Scream - Survival 2 escrita por The Horror Guy


Capítulo 38
The Dying Swan


Notas iniciais do capítulo

O episódio de hoje é bem teatral, e arma o palco para o grande clímax! Espero que gostem ♥ Esse capitulo tem trilha sonora, há um aviso no texto que diz quando ela deve ser introduzida. A Trilha foi enviada por mensagem aos leitores. Se você é um leitor e não recebeu a trilha, envie uma mensagem e faça o pedido!



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Antes concentrada e ansiosa, a multidão de alunos no pátio começou a mostrar desânimo quanto a espera do tal discurso, dissipando-se discretamente deixando grandes círculos de espaços na multidão onde antes eram ocupados por ombros e mochilas amontoados.

Conversavam em rodinhas, caminhando, rindo e por um momento fazendo até parecer que não houve assassinato algum. Esse é o espírito jovem, capaz de concentrar sua energia no próprio umbigo e criar risadas até quando céu está despejando merdas sobre suas cabeças.

Um clima de despreocupação se alastrava lentamente, onde muitos, perdidos em suas conversas fúteis e ordinárias, podiam até se esquecer do motivo de estarem reunidos ali. Logo, viraria "Festa" como diz a linguagem comum.

Com uma porção de desocupados já tendo saído de sua frente, Claire se deparava com um até amplo espaço vazio diante de si, formando quase um círculo perfeito onde pela primeira vez conseguia ver o gramado verde vivo dali, que antes era escondido por tênis da moda. Na lenta dispersão, notou Reese logo ali em frente, uniformizada como de costume e parada na outra ponta do "Círculo" sem demonstrar tê-la notado. Ela falava ao rádio, provavelmente com algum outro segurança. Podia ver sua boca se mexendo enquanto a mesma segurava o Walkie-Talkie bem próximo da boca, mas não podia ouvir ou entender o que ela dizia. Mas não era nisso que sua atenção estava focada, e sim no que a moça carregava na cintura: O Coldre de couro do qual portava o revólver. Os olhos da Diaba cresceram sobre o objeto, se iluminando como quando uma garota encontra seu príncipe encantado. E de novo, cutucou Edward:

—Olha!
—Que foi? -Olhou para os lados atento, reagindo ao toque.
—Alá, a Reese...


Tão distraída, ou talvez concentrada cuidando da própria vida e de seu serviço, a segurança agora de costas ao trio se punha a observar o restante da multidão em sua frente, levantando-se na ponta dos pés hora ou outra analisando bem os estudantes, estando em alerta, no mínimo, continuando a falar no rádio.


—Coitada, Claire.. Deixa ela fazer o trabalho dela.
—Não é isso, idiota. Você não está vendo o que eu vejo?
—Acho que não, sinto muito.
—Tá, então vai ter que confiar em mim.
—Vesh..
—Cala a boca! E faça o que fizer, não tire os olhos da Reese. Se ela se mexer, a gente se mexe junto.
—Que foi, gente? -Perguntou Kirstin esticando o pescoço na conversa, alheia.
—Nada não. -Cortou Claire.

Ed não protestou, manteve-se calado firmando os olhos em Reese, até ser repreendido:

—Não encara assim, amigo! Ela vai perceber. Sejamos discretos, pelo amor de Deus? Assim... -Olhou com atenção aos movimentos da segurança, aguardando por uma ação.

Eis que a mesma passou a andar para a direita, em passos lentos e metódicos inspecionando os estudantes a sua volta, encarando o que tinham nas mãos ou sobre o que conversavam, sem de fato tocá-los ou interagir com eles de alguma forma, fingindo ser um fantasma no tumulto, discreta.

—Alá.. -Claire o cutucou novamente, desta vez puxando-lhe a blusa forçando-o a acompanhá-la, dando passos rápidos para a direita imitando a direção de Reese como um radar. Ed se prontificou fazendo o mesmo que a amiga levando Kirstin desentendida consigo pelo braço.

—O que está acontecendo?.. -Questionou ela mais uma vez, fazendo careta ao se ver obrigada a seguir o que a dupla fazia sem saber o que se passava.
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Forçou os braços para baixo com muita pressa e de forma bruta, metendo seja lá o que for dentro de uma mochila sobre sua cama, quase debruçada sobre a mesma forçando a coisa a caber ali.

—Anda logo! Que merda!! -Clarice reclamou agarrando a "Boca" da bolsa, forçando-a a se abrir mais do que devia, na tentativa de alargar a passagem. Um pano preto podia ser visto saltando pra fora da mala escancarada, até que fora empurrado novamente com ainda mais raiva e pressa, sendo socado mochila a dentro aos berros pela menina. -Desgraçada!!!!! Arrhg!! Entra! -Forçou mais um pouco até chegar ao ponto onde a coisa atolou ao fundo, dando a aparência de ter "Engordado" a mochila. Puxou o zíper sem dó nem piedade, urrando de modo agudo prestes a espumar pela boca. -Vai, vai, vai! -Arrastou o carrinho fazendo-o seguir contra a própria vontade até o outro lado, fechando coisa à força, deixando-a estranhamente quadrada.

