Rolos da Vida escrita por camila_guime


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

A história começa onde começa as mudanças da vida de Bella, nossa adolescente em mudanças por aqui. Logo, Edward nos narra sua ingênua e despretenciosa chegada. Um momento de impressões, expectativas e esperanças iminentes a toda aquela incomum situação, começando pelo fato de os Swan serem pessoas que Edwar nunca viu, e virce-verça...



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Edward PDV.

A chegada.

 

Cheguei a Forks e fui recebido pela chuva no aeroporto. Já sentia saudades de minha mãe Esme, a sempre doce e cuidadosa mãe. Sinto cada instante por tê-la deixado, mas se é para ela viver feliz e sossegada, é assim que vai ser! Não quero ser um empecilho para ela e seu doutorado em medicina, na Inglaterra. Eu não iria me opor a isso, então eu decidi vir para a casa do parente “mais próximo”: Renné, uma espécie de prima distante da família. Na verdade, só me lembro de tê-la visto uma vez, numa foto da época de escola, quando minha mãe e ela eram colegas de sala. E foi bom saber que Renné aceitou me acolher aqui sem relutância, mas, no fundo, sei que eu nunca vou me sentir realmente à vontade com isso.

Mas, enfim, tomei um táxi e dei o endereço ao motorista. Sorte minha ele ter acertado o caminho. Quer dizer, mesmo depois de ter estacionado, eu não tinha certeza se era a casa certa, mas poderia ter esperança já que o carro da polícia do chefe Swan estava estacionado na frente. De toda forma, eu não poderia questionar se estivesse na casa errada, afinal, fui eu quem insistiu para que ninguém se desse ao trabalho que ir me buscar no aeroporto, - já era demais ter que me hospedar com eles, e eu não poderia dá-lhes mais este trabalho.

Era cinco e quarenta da manhã, eu me perguntava se essa mudança toda não era maluquice demais, e eu estava nervoso, mas, assim que apertei a campainha, o Sr. e Srª. Swan abriaram a porta para me receber.

– Oh, Edward? – dona Esme falou gentilmente, sorrindo de forma amistosa.

­– Bom dia, senhora Swan, - apresentei-me e ia oferecer a mão em cumprimento, mas ela me surpreendeu com um abraço. Ela é uma mulher de aparência jovem e rosto mimosamente receptível, foi fácil senti-la adorável.

– Como vai rapaz? – senhor Swan apertou minha mão com certa força, e eu tentei retribuir. Ele já era um homem de rosto gentil, mas eu sabia que era sério e definitivo - logo, alguém que eu deveria respeitar cem por cento.

Depois de ser recebido pelos donos da casa, avistei, no sofá da sala, uma garota branca, magra, cabelos lisos e castanho-escuros, olhos anilados, mas com certo brilho verde bem no fundo. Ela me encarou com uma dura expressão de desconfiança. Adivinhei: filha deles dois – corpo da mãe, trejeitos do pai.

– Edward, esta é Isabella e...

– Bella! – corrigiu a garota, displicente.

– Sim, e, Bella, este é Edward, filho de minha prima e amiga, Esme, - dona Renné finalizou com o mesmo tom doce, como se não visse o desgosto evidente no rosto da garota.

Disposto a não nutrir aquele tipo de relação com a filha dos meus receptores, logo tratei de apresentar-me, eu mesmo, em seguida:

– Como vai... Bella? Muito prazer, - estendi minha mão e ela deu uma tapa em minha palma, num toque, para mim, inesperado.

– Cadê sua educação, filha? – Charlie perguntou, mas na verdade não parecia que ele se incomodava, mas que falava como se fosse algo que deveria ser dito por conveniência.

– Bells está cansada, deveria voltar para o quarto e dormir. Logo é hora da escola e não vamos querer uma Bella mais estressada! – Renné falou sorrindo, diminuindo o peso do ar no âmbito, ainda doce e relaxada.

Bella rolou os olhos tampouco se importando com a descrição da mãe sobre ela. Logo vi que seria difícil desfazer qualquer má impressão que ela possa ter de mim.

