A Profecia escrita por Capitu


Capítulo 5
V - Capítulo Quarto


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!

Como prometido, mais um capítulo essa semana!

Quero que me perdoem se algumas pontuações não estiverem corretas. Uma leitora gentilmente me aconselhou sobre os travessões, por exemplo, já que eu uso apenas um traço (tipo um hífen). Infelizmente eu não consegui corrigir esse erro, tanto porque o sistema operacional do meu computador é meio confuso, quanto porque eu ainda estou aprendendo sobre o Nyah, já que essa é a minha primeira fic aqui. Se alguém, por acaso, souber como me ajudar, ficaria muito agradecida.



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Hermione Granger e Draco Malfoy rumaram à estação de metrô mais próxima, em direção à entrada de visitantes do Ministério da Magia. Draco estava engraçado com as típicas roupas de outono fora de moda do Sr. Granger. Mais engraçado ainda era como ele reagia ao cenário. Aos carros, à escada rolante e ao trem.

—  Que merda é essa?! - ele perguntou, referindo-se ao vagão do metrô.

— É só um vagão, Malfoy, como um daqueles em que andávamos no Expresso Hogwarts, só que mais moderno.

—  Isso nem se compara ao Expresso. Eu não entro nessa caixa de metal.

—  Tudo bem. Fique, então. - ela deu fim à conversa, entrando no trem.

Ele veio atrás, obviamente.

—  Segure num destes canos. - ela indicou a ele.

Seguiram, após algumas pequenas aventuras como passar o bilhete Oyster no sensor e atravessar a catraca, até uma viela suja e feia, com apenas uma cabine telefônica típica londrina em péssimo estado, com alguns vidros quebrados ou faltando.

Hermione entrou primeiro e Draco a seguiu, com um pouco de nojo e certa relutância, batendo a porta atrás de si. Ela rapidamente digitou no fone o código: 62442, para então uma voz feminina e um tanto robótica falar.

—  Bem vindos ao Ministério da Magia. Por favor, informem seus nomes e objetivo da visita.

Hermione fez um sinal irritado com a cabeça para que Draco falasse.

—  Hum…Draco Malfoy, Departamento de Execução das Leis da Magia. E…bem…Eleanora Brandstone, está aqui para fazer um estágio.

—  Obrigada. Visitante, por favor, apanhe seu crachá e prenda-o ao peito de suas vestes. - a voz tranquila prosseguiu.

Hermione pegou o crachá prateado que saiu do fone e prendeu-o ao peito.

— Visitante ao Ministério, a senhora deverá se submeter a uma revista e apresentar sua varinha, para registro, à mesa da segurança, localizada ao fundo do Átrio. - a voz informou.

A rua ia sumindo devagar diante de seus olhos, talvez devagar demais. O trajeto mal começou, e ambos já queriam fugir de dentro daquela cabine. O espaço confinado fazia com que seus corpos roçassem um no outro, mesmo que ambos tentassem se afastar ao máximo. Era desconfortável e quase amedrontaste estar assim tão próximo do inimigo.

— O Ministério da Magia deseja ao senhor um dia muito agradável. - a voz soou novamente quando o elevador estancou no chão.

Tropeçaram um no outro, na pressa de sair daquele cubículo claustrofóbico. Hermione foi a primeira a erguer os olhos, enquanto Draco alisava as vestes

—  Malfoy! Olhe isso! - ela chamou, chocada.

O Átrio estava, literalmente, congelado, como se tivesse parado no tempo. Algumas pessoas pareciam um tanto translúcidas por conta da aparatação não concluída; outras, ironicamente, olhavam no relógio; um homem, que provavelmente escorregou, estava numa diagonal de 45º, os papéis soltos flutuando no ar; uma mulher discutia com um jovem estagiário; e uma outra era sugada pelo Pó de Flu.

—  Por Merlin, o que é isso? - Draco indagou, andando devagar, como se um pisada em falso fosse deixa-lo na mesma situação.

— Eles parecem… - as palavras se formavam debilmente na boca de Hermione.

—  Paralisados no tempo. - ele completou.

— É como na carta…”vá pelo portal de pedra na paisagem petrificada”! - ela recitou.

— Está me dizendo que Dumbledore sabia que isso aconteceria, Granger?!

— Não! Dumbledore não permitiria que isso acontecesse. Ele…talvez…

— Ele…talvez…— Draco imitou-a, debochando. - Admita, Dumbledore não era o que parecia ser.

—  Deve haver uma explicação plausível para isso e…

—  Vocês grifinórios e sua lealdade cega.

—  A minha lealdade é cega?! Olhe a marca no seu braço, olhe que mundo você apoia, que mundo vive! Você venera tanto seu pai e Voldemort que nem percebe o quão conveniente é para Lucius Malfoy acreditar num ideal de raça pura, o quão mais fácil é mandar seu filho sujar as mãos em seu lugar… - ela disse numa estranha impassividade e saiu andando, o que irritou Draco mais ainda.

—  Não fale no meu pai, Granger! - ele seguiu-a - Onde pensa que vai?!

— Descobrir o que está acontecendo. Não toque em nada, Malfoy. - ela ignorou completamente sua primeira objeção.