Puxou uma alça com força, pendurando-a num dos ombros de forma tão delicada quanto um coice de mula. Pronta para partir a seu objetivo, dando meia volta apressadamente. Mas seu giro descuidado com a ânsia de sair do quarto que dividiu com Daniel por um tempo fora tão brusco, que a mochila acabou por esbarrar em algo sobre seu criado mudo ao lado da cama. Um agudo estrondo se deu seguido pelo som de um objeto parcialmente pontiagudo e duro batendo contra a superfície do móvel, segundos antes de atingir o chão causando o som de cacos de vidro se quebrando.

—Ai, caralho!!! -Resmungou procurando pelo que fosse. Olhou em volta e sob seus pés de forma rápida e desinteressada, até avistar ao lado do criado mudo, um porta retrato caído de face para cima, com o vidro sobre a foto espatifado. Uma fotografia sua e de Paul. Sempre guardou aquela imagem como sendo algo extremamente especial, mas só agora cheia de ódio e com a cara inchada e avermelhada de tanto chorar é que notou algo simbólico. Em como seus braços o envolviam, um pela cintura e outro passando por de trás das costas do menino, onde suas duas mãos se encontravam prendendo-o simbolicamente a si mesma. Mas o que ela viu de diferente ali, foi um simples fato: Paul não fazia o mesmo. Estava sorrindo parecendo estar extremamente feliz, porém não a tocava. Era abraçado e envolvido, mas com sua pose orgulhosa de braços cruzados. E enquanto a imagem de Clarice deitava seu rosto contra o ombro do garoto, o pescoço do mesmo permanecia ereto e ainda de cabeça erguida. Não desviando de seu toque, mas tão pouco buscando-o. -Cretino... -Disse ao fitar a imagem por um instante.

E num reflexo de olhar, a primeira gaveta do criado mudo a atraiu. Lembrou-se de algo a respeito daquela primeira gaveta da qual havia esquecido durante toda a arquitetação do plano mirabolante do qual era cúmplice.

—É isso... -Lançou-se contra a gaveta puxando-a violentamente. A coisa travou na metade não deslizando com total sucesso por conta do ato desordenado da menina, mas isso não impediu que suas mãos furiosas fuçassem o espaço bagunçado e cheio de tranqueiras inúteis de cima a baixo. -Cadê?!... Cadê?!!... -Meteu as mãos no fundo num desespero esperançoso.
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Ao que Reese parou encostada numa árvore, Claire parou também, um pouco distante ainda é claro, para não ser notada, procurando não se mover muito ou encarar demais para não dar na telha. Já Ed girou em torno de si analisando bem o ambiente, focado e espremendo os olhos de forma curiosa.

—"#Stalker" -Afirmou Kirstin. -Alguém pode me dizer o que estamos fazendo e pelo menos uma vez na vida me deixar fazer parte dessa doença mental de vocês?

Ripley grunhiu, tampando a boca para conter o riso quanto ao comentário, mas ainda sim não respondeu. Achava até meio engraçado deixar Kirstin no ar com tudo aquilo.

—Qual é a do olhar suspeito?...Gente?!... -Olhou em volta sem saber o que procurar.
—Amor, fica calma e qualquer coisa fique aqui... Não entra nessa não.
—Aff... -Cruzou os braços bufando.

Virado de costas no meio das duas, diante à direção contrária, avistou o que lhe chamou a atenção.

—Claire! -A Tocou no ombro.

Ao que a mesma se virou com um instinto imediato, forçou-se a fixar a atenção no aglomerado de estudantes ali atrás. A Vista era bloqueada parcialmente por aquele monte de gente perambulando mas não se desgrudou dela. E ali, logo a uns 6 metros de distância estavam eles, Tim e Paul, andando juntos de mãos dadas, cortando caminho por entre os estudantes calmamente. Pedindo licença para passar, o Jornalista levava o menino pela mão, andando na frente guiando-o entre as pessoas, ambos portando mochilas cheias nas costas.

