Scream - Survival 2 escrita por The Horror Guy


Capítulo 32
Fright Night - Part 7


Notas iniciais do capítulo

Volteeei! Depois de ter ficado doente uns dias, voltei meus amores ♥ kkkkk o capítulo foi bem difícil de escrever, espero que gostem do fundo do coração ♥



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Claire e Paul aguardavam no frio há um certo tempo. Baforando a fumaça branca entre tremeliques de nervoso, os dois esperavam por Lizzie, que ficou de ser a "Fuga" do grupo caso o plano saísse pela culatra. De acordo com o combinado ela chegaria em 20 minutos no máximo estando bem pertinho da faculdade, supostamente esperando pelo chamado de Claire num quarto de Motel de beira de estrada. Já se passaram quase 15 minutos, e a última coisa dita por Lizzie na ligação feita pela Diaba através do celular de Paul fora que já estava correndo para lá. E até agora.. Nada. Nenhuma mensagem da garota, e nenhum carro avistado pelos dois. Apenas os três prédios apagados e monumentais os cercavam no silêncio arrepiante.

—Eu não ficava tão nervosa assim desde que briguei com a Rachel. Por que ela tá demorando tanto? -Disse cansada e irritada.
—Claire, por que a Lizzie não ficou aqui com a gente?
—Porque ela não tem nada a ver com isso. Nós não queríamos arriscar a vida da coitada.
—E trazer ela aqui não é arriscar a vida dela?
—Tanto faz. Ela tá vindo de carro e vai tirar a gente daqui numa acelerada só.
—Mas temos que esperar os outros! E Eu ainda não sei onde está Clarice!
—Como se eu me importasse! Assim que o Ed e o Kenny aparecerem aqui com a "Bela Swan" a Lizzie já vai ter aparecido, e vamos dar o fora desse lugar.
—Mas e a Quinn?
—Se ela já não estiver morta vai aparecer do nada em poucos minutos, eu garanto. Pelo jeito o assassino usou meu número para atrair todo mundo aqui pra fora enquanto ia tentar furar a Kirstin, então se esse for realmente o caso, Quinn vai surgir logo logo, não se preocupe.
—Sei não.. A Quinn... -Falou com um certo tom arrastado.
—Que é? Tá suspeitando dela?
—Só digo uma coisa, não confio em ninguém.
—Idem, querido.

Uma buzina ao longe surgiu, puxando o olhar do rosto de Paul para o distante.

—Alá!! -Animou-se.

Paul se virou também, procurando pelo que causou o barulho, encarando entre as árvores do pátio. Ambos se colocaram ombro a ombro, como se farejassem a possível aproximação de Lizzie no momento de urgência:

—Será que ela?! -Claire pareceu esperançosa.

A Resposta veio na forma de dois globos de luz distantes que surgiram por de trás do prédio do estacionamento à esquerda de onde a Diaba tinha feito sua infame fuga com Rachel. O Carro fez a curva ficando de frente aos dois, aproximando-se enquanto contornava a "Praça" do pátio principal passando pela área de asfalto que era usada exclusivamente para pedestres. Não era permitido de modo algum passar com veículos ali, mas era uma regra constantemente quebrada por estudantes, inclusive por Gigi e Carl na noite do terrível primeiro ataque.

A Luz quase cegou os dois, que encolheram os olhos protegendo-se quando mais duas buzinadas curtas se deram como um aviso de "Sou eu". ERA LIZZIE!

—Vadia, até que enfim!! -Claire ergueu os braços balançando-os como sinalizadores esboçando um pequeno sorriso.

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Era a angústia que guiou Edward durante o trajeto até a lavanderia. Uma tortura em forma de silêncio desde que não trocara uma palavra sequer com Kenny até este momento em que atingiram o subsolo do prédio. O Garoto o acompanhava firmemente seguindo seus passos sem questionar escondendo nos bolsos do agasalho, as mãos que tremiam inquietas pelo efeito da droga.

Edward não percebia o quanto sua respiração estava alta e ofegante, a mesma parecia até falar. Foram lances de escadas, curvas e entradas apertadas pela área de serviço que levavam até as "Catacumbas" da construção. O Cenário não pareceu amedrontá-lo, e nem mesmo a possibilidade de cruzar com o assassino, secretamente esperava por isso... Mas conteve-se a guardar os sentimentos para quando achasse Kirstin e torcendo para que esses viessem em alívio, e não em descarga de desgraça.

As paredes cinza os cercavam num amplo corredor, só conseguiu ver que era cinza por contas das luzes acesas sob sua cabeça, que acompanhavam o trajeto como setas de uma direção a ser seguida, intercaladas com os canos pretos e frios acoplados ao teto igualmente apontando a direção. Tudo metálico, frio, e sem vida. Dava até para ouvir o zunido imperceptível que a luz emitia feito uma estática aguda, que quase parecia ser capaz de transparecer um som se choque caso alguma mosca infernal lhe tocasse a superfície. Era um caminho de um sentido só, e no final uma curva para a direita. Não havia escolha, era ali!

