Rolos da Vida escrita por camila_guime


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Desculpa o tempo longe aqui gente... Problemas de queda de internet... Problemas de criatividade, pessoais, sentimentais... Um fim de férias conturbado. E pra completar, INÍCIO DE AULAS PÉSSIMO!
bem, não vou ficar narrando sobre meus problemas, mas precisava dar uma satisfação né?
Ok, desculpem, em perdoem.
Aí vai o Cap. da Jenny. Vai se mais de um dela, por que ela vai presenciar muita coisa...
Aproveitem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/72196/chapter/29

Jenny

 

Edward estava com sérios problemas. E eu aqui em casa, querendo poder ajudar de alguma forma, enquanto ele estava com a Bella, que, a propósito, parece ser uma garota legal. Exceto, claro, pelo... Ah, deixa pra lá!

 

Dona Esme andava de um lado para o outro na casa enquanto meu pai tentava acalmá-la. Aposto que, se eu estivesse no lugar dela, estaria bem pior do que isso. A pobrezinha da Esme ficou tão agitada e nervosa que Carlisle teve que dar uns calmantes pra ela, e ela acabou dormindo profundamente. Pelo visto, papai vai ter que esperar até amanhã pra resolver esse problema... E Edward que não chega!

 

Depois de tentar, inutilmente, amenizar as coisas para meu pai, confortando-o um pouco, ele finalmente decidiu ir trabalhar um pouco no seu escritório e eu, sozinha, fui pro meu quarto.

 

Forks, diferentemente do que eu pensei, tem mais atrativos do que eu poderia imaginar. A situação de Carlisle, Edward e Esme. A escola nova. Mas mais que tudo isso: Jacob! Oh, caramba, ele é tão... Oh, meu, Deus!

 

O jeito que ele sorria... Tão lindo... O cabelo espetado dele, a pele quente e macia, os olhos ávidos, sua risada gostosa. Tudo nele é tão, tão agradável! Dá para ficar um dia inteiro ao seu lado, sem precisar falar nada, e já vai ser um grande momento. Na verdade, é isso mesmo: dá pra ficar muito mais que um dia! Aposto que a eternidade inteira daria para ficar ao seu lado, apenas o admirando, vendo seus modos, vendo seu corpo reagindo ao respirar, a rir... Eu não me cansaria de olhar nunca... Nunca...

 

— UOU! Jen! Calma aí! – Resmunguei comigo mesma indo até minha janela.

 

A vista dos fundos da casa era a cara do meu pai: luxuosa, extravagante e cara, muito cara. Os arbustos bem ornamentados e tudo mais não era bem o que eu imaginaria pra mim. Na verdade, se fosse apenas árvores naturais e alguma grama descuidada já seria lindo o bastante. Se pareceria tanto com...

 

Jacob.

 

— Ah...

 

Opa! Isso foi um...

 

— Eu? Eu suspirei? – Espantei-me. — Puta merda!

 

Levei minhas mãos à boca na hora. Assustada comigo mesma.

 

Meu coração estava disparado e minhas pernas tremiam. Na verdade, minhas pernas estavam tremendo desde que cheguei em casa. Pensei que fosse por causa da moto e da velocidade com que o doido do Edward corria. Mas o efeito da adrenalina não poderia estar surtindo até agora...

 

Oh, cara, eu estou doida! Completamente perdida!

 

— Mas quem se importa? – Dei de ombros e corri até minha cama.

 

Joguei-me nela de costas e rolei, abraçando o travesseiro. O espelho da minha penteadeira, na direção da cama, mostrou meu cabelo todo desarrumado. Num pulo, me sentei na frente dele e procurei minha escova. Meu cabelo estava querendo cachear a um tempo, e agora, com essa umidade toda daqui, os cachos estavam mais evidentes.

 

Passei a escova por eles e, quando ela escorreu pelos fios, eles voltaram a se encaracolar. Tão bonitinho. Cachinhos louros. Será que é bonito mesmo? Será que...

 

— Nem pense em pensar isso Jennyfer Cullen! – Briguei. Mas foi tarde, pois eu já havia pensado se Jake gostava de loiras.

 

Oh, Deus!

 

Ah, mas vai ver ele gosta mesmo! Ou... Vendo por Bella, talvez ele não goste tanto...

 

Droga, Jenny, para com isso!


Mas é sério! Edward, pelo que eu vi hoje, é mais que besta pela Isabella. Jacob só faltou explodir de vermelhidão quando ele beijou a garota. Então, Bella é a tal? Pelo visto... Uma garota até bem comum...

