Like a Rolling Stone escrita por MrsSong


Capítulo 9
Remote Control


Notas iniciais do capítulo

Posso sumir na próxima semana.



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— Que papelão, Fábio Campana! Brigar com o Bento na loja dele! – Malu começou, enquanto cuidava dos machucados no meu rosto e arranhões de ter rolado na terra com Bento. – O que você tinha na cabeça?

— Vontade de quebrar todos os dentes do Bento.

A resposta de Malu veio na forma de um beliscão nas costelas que me fez gemer de dor e, não, ela não pediu desculpas ao me ouvir reclamar da dor.

— Você quer falar sobre isso ou eu vou ter que passar um sermão sem nem saber como começou a briga? – a expressão furiosa de Malu me assustou e eu comecei a contar tudo o que tinha acontecido.

Como se eu não contasse tudo para Malu. Bom, quase tudo, porque existem coisas que uma irmã mais nova não precisa saber sobre o irmão mais velho.

 

— Minha filha, você voltou mais cedo hoje! – meu pai exclamou enquanto tomava café na frente da televisão enquanto passava um filme da tarde sem graça.

Bufei e ele notou minha fúria mal-contida, desligando a televisão para me observar. Abrindo espaço no sofá ele estendeu os braços para que eu me aninhasse, mas eu só rosnei enquanto andava pela sala como, bem, um animal enjaulado.

— O que aconteceu? A moça da ONG te irritou? – ele me questionou e eu parei respirando fundo diversas vezes antes de responder.

— Não, a Malu é gente boa. Ruim é o Bento e o Fabinho, mesmo! – dei um gritinho furioso que interessou meu pai.

— O que aconteceu com o Bento e o Fábio Campana?

— Peguei aqueles dois idiotas brigando na estufa, pai! Dois marmanjos se estapeando feito moleque, acredita? – eu ainda não acreditava, mas meu celular vibrando com mensagens tanto de Bento quanto de Fabinho era uma prova.

— Mas por quê? O Bento sempre foi tão calmo! – meu pai já tinha escolhido o lado do afilhado.

— Não sei e nem me importa o motivo! Me mandam para uma reunião com a Malu para poder brincar de Clube da Luta? De que bunda aqueles dois idiotas saíram? Me diz, pai! – eu estava irritada e pronta para eu mostrar como se fazia. – Ah, mas os dois vão ter marcas dos meus dedos na cara!

— Você bateu neles? – meu pai me perguntou confuso e eu soltei uma risada me lembrando da expressão assustada dos dois.

— Se eles gostam tanto de bater, vão ter que aguentar apanhar, pai. – mais calma, pude me sentar e encarar meu pai. – Sabe o que é pior, pai? A Malu estava cheia de planos para marcarmos uma reunião sobre o tal Bazar Beneficente e eu não quero ver nenhum dos dois patetas na minha frente tão cedo e eu vou me sentir culpada se eu não ajudar a Malu só porque ela está cercada de idiotas.

Ouvimos a campainha e eu me levantei, indo para o meu quarto.

— Se for qualquer um dos dois futuros campeões de MMA, diga que eu mandei eles irem me procurar lá na casa do caralho. – avisei e meu pai só me encarou reprovador por causa de minhas palavras.

Tranquei a porta do meu quarto e senti meu celular vibrar mais uma vez. Que se danassem os dois idiotas. Desliguei o telefone e me deitei na cama sem conseguir fazer nada, a não ser sufocar os gritos de raiva.

Se eu saísse nos tapas com alguém, Bento me daria um sermão e ficaria me pressionando a me desculpar. Mordi meu punho esquerdo pensando que talvez eu devesse conversar com ele. Minha vez de passar o sermão sobre paz e não-agressão. 

 

— É, Fabinho. Ela não vai atender. – Malu me avisou sentada na poltrona da sala e eu a encarei, enquanto caminhava e ligava para Giane, que se recusava a atender.

— Você atenderia? – perguntei e percebi segundos tarde demais que Malu atenderia porque ela ia querer ouvir os dois lados da história.

Giane não queria ouvir meu lado e eu suspeitava que ela também não queria ouvir o de Bento, ela era daquelas pessoas que uma vez raivosa, mantinha e cozinhava a fúria até ela se apagar, como fogo sem oxigênio.

Decidi tentar mudar de assunto, para não odiar a mim mesmo pelo que aconteceu. Minha maldita língua parecia que só me envolvia em confusão nos últimos tempos.

— E a sua reunião com ela?