Acelerou com o ritmo de seu coração, onde os ombros se levantavam indicando o quão forte respirava de tensão.

—Vai mais devagar. -Balbuciou Kenny acelerando o passo logo atrás, copiando-o.

Graim não respondeu, fingiu não ter escutado o pedido dobrando à direita como quem nem se importaria em deixar Kenny para trás. O Garoto pálido se adiantou para alcançá-lo fazendo a mesma curva em seguida vendo sem entender muito, Edward indo em frente para o nada. Não tinha merda nenhuma ali, nenhuma saída, só uma parede! Por que ele continuava andando?!

—Edward! -Chamou, sendo mais uma vez ignorado. Olhou para os lados em desconfiança em meio ao cinza, nenhuma placa indicava coisa alguma, teriam tomado o caminho errado? -Ed!

Os passos do mocinho de cabelos aos ombros cessou, mas não pelo chamado de Kenny, e sim por estar diante de uma parede. Um beco sem saída. Paralisado de costas a sua companhia, Edward dava a impressão de estar tendo um silencioso porém brutal colapso nervoso. E Kenny prestou bem atenção quando reparou que a cabeça do mesmo se movia para a direita, quase que deslizando sobre o ombro apontando para tal direção. E em seguida, um tremor se fez no rapaz, visível o bastante para fazer Kenny se aproximar.

—O que foi?... -Andou preocupado estampando o medo na cara. Não que Edward pudesse ver tal coisa, mas o garoto finalmente percebeu o motivo do tremor. Sua falta de atenção anterior e sua distância que diminuía a cada passo desajeitado de um Hiper-Ativo entorpecido, lhe permitiram ver que ao Lado de Ed, a direção em que olhava, havia uma grande abertura sem porta, Apresentando o cômodo que tanto procuravam: A Lavanderia. Notou como o interior tinha as paredes igualmente cinzas e talvez esse tenha sido um dos motivos de sua mente balançada não ter percebido antes. Estendeu o braço prestes a tocá-lo no ombro:

—Ela está aqui? -Perguntou sem olhar lá para dentro, como quem teme ver uma cena grotesca ou algo do tipo.
—Não... -Respondeu Seco. Havia algo errado no modo como disse aquilo. Algo tão... Áspero que provocou em Kenny uma curiosidade mórbida de olhar. Antes mesmo de ter o interior do local em vista, sentiu o ombro de Edward se movimentando, abandonando sua mão deixando pairando no ar enquanto o garoto se prontificara a adentrar a lavanderia.

—Espere, Ed!! -Exclamou vendo-o se afastar rapidamente.

Ed caminhava ao lado da fileira do meio de máquinas numa linha reta, aumentando o ritmo dos passos conforme inclinava-se diante de algo que chamara alta atenção no recinto. A penúltima máquina da fileira, tremia-se toda em sacudidas violentas diante de uma pequena poça d'água diante de si, água essa que escorria de dentro da porta da coisa, em jatos violentos acompanhados de batidas graves e metálicas como se o objeto estivesse entupido ou num tipo de terremoto insano. Havia um pouquinho de espuma sendo jogado pela fenda finíssima que se fazia a cada batida que vinha de dentro, cujas pancadas ameaçavam abrir a porta empurrando-a fortemente e jamais conseguindo graças a um "Enforca Gato" preso à borda da portinha, segurando o desespero que existia ali dentro.

—Caralho!!! -Gritou o moleque, atraindo Kenny instantaneamente que correu em sua direção sem hesitar, adentrando de uma vez por todas olhando em volta temendo a possível presença do assassino. O Fantasma não estava lá mas isso não significaria alívio, muito menos quando chegou perto o suficiente de Edward que, parado diante da máquina, recuou de susto assim que o que parecia ser uma palma de mão, pressionou-se repentinamente contra a superfície transparente de acrílico, que permitia ver o conteúdo dentro da lavadora, uma mão humana clamando por socorro estampando-se entre jatos de água e espuma, conforme a máquina ia a loucura sacudindo-se de modo grosseiro. E assim, Graim sentiu o pânico total:

—Kirstin!!!! -Berrou ao se jogar no chão diante do visor, tendo uma perturbadora visão de algo contorcendo-se dentro do aparelho, sendo girado violentamente com gritos abafados envoltos de engasgos e urros de agonia. Segurou a borda com firmeza tentando a todo custo passar os dedos pela escorregadia e molhada abertura, puxando a mesma para si em tremendo esforço aos gritos de desespero deixando escapar a água que escorreu por ali em abundância molhando-lhe as calças.

—Kirstin, não faz isso comigo!!!! -Cada puxão parecia querer arrebentar a portinha, que, pelos infernos não se abria!! Ameaçava ceder, mas jamais acontecia graças ao objeto de plástico que a segurava. Seus dedos perdiam força, mas o chacoalhar da lavadora jamais. Perderia e sabia disso, a última coisa que viria de Kirstin com vida eram seus gritos atormentados sendo interrompidos pela água que lhe cercava, num afogamento de pancadas ensurdecedoras que o culpariam até o último dia de sua vida.