 

Deixe de despeito, garota!


Na verdade, Bella é linda mesmo. Uma garota de dezessete anos, mas que parece tão mais velha e bonita que eu! E tem os dois garotos mais lindos que eu conheço apaixonados por ela.

 

Ela nem merece! Poxa!


— ARGH! – Resmunguei e voltei a me jogar na cama.

 

Não. Já chega. O que eu quero? Não posso ficar pensando nessas besteiras. Eu sou a novata aqui, vai ver Bells é bem mais do que eu vi hoje. Talvez ela mereça os meninos. Mas ela nem gosta do Jake!

Dei um tapa no colchão quando eu pensei isso. Não é da minha conta! Nossa! É melhor eu ir dormir!

Certo. Talvez não fosse tão boa a ideia de dormir. Se não fosse pelo sonho...

 

Sonho:

 

Acordei no meio da noite com um barulho na minha janela. Sentei de sobressalto na cama e abracei meus joelhos pensando em gritar por Carlisle, mas aí, uma pedra atravessou minha janela e caiu exatamente na minha frente, no colchão.

 

Estranhei aquilo. Mas, de qualquer forma, me levantei e fui ver o que era com cuidado. Quando cheguei perto da cortina, olhei para o jardim lá em baixo e quase caí com o susto: Jacob.

 

Ele estava em pé, no meio do gramado. Quando me viu, seu lindo sorriso alvo pintou naquele seu rosto esculpido por deuses! Ele enfiou as mãos nos bolsos da calça, fazendo seu charme cada vez mais irresistível. Depois, pra piorar, ele me chamou com um aceno de cabeça.

 

— E-Eu? – Perguntei bobamente.

 

— Vem princesa. Quero falar com você. – Ele sussurrou, mas mesmo assim deu pra ouvir. Então, ele sorriu. Mais um segundo olhando para aquele sorriso, eu despencaria sacada abaixo.

 

Entrei no quarto e me olhei no espelho. Eu estava... Estava tão... Diferente. Eu usava um vestidinho que ia até a metade da minha cocha. Cocha que eu nem sabia que tinha. Sem falar do decote! E meu cabelo estava solto. Completamente solto e mais cacheado que nunca! Tudo o que precisei fazer foi lavar meu rosto para ver se era verdade. E sim, eu estava mesmo parecendo tipo... Uma garota grande. Não a filha de Carlisle, mas sim uma adolescente de dezesseis anos um tanto... Crescida.

 

Perfeita pra Jacob! – Pensei.

 

Sorri para o espelho achando aquilo um máximo. E depois, corri pela casa sem fazer barulho e cheguei até a porta dos fundos. E lá estava ele: meu príncipe de bronze, a personificação de perfeição.

 

Sua blusa era fina e o vento contrário a colava nas costas, deixando visíveis suas linhas perfeitas, trabalhadas pelos seus esportes. Ombros largos de nadador, um quadril mais estreito, porém, perfeitamente equilibrado com o resto e... Oh... Bem, o resto todo no seu lugar.

 

— Jake? – Chamei incerta se minha voz havia saído ou não. De toda forma, ele olhou por cima do ombro e se virou pra mim.

 

Ele ficou ali, parado, sorrindo pra mim como se eu fosse... Sei lá, algum presente que ele estava recebendo, quando, na verdade, ele era tudo que eu poderia pedir a Deus!

 

Então, ele estendeu a mão para mim quando eu já estava perto o bastante. Trêmula, segurei sua mão grande e macia. Ele me fez sorrir quando entrelaçou nossos dedos – o que também me fez sentir um calafrio.

 

— Jake, o que você está fazendo aqui?

 

Jacob me puxou mais para perto de si. Era muito... Estranho. Diferente de tudo que eu já experimentei. Eu sempre fui pequena, mas, naquele momento, eu nunca fiquei tão em desvantagem perto de alguém. Ele curvava o pescoço e olhava para baixo pra encarar meus olhos. Enquanto eu olhava para cima pelo mesmo motivo. Porém, notei que nos encaixávamos. Quer dizer, minha forma se encaixava na dele, no modo como seu corpo estava acessível a mim, e o meu a ele.

 

Alguma coisa estranha se agitou dentro de mim, fazendo o fluxo do meu sangue correr de forma irregular. Ele se esqueceu de fluir pros meus membros, e eu sentia que minhas pernas iam ceder a qualquer momento.

 

— Lembra que eu ia te ensinar a guiar? – Jake perguntou. Sua vos estava roca e sussurrante, bem perto de mim.

