Haru Matsuri escrita por Diana Razvan
Notas iniciais do capítulo
Yoooo, galerinha o/ Obrigada a todos que estão por aqui, me dedicando seu tempo. Sou muito grata ♥
Espero que gostem, boa leitura ^^
A SURPRESA?! II
A única coisa que passava pela minha cabeça, era o maldito nome Sasuke Uchiha, o anjo dos meus pesadelos presentes. Aquela preocupação durou todas as aulas, me atormentando como se eu sentisse algo por ele.
— Não sinto! — Funguei, teimando comigo mesma. — Eu só quero descobrir o que é… Será que ele me contaria se eu perguntasse?
— Está tão distraída hoje, Haruno-chan — Deidara cochichou, vindo por trás como um fantasma atormentado!
O arrepio do susto me invadiu todo o corpo e eu virei vagarosamente para encará-lo, dando um sorrisinho besta e recuando.
— É que… eu estou tendo alguns problemas.
— Preste atenção na sua arte! — Exigiu, pegando minha mão, molhando o pincel na tinta vermelha e fazendo um contorno disforme no céu que eu havia acabado de pintar. — Este é o momento para se esquecer de tudo — sugeriu de forma compreensiva.
Deidara-sensei estava sendo amistoso e o motivo eu desconhecia e nem gostaria de saber para não gerar mais problemas. Era como se ele quisesse me dizer algo, mas de uma forma indireta e, tê-lo ali perto me fez ficar indecisa quanto ao significado. Pelos dias de aula que passamos, notei que ele não tratava as outras garotas da mesma forma que fazia comigo e isso acabou gerando cara feia por parte delas, no qual usava como desculpas o fato de ser a Representante da Classe e obrigada a ajudá-lo com o que pedia por ser novato. Nada mais que isso.
— Está melhor, não acha? — Despertou-me dos devaneios sórdidos que agora me consumiam, fazendo com que eu encarasse a tela.
Aquela imagem divertida, com as cores sincronizadas e ao mesmo tempo inerte a uma resposta de confusão, no qual sentia, fazia todo o sentido. Eu era o misto do azul no céu, amarelo no sol, alaranjado na fusão dos dois e rosa, naquela bela e única flor que se destacava em um jardim de tulipas claras.
— Acho — afirmei, perdendo-me mentalmente em mais uma confusão particular.
— Sakura, o que fará à tarde? — Sua voz retornou ao tom sério, mas, ainda assim, calma.
— Estarei livre — respondi por impulso, sem pensar duas vezes.
— Não se importaria em comer comigo? Minha casa está reformando e eu preciso de companhia.
— Claro — envermelhei. — Se não for incômodo.
— De forma alguma. Nos encontramos na Praça Heiwa, às oito, pode ser?
— Sim — aceitei no exato momento em que a troca de aula tocou.
— Então te vejo lá. Tenha um bom dia! — Despediu-se.
Eu recebi o olhar curioso de Hinata que, provavelmente, havia ouvido tudo. Foi um misto de vergonha e incerteza, pois a situação parecia confusa demais para se explicar…
— O que você está fazendo, Saky-chan? — Ela me parou assim que entrei no banheiro, fechando a porta atrás de si. — Não vou deixar que traia o Uchiha-kun — corou.
Se eu não a conhecesse, diria que se assemelhava a um chibi de um Neko Kawaii, mas sua expressão tímida e séria ainda a denunciava chateada e nervosa com o que havia presenciado.
— Trair o Uchiha-kun? — Arqueei a sobrancelha, irritada por sempre ter que ouvir aquele nome. — Impossível eu traí-lo! Nós não temos nada e nunca teremos! Aquele idiota concordou em me ajudar a parecer que temos um relacionamento. Na verdade, não passamos de um casal de mentira e um daqueles mais sem graças do mundo! — Desabafei, deixando-a de olhos arregalados.
Levei a mão na boca para me calar, mas o estrago já havia sido feito. Deixar aquela confissão sair, não estava nos meus planos.
— Então vocês nos enganaram por todo esse tempo? — Indagou transtornada, encostando na parede.
— Podemos ir até um lugar onde ninguém nos ouça? Eu vou te explicar tudo, mas preciso que me prometa que não falará para mais ninguém — meio que implorei.
— Está bem, mas espero que tenha bons motivos pra ter feito isso — abraçou-me, prestes a chorar.
Seguimos em silêncio comigo liderando o caminho até a cobertura de um dos pavilhões. Parei por alguns segundos, pregando meus dedos nas grades e fechei os olhos para sentir a brisa que veio de encontro.