—Não, não, não!!! Você não vai morrer hoje!!!! -Esforçou-se ainda mais, rangendo os dentes inclinando-se para trás puxando com toda força pobre que tinha, levando um banho de lágrimas. -Merda! -Exclamou pouco antes de ser atirado para longe quando um empurrão de Kenny o fez se deitar no chão tendo as pontas dos dedos escapando da minúscula abertura, que recuou dando um baque com tudo, quase lhe esmagando os dedos que escaparam por um triz.

—Sai! -Gritou o garoto pálido tomando à frente do horror.

Ed ralou os cotovelos ao se apoiar na tentativa falha de evitar a queda, ficando estirado de pernas abertas numa exaustão assustadora não compreendendo muito bem o que acabara de acontecer. Só viu Kenny em pé de costas a ele frente à máquina e sua mãozinha ágil saindo de dentro do bolso do moletom após se remexer lá dentro, trazendo consigo um estilete.

Empurrou a lâmina com o polegar veloz, exibindo-a por pouco enquanto já se aprontava a cortar a merda da tranca de plástico!

—Vai!! Vai Kenny!!! -Implorou infantilmente debatendo-se no chão.
—Cala a boca!! -Respondeu irritado e assustado, passando de uma vez só o objeto cortante sobre a tirinha do "Enforca Gato", tendo a mesma se rompido. Só deu tempo de um aviso banal exclamatório sai de sua boca: - Sai de perto!!! -Alertou aos berros saindo de frente da máquina, quando quase que de imediato... "Blamsh!" A Abertura redonda se escancarou acompanhada de um turbilhão de água gelada e espumante, causando uma inundação por todo o chão quando Kirstin fora literalmente "Cuspida" para fora completamente ensopada e de aparência retorcida, estabacando-se no solo feito um brinquedo rolando compulsivamente na direção de Edward parando entre suas pernas que se esticaram fugindo do molhado, sua cintura fora o que freou a pobre garota.

Nem é preciso dizer que Graim nem ligou para a poça, ou para o gelado da água, ou a condição de suas roupas, permaneceu onde estava virando-se estrategicamente para recolher a menina em seus braços. Chorando intensamente a puxou pela gola da blusa.

—"Haaaamm!!" -Com imenso pavor é que Kirstin tentava puxar o ar aos seus pulmões, entre uma tosse terrível de engasgo, não conseguia responder ou raciocinar, apenas agonizar diante da situação. -Ed.. -Interrompida por uma tossida violenta que saiu como a de um homem velho, deitou-se no colo do garoto de bocarra aberta esforçando-se para tomar fôlego, tendo seus cabelos molhados grudados na cara sendo retirados delicadamente por Edward, que pingou em seu rosto frio suas lágrimas, que se juntaram as gotas d'água que lhe desciam pelas bochechas exageradamente vermelhas e trêmulas. Tossiu mais uma vez, e mais uma, tendo espasmos fortes pelo tronco a ponto de vomitar ou coisa assim. Eis que surge uma gorfada d'água que saltara para fora de sua garganta. Kirstin foi levada para frente, saltando do colo do namorado ficando curvada de joelhos com o impulso da ânsia de vômito, despejando uma pequena enxurrada líquida pela boca sobre a poça embaixo de si. E assim que acabou, veio o alívio tendo as últimas gotas de um vômito transparente pingando-lhe pelos lábios. Enfim, conseguiu respirar... Fechou os olhos pressionando as mãos no chão molhado em alívio tremendo. -Ai meu Deus do Céu... -Tossiu mais uma vez, mas de maneira seca limpando a garganta. Ainda nem se prestou a olhar quem era a outra pessoa em pé parada ali ao seu lado. Engoliu saliva limpando a boca indelicadamente no ombro. Ainda olhando para baixo, notou que um pingo vermelho caíra dentre seus cabelos atingindo a água esparramada. Levou uma das mãos à testa passando os dedos entre os fios bagunçados e molhados, retirando-a em seguida para verificar. Havia sangue. Estava sangrando!

—Ed, eu to machucada!! -Reclamou chorosa e rouca.
—Deixa eu ver!! -Engatinhou rapidamente se pondo ao seu lado.
—Minha cabeça!! -Soluçou em lágrimas tampando a testa com medo do tamanho do ferimento.
—Amor, deixa eu ver! Deixa eu ver, vai ficar tudo bem!!
—É muito feio?!! -Exclamou assustada puxando os cabelos para trás deixando toda a testa visível. Edward viu um ferimento pequeno, um risco vermelho no centro de um galo gigantesco formado por uma coloração roxa em volta. "Putz... isso vai ficar muito dolorido" -Pensou. -Não, não, não não tem nada com o que se preocupar. Foi só um pancada... Não é nada sério, você está bem!! -Sorriu tentando conter as lágrimas.
—É Sério?!
—É sério, você está bem! Está bem!! -A Abraçou ainda agachado ao seu lado, beijando-a compulsivamente no rosto sendo arrebatado pelo frio de sua roupa encharcada.
—Obrigada, obrigada, obrigada!!! -Levou os olhos acima, fitando Kenny que suspirava em alívio observando os dois. -Obrigada!!! -Estremeceu apertando Ed com força.
—Não há de quê?.. -Respondeu Kenny, incrédulo. Jamais havia salvo alguém antes. A sensação era.. Diferente de tudo o que já teve. Ficou extasiado sorrindo meio bobo olhando para o nada, contemplando o próprio feito.
—Kenny.. Obrigado.. -Disse Edward sem fitá-lo, pousando a cabeça no ombro da garota tornando a beijá-la forte no pescoço.