— Bom, Giane deixou bem claro que qualquer ajuda que ela dê para o Bazar, sem que ela queira, vai jogar você no holofote junto. – Mais uma prova que minha língua só me metia em encrenca. Mordi o lábio inferior e Malu suspirou cansada. - O que significa que eu não posso planejar meu Bazar porque tenho medo de que ela te mate enquanto nos reunimos para discutir tudo. – Malu parecia bem irritada e eu também estaria se um par de idiotas arruinasse meu plano para arrecadar fundos para a minha ONG por ter se estapeado na estufa.

— Tradução: eu preciso fazer aquela maloqueira furiosa me perdoar para você ter o seu evento e, além disso, quando ele acontecer vou ter que bancar o namorado amoroso? – perguntei tentando entender o que tinha que fazer.

— Eu duvido muito que ela te queira como namorado, Fabinho. Fake ou não. – minha irmã parecia estar se divertindo com isso. – Acho que Giane queria que você entendesse que ao me ajudar, vai te colocar nos sites de fofoca.

— E minha vida revirada nos mais minuciosos detalhes. – completei e ela assentiu com um sorriso sem graça. – Sabe o que é pior? Eu nem posso arrumar outra namorada para desviar a atenção, porque vai parecer que estamos tentando esconder alguma coisa.

Me joguei no sofá de bruços, gemendo de dor em seguida. Sentia os olhos de minha irmã me observar.

— Ela daqui a pouco te perdoa. Não parece o tipo que fica a vida inteira irritada. – Malu me disse e eu ri.

— Só que seu Bentinho muito amado me odeia e eu duvido que ele vai querer ver a melhor amiga dele sendo citada como namorada do playboy aqui. – rosnei só de lembrar. Quem aquele florista achava que era?

— Fabinho, para que eu te conheço e sei que você diz coisas só para irritar. – como sempre a voz da razão. – E não devia ter se metido em assunto do Bento com a Giane!

— É normal só um trabalhar na sociedade, Malu? É? – Minha raiva estava retornando e Malu devia ter sentido, porque se levantou da poltrona indo para a porta. 

— Vou deixar você curtir sua fúria que é impossível lidar com você assim. – ela me disse. – Só não faz nada que vai se arrepender depois, por favor.

— Relaxa que eu tenho uma reunião profissional marcada, maninha. Natan Vasquez me quer de volta. – ri de sua expressão surpresa.

— E você vai? – ela me perguntou com a mão na maçaneta. – Mesmo depois de tudo?

— E por que não iria? Eu preciso de um emprego, ele me convidou para conversarmos. A única coisa ruim da Class Midia é o dono. – me virei para encará-la. – Bem, o filho do dono também não é a minha pessoa favorita.

— Espero que não esteja fazendo isso por causa do que o Bento te disse.

— Fica tranquila que estou vacinado para venenos mais fortes que de Zé Florzinha, maninha. -  comentei e ela riu me mandando criar juízo antes de sair do apartamento.

Com meu pai cheio de reuniões sobre a pré-produção de seu novo filme, eu estava sozinho para fazer o que quisesse. O que no caso era cochilar no sofá e tomar um banho bem demorado e quente.

 

Bento abriu a porta de sua casa, dando de cara com Malu que não parecia amistosa.

— Malu?

— Posso entrar? – ela pediu, entrando assim que ele deu espaço.

— Se for sobre hoje mais cedo eu queria te dizer que eu não devia ter agido daquela maneira...

— Mas meu irmão mereceu? – Malu completou sem humor nenhum na voz. – O Fabinho é um idiota irritante, eu sei. Só que quem começou a briga foi você. Ou seja, um é idiota irritante e outro idiota violento.

— Eu estava defendendo a Giane! – Bento gritou enquanto Malu o observava.

— Defendendo uma garota que deixou bem claro que não precisa ser defendida? – ela fechou os olhos e expirou. – O que você fez foi puxar briga por ciúmes dela.

— Eu não sinto nada nesse sentido pela Giane, somos apenas amigos! Quase irmãos! – ele se defendeu e ela sorriu fraco tentando acreditar.

— Então qual o problema do meu irmão querer se aproximar dela? – Malu insistiu.

— Ela vai ser só mais uma na lista do seu irmão, pensa que eu não sei? A Giane é uma garota inocente que não merece ser usada... – Bento não completou a frase, pois Giane veio entrando com tudo em sua casa.

— Quem é inocente aqui? – ela perguntou furiosa. – Eu vim aqui conversar com você, para tentar entender o que aconteceu e descubro que você bateu no Fabinho para me defender?

Malu mordeu os lábios deixando que a outra garota extravasasse. Bento merecia ter o choque de realidade que viria a seguir. Mesmo que ela gostasse muito dele, parecia que só ele não via a mulher forte que Giane era.

Apesar de que, se perguntassem para Malu, ela diria que preferiria essa mulher forte ao lado de Fabinho.

— Ele vai te usar, Giane! – Bento gritou segurando os ombros da amiga.

