Cinco anos depois.

— Arthur, não corre. – Sara repreendeu o garoto chegando ao laboratório.

— Eu tenho que mostrar pro papai, eu tenho que mostrar! – Insistiu alegre.

O menino com uma caixa de sorvete na mão, desprendeu a outra das mãos de Sara e obviamente fora busca-lo em sua sala, ele não estava lá. Onde mais o papai estaria? Correu pelo laboratório até a sala de convivência, enquanto a mãe o perseguia calmamente com os olhos.

Chegando lá, viu não somente o pai como os seus amados “tios” – Greg, Nick, Hodges, Morgan e Julie – sentados tomando café.

— Oi papai. – Ele sorriu. – Oi titios e titias. – Ele falou rapidamente, obviamente todos o cumprimentaram de volta e voltou-se para o seu pai. – Tenho que te mostrar o que eu achei. – Ele colocou então o pote de sorvete em cima da mesa.

— Vamos ver garotão. – Ele puxou o menino para o seu colo e abriu a tampa.

— Uau, que legal, um besouro. – Greg esticou a cabeça para ver o que havia dentro do tal pote de sorvete.

— É um coleóptero. – Falou para o Greg rolando os olhos, nesse momento ele ficava incrivelmente parecido com Sara.

— É o que? – Greg perguntou admirado com a resposta do menino.

— Co-leó-pte-ro. – Falou pausadamente. – Não é papai?

— Exatamente. É lindo, garotão. – E você sabia que os curculionídeos, também conhecido como gorgulhos tem como principal característica justamente o rosto comprido?

— Por isso que eles são popularmente conhecidos como bicudo e broca. – Ele sorriu para o pai.

— Grissom o que você está fazendo com esse menino? – Nick interrompeu a conversa de pai e filho e olhou para o garoto abismado.

— Em um momento a gente segurava que nem um bebê no colo e agora está nos dando uma aula de entomologia. – Brincou Morgan.

— Só falta você me dizer que tem uma fazenda de formigas em casa? – Fora a vez de Julie comentar de modo divertido.

— É obvio que sim tia Fin. Que criança de cinco anos não tem uma fazenda de formigas em casa? – O menino perguntou como se aquilo fosse totalmente absurdo.

Todos estavam rindo das graças do pequeno Arthur quando Sara chegou na sala de convivência e se encostou no marco da porta aberta olhando para Grissom e seu pequeno príncipe no colo.

— Oi querido, desculpa ter trazido Arthur, mas ele estava tão impaciente para te mostrar o besouro que não conseguir contê-lo. – Ela sorriu para ele.

— Coleóptero mamãe, quantas vezes vou ter que dizer? – Ele negou com a cabeça.

— Desculpe meu príncipe, mas a área da mamãe é física e não biologia.

— Eu nem estudo ainda e sou que nem uma esponja. – Ele olhou para sua mãe com um sorriso divertido. – Absorvo informações. – Falou debochado, gesticulando com as mãos.

— Eu mereço isso. – Sara riu olhando para cima, obviamente era acompanhada por gargalhadas de todos os colegas que estavam na sala. – É você que está criando esse mini-monstro. – Olhou para o Grissom.

— Desculpe interromper. – Era Judy, a secretária vindo até Sara. – Tem uma pessoa procurando por você.

— Cla... Claro. Já estou indo. – Voltou-se para Grissom. – Já volto, fique com ele um instante.

Grissom assentiu, e todos já voltaram para a volta do pequeno. Arthur tinha um monte de tios e tias babões.