Acenou positivamente perante a gratidão, prontificando-se:

—Eu.. Vou tentar achar uma toalha.
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A Porta dianteira do carro se abriu, tendo os faróis ligados iluminando Claire e Paul, que recuraram sutilmente após a parada total do veículo. Lizzie saiu do carro, batendo a porta balançando as chaves entre os dedos, demonstrando frio ao tremer um pouquinho encolhendo os ombros:

—Oi, gente... Cadê todo mundo? -Disse se aproximando.
—Estamos esperando eles. -Respondeu Claire.
—Oi, Paul.
—E aí.

Seu rosto não negava a preocupação, na verdade, pareceu muito surpresa ao perceber que apenas os dois estavam lá para recebê-la. A Garota então, analisou o local rapidamente prestando atenção em tudo. No silêncio, no abandono e nos dois bestas de cara pálida que a encaravam.

—Mas vocês pelo menos sabem onde eles estão?
—O Edward foi atrás da Kirstin. Ela estava em perigo. -Comentou a Diaba em tom vago.
—Está. -Falou o Jornalista afirmando o que Claire tentara esconder.
—Estava! -Retrucou ela. -Já devem estar vindo.
—E vamos fazer o quê, Claire? -Ele pareceu irritado. -Ficar esperando que por um milagre os dois apareçam? Cai na real!
—Fala desse jeito de novo. E eu não deixo você escolher quais dentes vai perder.
—Galera, parem! -Exclamou Lizzie. -Claire, eu fiz o que você pediu. Fiquei lá naquela espelunca até agora. Será que podemos dar o fora daqui, eu não tô afim de dar de cara com aquela máscara.
—Ninguém sai daqui até o Edward voltar.
—Errado! -Interrompeu Paul. -Ninguém sai até eu achar a Clarisse.
—Ah, garoto pelo amor de Deus. Quer ir atrás dela? Fique à vontade. Depois me conte quantos pedaços encontrou.
—O que você disse? -A Fitou em ira segurando-se para não avançar.
—A Verdade! Só estou dizendo que, se aquela vadia não estiver fazendo isso, já deve ter ido pro brejo. E pra começar, por que eu deveria acreditar no que você diz? Ninguém viu a Clarice e eu tenho que aceitar que VOCÊ, o sabe tudo, perdeu ela de vista? Qual é.
—Eu vou ficar quieto... Vou ficar quieto antes que eu faça alguma besteira com você, Claire. Sério.
—Olha minha cara de preocupada.
—Gente, chega!! -Insistiu Lizzie. -Caralho eu não vim aqui ouvir ladainha, não. Vocês viram o assassino? Ele apareceu por acaso?! -Questionou nervosa aos dois. -Porque eu vou ser sincera, até agora não vi maníaco nenhum! E nem sei porque vocês decidiram ficar aqui para dar de cara com aquilo, eu hein. Vocês são loucos?! Tem tendência suicida, ou o quê?
—Lizzie.. -Claire tentou falar, mas fora interrompida pela garota.
—E ainda por cima chego aqui depois de dirigir feito uma retardada ultrapassando carros e tudo mais, para quê? Para nada, neh. Porque tá na cara que nada aconteceu e vocês devem ter passado a noite inteira correndo da própria sombra.
—Lizzie! -Bateu o pé, exigindo atenção. -Primeiro, você não sabe o quanto está errada. Segundo que, pessoas morreram!
—Ah, é? Que pessoas?! -Perguntou desacreditada.

Claire não queria fazer aquilo. Sentiu em suas entranhas o quanto era errado, mas estando naquela situação, a última coisa que sua paciência limitada aguentou foi alguém não levando o acontecimento a sério. A "Descrença" de Lizzie lhe provocou uma sensação já conhecida. O Aperto que seus dedos faziam ao se fecharem cerrando o punho, enquanto tentava conter em vão o impulso de fazer algo maligno.

—Que pessoas? Quer ver que pessoas?!
—Claire... -Paul tentou impedi-la, mas suas palavras não foram o suficiente, desde que ela continuou falando fingindo que não escutara o alerta do jornalista.
—Vai até a o Hall. Vai lá, querida na entrada... Tira uma foto, dura mais. -Falou seca.

