Haru Matsuri escrita por Diana Razvan


Capítulo 6
O Deidara-sensei


Notas iniciais do capítulo

Yooo, mina o/ Seja todos bem-vindos ♥
Espero que estejam gostando da fic. Agradeço a todos que favoritaram e os que estão acompanhando, obrigada pelos reviews também ♥
Boa leitura :)



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O DEIDARA-SENSEI

Quando cheguei nos portões do colégio, encontrei Ino e Hinata me esperando, como de costume. As duas falavam sobre a aula inicial, no qual teríamos pintura. Particularmente, era a aula que eu mais gostava, visto que poderia me gabar e zoar a Ino por não saber fazer um círculo redondo!

— Bom-dia — cumprimentei-as.

— Você soube? — Hinata meio que cochichou.

— Soube o quê? — Arqueei a sobrancelha, começando a andar, acreditando que Sasuke poderia ser a causa do segredo. — Estou chegando agora.

— E atrasada, como sempre! — Ino cruzou os braços, repreendendo-me.

— O Horochi-sensei está de licença, parece que a mulher dele teve neném. Isso nos leva a ter um novo professor.

— Não importa! — Sorri. — Desde que ele seja bom e note o círculo oval da Ino! — Ironizei, sendo fuzilada.

— Você é uma graça! — Rebateu, emburrada.

 

A classe de pintura estava mergulhada em cochichos e suposições de quem seria o novo professor. Ouvi dizer de alguns que era um velhote, chato e encrenqueiro, que adorava mandar alunos para a diretoria; depois soube que era um homem mais jovem, bonito, educado e compreensível, que adorava o trabalho que fazia. Entre um e outros, todo o murmúrio parou quando a porta se abriu.

No momento em que aquele conhecido par de olhos azuis encontraram os meus, senti o oxigênio desaparecer de imediato, prevendo minha morte precoce. Fiquei imaginando que se, Sasuke estivesse ali, também me mandaria sair da classe!

— Não é aquele homem que te ofereceu um chocolate obrigação, ontem? — Hinata cochichou para não chamar atenção.

— É-É… — Assenti, tentando me esconder por trás da tela.

— Deidara-sensei, é? — Ino esboçou um riso maligno, falando alto o suficiente para que ele ouvisse.

— Tem… Tem uma coisa estranha saindo de você, Saky-chan! — Hinata se afastou, apontando para o que supus ser o abandono da minha alma.

“E se ele perguntar se eu comi o chocolate? O que eu vou fazer?” Indagava-me, quase desfalecida. “Ele foi tão legal e eu simplesmente joguei a gentileza dele fora! Por quê, Kami Sama!?”

Ohayou — Deidara se pôs de frente com a classe. — Eu sou o Deidara-sensei. Espero que tenhamos um ótimo convívio — olhou seriamente para todos nós e parou em mim, formulando um riso bobo.

— Ele está rindo pra você! — Ino se empolgou.

— Shiu! — Pedi, corada.

— Podemos começar de onde Horochi-sensei parou. Por favor, reescrevam esta arte em preto e branco, do Buda de Todaiji. Suas reescritas serão avaliadas por mim e encaminhadas até o Tokyo National Museum, onde ganharão destaque para a próxima exibição de Arte e Cultura, semana que vem — explicou Deidara, pacientemente.

Uma confusão invadiu a sala, mas rapidamente se aquietou quando ele sorriu:

— Confio em vocês — piscou, fazendo com que as garotas se derretessem e os rapazes reclamassem pelo novo professor ser tão jovem, capaz de roubá-las para si.

— Yosh! Darei o meu melhor! — Me empolguei, aceitando o desafio e juntando os instrumentos necessários para que eu pudesse pintar.

Os minutos passaram voando e quando dei por mim, estava mergulhada em minha própria reescrita, fundida com a melodia que ecoava de fundo. Havia esquecido tudo ao meu redor e nem mesmo ouvia a minha consciência gritando de que eu ainda era uma mentirosa e que o meu professor me dera um chocolate na noite passada!

— Está perfeito — Deidara cochichou em meu ouvido e se afastou, procurando avaliar as outras reescritas.

Os pelos dos meus braços se ouriçaram e um arrepio confuso me cortou a espinha. Ino fez um positivo em minha direção e gargalhou histérica, enquanto o substituto se aproximava.

— Quanto a você, não se subestime! Isso deveria ser um círculo, não deveria? — Ele lhe chamou atenção, apontando para algo mais oval. — Faça direito! — Ordenou.

Eu sorri. Como sempre a aula de pintura havia me motivado e me feito esquecer os problemas… Mesmo que por um curto período de tempo.

 

 

— Você sempre é a escolhida — bufou Ino. — Até a Hinata vai pra lá? Como pode isso?!

— Deveria entender que um círculo é redondo, Ino! — Ironizei, guardando a caixa de pincéis no armário. — Seus círculos sempre são ovais!

— Tsc! Isso é porque você não é uma entendedora profissional de arte! Meu círculo oval é arte! Simplesmente! Aceite! — Ino cruzou os braços, resmungona.

