Sete Dias escrita por TheEpic


Capítulo 6
Quinto Dia


Notas iniciais do capítulo

Aqui temos o quinto dia postado certinho, e eu sei que a demora para postar um capítulo pronto é uma sacanagem da minha parte, me desculpa. :(

Eu ando muito sem tempo ultimamente, estudando igual uma louca, e infelizmente tenho pouquíssimo tempo pra entrar no computador e, consequentemente, escrever.

Entretanto, eu acho um absurdo eu estar demorando tanto para finalizar Sete Dias, que é um projeto só com sete capítulos e que era para ter sido finalizado em Fevereiro.

Logo, prometo uma coisa: vou me esforçar o máximo possível para trazer os últimos capítulos o mais rápido que eu conseguir. Por favor, tenham um pouquinho de paciência comigo se eu demorar a responder os reviews, pode ser que eu programe a postagem dos novos capítulos!

Muito obrigada pela atenção. Desejo-lhes uma boa leitura. ♥



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Gaara iria embora em pouco menos de quarenta e oito horas. Dois dias para Sakura aproveitar o gosto da presença dele – agora, em um sentido totalmente novo – antes que ele voltasse para a vida ocupada em Suna, a quilômetros e quilômetros de distância.

Sakura deveria estar preenchendo os relatórios sobre uma cirurgia de apendicite que ela havia feito horas antes? Sim, deveria. No entanto, ela tentava planejar, em sua cabeça, como ela poderia ser discreta o suficiente na frente de Naruto, que previa sua chegada para o dia seguinte. Já faziam anos desde que ele havia superado sua paixão por ela (ah, e se superou), mas isso não o impedia de sentir ciúmes dela com qualquer ser humano que não urinasse sentado. Certos hábitos por parte dele nunca mudariam.

Quando começou a bolar uma desculpa mirabolante sobre levar Gaara para conhecer as técnicas de depilação com cera da esteticista da esquina, ouviu batidas na porta de seu consultório. Sem esperar permissão, Tsunade entrou na sala e se sentou (se esparramou, mais precisamente) no sofá do lugar.

— Já não bastasse eu ter que aguentar os diplomatas e o Conselho me enchendo a droga do saco para eu aprovar logo uns acordos em um monte de papéis, ainda fui obrigada a vir até aqui resolver mais um problema — reclamou.

— Boa tarde para você também, Shishou. — Sakura passou a preencher os relatórios, tentando fingir que estava sendo a moça responsável de sempre. — O que vai te acalmar essa noite?

— Saquê. Muito saquê, e dos fortes. Talvez uns jogos de baralho com o Jiraiya. — A Hokage pausou sua fala, como se estivesse se lembrando de algo. — Ah, é. Ele não está aqui. Você vem comigo essa noite, Sakura.

A iryou-nin arrepiou todos os cabelos do seu braço. Ela detestava sair com uma Tsunade bêbada. Sua mentora poderia muito bem queimar todos os efeitos do álcool em seu corpo sem muito esforço, mas, como ela dizia, “eu não bebo pra ficar saudável, eu quero mais é esquecer por momentos essa droga de vida. Eu não deveria ter aceito esse cargo de Hokage e...”.

Infelizmente, isso resultava em uma Sakura tendo que ser babá de uma mulher madura pelo restante da noite. Inclusive, ela sempre roubava nos jogos de cartas e achava que ninguém percebia.

E, se alguém mostrasse que percebia, desejaria jamais ter feito isso.

— Eu não posso essa noite, me desculpe. Peça para a Shizune, sim? — sugeriu Sakura com a maior educação que conseguiu. — O Gaara está hospedado na minha casa, afinal.

— Ah. Você poderia levar ele junto — Tsunade insistiu, reparando como sua aprendiz não utilizava qualquer sufixo para mencionar o nome do Kazekage. — Não, isso mancharia minha imagem com ele.

Como se todo mundo já não soubesse da sua apreciação em excesso por álcool, pensou Sakura enquanto tentava esconder um sorrisinho.

— Inclusive, o que você fez com ele ontem?

Sakura quase fez um rabisco gigantesco em sua folha pelo susto dos dizeres de sua mestra. Tentando parecer coletada e calma, pensou rápido em suas opções para responder a pergunta.

A: se fazer de desentendida;

B: se jogar pela janela e fingir que não era com ela;

C: “oh, de madrugada nós nos beijamos até o sol nascer e depois fomos cada um trabalhar. De noite comemos comida chinesa e repetimos o que havíamos feito pela madrugada. Só não fomos além porque estávamos cansados demais por não termos dormido o suficiente e pela necessidade de acordar cedo para trabalhar o dia todo”.

É, definitivamente não seria a última opção.

— Bem, comemos comida chinesa e depois fomos dormir.

— Você mente muito mal, sabia? — Tsunade acusou-a, sorrindo sugestivamente, como Ino faria se elas tivessem se encontrado durante aquela semana.

“Oh, então você e o Kazekage estão dividindo o mesmo teto, e ainda por cima sozinhos? Ele é bem interessante fisicamente. Você deveria ensinar para ele o calor de Konoha, Sakura, já que ele gosta de viver em ambientes quentes”.

Sakura piscou algumas vezes para tirar os pensamentos estranhos de sua cabeça – é, Ino falaria exatamente daquele jeito – e tentou ignorar Tsunade. Ela sabia que era questão de tempo até que ela começasse a falar d-…

— Hoje ele está meio impaciente. Olhando mais para o relógio na parede, sempre trocando o lado em que se apoia na cadeira e prestando menos atenção no que os idiotas do Conselho dizem. Até parecia eu. Eu não estava entendendo muito bem o motivo, mas agora vejo perfeitamente: o Kazekage quer te ver logo.

