Ônix escrita por LightB


Capítulo 11
Capítulo X – No More Lies


Notas iniciais do capítulo

Hey meus lindos Wolfies ♥



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Capítulo X – No More Lies

—Que bagunça L.? - Nanda segurou minha mão impedindo que eu conseguisse fugir dali sem responde-la, o que era exatamente o que eu queria - eu não vou desistir enquanto não souber da verdade.

—Acho que terá de esperar minha querida - uma voz soou ao nosso lado e eu nem precisei olhar para saber de quem se tratava.

A reação da minha melhor amiga dizia claramente o que ela estava vendo, sua confusão, o olhar dividido entre mim e minha tia com mais de mil anos que era uma cópia exata de mim, ou eu dela, é tudo simplesmente tão confuso.

Nanda parecia a ponto de sair correndo e gritando, em completa histeria, apertei sua mão que ainda segurava a minha, tentando passar qualquer coisa a ela que fosse capaz de mantê-la calma.

—Tatia o que faz aqui? – questionei desviando meu olhar para ela pela primeira vez, vendo que continuava a usar vestido e botas, mas o de hoje não possuía estampas, apenas um profundo tom de marrom.

—Eu é quem pergunto Liah - ela soou irritada e preocupada, uma mistura não tão boa - vir para a escola? Não pode simplesmente achar que pode ter uma vida normal ainda...

Estava prestes a responde-la de uma maneira nada respeitosa, havia essa raiva crescente que me consumia sempre que colocava os olhos nela, era confuso, mas inevitável. E então minha atenção foi desviada a minha amiga que finalmente estava reagindo a aquilo.

—Eu... Como...? Não pode... Liah? - Nanda parecia ainda mais confusa do que eu havia ficado, era quase engraçado.

Mas não podia culpa-la, afinal estava vendo uma pessoa exatamente igual a mim, parada ao meu lado, sendo que todos sabem que não possuo nenhuma irmã, menos ainda uma gêmea idêntica.

O raciocínio mais lógico a se tomar seria que ela estava alucinando ou enlouquecendo, ou ambos.

—Uma longa, longa historia Nanda – voltei a apertar sua mão, chamando sua atenção para mim, seus olhos confusos fitaram os meus – prometo que te explico tudo, okay? Mas não neste exato momento.

—Liah, precisamos sair daqui, agora.

Havia urgência na voz dela e eu me virei em sua direção, Tatia parecia assustada, com medo de algo, não conseguia entender do que, apenas compartilhar dele, afinal, quando uma vampira de mais de mil anos sente medo, um humano em sã consciência também deve.

—Liah, você não pode ficar aqui – Tatia voltou a falar, notando minha falta de reação – sua vida corre perigo, precisamos ir.

—Sim eu posso ficar, tanto que eu vou ficar, eu não vou abandonar minha vida só por que você me disse que tenho uma maldição – soltei a mão da minha melhor amiga e me levantei, pegando minha bolsa enquanto ouvia o sinal tocar ao fundo – agora se me der licença, tenho algumas aulas a assistir.

Dei as costas para a Tatia e puxei Nanda comigo, naquele momento só tinha certeza de duas coisas, ainda tinha muito que eu não sabia sobre mim mesma e Nanda ouviu toda aquela conversa insana, o que significava uma longa tarde de explicações.

Por mais que tenha tentado impedir, agora ela já havia se envolvido no meu mundo insano, sem nem poder escolher se queria ou não ser jogada nessa bola de neve descontrolada.

Quando seu mundo virá de cabeça para baixo, quando toda sua realidade foi uma grande mentira, não existe forma disso não te afetar, te transformar em alguém novo. É impossível não se deixar engolir por toda a loucura.

Quando isso acontece você tem duas alternativas. Pode contar toda a verdade para aqueles que ama, na esperança de que não te internem em um hospício pensando que enlouqueceu, ou comecem a rir pensando que é uma piada.

E a opção mais viável, você mente a todos eles e espera que acreditem nas historias que começar a inventar.

Eu tentei esconder tudo aquilo, mentir, eu estava disposta a me afastar de todos eles se necessário, mas acabei descobrindo que metade deles já estava mentindo mesmo antes de que eu pensasse em começar a fazer o mesmo.

