A Mulher da Boate - Itahina escrita por kelly chan


Capítulo 10
Capítulo X


Notas iniciais do capítulo

Oi, tudo bem!
A demora foi demais não foi!
Desculpem! Eu não vou abandonar a história de jeito nenhum!
Eu só estou tendo um período difícil.
Por isso, quero avisar que não vou poder estipular datas para as postagens.
Então, espero que entendam!
Obrigada por continuar comigo e vamos para mais um capítulo!
Bjss de luz!!!!
Capítulo X fresquinho!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/721604/chapter/10

Itachi Uchiha caminhava pela empresa. Observou ligeiramente alguns de seus funcionários que percorriam o andar térreo; Seus passos estavam acelerados. Alguns dos funcionários tentaram cumprimenta-lo, mas ele os ignorou. A expressão calma em seu rosto em nada combinava com seus verdadeiros sentimentos. Naquele dia, havia acordado com uma surpresa. Uma grande e desagradável surpresa, concluiu Itachi.

Ultimamente, Itachi não conseguia ter um pouco de sossego. Porque, Fugaku Uchiha sempre estava ligando ou mandando e-mails. Há um ano, seu pai teve a brilhante ideia de fazer a Zona Masculina competir no mercado exterior. E como se não confiasse em seu próprio filho, ele sempre entrava em contato para saber o andamento e detalhes do processo. Por isso, naquela manhã bem cedo, Itachi tinha acordado com uma ligação do Uchiha mais velho.

Fora retirado de seus pensamentos pela recepcionista lhe desejando bom-dia. Passou direto pela mulher sem responde-la sequer uma palavra. Trocou a pasta que segurava para a mão esquerda enquanto terminava o trajeto para chegar ao elevador. Com a mão direita livre, apertou o botão, chamando pela máquina. Poucos segundos depois, as portas metálicas se abriram. Ele entrou como um raio e pressionou um dos números do painel. Logo, o som da porta se fechando ecoou.

Durante o tempo em que esperava, sentiu um incômodo em seu pescoço. Girou e direcionou seu corpo em frente ao espelho do aparelho para verificar o que poderia estar lhe incomodando. Constatou a gravata vermelha meio torta na gola da camisa social. Suspirou forte, levando suas mãos até a peça com rapidez. Soltou outro suspiro quando finalizou sua arrumação. Analisou-se uma última vez e ficou satisfeito de tudo estar em seu devido lugar. Depois, retornou a sua postura ereta. Havia parado em alguns andares, no entanto não em muitos. Itachi agitou-se um pouco ao ver que faltavam dois andares para chegar. Quando a voz eletrônica ecoou, ele saiu à passos largos.

“Bom dia, senhor Uchiha.” Uma voz feminina falou depois do som das portas se abrindo cessar.

Itachi respondeu ao cumprimento, mas não parou de caminhar. Sem muita demora, ouviu o barulho de saltos contra o piso de porcelanato. E notou que sua secretária o seguia. Nas mãos dela, existia um copo que possuía um forte aroma de café. O Uchiha o pegou, levando-o à boca enquanto escutava a funcionária falar:

“Hoje, temos as análises das avaliações da fábrica em Pernambuco e o relatórios do investimentos em marketing em São Paulo.”

Assim que a sua assistente parou de falar, Itachi parou de andar. Bebeu o restante do café que tinha no recipiente e virou-se para a mulher. Por alguns instantes, deixou-se observar sua aparência. Ela tinha os cabelos negro-azulados muito curtos. Naquele dia, sua roupa era composta por uma blusa social branca, blazer e saia lápis negros. Fechando o visual, usava um belo escarpam preto com a sola em vermelho. Subiu sua análise para o rosto, a maquiagem destacando os olhos cor mel.

