Fiquei mal mesmo por tudo aquilo, eu nunca mais poderia ter nenhuma notícia dele, o que seria de mim agora? Tentei sair de casa, precisava de um tempo só meu, e minha verdadeira vontade era ser estrupada por algum louco e ele me matar, ou quem sabe me jogar na frente de um carro, eu não iria conseguir mais aguentar tamanha dor de arrependimento, mas infelizmente meu pai não deixou, nem minha mãe, mesmo eu tentando fugir, nada adiantou, fui para meu quarto lá me tranquei e passei novamente mais uma noite em claro e quando eu olhei no relógio que marcava 6:00 da manhã eu já estava definhando de tão angustiada que eu estava, então me vesti, coloquei uma roupa bem quente e fui ver o pôr-do-sol da pracinha minha dele, da nossa abençoada pracinha, e lá sentada vendo o espetáculo do sol, senti como se ele estivesse do meu lado, me abraçando, me senti tão bem que pela primeira vez em todos esses dias de sofrimento chorei, mas dessa foi de felicidade, de emoção. 

Mas depois que o sol já estava lá em cima, que tudo estava claro, voltei pra minha vida real, pra minha vida infeliz, daria tudo pra permanecer com pelo menos a sensação de estar ao lado dele pelo resto da minha vida, mas nem tudo é como a gente quer, bom pra mim nada estava sendo como eu estava querendo.