Ela carregou então um semblante desconfiado. Claire não poderia estar falando sério, poderia? Soltou um sorriso cínico perante a Diaba, e em negação proferiu insegura:

—Ha.. Tá blefando.
—À Vontade. -Esticou o braço na direção da entrada do prédio, indicando o caminho como uma apresentadora de Tv, portando um sorriso maléfico.

A menina doidinha então desfez a expressão de deboche, passando a fitá-la seriamente engolindo seco enquanto tomava uma decisão sobre ir ou não, em frente. Ripley notou, e não conseguiu segurar o contentamento. E Sem dizer nada, apontou novamente insistindo no "Convite" macabro que entregara.

—Tá, tanto faz. -Suspirou a garota demonstrando uma falsa raiva, assim passando direto pelos dois deixando-lhes uma última olhada desconfiada antes de seguir o caminho em frente, por onde Claire apontava. Lizzie passou, e no mesmo instante Ripley deu as costas a ela e cutucou Paul pelo cotovelo falando de lado:

—Aposto seu celular que ela vai gritar.

O Som do toque do aparelho celular nas mãos de Paul surgiu, cantarolando um genérico toque de aviso de notificação.

—Nossa, isso foi rápido. -Comentou sarcástica.
—Vesh... -Disse desbloqueando a tela rapidamente para ver do que se tratava, ficando com o rosto da Diaba colado ao seu, a mesma ansiava em ver o que havia "chegado".

Posicionou a tela abaixo de seus rostos, de modo que ela também pudesse ver quando ele abriu a mensagem no "Spread" enviada em modo "Particular" apenas para ele ver. Ali então, ficou claro que nenhum dos outros contatos recebera tal mensagem. Dizia: "Então, a cavalaria chegou para ajudar?"

—Paul, abre o áudio que eu vou falar umas poucas e boas pra esse filho da puta.
—Não, ficou louca? Quer irritar ele mais ainda?
—Me poupe.
—Não vou abrir o áudio!
—Então faz uma pergunta.
—O que eu pergunto?... -Questionou hesitante e temeroso.
—Pergunta se ele gosta de pizza. Pare de ser babaca! Eu quero saber se ele pegou o Ed!
—Então você tá se cagando com a possibilidade dele ter morrido...
—Cala a boca, e faz logo.
—Ok.. -Quando se pôs digitar, a tela indicou um aviso no canto superior que dizia: "Número desconhecido está digitando". -Espera, ele tá falando alguma coisa. -Retirou os dedos de cima do visor, esperando.
—Afff. -Bufou Claire, aguardando. Paul manteve os olhos grudados na tela temendo o que estava por vir. E não demorou muito, para que a nova mensagem surgisse: "Por que pediram ajuda terrena, sendo que posso mandar um anjo?"

Ambos se encararam estranhando, pensando por um segundo no que poderia significar.

—Ele não tá falando coisa com coisa.
—Olha, querido.. Se tem uma coisa que eu aprendi é que eles sempre tem motivos específicos para falar essas bobagens. Faz parte do espetáculo.
—Então o que ele quis dizer com "Anjo"?
—Espero que não seja tão óbvio.. -Respondeu preocupada erguendo a cabeça aos céus devagar, procurando por algum sinal vindo de cima. E entre o breu de uma noite de céu encoberto e sem estrelas, Avistou o topo do prédio. Tudo escuro, mas era possível ver uma certa luminosidade vinda do terraço mesmo que bem leve. Mas por que tal luz estaria acesa? Havia algum funcionário rondando a área ou algo assim? -Paul.. -Puxou delicadamente a blusa do rapaz, sem tirar os olhos de cima.
—Que foi? -A encarou, passando em seguida a procurar o que ela tanto olhava, repetindo seu gesto ao levantar a cabeça. E foi aí, que o susto veio de repente causando gritos de alerta nos dois jovens, que se agarraram gritando para o alto ao verem um vulto sendo arremessado do terraço, despencando do alto do prédio.


—Ahhhhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! -Gritaram com toda intensidade disponível, andando para trás sendo incapazes de desviar o olhar do que caía silenciosamente, afastando-se temendo que a coisa aterrissasse em cima deles. Paul nem percebera com sua reação automática assustada, o quanto puxou Claire para si forçando-a a recuar com ele entre seus berros quase agudos feito os de uma menina quando o estouro gravíssimo aconteceu na aterrissagem da coisa, que acertou em cheio o teto do carro de Lizzie afundando a lataria superior onde os vidros das laterais explodiram com o impacto, expulsando para ambos os lados do veículo milhares de cacos de vidro, tendo o próprio pára brisas se rachado em várias marcas trincadas, quebrando parcialmente entortando-se para dentro de modo bizarro. O Carro inteiro sacudiu com a pancada, disparando o alarme insuportável que quase conseguia ser mais alto que os gritos de Claire e Paul, que ainda se puxavam um pela roupa do outro grudando-se em pavor.