—São eles.
—Tá, Ok Ed. Vamos fazer o seguinte... Eu fico com a Reese, e você com os dois. Segue eles e me avisa de qualquer coisa que eu vou correndo.
—Fechado! -Respondeu indo em frente, em direção ao aglomerado mas procurando por uma direção diferente, de modo que não fosse notado pela dupla, contornando secretamente na direção onde seguiam.
—Ed, onde você vai!?
—Fica aqui, Kirstin. -Alertou ela lhe estendendo a mão como um alerta.
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(Toc, Toc, Toc)

—Pode entrar! -Exclamou o Heitor com seu celular ainda grudado na orelha, sentado em sua poltrona de couro atrás da mesa. -Não, não é nada... -Continuou sua conversa. -É que eu tenho que fazer uma apresentação para os estudantes agora... É... -No que a porta se abriu e o rostinho de Clarice passou pelo vão espiando o interior, ele acenou para que a garota entrasse. -Isso... Não, eu não vou ser demitido! Se aqueles palhaços disserem alguma coisa vão se ferrar, eles não tem nada contra mim!

Adentrou em silêncio e cabisbaixa evitando contato visual, fechando a porta devagar e sem fazer barulho. Tocou o trinco de ferro localizado entre as duas portas conjuntas, girando seu eixo e puxando-o para baixo. Um "Click!" metálico se deu ao trancar a coisa, mas o som não fora percebido pelo homem, que ainda distraído em sua ligação, girou-se na cadeira ficando apontado contra a parede dando as costas a menina:

—Que nada.. Eu não conseguia sair da minha sala. Foi isso o que causou toda a confusão. Devem ter me trancado. Fui obrigado a passar a noite na delegacia por conta disso, acredita? Tudo porque viram meu carro lá no estacionamento... Vou te contar, esses jovens estão ficando cada dia piores. Logo todos os professores do mundo terão de entrar na sala de aula com uma tropa de choque pra garantir a segurança.. Ou as aulas em vídeos vão se tornar cada vez mais populares. Hoje em dia, ficar de pé na frente de uma classe chega a ser risco de vida. Te garanto que "Lecionar" entrará no ranking das profissões mais alto risco do planeta.. Escreva o que eu digo!

Aproveitando o quanto estava avoado, Clarice ainda de frente a porta, esticou o braço até a lateral da mochila, onde puxou um pouquinho o zíper. Causando uma abertura pequena e suficiente para ter o que queria, meteu a mão no buraco vasculhando-o por alguns segundos. E logo, puxou dali um tipo de rolo prateado.

O Colocou contra o peito respirando fundo.

—É isso... -Disse a si mesma. Olhou para cima como se clamasse aos céus por perdão, juntando ambas as mãos quase fazendo uma prece. Mas não era para rezar que seu ato veio, e sim para fazer força. Segurando o objeto, puxou a ponta solta da fita adesiva de uma vez só ouvindo como a mesma se desgrudou feito um velcro num ruído ríspido, estendendo-a por uns 15 centímetros.
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—Ohhhhh!!!!
—Booo!!!!
—Vai logo, caralhoooo!!!
—Já perdi metade da minha vida aqui!!!!
—Uuhhhh!!! -Começavam os "Boos" por parte da multidão. E Como toda revolta, começa pequena com um bobão gritando sozinho com as mãos em volta da boca fazendo um "Alto-Falante" amador. E então... Outros desocupados acompanham o ritmo.

Mas dava pra ver na cara deles o tédio. Tanto tempo esperando, a tarde ficando cada vez mais em meia luz com o Sol ameaçando dizer Adeus a qualquer minuto. 17:35 da tarde, mas os pescocinhos continuam levantados em direção ao prédio da diretoria, de olhos atentos e exaustos apontados à sacada da sala do Heitor da Faculdade.

—Que demoraaa!!!

Edward se "Escondeu" por trás de um grupinho de garotas próximo de si quando notou que Paul olhara para trás. Era provavelmente a 4º vez já que fazia isso, se enfiar atrás de um amontoado de estranhos tentando se camuflar de alguma forma.

O Jornalista por algum motivo parecia apreensivo, procurando pela direção certa como se soubesse que estava sendo seguido. Será que ele sabia? Entre ele e Timmy, palavras incompreensíveis aconteciam.

—Amor, pra onde a gente vai?
—Timmy, vê se você ajuda pelo menos. Pede licença pra esse povo também, temos que sair daqui.

O Garoto não soltava sua mão por nada, seguindo cada passo do namorado fielmente.

—Eu não consigo... Estou seguindo você!
—Tá, vamos tentar por aqui.
—A Clarice vai fazer mesmo?
—Shh!! Está louco?! Não trás esse assunto aqui fora, garoto!
—Desculpe...
—Que merda!
—Não precisa ser grosso.
—Tim, agora não é hora pra discutir, me segue logo e vamos acabar com isso. E pra sua informação, sim... Ela vai cuidar da Claire, ok? Agora vamos?
—Vamos... -Respondeu de forma tímida, tentando acelerar o passo conforme Paul propunha. Mas diante de tanta gente, ficava difícil se esgueirar por entre todo mundo.
—Licença, por favor?! -Pediu de forma rude a quem estava na frente.
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Antes que todos pudessem ver, algo acontecia naquele 4º andar do prédio da diretoria. Uma sacada, com um para-peito pintado de branco naquele estilo brega onde todas vigas parecem cápsulas. Era um espaço quadrado capaz de conter apenas uma pessoa. A egoísta e pequena plataforma que permitia ao Heitor ter a visão de todo o pátio principal. Duas portas de correr de vidro davam acesso a elas, e ambas se abriram simultaneamente deslizando até o talo. Cortinas se agitaram com o bater do vento balançando para fora, inflando-se numa dança chamativa.