– A propósito, - Charlie interveio quando Renné ia me direcionando a uma escada, a mesma que Bella acabara de subir, indiferente. – Renné, deixe-me falar com o garoto um momento.

– Ótimo, eu vou à cozinha e já volto para levar você pro seu quarto, querido, - Renné falou indo à outra direção.

– Escute rapaz, - ele pôs a mão em meu ombro, olhando-me por baixo de suas grossas sobrancelhas, – você estará dividindo o quarto de minha filha. Você de um lado e ela do outro. Não quero gracinhas, meu rapaz, entendeu?

Seu tom foi firme e sério. Demorei pra assimilar o rumo daquela conversa, mas, assim que entendi, tentei ignorar meu pequeno sentimento de ofensa, a final, eu era o estranho aqui e Charlie estava em seu direito de pai.

– Senhor Swan, não haverá gracinhas. Respeitarei a vocês e sua filha. É o mínimo que posso fazer para me redimir em frente a tanta gratidão.

– Certo, vamos para a cama! – Renné falou entrando na sala de novo. – Já terminaram?

– Sim. Boa noite, Edward, - Charlie disse, afastando-se de mim com educação.

­– Boa noite, senhor.

Renné dirigiu-me até um quarto. Assim que entrei, vi uma cama decorada de roxo, e, debaixo de um edredom, Bella fingia dormir. O quarto era todo arrumado, mas tinha uma tristeza contagiante em cada monótono e medíocre objeto. Um livro (O Morro dos Ventos Uivantes) estava jogado no chão, sob a mão de Bella que pendia pra fora do colchão. Adentrei por uma estreita porta dentro do quarto dela e avistei meu mais novo quarto, sem decoração além de uma cama, um guarda-roupa e uma escrivaninha.

– Seja bem-vindo, meu caro, - Renné sussurrou para mim, gesticulando silêncio pela filha logo ao lado. – A porta tranca tanto do seu lado quanto do lado de Bella, então, não se assuste caso ela não abra para você... Você entende... – Ela tentou falar, mas parecia não saber como terminar.

– Tudo bem, eu entendo. Agradeço por tudo.

Ela me deu um gentil beijo na testa e mais um boa-noite. Apesar de já ser dia. E em pensar que logo estarei em outra escola!

 

 

Isabella PDV.

Primeiro dia. Manhã com Edward na minha vida.

 

Levantei e tomei meu banho, receosa de encontrar o estranho Edward em algum lugar. Algo não batia entre ele e eu. Pode ser impressão minha, mas não confio nele. Assim, tranquei a porta do “quarto dele” enquanto me vesti correndo e destranquei, descendo direto para a cozinha. Para minha surpresa, ele já estava por lá.

– Bom-dia, Bella? - o panaca me deu um sorriso torto e falou com sua voz rouca. Dei-lhe um sorriso amarelo. – Creio que não foi muito bom nosso encontro esta madrugada. Peço desculpas pela hora que cheguei. Espero que nos demos bem.

– Olha, em primeiro lugar, chega dessa formalidade forçada, ok? Fala sério! Quantos anos você tem, noventa? Segundo, meu nome é Isabella. Bella para os íntimos! Terceiro, eu não garanto minha amizade e então não force a barra Cullen! – expus tudo que estava preso. É preferível que tudo fique claro a ter que aturar fingimento.

Seu rosto ficou sério enquanto me ouvia. Vi seus lábios se comprimirem e depois, surpreendentemente ele me deu um sorriso brando, sem dentes, mas incomodamente sincero, fazendo eu, por um momento, desacreditar que a presença dele possa ser assim tão mal.

– Por mim tudo bem. Pensei que você não gostasse que te chamassem de Isabella, Isabella...

– ARRR! Não! – rugi. Sinceramente, tenho alguma crise contra meu nome ser pronunciado por inteiro. – Tudo bem, tudo bem. Eu não suporto isso, então tente Bella mesmo! Mas não vá se engraçando! – falei. Edward riu e foi para a mesa dando de ombros.