—Ahhhhhhhhhhhh!!!!!!!!..... Puta merda!!... O Que foi isso?! -Suspirava ela, pondo a mão no peito sofrendo os efeitos de um susto infernal, ao mesmo tempo irritada com o alarme ensurdecedor que fazia piscarem luzes amarelas pelos faróis dianteiros e traseiros do carro, atordoada demais para sequer prestar atenção no que tinha sido lançado do terraço.
—Vamos logo, vamos cair fora desse lugar!! -Berrou o jornalista, sacudindo o braço da Diaba, cujo segurava feito criança exigindo atenção.
—Ai, garoto, me larga!! -Retirou bruscamente o braço das garras de Paul. -Se manca! Vai dar ataque na puta que o pariu. Lizzie?!!... Lizzie?!! -Chamou atenta dando um giro em torno de si procurando a garota que não estava lá. -Ai, merda era só o que faltava... Lizzie!!!!! -Gritou ecoando por todo o pátio, ainda mirando sua visão na entrada do prédio onde a vira pela última vez.
—Será que ela correu?? -Observou curioso o espaço vazio que se encontrava com Ripley, torcendo para que não estivessem abandonados novamente. -Pra onde ela foi?!
—Shh!! Idiota.. Ela tá ali! -Apontou para a entrada ainda coberta de cacos de vidro com o estouro da porta mais cedo, por onde Lizzie surgira silenciosa andando de costas bem devagar, com as mãos levantadas acima da cabeça, fitando a escuridão conforme saía. Assim que Paul a viu, deu um passo à frente ansioso: -Ótimo, Lizzie!
—Espera! -Teve seu ombro agarrado por Claire, que o freou. -Tem alguma coisa errada... -Assistiu cautelosamente a menina se afastando da entrada em sinal de rendição, notou como parecia chorosa tremendo as mãos levantadas como se implorasse para não ser morta ou algo assim.

Andando para trás sem tirar os olhos do interior do prédio, acompanhando o ritmo do que vinha vagarosamente em sua direção.


—Lizzie, que foi?! -Escandalizou Ripley, sem resposta. Tudo o que recebera foi um olhar lento e sutil da garota, que a fitou como se temesse mudar seu olhar de direção, recobrando o foco logo em seguida. Claire não se moveu, assim como Paul. Observaram tensos quando um revólver apareceu saindo de dentro do Hall sendo segurado por uma mão gordinha. E enfim, o uniforme azul se apresentou na presença de Reese, que mantinha a doidinha na mira caminhando com cautela em sua direção dizendo:

—Devagar... Devagar.. Não tente nenhuma besteria, branquela.
—Reese?! -Exclamou Ripley, recebendo uma olhada de desaprovação da portadora da arma.
—Desgraçada... -Comentou A Segurança baixinho ao notar a presença da Diaba. E Assim, sua reação mudou drasticamente, sacudindo a arma na direção dos dois indicando a Lizzie para onde deveria ir. -Mexa-se! Anda, não tenho a noite toda! Leva seu rabo branco até eles agora, vamos!
—Tá bem!! -Respondeu choramingando entre soluços, passando a aumentar o ritmo dos passos indo de encontro a eles mantendo as mãos acima de cabeça. -Gente... -Disse entre lágrimas. -Desculpem!!
—Cala a boca, Lizzie.. -Claire revirou os olhos cruzando os braços, esperando que Reese abaixasse a arma. Mas ela não o fez, se aproximava vagarosamente do trio tomada por desconfiança, mantendo-os na mira. Porém, seu rosto tomou uma expressão de extremo desgosto conforme ficava mais perto do grupo e dos apitos agudos emitidos pelo carro.
—Alguém vai me dizer exatamente o que aconteceu aqui, logo de depois de desligar esse alarme insuportável!! Desliga isso!!
—Ok, ok!! -Aquiesceu a louca morrendo de medo de levar um tiro, histérica se virando ao escândalo, apontando as chaves para o veículo enquanto apertava compulsivamente o botão no chaveiro. "Pic! pic!" Apitou o carro, com os faróis de apagando cessando de uma vez a barulheira. Respirou fundo dando meia volta tornando a pose de rendição, cabisbaixa na mira da arma. Claire é quem não aguentou:

—Reese, para de palhaçada!
—O que você disse?! -Levou sua mira até a jovem, que se assustou imitando Lizzie pondo as mãos para cima.
—Hey, Hey, Hey calma!! -Implorou a Diaba.
—Quem matou aquele garoto?!
—Eu não sei!
—Quem era aquele garoto!

Claire não quis responder, e nem precisou. O Choro amargo da louca varrida conseguiu exclamar o nome da vítima:

—Era o Daniel!!!! -Exaltou a doida em prantos, mostrando o que seria o verdadeiro motivo de seu choro.
—Oh meu Deus, Lizzie.. Eu sinto muito...
—Vá a merda! -Respondeu ela, soluçando.
—Credo!
—Parou!! -Alertou Reese, em voz de comando. -Tem mais gente aqui, eu sei disso! Onde estão?!
—Reese, nós não sabemos. -Disse Paul em tom amigável, tentando apaziguar a situação. -Estamos esperando os outros eles se perderam no escuro. Estamos aqui.. torcendo pra alguém vivo aparecer, só isso!
—Tá, vou fingir que acredito.. E quem é a garota morta?!
—Que garota?! -Retrucou Claire, irada.