Claire, ainda concentrada em Reese, limpava o suor das mãos em seu vestido branco lindamente exagerado de tão elegante. Lembrando-se ao tocá-lo, daquela noite em Ashville onde suas amigas ainda viviam, com a turma se reunindo para ir ao fliperama dar o golpe da máquina de dança nos pirralhos. "Mas já que é pra usar branco, vamos com esse!" Tensa, não contendo as fortes batidas do coração sob o peito. Precisava agir logo antes de ter um ataque de nervoso ou um de covardia, que a fizessem desistir de tudo.

E ali, com o mundo ficando mudo ao seu redor e com atenção extremamente focada, foi interrompida por um braço alheio que entrou na frente de seu rosto, apontando para cima, agitando o indicador num sinal repetitivo. Piscou várias vezes voltando a si, aceitando novamente a realidade à sua volta. Kirstin ainda permanecia ao seu lado com os dedos na boca, dando mordiscadas de nervosismo afundada numa interrogação intensa. Pendeu a cabeça para o lado com a intenção de se desviar do braço mal educado. Mas mal pode raciocinar direito, quando sentiu um empurrão pelas costas dado por um ombro desconhecido, seguido por um estudante que correu diante de si.

—Hey!!! -Reclamou. Mas em vão, pois o ato se repetiu não com um, mas dezenas de jovens surgindo por de trás de suas costas andando ligeiramente em frente, amontoando-se novamente as pressas entre gritos e falatórios ainda incompreensíveis. Mas não perdeu o foco, manteve os olhos em Reese! -Kirstin! -A agarrou pelo braço. -Não se afaste!

A menina respondeu ao toque segurando seu pulso frio, juntando-se a ela colando seu corpo da Diaba, onde juntas, se firmaram naquele ponto afim de não serem levadas pela enxurrada de estudantes. Reese ainda estava no mesmo local, diferente das duas, as pessoas realmente se esforçavam em desviar da segurança, talvez temendo esbarrar nela grosseiramente, passando direto pela mulher dando a volta sobre ela feito um objeto sagrado. Ao menos isso a deixava fácil de ser vista, um farol na multidão do qual Claire não desgrudou a vista. Mas quando tudo parou repentinamente, é que foi estranho. Tentando entender o que acontecia mas sem de fato por sua energia sobre, ouviu os murmúrios ecoando entre as cabeças agitadas:

—Ali!
—Olha lá!!
—Eita porra! -Diziam as vozes, com centenas de dedos apontados para cima. Gritos agudos de meninas surgiam, enquanto os rapazes esboçavam reações mais firmes como mãos tampando a boca e urros graves. Caras de espanto e olhos abismados, acumulavam-se entre as fileiras de formiguinhas com mochilas nas costas. Quando uma cabeça se ergueu em direção "Ao céu", pareceu gerar um efeito cataclísmico levando todas as outras consigo. Uma a uma em segundos aterradores, as cabeças se levantavam em alerta fitando a mesma direção, com mãos sobre as testas encobrindo parte da luz do Sol com bocarras abertas e comentários infinitos em meio ao escândalo.

—Mas que porra?... -Questionou a Diaba. Até que se entregou a curiosidade deixando-se levar pelos outros, repetindo o gesto. Espremeu os olhos e procurou o que quer que fosse "Lá em cima" que tanto apontavam. E Antes de encontrar, foi surpreendida pelo grito pavoroso de Kirstin:

—Ahhh!!! -Berrou apontando para cima, embasbacada.

Ripley estremeceu com a má surpresa aguda em seu ouvido, mas não brigou com a menina, concentrou-se mais na direção e enfim... Pode ver.

O que ela não sabia apenas de olhar, mas o fato óbvio, era que as vistas estavam apontadas para a sala do Heitor. Mias especificamente, a sacada. E entre as cortinas que como capas dançavam ao vento, uma figura negra apareceu no meio delas, afastando-as cada uma para um lado abrindo os braços no ato.

Reconhecível ainda, foi o rosto fantasmagórico que assombrou Pendleton: GHOSTFACE. O Fantasma "Em pessoa", se apresentando na sacada, a vista de todos...

Com braços abertos e erguidos como se os recebesse numa cerimônia de sacrifício, a figura caminhou em frente em passos lentos e bem ordenados, estendendo-se até chegar na beira do local, encostando-se no para-peito que mostrou ser da altura do que provavelmente era sua cintura.