 

— M-mas ag-gora? – P.Q.P! Por que eu tive que gaguejar?

 

Ele não me respondeu. Apenas sorriu malicioso e assentiu com a cabeça. Depois, enquanto eu continuava embasbacada, ele me levou pela mão até o saguão da casa. Lá, um Opala preto brilhante nos esperava.

 

Jacob abriu a porta do passageiro pra mim e ele foi para o lado do motorista. E ele dirigiu até a estrada. Eu não sabia onde estávamos indo. Nem queria saber. Eu estava perdida em deslumbre. Só parei de olhar para Jake quando estacionamos e ele saiu do carro.

 

Estávamos numa praia, e, por incrível que pareça, não estava frio. Na verdade, mesmo que estivesse frio, dificilmente eu perceberia isso estando ao lado do homem mais quente que eu conhecia.

 

Então, Jake e eu sentamos num tronco grande de árvore e olhamos as ondas quebrando nos rochedos ao longe, e as outras massageando a beirada da terra.

 

— Pronta para aprender a guiar? – A voz de Jake me fez olhar e volta para ele. O sorriso malicioso estava lá.

 

— Já vamos voltar pro carro? – Falei antes que eu pudesse me deter. Minha voz saiu chorosa e Jake riu.

 

— Carro? Do que você está falando Jen? – Ele perguntou fazendo uma ruga brotar entre suas sobrancelhas. Chegou mais perto de mim e tocou meu rosto.

 

— Dirigir... – Foi tudo que pude responder.

 

Jacob segurou uma das minhas mãos, enlaçando nossos dedos. Sua outra mão com certeza sentiu meu tremor. Ele sorriu e se aproximou mais um pouco, rindo. Com certeza rindo da minha bobeira.

 

— Eu não estava falando de dirigir... Guiar é diferente de dirigir...

 

Sua voz estava me hipnotizando toda. Não vi nenhum sentido no que ele disse, nem me esforcei para isso. Também, não quis saber o que estava acontecendo ou o quão imprudente era eu ter fugido pra uma praia no meio da noite. Não interessa do que Jacob estava falando! Era apenas como eu havia dito: qualquer tempo perto de Jake era um tempo a ser saboreado, e não desperdiçado com problemas.

 

— Então você quer me ensinar a guiar? – Minha boba pergunta o fez sorrir mais ainda. A essa altura, nossas testas estavam unidas e seu sorriso me fez sentir gosto de hortelã.

 

Jake sorriu e assentiu, balançando a cabeça. De novo, ele curvou quase todo o pescoço para baixo e eu para cima. Novamente assumimos uma postura onde ficávamos perfeitamente moldados um ao outro. E, inconscientemente eu cheguei mais perto. Sim, nossas curvas se encaixavam.

 

Então, minha pobre mente momentaneamente débil entendeu facilmente de repente o que Jake quis dizer: guiar.

 

GUIAR?

 

— Jake... – Minha voz saiu sussurrante. E quase que implorava por ele. Estava tão perto. A sua boca estava tão perto, mas ele só sorria, me provocando.

 

O vento da praia soprou gélido pelas minhas pernas, suspendendo um pouco o tal vestido. Eu corei terrivelmente e, automaticamente, segurei a barra dele protegendo meu corpo. Jacob riu. Seu peito estremeceu em contado com o meu.

 

— Por que você está fazendo isso? – Perguntei sentindo lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

 

Eu soube por que estava chorando: por que Jacob estava me matando. Estava me provocando, me mostrando como ele sabia me guiar, enquanto eu não tinha ideia do que fazer, do que era estar com um cara, do que era controlar as sensações, do que era sequer beijar um rapaz! Eu estava me sentindo a mais boba das bobas.

 

— Você é uma criança Jen... – Ele sussurrou de forma rouca bem perto da minha boca, mas, depois, se afastou tão subitamente que eu senti um frio repentino.

 

— O que... – Não consegui terminar de falar.

 

— Vem, vou te levar pra casa do papai! – Jacob riu malvado e me levou pela mão de volta para o carro.

 

P.Q.P. Eu quis me chutar por ter deixado ele me guiar até aqui. Eu queria de alguma forma não concordar com o fato de eu ser uma criança realmente. A filhinha de Carlisle!

 

D.R.O.G.A!

 

 

***

 

Continua... Com certeza!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então? Grandinho né? Saiu a jato!
hehehehe
Aproveitem!
Beijos!
Mila.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Rolos da Vida" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.