— Não podemos ficar aqui — Hinata gemeu. — Pode ser rápida? Você sabe que não lido bem quebrando as regras.
Eu insisti muito para que ela se sentasse e, após ceder, nos mantivemos uma de frente para a outra, mergulhadas numa conexão surreal. Expliquei a ela toda a situação, inclusive os mínimos detalhes da noite passada. Queria deixar claro que estava dando o meu melhor para consertar o meu erro e que não seria aquela a forma que eu gostaria de me expressar.
— Então eu estou presa nesse círculo vicioso que me faz sempre voltar para aquele inferno chamado Sasuke! — Finalizei, revoltada.
Hinata caiu numa crise de graça, rindo como eu nunca havia visto antes, como se houvesse ouvido a mais hilária das piadas, me deixando constrangida e me arrependendo de ter aberto o bico.
— Saky-chan, eu sempre imaginei que você não regulasse da cabeça, mas, forçar o Uchiha-kun a fazer algo assim? Coitado!
— Eh?! Então você está do lado dele? — Me surpreendi, boquiaberta.
— Não é isso — deu um suspiro, recuperando seu tom sereno. — Você acha que isso vai dar certo? Sabemos que a Ino surtaria e o Naruto te infernaria o resto da vida, caso descobrissem. Mas, até quando vai conseguir esconder de todos eles?
— Eu não sei! — Esgoelei-me, constrangida. — Eu não quero esconder de ninguém, mas a escola toda já sabe. Certo que pra ele não daria em nada. Os outros veriam como um favor que estivesse me fazendo! Mas sei que a Ino ficaria muito chateada e eu não quero correr o risco de perder a confiança dela e muito menos ser atormentada pelo seu namorado! Aquele maldito já faz muito disso comigo!
— Imagino como está se sentindo e não sou eu quem fará você se decidir. Eu sou a sua amiga, Saky-chan e saiba que estarei aqui sempre que precisar — deu-me um riso reconfortante, envolvendo-me num abraço forte.
— Não poderia existir duas de você?! — Brinquei, evitando o choro que queria explodir.
— Se existisse, não teríamos a Ino — respondeu gargalhando.
— Por este motivo deveria existir!
Depois que pedi dezenas de centenas de vezes para Hinata manter segredo dos demais habitantes da Terra, nós voltamos para as aulas, tendo a última vaga. Fiquei zanzando na sala do Conselho, esperando pelos outros membros para fazermos o balanceamento dos gastos para o próximo festival, quando fui surpreendida por Sasuke:
— Sozinha por aqui? — Observou, adentrando a sala.
— O que está fazendo? Você não tem permissão pra entrar aqui! — Tentei barrá-lo, mas meio que foi em vão.
— Não posso vir ver minha namorada? — Sussurrou, me deixando sem jeito.
— O que você quer? — Tomei coragem para encará-lo.
— Eu vim buscar o que te pedi — cruzou os braços, como se fosse óbvio.
— O que me pediu? — Franzi o cenho, fitando-o inocente.
— É. Não disse pra você pegar a pasta do Deidara-sensei na Diretoria?
Fiquei estática, raciocinando o exato momento em que ele havia me pedido aquilo e, mesmo que eu me lembrasse das coisas raramente, um pedido daqueles me marcaria de curiosidade.
— Não me lembro de ter pedido isso… — Murmurei, desconcertada. — Mas, por que eu pegaria? — Ousei perguntar e senti o choque do meu corpo contra a lousa.
Sasuke me olhou demoradamente, tendo seus lábios a centímetros dos meus. Sua respiração estava pesada como a minha e a sua mão prendia meu pulso acima da minha cabeça. Aquela maldita posição que vivia se repetindo parecia dar tesão naquele canalha!
— Porque eu mandei — respondeu irritadiço. — Não estou fingindo ser seu namorado à toa. Se não fizer isso, nós terminamos essa farsa agora.
Meu coração desacelerou e voltou a palpitar em estado de choque. Talvez estivesse mais desesperado que eu, pelo fato de sentir a pele macia daquele garoto ingrato.
— Eu vou pegar — vacilei nas palavras, soltando algo parecido com um gemido.
— Que bom — sorriu, afastando-se. — Da próxima vez, me ouça — deu as costas, saindo da sala.
— O-O que é isso, Kami Sama? — Escorreguei na parede, caindo no chão. — Por que ele sempre faz isso?!
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Então? Mereço reviews? Não sejam Gasparzinhos, pliss ^^