A Máscara se moveu para a direita, e depois para a esquerda. Parecia admirar a multidão, os analisando calmamente querendo que sua infame presença fosse notada.

—Eu esperava por tudo menos isso.. -Comentou Claire, boquiaberta.

Os gritos se levantaram como um coral, uma sinfonia de terror ao vivo e a cores com jovens se agitando, batendo uns contra os outros pelos ombros, buscando um refúgio que não existia. Embora não corressem, e muito menos desviassem o olhar. A Curiosidade foi maior que o medo, onde todos se sentiram obrigados a assistir a aparição do espectro, que balançava as mãos no ar como um maestro, acompanhando feito uma música, as notas altas dos gritos e berros que surgiam de cada lado e canto da multidão, tocando um piano do terror assolando as gargantas que se esgoelavam perante a visão.
(Inserir trilha sonora)

Até que, parou ambos os braços retos no ar congelando seu movimento. Sutilmente, virou as mãos para baixo abanando-as como se tocasse as centenas de cabecinhas, um formoso e calmo pedido de silêncio.


Por incrível que pareça, o comando foi respondido. Os queixos permaneciam no chão, os olhares em negação recheados com o choque do acontecimento, e almas jovens petrificadas no pátio... Ficaram em total silêncio de uma hora para outra diante da figura parada no topo, que mais parecia uma versão psicopata de Cristo.

Eis que, uma das mãos da coisa tornou a se mexer de modo dramático, indo de encontro ao que seria equivalente ao "Queixo", o final da bocarra estendida da máscara de fantasma, agarrando aquela área com leveza e uma delicadeza nada condizentes com o estilo horripilante do figurino. E quando o braço subiu... Os corações gelaram. Era o grande momento! Especialmente o de Claire, no momento definitivo da assombração de Pendleton, onde a máscara fora puxada para cima, arrancada com um suspiro frio de quem estava embaixo numa demonstração teatral de Horror: Clarice.

Vaias e mais berros surgiram diante da surpresa, junto com palavrões e xingamentos perplexos.

—Vadia!!!!
—Filha da puta!
—Desgraçada!!!
—Queima no inferno, sua piranha!

Já Ripley, aplaudiu eufórica:

—Aeeeeeee!!!! Piranhaaa!!! Eu sabia, sua desgraçada!!! Uhullll!!!!

A Assassina se manteve de cabeça erguida, aceitando os olhos que a julgavam na multidão com uma falsa confiança tão imensa que só perdia para sua verdadeira insanidade do momento. Se houvesse alguém ali de frente a moça, coisa impossível por sinal, veria o Heitor sentado em sua cadeira murmurando gritos abafados numa cara de desespero, com os pulsos, tornozelo e a boca envoltos de fita adesiva, remexendo-se para se soltar... Sem sucesso.

Melancolicamente mirou como objetivo, o mastro fino e preto de metal apoiado em um tripé em sua frente na altura de sua cintura, com um tipo de gôndona prateada e cheia de buracos pequenos no topo: Um microfone.

Puxando o mastro do tripé para cima deixando-o paralelo a seu queixo, se preparava para o grande show com um suspiro.

—Olá, Pendleton... -Disse dando uma pausa, deixando que sua voz se alastrasse por todo o pátio tomando toda a atenção.

E não foi diferente com Paul e Tim que, até agora alheios ao movimento só queriam passar despercebidos pro entre a multidão. Já chegavam ao fundo estando no limite do amontoado de pessoas, a poucos passos de saírem da multidão quando o Jornalista parou com o coração congelado ao reconhecer a voz de Clarice ecoando no ar. Timmy foi obrigado a frear batendo seu peito contra as costas dele pela surpresa:

—Ai! Que foi?... -Disse após o baque, desentendido.

O Garoto soltou de sua mão, dando um lento giro ao ficar de frente a ele em expressão incrédula. Mas não eram os olhos azuis de Timothy que desencadearam tal semblante, dado ao fato de que ele olhava para cima, além da multidão.

—Paul.. Por quê você parou?!
—Vadia... -Resmungou baixinho sendo acertado pelo choque inicial de avistar a garota ao longe no alto da sacada, ainda vestida com a fantasia preta que descia-lhe até os pés, segurando o que parecia ser uma das máscaras numa das mãos. -Temos que ir!! -Tornou a voltar-se a frente, agarrando o namorado pelo pulso forçando-o a correr consigo.
—Paul, espera!! -Protestou com o puxão, mesmo que o acompanhasse de modo atrapalhado.
—Anda logo!!

