Desejo e Sangue escrita por shelle hanie


Capítulo 3
PASSEIOS...




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Hoje não estou tão zangada, pelo menos não ainda. Nem Chad, nem Jim vieram me perturbar. A noite deve ter sido boa pra eles. Agora eles estão lá com aquelas vampiras vagabundas que fazem tudo por eles. Agindo como cachorrinhas, indo quando eles estralam os dedos, apenas para fazerem parte de uma classe mais nobre como a nossa.

            A noite estava gélida e a rua deserta, um típico domingo americano. São quase dez horas, e a única coisa que tenho pra fazer é vagar por ai. Não, Seth esta hospedado no Lauzet. Acho que é a hora perfeita para apresentar a cidade a ele. Mas como pode ele ser tão diferente? Há um segredo maior por trás dele e eu vou descobrir o que é.

            Corri em direção ao Lauzet. As arvores passavam rapidamente por mim e a lua despontava no céu.

            O portão estava trancado quando cheguei. Toquei a campainha chamando o porteiro

            Boa noite senhor! O Seth se encontra?

            O velhinho de óculos e bigodes longos me olhou vislumbrado, e não pude deixar de gostar disso ( o modo que as pessoas me olhavam abobalhadas)...

            Sim... Sim... Senhora! – respondeu-me ele gaguejando – vou chamá-lo – e saiu tropeçando nas próprias pernas.

            A situação era comovente... Rsrs... Enquanto esperava comecei a observar o hotel. Não era um hotel 5 estrelas, era  como uma pensão familiar: venezianas floridas nas janelas, corredores, e escadas espalhadas, dois elevadores sendo um com defeito, talvez pela quantidade de tempo que estava ali. Aquilo tudo estava em ruínas.

            Oi! Você veio!

            Virei-me para fitá-lo nos olhos. A incógnita de minha vida: Seth.

            Seth! Oi! – respondi a ele.

            E então? Vai me mostrar a cidade? – perguntou ele parecendo animado

            Claro. Vem comigo, vou chamar um taxi.

            Não – disse ele – a gente vai no meu carro.

            No seu carro?

            É. Comprei a pouco tempo.acabei de reformar, veio da pintura hoje.

Ele me guiou ate uma pequena porta num corredor ao lado da entrada principal. Era um estacionamento subterrâneo quase que abandonado, com alguns carros antigos e pneus e ferramentas por todo canto, mais parecia uma oficina. Mas o que me chamou a atenção foi um Opala 69 estacionado bem no centro.

            E então? O que achou do meu carro – perguntou ele seguindo meu olhar e parando no Opala.

            Aquele carro é seu?

            Claro.

            Aproximei-me do carro deslizando minha mão por toda sua lateral ate o capô.

            Eu tenho um Mustang. Quem sabe você não pode ver algum dia.

            Legal. Adoro carros.

            Hum

            E então? Vamos ficar aqui parados? – disse ele indo para o banco do motorista

            De jeito nenhum.

            O acelerador batia a 130 quilômetros por hora. A cidade estava iluminada e bonita, passamos em frente a parques, museus, cinemas, visitamos quase toda pequena Forks.

            Agora quero te mostrar meu lugar.

            Seu lugar? Como assim? – perguntou ele enquanto estávamos no carro depois de uma longa pausa no museu.

            É – respondi a ele – um lugar onde eu costumo vim quando estou triste, tenho duvida. Venha você vai ver e entender porque eu gosto tanto. Mas eu tenho que dirigir se não se importa.

            Claro

            Ele jogou as chaves em minhas mãos e sentou se agora no banco de passageiro da frente, virado para mim. Olhava-me agora de um modo curioso como se pudesse deduzir pela minha expressão onde estávamos indo.

            Dirigi ate quase o final da cidade. Onde estacionei finalmente em meu destino? O parque ambiental.

            Chegamos – disse

            Conduzi o ate a entrada do parque, mas as portas estavam fechadas.

            Como vamos entrar? – perguntou ele

            Assim – dizendo isso dei dois passos para trás e saltei o muro do parque. Seth fez o mesmo, sem nenhum esforço aparente e quase não tocando o enorme portão

Não devemos fazer isso – disse ele sussurrando.

            Quebre algumas regras as vezes.


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