Domingo pela manhã a campainha da casa Sidle Grissom tocou. 

— Eli, está pronto? Deve ser o Nick. – Sara gritou enquanto ia até a porta atender. 

Abriu a porta e não estava errada, era Nick, ele se encontrava de óculos escuros. Sara nem precisava perguntar o motivo, devia ter vindo diretamente do laboratório para a casa. Grissom já havia avisado a Sara que o turno anterior havia sido muito puxado e não era sempre que se conseguia uma folga justamente no domingo. 

— Parece cansado. – Sara brincou. 

— Só um pouco. – Respondeu com a mesma ironia. – Mas tenho energia o suficiente para sair com nosso pequeno Eli. – Ele riu. 

Bastou falar do garoto para que ele aparecesse, calçando tênis e vestindo uma roupa confortável, o menino também levava uma mochila com algumas mudas de roupas já que passaria o dia com Nick, com algumas mudas de roupas e tudo que fosse precisar. Sara obviamente uma mãe preocupada e detalhista não esqueceria nada. 

— Cuide bem dele. – Ela o recomendou. 

— Cuidarei como se fosse meu filho, certo Sara. – Nick respondeu. 

— Certo. Tchau Eli, divirta-se.  

— Obrigado. – Fora o que o menino limitou-se a responder. 

Ainda que quisesse, não havia conseguido chegar em Eli. Estava se esforçando, mas o garoto se mantinha fechado. Ele mal conversava, respondia somente aquilo que lhe era perguntado, não interagia nem com Arthur. Tudo ainda era muito recente para ele, e Sara mais que ninguém entendia isso, e talvez, por entender tão bem, que ela se sentia impotente. Nick de alguma forma havia conseguido chegar em Eli mais que ela, e com certeza seria um grande aliado para que o garoto finalmente se sentisse em família. 

Não demorou mais que uma hora para a campainha tocar novamente, e novamente Sara sabia quem era, não tinha duvida que era a senhora Wynard. Ainda não sabia exatamente o que esperar dessa convivência, mas sabia que não podia privar Arthur de conhecer mais sobre sua história, só queria que tudo desse certo. 

— Bom dia senhora Wynard. – Ela lhe cumprimentou. 

— Bom dia Sara. – Ela lhe sorriu. – Somente Elizabeth. – Ela lhe disse educadamente. 

— Bem entre. Arthur já vai descer.  

Não muito depois, todos estavam na sala. Grissom sentados a poltrona, Sara e Elizabeth sentados no sofá com o pequeno Arthur entre elas. Sara já havia oferecido café a todos. 

— Arthur, bem, lembra o que conversamos sobre a vovó Wynard. – Ela viu o menino assentir com a cabeça. – Então, está é a sua avó. 

— Oi vovó, muito prazer. – O menino virou-se para ela e lhe cumprimentou sorrindo. 

A senhora limitou-se a fitar o rosto do menino, levou as mãos carinhosamente até suas bochechas, acariciando de leve com suas mãos frágeis. Seus olhos se fixaram nos olhos do garoto. Ela estava visivelmente emocionada. 

— Você parece tanto meu pequeno Taylor. Era igual a ele quando ele tinha sua idade. – Ela falou com a voz embargada e com as mãos levemente tremulas. – Parece que tenho meu menino de novo a minha frente.  

— Você tem fotos do papai Taylor?