Apressaram os passos de forma desordenada, correndo a todo custo deixando a multidão para trás seguindo uma direção que os tiraria do pátio principal. Não perceberam é claro a movimentação atrás deles, quando um garoto parado assistindo a tudo assim como todos, levou um baque num tremendo empurrão acabando por ser derrubado no gramado. O Golpe que o atingiu veio de um ombro apressado:


—Ai!! -Exclamou o estudante ao ser atirado no chão.
—Desculpe!! -Gritou Edward ao passar direto por ele numa corrida insana, quase saltando por cima do jovem estendido sem parar para levantá-lo nem nada, se recusando a tirar os olhos da dupla assassina que iniciava sua fuga. -Droga!!! -Esforçou-se em sua corrida firme. Eles não podem escapar!

O Discurso continuava:

—Meu nome é Clarice Foster. Estou cursando Rádio & Tv aqui em Pendleton College. E para quem estiver se perguntando sobre o motivo do meu traje... Sim. Eu sou o fantasma de Pendleton.

Urros e Vaias surgiram, mas logo se dissiparam assim que novas palavras começaram a ser ditas, calando a todos novamente num entretenimento diabólico.

—Mas eu não fiz isso sozinha!... Meu namorado, Paul Westwood.. Estudante de Jornalismo foi quem me meteu nisso. Um louco homicida que não se importa com ninguém a não ser ele mesmo... Mas que contudo, não tinha bolas grandes o bastante para fazer isso acontecer sozinho. Ele usou o amor que eu sentia por ele para me manipular, me tornando o bode espiatorio de sua missão sangrenta num golpe onde nem eu mesma deveria sair viva. E não vou. Assim que eu sair daqui, alguém estará pronto para me matar... A Verdade, é que eu fui burra... Muito burra... Por acreditar que ele sentisse alguma coisa por mim... E.. Eu me sinto ridícula... -Lágrimas surgiram escorrendo por sua bochecha. -Mas se sinto mais ainda culpada... Eu sei que não vai ter um dia da minha vida em que eu não veja os rostos das minhas colegas... Me julgando.. Me assombrando para sempre. E é por esse motivo que eu decidi que não haverá um amanhã! Mas.. Paul não apenas me usou, como também me enganou. Ele atualmente namora com um garoto, que talvez nem saiba mas que também está sendo enganado por ele. Não existe amor no coração de um psicopata, tenham certeza disso... E espero que nenhuma outra garota seja tão idiota quanto eu fui. Atrevam-se! Levantem-se e jamais deixem que um ordinário controle sua vida ou lhe diga o que fazer. Pois eu sou a consequência disso. Eu quero que a justiça seja levada a ele.. A ELES! E que isso não acabe em vão. Eu matei, eu arruinei a vida de pessoas inocentes.. E mereço queimar no inferno por isso. Mas até lá, vou tentar reparar pelo menos um dos meus erros, que mesmo não me salvando... Ao menos não me torna inútil como sempre fui. Vou poupá-los de um discurso longo porque afinal, sempre fui alguém que FEZ ao invés de falar... E Não estou pedindo para ser perdoada, porque nada nesse mundo vai ser capaz de me absolver pelo que fiz. Não estou aqui diante de todos vocês... Estou aqui diante de uma pessoa.. Uma ÚNICA PESSOA!... Que pode fazer isso parar... -E após uma pausa de suspense onde Clarice precisou lutar para conter as lágrimas, seu peito se encheu de ar tomando fôlego para gritar.
—CLAIRE!!!!! - Seu grito estrondoso certamente tomou a atenção de Ripley que, embasbacada, deu um passo à frente prestando-se a ouvir com o queixo erguido, no momento em que a multidão congelou. -Claire!.. Vá em frente! -Berrou em súplica. -Faça o que tem que fazer!

Claire sentiu o arrepio inevitável subir pelos seus braços até chegar na nuca. Era pura adrenalina se instalando. O Coração a mil e atenta, a fizeram fitar Reese mais uma vez. A Segurança berrava alguma coisa no Walkie-Talkie, mas desta vez.. A pouco mais de um metro apenas, na Diaba:

—Eu quero todo mundo naquele prédio agora mesmo! Estão me ouvindo?! Parem a branquela assassina! Câmbio!
—Estamos aqui, Reese! Câmbio! -Respondeu uma voz masculina no alto-falante.
—Já estou indo, câmbio!

Era agora, Claire tinha de agir ou a oportunidade seria perdida. Seus músculos trêmulos a mandavam avançar na segurança, mas Clarice ainda indicava não ter acabado sua performance, quando gritos agudos e graves surgiram entre as inúmeras cabeças posicionadas em sua frente. Não eram gritos entusiasmados.. Eram assustados! Jogou a cabeça aos céus procurando o porquê de tanto escândalo, e o motivo vinha do exato mesmo lugar: A Sacada, onde a garota louca lá em cima levantou um dos joelhos colocando um dos pés sobre o topo do para-peito.