… -e novo.

Sakura não respondeu, porém o desconforto que seu corpo demonstrou fez Tsunade entender que ela não queria falar sobre aquilo. Deixou a conversa de lado, com a verdade transparente como vidro, e se levantou do sofá, se espreguiçando.

— É, acho que vou voltar para o meu escritório. Eu tenho que aprovar as drogas dos acordos.

— Boa sorte com isso, Shishou. Se precisar de algo, vou sair daqui logo que acabar de preencher esses relatórios — Gesticulou para os papéis em que escrevia.

— Bem que eu queria, mas são coisas confidenciais, por enquanto. — Sua Shishou sorriu para ela. — Enquanto isso, aproveite seu último dia sozinha com o Kazekage. Naruto volta amanhã.

— Me desculpe, mas eu não estou entendendo nem um pouco o que a senhora está insinuando. — Sakura mentiu.

Tsunade riu baixo, agradecendo mentalmente sua aluna por melhorar seu astral em um dia tão estressante.

#

Naquela noite, Gaara e Sakura cozinharam juntos.

O plano inicial era que eles fizessem um jantar bem elaborado e especial. No fim, eles se sentiram extremamente atraídos pela massa pronta de chocolate e o que era para ser uma refeição elegante e romântica se tornou um bolo recheado com creme e morangos.

Sakura, então, sugeriu que os dois assistissem a um filme que ela havia comprado semanas atrás, mas nunca teve de fato animação para assistir sozinha. Os Kazekage se sentou no sofá e enquanto observou sua... (namorada? Ficante? Amiga colorida?) alguma coisa procurar o dito filme entre vários outros.

— O Naruto nunca quis assistir esses filmes com você?

— Ah, ele costuma ficar ocupado durante a noite. Só quando o Sai vem aqui pra casa que ele assiste, mas isso porque nós… na verdade, ele, o convida — Sakura explicou.

— E nunca aconteceu nada entre vocês dois? — Gaara finalmente perguntou uma de suas maiores dúvidas desde que soube que Sakura e Naruto moravam juntos. — O Naruto era muito apaixonado em você, mas ele mesmo se refere a você como amiga, e vocês dois moram juntos… É difícil de entender.

Sakura riu alto e o maior levantou uma sobrancelha sem entender.

— O Naruto é gay, Gaara — ela disse, um sorriso divertido nos lábios. — Ele se apaixonou pelo Sai e, quando viu que era mútuo, os dois começaram a namorar. Já tem quase um ano que isso aconteceu.

Gaara soltou um único “ah”, tão vago quanto a expressão em seu rosto, e o sorriso de Sakura se expandiu. Pelo visto, o Kazekage era aquele tipo de pessoa que sempre era o último a saber das notícias.

A kunoichi finalmente encontrou o filme e, logo depois de colocá-lo para rodar, se juntou a Gaara no sofá e procurou seus braços para se aninhar. Vendo que ele ainda tentava digerir a ideia de um de seus amigos mais próximos ser gay (por que garotos tinham essa coisa de demorar tanto para entender que existem homens que gostam de homens?), concentrou-se sozinha na televisão.

E aquilo não deu certo, claro. Cinco minutos depois, Sakura já estava ocupada demais traçando linhas imaginárias em uma das mãos de Gaara, apreciando o contato de pele com pele. Quando o rapaz entrelaçou-as, virou o rosto para vê-lo.

Por que ele tinha que ser tão lindo daquele jeito?

Nenhum dos dois disse palavras românticas presas na garganta, incertos se deveriam fazer declarações apaixonadas enquanto tudo entre eles – até mesmo os dois – era incerto, rápido e inesperado demais.

Então, em vez de expressarem sentimentos por meio de dizeres, se encontraram com as bocas.

Os dois se beijaram lentamente, apreciando o contato dos lábios e línguas. As mãos fortes de Gaara percorriam pelas costas, cintura e quadris de Sakura, puxando-a para mais perto.

Tão perto que ela sentou-se em seu colo para ficarem o mais próximos possíveis.

O beijo se intensificou e tornou-se lascivo, dando a Gaara a liberdade de explorar melhor o corpo esguio da mulher. O seu toque passeou pelas nádegas e pernas de Sakura, fazendo-a arfar ao chegar ao interior de suas coxas, sentindo a ereção do maior pressionar contra ela.

Estimulado a continuar, acariciou um dos seios de Sakura, gostando muito de descobrir que ela não usava sutiã. Com o polegar, fez movimentos circulares em torno dos mamilos rígidos e, em reflexo, a dona dos mesmos moveu os quadris, causando atrito entre os dois.

Sakura capturou o momento em que Gaara suspirou entre os beijos ardentes e percorreu suas mãos por dentro da camiseta do rapaz, explorando o torso forte de um ninja. Passeou suas unhas delicadamente pela barriga bem definida e soube que ele se arrepiou com o ato.

Logo, ele seguiu a linha de liberdade de Sakura e passou a brincar com ambos os seus seios, dessa vez também tendo contato direto com a pele quente. Sakura soltou um barulho discreto de prazer quando a atenção do Kazekage se voltou para os mamilos e ela encerrou o contato entre os lábios.

Ela precisava de mais do que aquilo.

Gaara, pelo olhar intenso que carregava nas orbes azuis, também parecia desejar o mesmo. A iryou-nin deu um sorriso de lado e conduziu-o até o seu quarto entre beijos ardentes e roupas sendo deixadas pelo caminho.


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Notas finais do capítulo

Naruto gay é o headcanon que eu quero levar guardado no meu coração pelo resto da minha vida.

Muito obrigada pela leitura! ♥ Por favor, deixe seu review!



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