O Uchiha fechou os olhos e respirou fundo. Era difícil olhar para Konan e não se lembrar de Hinata. As duas eram muito parecidas quanto a aparência, pensou Itachi. No início, o Uchiha confundia-a com a Hyuuga. Era trabalhoso e ao mesmo tempo embaraçoso quando essa comparação acontecia.

Há seis anos, quando Hinata sumiu, Itachi teve um árduo trabalho para encontrar uma pessoa que pudesse substitui-la com igual maestria. Ele passou dois anos frustrado pelas primeiras sete contratações malsucedidas. Todas fizeram a mesma coisa. Assediá-lo. Porém, quando lhe enviaram Konan, ele se surpreendeu. Até hoje, lembrava a primeira vez que a viu. Ao ver a mulher entrar em sua sala, o Uchiha pensou tratar-se de Hinata. Mas, ao olhá-la nos olhos, percebeu a diferença. Pois, não havia encontrado os olhos perolados que tanto almejava. No entanto, a semelhança era tremenda.

Itachi não queria admitir, mas em seu íntimo, ele sabia que somente a contratou, por ela ser parecida com a Hyuuga. Poderia ter causado um grande erro ao fazer tal atitude. Contudo, ao passar do tempo, ele percebeu que Konan realmente era uma boa secretária. Então, passou a dar um voto de confiança para ela e a mesma mostrou-se merecer essa credibilidade. Tanto que permitiu que ela o chamasse de senhor Uchiha, como Hinata também fazia.

“Konan, venha até minha sala.” Ele disse, indo para a única porta presente na direção na qual ele se encontrava.

Assim que ele entrou na sala, Konan permitiu-se sair da pose profissional e ir em direção a sua mesa. Já tinha em mente o que o Uchiha pediria, então pegou o tablet, deslizou o dedo pela tela e começou a percorrer o mesmo caminho que seu chefe fizera anteriormente. Em frente a porta, segurou a maçaneta e entrou na sala.

“Estou aqui, senhor.” Ela falou depois de trancar a porta.

“Chamei você para saber como está a situação para a viagem.” Itachi falou, retirando sua atenção da tela do computador e levando-a até Konan.

“Recebi a ligação de um dos representantes. Está tudo confirmado.”

Enquanto a mulher falava, a tela do aparelho, no qual Itachi trabalharia, brilhou. O presidente logo voltou-se para o teclado e digitou a senha para utilizá-lo. Mas, ele continuava escutando as informações que lhe eram passadas.

“As passagens estão prontas. O embarque será às dezesseis horas em um voo sem escalas e conexões.” Konan falava enquanto deslizava o dedo na tela do tablet. “As reservas do hotel já estão em minha posse.”

“Conseguiu um quarto ao lado do outro?”

“Como pediu, senhor.”

“Certo… Konan.” Ele chamou, fazendo questão de olhar para a sua secretária. “Está com as malas prontas?”

“Sim.” Ela sorriu pequeno. “Está tudo preparado.”

“Ótimo.” Retornou ao seu computador e continuou. “Hoje, irei liberá-la mais cedo para que se arrume.”

“Como quiser, senhor.”

“Agora me envie as análises e o relatório. Quero terminar isso logo.” Ao finalizar, ele viu Konan dar-lhe as costas e sair.

Há quatro meses Itachi tentava fechar negócio com uma empresa têxtil na Bahia. Pela sua avaliação, era uma união promissora. A marca já tinha uma grande força no mercado brasileiro e planejava abrir uma filial nos Estados Unidos. E, naquele momento, um aliado era uma bela opção para conseguir ampliar os negócios para o mercado exterior.

 

*******

 

Itachi estava absorto em suas tarefas quando o telefone tocou. Depressa, pegou o aparelho e o posicionou no ouvido.

“Senhor Uchiha, a senhora Mikoto está na linha.”

“Transfira.” No mesmo instante, ele ouviu o som do bipe e, em seguida, a ligação se iniciou.

“Filho! Como vai?”

“Bom dia, mãe! Estou bem. E a senhora? Está se cuidando?” O Uchiha deixou seu corpo repousar nas costas da cadeira giratória.