—Ah!!!!!!!!!!
—Oh, Meu Deus!!!
—Sua louca!!
—Ela vai pular!!!!!! -Os berros se intensificaram.

—Merda! -Exclamou Reese.

E naquele momento, Ripley sentiu o tempo parar. Qualquer segundo faria diferença... Ver como a Segurança se virou tão rápido com um alarme estampado no rosto, e como sua perna se esticou instintivamente para correr... Talvez tentar chegar até lá a tempo. Ela não se conteve, não podia deixar a mulher fora de sua vista!

Seus lábios se puxaram para os lados mostrando os dentes, mas não com um sorriso, algo mais parecido com um tipo de rosnado ou urro. A Boca se escancarou num grito forte e ríspido de uma Scream Queen raivosa.. Onde seus braços já tomaram impulso junto com seus pés ao se jogar para frente... Correndo na direção da moça feito um jogador de Rubgy em fúria!

—Aaaaarrrggghhhhhh!!!!! -Avançou com tudo o que tinha naquele pequeno espaço vazio do gramado sem ninguém para esbarrar no tal trecho, e pobre de Reese.. Nem viu o que a atingiria.

A Segurança mal havia saído do lugar, tomando forças no decisivo momento de correr, quando de surpresa, foi alvejada pelo corpo de Claire que se tacou contra si com a garota saltando do chão e agarrando-a com tudo, envolvendo seus braços em volta da mulher num tremendo impacto doloroso e brutal, que levou ambas ao chão!

Sem ter no que se segurar, e surpreendida pelo golpe, Reese escorregou com a sola dos sapatos no gramado, indo de lado em passos rápidos e involuntários conforme seu corpo se inclinava cada vez mais para a esquerda até que estivesse puramente na horizontal, estendida no chão raspando o uniforme limpinho na grama. E por cima da mulher, havia Claire, agarrada a ela com as pernas em volta de sua cintura na intenção de mantê-la imobilizada a todo custo.

O Ato, para o bem ou para o mal, as fez perder a cena que se passaria simultaneamente. A responsável pelo total desespero da plateia, inclusive de Kirstin que assistia a tudo com a boca tampada em choque e sem piscar. Ela poderia dizer que viveu para ver quando Clarice já estava em pé no topo do para-peito e de braços abertos arrancando gritos escruciantes do público, que nada fez ao invés de assistir.

E ali, na beira da morte a menina olhou para baixo contemplando a altura para a qual pretendia se lançar, sentindo o vento fresco lhe bagunçar os cabelos e gelar sua alma no que julgou ser uma última vez. Não havia dúvida ou ambiguidade quanto a seus pensamentos. Desapontada, tomada por remorso, raiva e tristeza... Via ali no alto da bancada a única saída de tudo isso. As tiras negras sob os braços abertos e estendidos acopladas a fantasia, balançavam de forma majestosa dando uma última vista da figura de fantasma. Fechou os olhos diante da plateia esboçando um sorrisinho fraco, espremendo dos olhos as últimas lágrimas que soltaria, fazendo-as escorrer de seu rosto avermelhado.. Grossas e espessas.. Pôde ouvir o barulho que lhe surgiu por trás, parecia até um pouco distante. O Estrondo da porta da sala do Heitor sendo arrombada por uma dupla de seguranças aos chutes.

Dois homens enormes e sérios adentrando ao recinto. Ouviu seus passos. Ouviu os gemidos desesperados que vinham da boca amordaçada de sua "Vítima", sabendo que o fim estava próximo. Eles a alcançariam?

Sentia em suas entranhas a presença deles, e em como em poucos segundos se aproximariam a agarrando com tudo pela cintura, retirando-a a força da sacada salvando-lhe a vida. Mas salvariam mesmo alguma coisa? Clarice acreditava que seu salvamento seria na verdade uma condenação. Uma passagem só de ida a um tipo de hospício ou prisão feminina do qual passaria o resto da vida. Mas segundo ela, ela não teria mais vida para ser desperdiçada. E foi então, que seus pés que mal cabiam inteiros sobre a superfície lisa de concreto do para-peito, se penderam para frente.. Abaixando-se diante do precipício. Seus calcanhares se mantiveram firmes por um instante, até que eles mesmos decidiram se escorregar.


A menina entrara em queda livre de braços abertos.


Sentiu como o vento a assoprou com mais força na queda, dando o que pareciam ser socos na larga e extensa capa preta que vestia. Momento esse seguido por um baque horrível no concreto que acabou com tudo.

Os dois homens chegavam tarde demais à sacada, não encontrando a menina em questão. Boquiabertos encarando um ao outro como se seus pulmões tivessem sido retirados a força de seus peitos. E ali próximo a beirada, caída ao lado do tripé... A Máscara de Ghostface.