— Ah, você acha que ele vai me prometer o mundo só para me comer? – ela perguntou se soltando. Desatou num riso frouxo, que Malu acompanhou inconscientemente. Fabinho enrolando uma garota como Giane era realmente engraçado. – Você acha que ele ia ser o primeiro a tentar me levar para cama? É sério?

— Giane... – Bento pediu diminuindo o tom de voz.

— Não, você vai me escutar. – ela ergueu as mãos e realinhou o corpo. – Eu não preciso de proteção, eu não quero ser protegida. Eu não vivi muito bem os últimos anos sozinha? – ele abriu a boca para responder e foi calado com um olhar irritado de sua amiga. – Olha, apesar de ser um fraldinha metido à besta, o Fabinho é meu amigo e o que quer que você ache que eu tenha com ele não te diz respeito. É a minha vida, caralho!

— Você não entende, ele...

— Fica falando besteiras sobre como eu estou afim dele ou quanto ele tem interesse? – Bento ficou vermelho de raiva nessa hora e Malu quis esganar o irmão inconveniente naquele instante. - Ele disse tudo isso na minha cara.

Giane percorreu a mão direita pelo rosto, cansada. Bento estava agindo mais como um pai ciumento que seu pai! Afinal, Seu Silvério só garantia à filha que confiava nela e acreditava em seu bom julgamento. 

— Olha só, meu relacionamento com ele foi basicamente criado pela mídia, então não tente entender como um normal garoto conhece garota. Porra, existem pessoas por aí que estão vendendo que eu estou grávida dele! Grávida! Brincar com essa situação é o mais normal a se fazer, cara, para tirar aquela vergonha do que estão falando. Deixa que eu me entendo com ele.

Bento suspirou parecendo entender o ponto da amiga enquanto Giane finalmente percebia Malu encostada na bancada da cozinha de Bento assistindo de camarote.

— Oi, Malu. Desculpa te fazer ouvir todo esse surto meu. – ela parecia constrangida. – O fraldinha está bem?

— Preocupado que você nunca deixe o filho de vocês chegar perto do pai, sabe como é. – Malu brincou fazendo a outra rir. Ao fundo, Bento bufou.

— Bom, filho meu não vai chegar perto de fraldinha metido à besta, vai que pega? – ela debochou. Se dirigindo à porta. – Recado dado e espero que recado entendido, Bento.

— Giane, - Malu a chamou e Giane se virou confusa. – ele está no apartamento do meu pai.

Corando, a outra foi embora. Bento a encarou com reprovação.

— Um dia, Bento, eles vão acabar se acertando de verdade. Aí, você vai ter que sorrir nas fotos e eu vou te dizer que eu te avisei. – Malu piscou.

— Você acha que o seu irmão merece a Giane? É sério isso? – ele perguntou incrédulo.

— Eu não conheço direito a sua amiga, Bento, mas eu acredito que todo mundo tem o direito de ser absurdamente feliz. E se tem alguém que eu desejo toda a felicidade do mundo, esse alguém é o Fabinho.

 

Da porta do apartamento de Fabinho, eu podia ouvir o som abafado do que parecia ser The Clash tocando. Mordi o lábio inferior, antes de decidir que eu só ia conversar com ele. Pedir para ele parar de comentários idiotas.

A música tocando indicava que Malu estava certa e que ele não estava dormindo, então fui bater na porta e reparei que ela estava destrancada. Empurrei a porta e entrei em seu apartamento. A sala estava vazia, mas era dali que saía o som.

Sorri ao perceber que eu acertei e era The Clash.

— Fabinho? – chamei andando pelo apartamento. – O Bento te matou e eu vou ser quem encontra seu corpo?

A porta do quarto em que eu dormi naquela noite do quase porre se abriu tão rápido que eu tomei um susto e soltei um grito. Fabinho, saindo do quarto, gritou também levantando as mãos em sinal de rendição. 

Agradeci aos céus pois a toalha que ele usava na cintura permaneceu no lugar porque se essa situação já era informação demais, imagina um amigo nu. Um amigo que faz piadas sobre ir para cama comigo nu na minha frente seria pedir para ouvir comentários idiotas até o fim dos tempos.  

— Giane? – ele teve a coragem de me perguntar e eu revirei os olhos apontando para o quarto.

— Vai se trocar, criatura. – ordenei e ele obedeceu.

Pelo menos ele estava constrangido de ser pego naquela situação, me fazia bem não ser a única a estar com vergonha ali.

 

Me aproximei de Giane que estava sentada na poltrona da sala de olhos fechados ouvindo a música que tocava e cantarolando junto. Ela não parecia ser fã de punk dos anos 70, mas até aí nem eu parecia.

— Pensando em mim pelado, é? – arrisquei e ela abriu o olho me encarando como se não visse graça.