“Sim, meu bem.” Mikoto falou em tom alegre e continuou. “E o seu pai também está bem, querido.” A mulher enfatizou a palavra pai. “Eu liguei para confirmar se você vem para o jantar de amanhã para conhecer a namorada do Sasuke, a Sakura.”

Itachi baixou o olhar. Ele já havia visto a namorada de seu irmão nas revistas e na televisão. Mas nunca pessoalmente. Sakura era uma empresária, dona de uma rede de perfumaria chamada Bout, mais conhecida pelo sudeste do país. Era uma mulher impressionante pelo fato de como administrava seus negócios, mas o Uchiha não tinha simpatia pela nova cunhada.

“Ah…” O moreno fechou suas feições e levou sua mão a testa a massageando. ”Desculpe mãe, mas amanhã eu estarei em viagem.” Repousou sua mão na mesa.

“Mas, você disse que viria.” A decepção contida na voz da mulher era nítida. “Não pode deixar isso para outro dia?”

“Infelizmente, não posso. Preciso assinar esse contrato.” Pegou um papel próximo a si. “Perdoe-me. Prometo que assim que chegar, marcaremos outro jantar para poder visitá-la e conhecer a namorada do Sasuke.”

“E não esqueça do seu pai, filho.” Mikoto disse. “Faz anos que não vem aqui. Estamos com saudade de você.”

“Como se ele estivesse.” O presidente falou baixo e com ironia enquanto abaixava a cabeça. Porém, sua mãe havia escutado.

“Meu bem, ele gosta de nós. Mas demonstra isso do jeito dele.”

“Mãe, não vamos discutir isso, tudo bem?” O Uchiha disse, colocando a mão na testa.

“Tudo bem, mas depois que voltar de viagem, vamos marcar outro jantar. E você tem que aparecer.” A mãe dele pronunciou em um misto de advertência e riso.

“Combinado.”

“Ah! Meu bem.” Mikoto chamou como se tivesse lembrado alguma coisa. “Quanto aos nossos investimentos? Está tudo bem, você precisa de alguma coisa?”

“Não se preocupe com isso, mãe. Tudo está indo como a senhora deseja.” Itachi declarou e finalizou a chamada depois que sua mãe se despediu.

 

*******

 

Sasuke adentrou a sala do presidente e trancou a porta com força, fazendo um barulho estrondoso. Nas mãos dele, havia alguns papeis grampeados. O vice-presidente se aproximou do irmão com passos largos e jogou os documentos na mesa de Itachi.

“Assine logo esses papeis.” Sasuke falou, transmitindo impaciência em sua voz.

“E o que é isso?” O mais velho na sala somente direcionou seu campo de visão ao presente.

“É a rotatividade dos funcionários no semestre passado.”

Itachi tratou de apanhar os papeis, mas não sem antes observar o seu irmão atentamente. Trouxe as folhas para mais perto de si e de sua visão. Retirou a caneta do porta-lápis e enquanto passava o olho pelas palavras, não se conteve em falar:

“Sente-se. Quero conversar com você.”

“Sobre?”

“Sobre nós dois.” Retirou sua atenção do que fazia por um instante para direcioná-la ao irmão.

“Eu não tenho intenção de conversar…”

“Não estou pedindo. Estou mandando.”

“E se eu não quiser, vai fazer o quê? Me socar?” O vice-presidente falou, cruzando os braços.

Itachi, no mesmo segundo, cessou os movimentos das mãos e parou de assinar. Pressionou seus lábios um no outro e forçou os dentes a prenderem a boca. Soltou um suspiro leve, tentando manter sua mente tranquila. Sem direcionar sua atenção ao irmão, expôs com dureza.

“Sente-se agora, Sasuke.”

“O que aconteceu com a regra de não chamar pelo nome, presidente.”