Caos. Completo e perfeito caos lá embaixo, assolando a multidão que se esgoelou em terror após o corpo da garota atingiu o chão. Como era de se esperar, quase metade dos amontoados correram em direção ao corpo para cercá-lo com seus olhos curiosos, atropelando uns aos outros em meio ao pânico num empurra-empurra infernal. Já outros mantinham-se no mesmo lugar sem reação alguma além do pavor.

Ao mesmo tempo, Claire lutou contra Reese medindo forças e agilidade no que se mostrou ser bem eficaz.

—Sai de cima! Sai de cima de mim, sua vadia louca!
—Calma, Reese!
—Calma o quê?! Saaai!! -Remexia-se ela por baixo da Diaba, estapeando seus braços repetidas vezes para fazê-la se afastar, tomando cuidado é claro para não ferir a garota que lhe tateava a cintura no que parecia estar tentando lhe roubar.
—Tira a mão daí!
—Não posso!!! -Aguentou os tapas relutante, não desviando mas fazendo cara feia, recuando o rosto para trás com medo de ser acertada na cara. 
—O que está fazendo?!!
—Desculpe, Reese! Eu sinto muito mesmo!!! -E Sobre golpes ardidos que lhe acertavam as costas das mãos e os ante-braços, Claire persistiu em seu alcance ao coldre da segurança, puxando com extrema dificuldade a alça de couro sobre o mesmo, desabotoando-o de uma só vez.

Agarrou agilmente o metal do revólver que saltou para fora, retirando a arma de forma rápida e apressada jogando-se para trás ao concluir o ato:

—Foi mal, Reese!!!! -Atirou-se para trás, rolando brevemente na grama libertando a segurança, que não poupou esforços ou explicações para já começar a e levantar, pegando impulso com os braços ainda chocada com o acontecido. Mas enquanto ergueu seu tronco ficando primeiramente sentada, viu dois vultos claros percorrerem sua frente: As pernas fugitivas de Claire, que já corria a toda velocidade afastando-se. -Hey!!! Desgraçada!

Com o revólver em mãos e suando frio, a Diaba se impulsionou na direção de Kirstin que, paralisada a aguardava ainda ali a uma pouca distância:

—O que você está fazendo?!!

Parou diante dela em sua corrida desesperada, apenas para alertá-la:
—Kirstin, fique aqui! Não me siga! -Remexeu no cano do revólver de um modo que a garota não compreendeu, olhando assustada as ações de Claire sem tirar os olhos aflitos da pistola, que por sua vez emitiu um "Click"
—Claire, me diz o que tá acontecendo!!!
—Não me segue!!!! -Levantou um dos braços com a arma em mãos, apontando para cima onde sem hesitar, apertou o gatilho. Um tiro para o alto serviu para terminar de espalhar o pânico, ecoando pelo pátio, o estrondo causou uma correria imprescindível em praticamente todos os presentes. A Agitação foi imediata:

—Ah!!!!!!!
—Abaixa que é tiro!!!
—Caralho!!!!

Ripley correu na hora, abandonando Kirstin e sua cara de susto para trás, enfiando-se no meio de todo mundo afim de desaparecer. Enquanto processava suas emoções em estado catatônico, a garota fora agarrada pelos ombros levando um "chacoalhão" de alguém que a pegou de surpresa: Reese, que em fúria lhe indagou grosseiramente:

—Para onde ela foi, sua desmiolada??!!
—Para aquele lado!! -Apontou corretamente, com um indicador trêmulo e aparência pálida, sendo solta pela mulher que saiu de sua frente tão rápido quanto entrou, lhe dando um pequeno empurrão ao largá-la. Ao ver que a mesma se afastava, Kirstin não aceitou o fato... -Para onde vocês vão?!!! -Bateu os pulsos contra a cintura, inconformada. E logo, pôs se a correr tão intensamente quanto os outros, embrenhando-se no povo que agora assumia direções aleatórias, causando uma grande confusão visual na agitada correria.

Uma confusão generalizada de estudantes que foram despertados de um transe de terror após o som do tiro, pretendendo se mandarem do local o mais rápido o possível causando esbarradas violentas de um lado, quedas e tropeços no outro.. Cotovelos que sem querer atingiam rostos, mochilas balançando violentamente sobre as costas de quem estava em fuga.

Até mesmo os curiosos que se prestaram a cercar o corpo da suicida, entraram na maratona desgovernada espalhando-se como o restante, se vendo obrigados a deixar para trás a vista de Clarice deitada morta numa posição quase idêntica a de uma cena de crime cartunesca, levemente contorcida e com o rosto deitado de lado no concreto, parcialmente esmagado formando uma enorme poça de sangue em volta de si, tendo os cabelos cobrindo-lhe parte da face.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! A Coisa tá ficando tensa! Paul e Tim vão escapar?... O.O
Muito obrigado por acompanharem! Amo vocês. Por favor, comente o que achou! Até a próxima galera!



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