o porquê de Alice querer ajudar Lily sendo que era loucura e também ainda não sabia o que dizer a Alice quanto ao assunto da festa. Eles fingiam que nada havia acontecido e estavam levando normalmente, até se desentenderam algumas horas atrás, porém, ele suspira derrotado, sabendo que vai desistir e logo pedir desculpas, afinal, sempre foi assim, ele era quem sempre abria mão e deixava ir.

— Nós precisamos terminar.

Ele arregalou os olhos, não acreditando muito no que tinha escutado. Ela permaneceu séria, quieta e o olhando de forma franca. Alice não estava brincando e Oz não gostou da verdade pela primeira vez na sua vida.

— Por quê? — foi tudo que ele conseguia dizer.

— Porque eu ganhei uma bolsa de estudos nos Estados Unidos, vou poder realizar o meu sonho lá de ser astronauta e ter um futuro brilhante. — ela conseguiu lhe responder, por mais baixa que estivesse sua voz, ele ainda a escutou.

— Isso é... — ele afastou suas mãos das dela, colocando no próprio colo as mãos e forçando um sorriso para animá-la. — Ótimo, Alice.

— Oz... Você vai me deixar ir?

Pensando bem melhor, Oz achava que Alice queria ir, mas antes ela precisava ter certeza que o amor deles suportaria a distancia e a espera, o loiro não tinha dúvidas de que aguentaria qualquer coisa, que seria capaz de qualquer coisa. Suspirou. Inspirou e expirou devagar. Alice estava duvidando do amor dele por ela, foi essa a conclusão que Oz chegara. Eles realmente precisavam conversar. Outro suspiro.

— Por que você está suspirando tanto? — uma voz masculina conhecida sussurrou em seu ouvido, o que o fez dar um pulo para o lado e olhar para ele: Gilbert.

— Não apareça assim do nada. — brigou Oz.

— Você parecia tão concentrado que não quis atrapalhar. — dizia o moreno sentando-se ao lado de Oz e acedendo um cigarro. — Estava pensando na coelha estúpida, não é?

— Ela não é estúpida.

— Mas é uma coelha.

— Sim, é minha coelha. — sussurrou Oz cabisbaixo.

— Você parece triste, o que aconteceu? — perguntou Gilbert preocupado e olhando o amigo.

— Acho que a Alice pensa que eu não a amo o suficiente. — respondeu-lhe.

— Duvido. — disse Gilbert olhando para o pôr do sol e os olhos esmeraldas lhe fitaram.

— Como assim dúvida? — questionou-o.

— Eu penso que ela está te testando para ver se você faz ideia do quanto à ama. — ele dissera tragando.

— De onde vem essa conclusão? — ele fez uma careta confusa, o que fez Gilbert rir quando o olhou e depois lhes acariciou os cabelos loiros.

— É fácil, é só olhar para os dois e ver o quanto estão dispostos a se sacrificarem um pelo outro, além disso, ela também está triste e eu não sei bem por que. Vocês brigaram de novo?

— Não sei se posso te contar. — dizia pensando sobre Lily e a professora Charlotte.

— Agora você resolve ter segredos comigo, pensei que nosso relacionamento tivesse melhorado e não piorado. — o moreno fez bico.

— Relacionamento? — perguntou-se Oz em voz alta e olhando o moreno. — Falando nisso, como vai o Break?

— Ah, é. Quase ia me esquecendo... — o fuzilou com o olhar. — Você sabia quem era e que ele era o pedagogo daqui, e não me disse nada, imperdoável, Oz.

Oz riu.

— Mas ele está bem, respondendo sua pergunta.

— E você, está bem?

— Sim. — respondeu lembrando-se da proposta e até corando um pouco com isso.

Os próximos dias seriam interessantes ao lado de Break.


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Notas finais do capítulo



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