— Pensando que um homem da sua idade se rendeu a um grito assustado. Isso sem contar que deixa a porta da frente aberta para qualquer um entrar! – ela respondeu irritada.

— Você não é qualquer uma, Giane. – fiz outra piada e ela bufou. – Sem contar que eu estava pelado, não tinha como proteger meus bens preciosos!

— Você ouve barulho e vai investigar pelado? – ela parecia irritada e depois deu uma risadinha. – Meu, você é muito o primeiro personagem a morrer num filme de terror.

— Geralmente não é a garota sensual a primeira a morrer em filmes de terror? – perguntei e ela riu assentindo. – Sou a gostosa do filme de terror, pelo menos. – pisquei um olho e me joguei no sofá. – Vou adivinhar: veio cuidar dos meus dodóis?

— Vou fazer novos se continuar com frescura, isso sim. – ela retrucou irritada, mas eu percebi que ela encarava os roxos que formavam no meu rosto. – Eu queria conversar com você.

— Sobre finalmente aceitar aquela proposta de ficar aqui comigo para eu não passar essas noites frias de São Paulo sozinho? – perguntei sabendo que ela olharia para o lado, tentando esconder o constrangimento.

Giane com vergonha estava se tornando a minha Giane favorita. Bom, a menos que seja a Giane seduzindo a câmera, essa eu queria para sempre.

— Vim aqui te pedir para parar com esses comentários cheios de cantadas baratas que por mais que sejam piada. – ela me avisou.  – Você já apanhou por conta disso, seu idiota.

— Se não for piada eu posso continuar? – tentei e ela revirou os olhos.

— Cara, sua irmã já deve ter adiantado que você vai acabar com fama de que me pegou se eu participar do evento da Toca. Você ficar fazendo brincadeirinhas não vai ajudar em nada nossa vida. – ela tentou me convencer.

— Ou vai. As pessoas se cansam rápido de casais que se assumem e ficam felizes juntos. Não tem drama em um casal que você sabe que está junto. – retruquei e ela pareceu pensar.

— Mas aí se eles se separam o circo pega fogo tudo de novo. – ela lembrou e eu soltei um palavrão porque Giane estava certa.  – O que você ia sugerir? Namorinho fake para tirar o interesse?

O sarcasmo dela era tão grande que eu evitei emendar o comentário de que poderia ser real o namoro. Vai que ela se irrita comigo e corta a amizade.

Ou a minha cara.

— Se não dissermos nada? – questionei e ela parecia pensar.

— A vantagem é não ser mentira. A desvantagem é sermos alvo para dar notícia, todo mundo querendo saber de tudo. Sem contar que alguém colocou gasolina no fogo ao me beijar na frente de câmeras de televisão.

— Quem é o idiota que faria um negócio desses? – debochei.

— Sabe que até hoje eu não entendi aquele furo? Porque depois dele, a Sueli Pedrosa voltou a procurar as mulheres frutas por aí e não apareceu na loja. – ela comentou depois de um tempo.

— Só apareceu quando a Amora veio te irritar a ponto de você querer o couro dela para fazer carteira. – gargalhei assustando Giane. – Pivete, e se foi armação da Amora para te colocar como uma agressora maluca?

— Seria a cara da sua maninha do coração. – ela pareceu verificar as horas no celular e se levantou. – Bom, está ficando tarde.

— Já jantou? – perguntei de supetão e ela me encarou confusa.

— Não, mas é melhor eu ir para casa. – ela respondeu e eu fui a arrastando até a cozinha.

— Odeio comer sozinho. Minha vez de cozinhar!

— Não, eu vou para casa. – ela se soltou. – Fica para próxima.

— É a segunda que você me deve: a primeira é um porre de madrugada e agora um jantar. – sorri animado. – Vamos acumular até termos um café da manhã na dívida que aí podemos passar toda a noite juntos. Que tal?

— Fabinho. – ela me alertou e eu lembrei do que ela me disse sobre evitar esse tipo de comentário.

— Certo. Desculpa.

— Tudo bem, só se policia para não acabar soltando uma dessas perto de quem pode querer lucrar com isso. – ela me avisou e eu entendi seu ponto.

Ao abrir a porta, fiquei observando Giane chamar o elevador.

— Ei, Giane? – chamei e ela me encarou de dentro do elevador, colocando a mão para que não fechasse. – Quantas próximas vezes suas eu tenho que acumular para ganhar um beijo?

Ela me encarou mordendo o lábio inferior e, quando eu achei que ia sair do elevador e me dar o beijo que eu tanto queria naquele instante, ela somente sorriu tirando o braço da porta.

— Por que não descobre sozinho? – ela respondeu enquanto as portas se fechavam.

Ela foi embora, mas eu ainda estava no jogo.

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