Naquele momento seu coração gelou. Notou como Reese parecia olhar através de si. E o modo como ela balançou a cabeça apontando uma direção por cima de seus ombros a arrepiou. Com uma interrogação enorme na cara, Ripley se virou com medo do que iria encontrar...

Torceu o pescoço espiando logo atrás de seus ombros, dando de cara com o carro parcialmente esmagado e destruído graças a um cadáver ensanguentado de mulher.

—Ham!! -Tapou a boca em choque, reconhecendo os cachos amarelos bagunçados cobrindo uma cabeça coberta de sangue e desfigurada. Os tênis.. Era Gigi. Segurou as lágrimas torando sua atenção à Reese. -Essa é a Gigi... Meu Deus, seu puto fodido!! -Berrou para cima olhando para o terraço, lacrimejando ódio. Não podia acreditar. Gigi estava morta?! Morta? MORTA??? Não... Não é possível. E Se é, sentiria um peso de culpa arrebatador. Queria mais que tudo nesse mundo sentir o sangue quente do assassino escorrendo por entre seus dedos, cavar uma cova rasa e sentar sobre o monte de terra fria sob gargalhadas. Se Gigi estava morta, foi tudo por causa de uma obsessão psicopata criada para cima de sua pessoa. Sentia-se parcialmente responsável pelo fim da vida da loirinha, e queria se trucidar apenas por estar respirando. Era inaceitável... Nada disso teria acontecido se tivesse se rendido como o mascarado havia proposto. Não tinha parado para pensar de fato nos outros, pessoas que mal conhecia cujos sobrenomes eram incógnitos. Mas Genevieve Lovegood, vulgo "Gigi", fora a única daquele grupo de desajustados e nada populares que teve uma aproximação da Diaba. Dividindo o quarto por pouco mais de uma semana de pavor, Claire sentia uma amizade de verdade crescendo e um companheirismo que não conhecia desde que perdeu as amigas para uma faca em Ashville. E essa possibilidade de uma duradoura amizade futura, estava acabada. Não é justo. Não é justo!

—Vamos fazer o seguinte! -Ordenou Reese. -Nós vamos até o estacionamento da segurança, entrar numa viatura e sair daqui! Chamamos a polícia e o caralho e vamos ficar seguros em outro lugar até o sol nascer.
—Eu topo!! -Paul ergueu a mão, que foi abaixada por um tapa rápido da Diaba.
—Não te perguntei nada, babaca!!! Vamos esperar o Ed!
—Esperar?! Olhe de novo, retardada! -Apontou o menino para a Segurança.

Ripley sentiu o coração disparar. Finalmente!! Ao menos de um pesadelo havia escapado. Atrás de Reese, saindo da escuridão do prédio, Edward surgira andando torto e devagar, com o braço em volta da Kirstin abraçando-a.

—Edward!!!!! -Ele respondeu virando-se em sua direção na hora! Correu aflita com um sorriso no rosto de gratidão. Aceitou que estaria morta em breve naquela noite, mas ao ver que ele saíra do dormitório são e salvo foi uma grande recompensa. Quem liga para as dolorosas futuras facadas iminentes?! Edward estava vivo e bem. E isso a alegrou de tal forma que viu tudo menos o cano da arma que a barrou durante sua invertida, até que foi tarde demais e o susto de ter a segurança entrando na sua frente com tudo surpreendendo-a com o gatilho a faz parar com um gelo na alma.
—Parada aí, Claire!
—Ah!! - Assustou-se, desistindo. -Reese, por favor!
—Espere um pouco! Eu ainda não sei quem é ou não confiável!
—Ele é confiável! Eu juro!
—Mas eu não!
—Reese, pelo amor de Deus!
—Chega! Já falei pra esperar!
—Tá, caralho! Não sou surda, pare de gritar.
—Ok, vamos todo mundo tentar manter a calma, por mais que isso pareça impossível. Volta pra trás, Claire.
—Tá bem.. -Ela obedeceu com um nó no coração, indo de costas sem tirar os olhos do amigo que ficava cada vez mais longe.

Ele mantinha Kirstin grudada em si, a menina estava morrendo de frio enrolada numa toalha com os cabelos encharcados. E logo atrás do casal, mais duas presenças preencheram o tenso lado de fora: Kenny e Quinn, que surgira estática feito uma estátua viva. Pálida e gélida, atordoada pelos efeitos do terror da noite. Já o "Zé droguinha" não hesitou em cobrir a cabeça com o capuz do moletom ao sair no frio, tendo o rosto parcialmente escondido.

