Ligações Perigosas escrita por Maria Gellar


Capítulo 10
Sem reforços


Notas iniciais do capítulo

Oi, meus amores! Mil desculpas em atualizar a fic, mas espero que a espera seja recompensada com o capítulo que trago hehehe

PELA PRIMEIRA VEZ, TEREMOS UM POV DE DERRICK, NOSSO SEGURANÇA MISTERIOSO! YEEEES

Espero que gostem, agradeço de coração por cada favorito e comentário, vcs são demais ♥

Apresentando Jessica Alba como Tina Sullivan.

Aproveitem a leitura!



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Derrick James POV

Após receber a ligação do Sr. Vitter, dirigi até sua mansão e cheguei lá em quinze minutos. Ele não me deu detalhes do que queria comigo, mas sua voz no telefone transparecia preocupação e nervosismo. Inevitavelmente, pensei em Annelise. Sem sombra de dúvida isso tinha algo a ver com ela.

Eu estava um pouco abalado com a nossa última conversa e tive um pressentimento ruim quando nos despedimos no Central Park, porém, achei tudo uma grande besteira e resolvi ignorar minha intuição.

Mas... Mas algo na voz de Anne não transmitia segurança quando falou que iria encontrar seu motorista na esquina. E, talvez, ela pague muito caro pelo fato de eu ter ignorado meu pressentimento.

Entrei na casa e encontrei Roger abraçando Felícia de lado enquanto ela se debulhava em lágrimas, com o rosto inchado e avermelhado.

Fiquei preocupado.

— O que houve? Onde está Anne? — perguntei.

— Ela foi sequestrada. — respondeu Roger, engolindo em seco.

Tenho certeza que essas palavras doeram nele.

Permaneci em choque por alguns segundos, mas logo recobrei os sentidos.

— Quando?

— Ontem, próximo ao meio-dia no centro de Nova Iorque.

Fiquei entorpecido. Estava em pânico. Tudo passou como um flash na minha cabeça. O baile, a madrugada e a nossa última conversa.

Definitivamente a nossa última conversa tinha a ver com seu sequestro. Senti-me culpado. Culpado por ser tão idiota e não ter ido atrás dela quando, nitidamente, ela estava magoada e impulsiva.

Soltei o ar abruptamente e tentei ser racional neste momento.

— Os sequestradores já fizeram contato?

— Falamos com Anne. Ela disse que eles querem cinquenta milhões de dólares para serem depositados numa conta na Suíça...

— Isso é muito dinheiro! — eu falei, interrompendo-o — Eu vou fazer alguma coisa, isso não pode ficar assim.

Roger, então, se afastou de Felícia e deu dois passos em minha direção.

— Eles mencionaram expressamente que não é para irmos à polícia, portanto, precisamos de você. E o que quer que você faça, seja discreto. A vida de Anne está nas suas mãos.

Não respondi. O tom de voz do Sr. Vitter era intimidador. Como se já não bastasse meu sentimento de culpa por ela ter sido sequestrada após nosso diálogo, agora tenho que carregar o peso de sua vida em minhas mãos.

Contudo, se analisarmos bem, é justo. Eu a coloquei em perigo e tenho o dever de tirá-la.

Saí com rapidez da casa, fechando a porta bruscamente.

Entrei em meu Audi e fui em direção à suposta solução para isso. Era minha última chance de ver Anne. E eu não iria desperdiça-la. Milhões de coisas passaram pela minha cabeça durante todo o trajeto de 25 minutos. Como Anne está? Está bem ou fizeram algo? Será que estava longe ou perto?

Ah não podia acreditar no que estava acontecendo! Talvez eu tivesse perdido a primeira garota que mexeu comigo em anos.

Minha linha do pensamento foi interrompida quando finalmente cheguei ao lugar desejado.

Já dentro do prédio, entrei no elevador e apertei para ir ao oitavo andar. O andar de Tina Sullivan, também conhecida como minha chefe da CIA.