Logo, Renné adentrou na cozinha e colocou nossos cafés. Gentil e ingênua, como sempre, minha mãe puxou conversa com o recém-chegado. Fiquei ouvindo sobre a tal Esme e seu brilhante futuro na medicina, sobre Edward e suas inúmeras escolas, acompanhando a mãe em suas viagens, e mais Edward com seu belo currículo acadêmico e boletins satisfatoriamente bonitos, e ainda Edward, Edward, Edward!

Acabado o café, trotei até me carro. Uma coisa boa. Depois, Edward entrou pelo lado do passageiro. Uma coisa ruim.

– Você pretende comprar um carro? – perguntei pouco me importando com a forma com que ele poderia interpretar meu questionamento.

– Sim. Logo, logo estarei com um. Obrigado pela carona, Bella.

Meu nome pronunciado por ele, aqui, sem som algum para atrapalhar sua voz, me fez sentir o cabelo da minha nuca se ouriçar. Parecia sair num tom nunca pronunciado antes: tinha curiosidade, despretensão, respeito, mas, principalmente, gentileza. Relutantemente admito: Edward é educado.

Tirei o carro com minha iminente dificuldade com balizas. Edward pareceu tentado a pedir o volante e ele mesmo tirar o carro da vaga, mas se conteve. Logo, o jipe de Emmet, meu vizinho e amigo, pareou-se ao meu amado veículo idoso. Baixei o vidro do carro para falar com ele.

– E aí Bella!

– Fala Emmet!

– UOU! Seu hóspede chegou! – o grandalhão de sorriso divertido sorriu para o Edward. Eles acenaram uma para o outro, (Edward irritantemente ainda gentil).

Não demorou muito, meu outro vizinho e amigo pareou seu carro ao meu também, quando Emmet acelerou e seguiu à frente.

– Bellinha! – Jasper gritou do seu volante. Oscilei minha atenção entre a pista e ele, sentindo um repentino arrepio quando percebi que ele e Edward se olharam com interesse.

– O-oi Jass! – o cumprimentei, pela primeira vez em anos, sem jeito.

Ele também acelerou seu carro. Ok, eu não posso falar sobre isso. Se meu carro acelerasse, eu também chegaria à escola junto com eles, mas não dá pra ser.

– Você tem muitos amigos? – Edward perguntou.

– Eu vivo aqui! – Respondi. Entenda ele o que quiser.

Cheguei ao estacionamento e saí para o pátio. Emmet e Jasper, como de costume, vieram em minha direção. Emmet me abraçou sempre me afogando com seu porte físico grande e alto, me fazendo suspender do chão. Jasper, bem mais sutil, me deu um abraço doce e brincou pondo a aba do meu boné pro lado. O tirei para arrumar o cabelo.

– Então, vamos pra aula? – perguntei inocentemente.

– Espera Bel. Apresente seu amigo aí! – disse Emmet, com um largo sorriso de sempre no rosto. Balancei minha cabeça com a palavra “amigo” e tentei ignorar esse vacilo.

– Ah, sim. Desculpa gente. Ta bom, esse aqui é o Edward, meu... primo, pra todos os casos... – chutei. Logo, o panaca do Edward sorriu satisfeito e deu um toque de mão nos meus amigos.

– Muito prazer, - ele disse. Rolei os olhos por sua formalidade. Sério: isso me irrita.

– Fala aê! – correspondeu Emmet.

– Oi! – disse Jasper.

– Todo mundo feliz! Vamos pra aula?

– Claro, - respondeu o panaca. Fui à frente, os caras me seguiram.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler. Espero ansiosamente por seus comentários. Para mim é importante saber se vale à pena e se gostaram da história. Conto com seu apoio.
ps: tem uma fic que aposto que vão gostar também:
http://fanfiction.nyah.com.br/historia/61607/Pegadas_De_Verao
Vamos lá!
Beijos!!!!
Mila.