—Que noite, hein?! -Disse Ed sarcástico, acenando ao grupo parado próximo ao carro.
—Disse alguma coisa? -A Segurança mirou o revólver no rapaz, fazendo desaparecer seu sorriso cínico. O Mesmo parou surpreso apertando o braço da namorada repetidas vezes lhe dando um alerta engolindo seco:

—Amor..
—O quê? -Perguntou desnorteada ainda tremendo dos pés a cabeça, retirando o rosto grudado no tórax quentinho de Graim, procurando a voz feminina que acabara de falar, tendo uma surpresa e tanto ao ver uma arma apontada para si:
—Ahh!!! -Gritou de susto recolhendo-se em Edward buscando por proteção em completo desespero, acoando-se atrás dele. -Não atira em mim!!! Não atira!!! -Chorando horrores diante do desconhecido.
—Calma, calma! -Exclamou ele abrindo os braços servindo de escudo a ela. -Reese!
—Eu quero vocês todos quietos ali do lado dos outros, andem!
—Tá bem, tá bem!! -Concordou ele andando de lado. E Conforme se movia, Kirstin ia junto se escondendo por trás dele acompanhando seus passos curvada em medo.
—O que tá acontecendo? -Murmurou em suas costas.
—Eu não sei.. continua indo.. -Passou a se afastar da porta, contornando a mulher armada dando uma volta em meia-lua sendo acompanhado pelo cano da arma apontado para si. Tenso? Não negava. Sem entender nada? Com certeza.
—Vocês também! -Comandou aos outros dois, o menino encapuzado e a garota com aparência de cadáver, Quinn, que ergueu os braços sem nenhuma surpresa portanto um olhar vago e doente, como se toda desgraça fosse não mais que o normal. A Jovem não esboçou reação alguma, aceitando o destino em que se encontrava sem pestanejar e sem aparentar temer. Talvez já estivesse tão traumatizada que uma arma apontada não era nada. Kenny, pareceu já ter lidado com esse tipo de cenário antes, pondo as mãos no topo da cabeça de forma disciplinada caminhando calmamente em direção ao restante do grupo, embora sua expressão entregasse em meio ao capuz, a tensão generalizada em seu sangue.

O Toque de um celular surgiu levando todos os olhares na direção do som. Ninguém disse nada, foi um movimento automático de cabeças de voltando numa única direção: Paul.

Ao ser alvejado, se tocou de repente fitando a própria mão que portara o celular vibrando com o seu Ringtune genérico.

—Vê logo, moleque!! -Exigiu Claire lhe cutucando sem tirar os olhos de Reese, que mais do que nunca demonstrou estar confusa.
—É ele! É o assassino!! -Alertou Paul à segurança, que o olhou feio. -Reese, preciso ver do que se trata! Toda vez que essa coisa liga alguma desgraça acontece.
—Então por que vai atender, idiota?!
—Porque se eu não atender... As coisas ficam ainda piores. Confie em mim! Eu juro!
—Tá, vá em frente. -Respondeu um tanto cética.
—Obrigado. -Tocou repetidamente a tela, não era uma ligação pois não levou o celular ao ouvido. Não era mensagem pois não estava digitando. E os olhares curiosos se intensificavam.
—O que é? -Ripley esticou o pescoço tentando ver a tela.
—É um vídeo... -Respondeu clicando no mesmo, vendo o círculo colorido se fazer no centro da aba, ao mostrar carregamento de arquivo. De modo súbito, gemidos ecoaram pelo alto falante. Era uma voz feminina em prantos clamando por socorro: "Me ajude!! Por favor alguém me ajude, eu não quero morrer!" -Eram pedidos de socorro abafados como se a tal vítima estivesse de língua presa ou algo assim.

"Splaft!" O Objeto escorregou de seus dedos atingindo o chão, quicando no asfalto frio conforme Paul perdia a expressão no rosto ficando como algo próximo a cara de Morta e indiferente de Quinn, num estado catatônico preocupante. Claire se apressou abaixando-se com agilidade catando o aparelho do chão. Seu rosto foi claramente iluminado pela tela dando a todos um vislumbre de seu mais novo pavor ao presenciar tal cena. O Vídeo, mostrava uma beirada de terraço, tento lá embaixo as luzes dos postes do pátio principal. E deitada no chão próximo ao abismo com os pulsos amarrados e boca amordaçada, estava uma vermelha e amedrontada Clarice implorando pela vida, olhando diretamente para a câmera de um celular, que estava sendo segurado por uma outra pessoa, registrando os momentos de terror da menina, que, com uma bota posicionada na barriga, dava a entender que com um simples chute ou empurrão, despencaria também do alto do prédio do dormitório. "....Eu não quero morrer..." Foi a frase que arrepiou Ripley até os ossos, quando uma mensagem de texto surgiu embaixo do vídeo: "Continuem jogando, ou mando mais uma".

 


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Notas finais do capítulo

Kirstin tá viva! ♥ Mas isso não quer dizer alívio. Nosso grupo está caminhando ao confronto final. Ir atrás de Calrice? Ou seguir em frente e dar o fora? O que você faria? Muito obrigado por acompanhar e por favor, comente o que achou! Valeu gente, até a próxima! ♥



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