Draco decidiu que não era ali que se separariam, estava assustado demais com a situação para andar sozinho e curioso demais para ir embora.

Eles se esgueiraram cautelosamente por toda aquela gente paralisada. A parte mais difícil foi passar pelos portões que davam acesso aos elevadores, e estes nem funcionavam. Por sorte, Draco conhecia uma velha passagem de escadas.

—  Essa é a mesma escadaria que dá acesso à suprema corte bruxa?

—  Você faz perguntas constantemente?

—  Preciso delas para obter respostas.

Ele bufou, irritado. Mas era mais fácil dar a ela a informação logo do que ter que ouvi-la falar e falar sem parar.

—  Sim, essa é a mesma passagem. Mas a suprema corte foi dissolvida há tempos. Agora o Velho Décimo Tribunal foi transformado numa prisão pré-Azkaban. Só uma sala de julgamento resta, e também fica nas masmorras.

—  O lugar é isolado?

— Sim, não existe magia por lá…mas parece que agora não existe em mais lugar nenhum. - ele disse mais para si do que para ela.

Desceram as escadas até o nono nível, onde ficava o Departamento de Mistérios, e seguiram para a Sala Circular. Doze portas pretas idênticas, sem maçanetas, se postavam em círculo na sala escura.

—  Em qual entramos? - Draco perguntou. - Rápido, antes que a sala comece a girar.

—  Espere. - Hermione pegou a carta e recitou um versinho - “pegue a primeira porta preta”.

—  Isso é uma sala em forma de círculo! Não tem primeira nem última, são todos iguais!

—  Pode ser a primeira porta da esquerda para a direita, ou vice - versa…mas se a sala gira em sentido horário… - Hermione solucionou.

Os dois seguiram pela primeira porta à esquerda, para dar de cara com a Sala do Tempo.

—  Ao menos o Departamento de Mistérios continua o mesmo… - ela pensou alto.

—  Já esteve aqui? Que lugar é esse? - Draco só chegara até a Sala Circular quando deu uma escapada para ver o que havia naquele misterioso departamento.

—  É a Sala do Tempo. Vamos! - ela não pareceu nem ter ouvido o que ele disse. 

—  Não estamos procurando a Sala doTempo! - ele se apressou para acompanhar os passos rápidos de Hermione.

—  Não, mas através dela chegamos a… - ela corria agora.

—  Oh! - Draco soltou um gemido de surpresa.

Ambos pararam de súbito. Com seu pé direito de catedral e imensas prateleiras lotadas de globos de vidro, a Sala da Profecia erguia-se diante deles, gigantesca e escura.

A pouca iluminação fê-los tatear seus bolsos em busca das varinhas inúteis.

—  Que merda! - ele murmurou baixinho.

—  Sabe o que trouxas usam? - Hermione perguntou, tirando da bolsa dois objetos cilíndricos iguais que Draco não sabia o que eram - Lanternas.

Ela apertou algo e as coisas liberaram um farol de luz não muito considerável, e então entregou uma para ele.

—   Certo. Para onde vamos agora? - Draco questionou.

—  Se estamos aqui temos que achar um globo. Um globo específico, um que tenha o nome do Lorde das Trevas e de Harry embaixo. E para achar o globo temos que achar uma prateleira…

—  Nós queremos um número, Granger. - Draco disse, observando que as prateleiras eram numeradas
E que número?

Ambos passaram alguns segundos pensando. Quase podia-se ouvir seus cérebros maquinando.

—   Repita o poema. - Draco falou.

—  Vá pelo portal de pedra na paisagem petrificada. Pegue a primeira porta preta até a prateleira do que essas palavras partilham.

—  Está nas palavras… - Draco se viu, agora, empenhado em descobrir que porcaria estava acontecendo e sentia que a resposta estava no maldito poema.

—  Mas ond…

—  P! A letra P! É isso que as palavras partilham, Granger! A maioria delas começa com P!

—  Décima quinta letra do alfabeto! Vamos por ali.

A prateleira em que estavam era a 55. Primeiro receosos, eles andavam bem devagar, mas começaram a acelerar as passadas à medida que a paciência diminuía e o número quinze não chegava nunca.

Hermione parou de súbito. Estavam na altura 37.

—   Espere!

—   O que foi?

— Algo está errado…os globos. Eles brilhavam, era quase imperceptível, mas os globos brilhavam.

— De todas as coisas que estão erradas hoje, sua maior preocupação são os globos brilharem ou não, sério?! O tempo está parado, menos para nós, Granger. Não procure sentido onde não há.

Draco pôs-se a correr agora, e Hermione foi logo atrás.

Nem precisaram olhar muito para perceber qual era a prateleira quinze. Ela irradiava uma fraca luz, mas que se destacava em meio a tanta escuridão.

Ao entrarem no corredor da dita prateleira, viram de onde a luminosidade vinha: um dos globos brilhava, um que estava no fim do corredor. Correram até ele e, por mais curioso que pareça, ou não, era justamente a inscrição que procuravam.

Draco e Hermione se entreolharam, num diálogo silencioso que dizia “quem vai primeiro?”. A bruxa, então, tomou a dianteira e agarrou o globo…


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Notas finais do capítulo

Espero ter deixado vocês curiosos!

Até semana que vem.

Capitu



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