“Então, prefere que eu te bata?” Percebeu que sendo educado não conseguiria se comunicar, por isso recorreu à brutalidade.

Sasuke, ainda de braços cruzados, observou o mais velho por alguns instantes. Com um suspiro forte, mexeu-se em direção a cadeira e sentou. Suas feições estavam completamente duras, mostrando a impaciência e raiva que sentia. Espiou o irmão com o canto dos olhos e encontrou-o remexendo as mãos.

“Eu não aguento mais ficarmos brigados.” Itachi contou. “Somos irmãos, Sasuke.” Finalizou sua fala, empurrando os papeis com sua assinatura para o outro ali presente.

“É… Para a minha infelicidade.” O vice-presidente continuava de braços cruzados, porém suas expressões estavam mais calmas.

“Nossa mãe acabou de ligar.” O Uchiha mais velho soltou um suspiro forte antes de falar. “Se ela descobrir que estamos brigados…”

“Não precisa me dizer isso. Eu já sei.” Sasuke virou o rosto. “Eu… já vinha pensando sobre isso na semana passada.” Depois de falar, ele se calou por algum tempo, mas prosseguiu. “Eu só preciso saber de uma coisa. Você ainda… Sente alguma coisa pela Hinata?”

Itachi, que antes tinhas seus braços apoiados na mesa, retirou-os dali e posicionou seu corpo nas costas da cadeira giratória. Suspirou forte, antes de reposicionar-se para encarar o irmão.

“Eu vou ser sincero.” Lambeu o lábio inferior. “Durante todos esses anos, eu não consegui esquecê-la. E agora…”

Itachi se interrompeu ao ver Sasuke inspirar com intensidade e se levantar com rapidez. Sequer lhe dirigiu o olhar quando recolheu as folhas. Depois, ele simplesmente virou as costas e começou a andar.

“Sasuke.” O presidente chamou, fazendo-o parar.

“Meias palavras já bastam para um bom entendedor, Itachi.” Sasuke pronunciou de costas. “Eu sinto muito por você, mas enquanto gostarmos da mesma mulher, nossa relação não vai mudar.” Virou-se para encarar o irmão. “Eu já deixei claro desde nossa última conversa, há dois anos, quando você veio fazer essa mesma inútil tentativa. A única mulher que amo é Hinata. Ela tem um lugar especial em meu coração, onde nenhuma mulher conseguiu preencher.”

“E hoje, ela estaria comigo, se você não tivesse estragado tudo!” O mais novo terminou a frase com intensidade na voz.

“Por que?” Itachi perguntou esfregando seus olhos. “Por que você insiste em colocar a culpa em mim? Eu não fiz nada.” disse, agora olhando para o irmão.

“Sou eu quem devo perguntar. Por que você continua negando esse tempo todo?!” Sasuke falou esticando o braço em direção a Itachi. “Por que não admite de uma vez e pronto. Seria mais fácil que eu te perdoasse.”

“Então nunca vou ter o seu perdão.” Itachi exprimiu, colocando em sua cabeça que não adiantava fazer as pazes. “Porque eu não vou assumir uma culpa que não tenho.” E por fim, girou a cadeira para não ver mais seu irmão.

Logo depois, Itachi ouviu o som dos passos de Sasuke ficarem distantes e o barulho da porta trancar com brutalidade. Ainda na mesma posição, o Uchiha inspirou todo o ar que seus pulmões podiam suportar. Encarou a luz do sol e as nuvens flutuando pelo céu pela janela a sua frente. Inclinou a cabeça para sua esquerda e fechou os olhos, tentando conter a tristeza que aumentava dentro de si.

“Onde foi que eu errei.” Ele pronunciou, perdendo-se no silêncio daquela sala.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que achou? Deixa um comentário!
Quero agradecer por ter lido a minha estória!
Espero que tenha gostado!
Desculpe a demora!
Bjss de luz e até o Capítulo XI!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Mulher da Boate - Itahina" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.