Chegando lá, me dirigi para sua sala, que era a última do enorme corredor lotado de portas de vidro.

Nem bati na porta, abri-a bruscamente, fazendo muito barulho. Ela estava sentada na sua cadeira, à frente sua mesa e lendo uns papéis. Tomou um susto com a minha entrada brusca.

— Será que você não leu a placa de 'bata antes de entrar'? — falou, jogando os papéis sobre a mesa.

Eu apoiei minhas mãos sobre a borda de sua mesa bagunçada e falei com seriedade:

— Preciso de sua ajuda.

— Se for sobre o caso dos Vitter's, eu nem vou perder meu tempo... — respondeu com rispidez enquanto voltava a analisar os papeis em sua mesa, dando pouca importância para minha presença.

— Anne foi sequestrada.

— Não é meu problema. Eu agencio seguranças particulares para fazerem a defesa iminente dos nossos clientes e não para solucionar casos de sequestro. Se não queria que ela fosse sequestrada, deveria estar com ela para impedir que acontecesse ao invés de tentar dar uma de detetive agora. Deixe isto com o FBI — sua voz estava calma, porém, autoritária.

Tina permaneceu imersa na leitura dos papeis e eu estava começando a me incomodar com o seu descaso.

— Eu tenho que fazer alguma coisa. Eu...eu... — hesitei — Preciso fazer alguma coisa — abaixei minha cabeça, como se fosse um desapontamento.

Tina notou que eu não sairia dali sem alguma ajuda para encontrar Annelise, então, ela deixou os papeis de lado e levantou-se, apoiando também suas mãos na borda da mesa.

Ela me encarou seriamente e indagou:

— Derrick, você se envolveu com esta garota?

Apertei os lábios, analisando por um breve momento o que deveria responder. Mentir ou dizer a verdade? O que faria Tina me ajudar a encontrar Anne?

Se eu dissesse que sim, talvez ela se compadecesse da minha situação e me ajudasse a recuperar a garota a qual eu me importava; se dissesse que não, talvez ela me desse o apoio da CIA para auxiliar num caso que eu estava tratando de forma estritamente profissional.

E agora? Quais das duas possibilidades arriscar? Com Tina, não era possível prever.

Ante o meu silêncio, ela disse:

— Quer saber? Não precisa dizer nada, seu silêncio já diz tudo e você não me deixa outra escolha.

Eu a encarei, temente por sua resposta.

— Me dê sua arma e seu cartão da CIA — ela estendeu a mão em minha direção.

— O quê? — eu uni as sobrancelhas.

— Vamos, Derrick — ela estava impaciente — Você sabe que não admito envolvimento pessoal nos assuntos do meu Departamento. Você será afastado do caso Vitter.

Ficamos em silêncio por um minuto. Coloquei a mão no bolso de trás da minha calça jeans e tirei o cartão com desgosto. Joguei-o na mesa e, depois, saquei minha arma e larguei-a também.

Saí, furioso e nem sequer me virei para ver a reação de Tina.

Como ela pôde me trair deste jeito quando eu mais precisava dela?

Voltei a dirigir meu Audi, mas agora, com muito mais velocidade. Meus pensamentos viajavam tão rápido quanto eu.

O que eu poderia fazer agora? Sou um agente da CIA que foi renegado pela sua própria empregadora, estava sem distintivo, sem arma, sem apoio, sem nada. Como iria encontrar um grupo de sequestradores que, a julgar pela situação, eram profissionais bem treinados?!

E eu sou apenas um homem... O que eu poderia fazer diante deste cenário para salvar Annelise?

Até que uma ideia me ocorreu. E eu a colocaria em prática.

Que se dane a Tina. Que se dane o cartão da CIA.

Eu vou salvar a Anne. É só o que me importa.

Mesmo que, para isso, eu tenha que fazer um pacto com o diabo.