Havia tentado isso com a Nanda, minha melhor amiga, a pessoa em que eu devia confiar para contar absolutamente tudo, sabendo que ela entenderia, que ela faria o mesmo por mim, tentei poupa-la de tudo aquilo como eu gostaria de ser poupada.

Eu menti por um tempo, mas agora era tarde demais, ela havia visto Tatia, como somos exatamente iguais, a conversa que tivemos, havia entrado no campo sobrenatural sem nem mesmo saber onde estava pisando.

Não tive escolha a não ser cumprir a promessa e contar a ela a verdade, e por incrível que pareça ela de alguma forma aceitou tudo o que eu disse, melhor do que eu mesma havia lidado com a situação, ela simplesmente acreditou em cada uma de minhas palavras.

Nossa volta para casa nunca havia sido tão longa.

—Então você pode se tornar lobisomem se matar alguém, é uma cópia Petrova e tem uma maldição ao estilo Bela Adormecida? – ela concluiu toda minha historia em algumas perguntas.

—Exatamente.

—Uau, as bruxas odeiam você - ela soltou tentando descontrair, quebrar o clima completamente estranho que havia se estabelecido, soltei uma risada leve e ela pareceu menos tensa - como é essa maldição?

—Para que esse hibrido não possa usar meu sangue eu apenas posso permanecer acordada enquanto outra cópia estiver viva – dei de ombros chegando na varanda da minha casa – e a ultima se tornou vampira a pouco tempo, então vou voltar a dormir por mais alguns séculos.

—Isso é terrível.

—Não é exatamente assim - Tatia surgiu a nossa frente, bloqueando o caminho até a porta e quase nos matando de susto - desculpem, esqueço que humanos não estão acostumados a velocidade.

Revirei os olhos, ignorando sua desculpa esfarrapada, sentia o divertimento em suas palavras.

—O que quis dizer com isso?

—Lembra-se que você foi amaldiçoada a estar presa no tempo?

—Sim? – questionei sem entender onde ela queria chegar, aquilo eu já havia entendido.

—Você é descendente de uma das matilhas originais, existe grande poder em você Liah – Tatia abriu a porta de minha casa e sinalizou para que entrássemos – esse feitiço foi mais do que apenas para esconde-la do Klaus.

—Como assim?

—Existem muitas coisas que você não sabe, muitas historias que eu mesma não sei, mas parte das razões esta ligada ao hibrido imortal– Tatia sentou-se no sofá e nós fizemos o mesmo – Você é a chave para algo grandioso.

—Eu sou a chave para matar o Klaus?

—Eu não sei, mas ele pode ser a chave para salvar você – Tatia soou duvidosa, uma esperança surgindo em seu olhar – assim como você ele era um lobisomem Liah, mas o simples fato de ser quem é não lhe salva da maldição.

—E o que salvaria?

—Existem antigos feitiços sobre a guarda dos Mikelson, acredito que exista algo lá que possa nos ajudar – Ela soo verdadeiramente esperançosa e aquilo me confundiu.

Não era para odiar os irmãos Mikelson e evita-los a todo custo?

Tatia tentou me explicar o máximo possível, mas nada parecia fazer sentido aos meus ouvidos, os grimórios, os feitiços, o fato de Esther ter sido uma poderosa bruxa e seu poder ter criado os vampiros.

As brechas que sempre existiam em todo encanto.

 Nanda permanecia ao meu lado durante todo o tempo, minha irmã de pequenos séculos de diferença não havia me abandonado mesmo com todas as insanidades que continuávamos a ouvir. Agradecia por isso, teria me levantado e ido embora a muito tempo se não fosse por ela.

—E por que temos de esperar até meu aniversário? – questionei sem entender exatamente sua fixação por essa data, não seria muito mais inteligente simplesmente fazer todo o possível antes de eu voltar a ser a Aurora morena?

—Todo feitiço precisa de uma data de poder – Tatia explicou calmamente, o que me surpreendia, em seu lugar já estaria desejando me matar – ou um astro, uma lua cheia, um cometa, um eclipse. Algo para impulsionar a magia, tudo depende da quantidade de magia.

—Ou seja, precisa ser no meu aniversário – conclui em voz alta, mesmo que nós três já soubéssemos disso.


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