Annelise Vitter POV

Estava sentada no chão, em um canto do quarto sinistro, encostada na parede e totalmente encolhida.

Olhei pela pequena e estreita janela que havia lá no topo da parede, e presumi que já era de tarde. O sol ainda estava batendo e bem em direção ao meu rosto.

Senti algo escorrer do meu rosto e pescoço. Suor. Suada, cansada e com a cara inchada de tanto choro. Era a única coisa que eu podia fazer naquela situação.

Por um instante, comecei a delirar. Há quanto tempo eu estava ali? Dias ou meses? Ninguém veio me procurar? Será que meus pais deram o que eles queriam? Se deram, porque eu ainda estou aqui? Apertei mais meus braços cruzados em minha barriga, fechei os olhos e tentei me concentrar em alguma coisa que me tirasse dali. Ouvi uns estrondos do outro lado da parede, algo estava acontecendo. Não dei importância.

Fechei os olhos novamente e encostei a cabeça na parede. Ouvi o som da minha porta se abrindo bruscamente.

Abri os olhos, como num reflexo e lá estava ele. Como num clichê de filme romântico em que o mocinho salva a mocinha, Derrick James apareceu na porta, ofegante. E lindo, como sempre.

Levantei-me num pulo e fui correndo ao seu encontro. Continuava parado na porta. Se isso fosse um sonho, iria aproveitar cada segundo, sem medo de acordar. Pelo menos eu acordaria bem melhor.

Abracei-o com força, e ele envolveu os braços nas minhas costas e tirou meus pés do chão. Aqueles segundos foram os mais felizes de toda minha vida. Minha esperança, meu sorriso, minha alegria, tudo que havia sido perdido naqueles dias demoníacos, tinham sido recuperados apenas naqueles instantes milagrosos. Ele me colocou no chão novamente, colocou as mãos na minha cintura e eu pousei as minhas nos seus ombros.

Olhei fixamente para aqueles olhos azuis que eu tanto sentia falta.

Não consegui segurar um sorriso de felicidade.

— Você está bem? Fizeram alguma coisa? — Derrick quebrou o silêncio, e parecia preocupado.

— Não, não, eu estou bem eu só... — estava em choque — Como... como você chegou aqui?

— Não importa, temos que te tirar daqui agora!

Puxando-me pelo braço, ele me conduziu para fora do cômodo e percebi que não havia sinal dos sequestradores. Simplesmente desapareceram.

Saindo da casa macabra, fomos em direção ao carro de Derrick que estava estacionado um pouco distante dali.

Estávamos andando na rodovia, agora mais calmos, e eu estava com minha cabeça apoiada na mão, com o cotovelo sobre espaço entre a janela do carro e a porta.

O silêncio pairava.

— Então — falei, quebrando o silêncio — Você não deveria ligar para CIA ou algo do tipo para irem atrás dos sequestradores?

Concentrado na estrada e com as mãos no volante, sem nem ao menos desviar o olhar, Derrick respondeu com seriedade:

— Vou lidar com a CIA depois. O importante é que você está a salvo.

Estreitei meus olhos. Eu estava confusa com a atitude evasiva dele.

— Tudo bem, mas se vocês não os pegarem, poderão me sequestrar de novo.

— Não, claro que não! — DK esbravejou, batendo no volante.

Tomei um susto com a reação dele, claramente algo o estava incomodando e eu não tinha ideia do quê.

Soltando o ar e, agora, com a voz calma, ele disse:

— Nunca mais irá acontecer algo desse tipo com você, ok?

Derrick alcançou minha mão que estava pousada sobre a minha perna e apertou-a. Eu retribuí o gesto e me senti mais segura.

Permanecemos em silêncio enquanto ele dirigia pela rodovia, nos levando de volta para casa.


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Notas finais do capítulo

OMG! O que será que DK teve que fazer para salvar Anne???
Espero que estejam gostando, meus amores, a opinião de vcs é muito importante pra mim ♥

Beijos no coree



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