— Mas eu sou e aquilo, definitivamente, não era um círculo! — Deidara apareceu do nada, nos assustando.

— Prometo melhorar, sensei! — Ino bateu continência, afastando-se rapidinho. — Vou te esperar lá fora.

— M-Mas… — Tentei falar, olhando-a sair pela porta e voltando para o meu novo professor, com a face corada.

— Parabéns, Haruno-san — disse ele, sorrindo. — Sua reescrita realmente ficou ótima.

— Obrigada. Eu dei o meu melhor.

Deidara, em silêncio, me ajudou a guardar as telas escolhidas para a exibição. Parecia que eu conseguia sentir nossos corações conectados e pulsantes… Ou era apenas o meu que estava assim… como sempre.

— Você é a Representante da Classe, certo? — Olhou-me.

— Sim. Faço parte do Conselho Estudantil também — orgulhei-me. — Sou a Presidenta.

— Então tem muito trabalho no colégio — supôs.

— Bem, um pouco… Mas eu gosto de ajudar.

— Isso é bom — Deidara se dirigiu até a mesa, onde pegou uma porção de papéis e sua bolsa. — Poderia me mostrar a sala dos professores? — Sorriu torto. — Acho que vou me perder no caminho.

— Claro — assenti de prontidão.

Nós fizemos um tour pelos corredores, podendo lhe explicar aonde ficariam as classes que ele lecionaria. Deidara pareceu aprender rápido e me fez rir diversas vezes, o que me deixou totalmente derretida pelo seu jeito gentil e fofo, – não que eu estivesse desenvolvendo sentimentos por ele –, o fato mesmo, se resumia que o Deidara-sensei era o modelo perfeito para o meu futuro namorado… não aquele serzinho enviado pelo Rei Demônio!

— Obrigado. Foi divertido — ele agradeceu afagando meus cabelos. — Você é uma ótima guia! — Abriu a porta e entrou em seguida.

— Disponha — acenei dando as costas e trombando com Sasuke. — Que isso?! — Saltei para o lado, com o coração aos saltos.

— O que estava fazendo? — Perguntou sério, não denunciando preocupação em  seu tom de voz.

— Estava mostrando a escola pro meu novo professor — empinei o nariz, dando as costas. — Ah! Por coincidência, era o mesmo que me deu o chocolate ontem! — Contei, com um riso maligno, achando que despertaria a ira adormecida em seu âmago.

— Você sabe que ele pode ser preso por dar em cima de uma aluna, não sabe? — Ameaçou, indo pelo caminho oposto ao meu, gargalhando maldosamente, enquanto eu pisava duro.

— Idiota! — Gritei. — Como ele pode ser tão… Argh! Idiota!

 

 

 

Eu havia pensado que as aulas seguiriam rotineiras, mas, desde que aquele espírito maligno entrou na minha vida, estava sendo consumida pela minha própria mentira e, como castigo por aceitá-la, era obrigada a conviver com as garotas que passavam por mim aos cochichos:

Não acredito que o Sasuke-kun namora isso! Parece tão destrambelhada e feia!” E eu ficava me sentindo mal por não poder dizer que não estava nem aí pro talzinho do Sasuke-kun!

Devido aquela confusão na minha cabeça, preferi voltar para casa sem Hinata e Ino, pois tinha certeza que elas me alfinetariam e obrigariam a contar a verdade sobre a minha cara deplorável. No caminho, inconscientemente, me sentei na mesma praça em que vi Sasuke pela primeira vez e um aperto no coração quase me deixou sem ar.

— Como eu vim parar aqui? — Arregalei os olhos.

— Veio pra tirar mais fotos, mentirosa? — Sasuke me assustou, sentando ao meu lado e empurrando uma latinha de refrigerante.

— Eu juro que me pergunto todo o santo dia como descobriu… — Murmurei, aceitando a oferenda.

— Desde a primeira vez que ergueu a câmera na minha direção e vi o flash — respondeu, sério.

Eu o fitei. “Maldito flash! Poderia ter evitado tudo isso.”

— E-Eu…

— Já se decidiu? — Virou a face, ficando mais próximo do que eu gostaria.

— Me decidi sobre o quê? — Recuei.

— Sobre continuar com a sua farsa.

— Por que quer isso?

— Não foi o que você escolheu? — Arqueou a sobrancelha. — Preciso concluir alguns trabalhos e você pode me pagar fazendo por mim. Eu te ajudo e você me ajuda, é uma bela troca!

— Te pagar?! — Levantei revoltada. — Eu não vou pagar pra você ser meu namorado.

— Que pena! Acho que suas amigas ficarão com raiva por ter mentido, todas as pessoas da escola te chamarão de mentirosa e queimarão sua reputação como A Garota mais Inteligente do Colégio! — Encarou-me diabólico. — O que significará para elas saber que o Valentine’s Day nunca foi real?

Eu levei a mão na boca, imaginando o azar que Ino jogaria sobre as minhas costas. Eu seria amaldiçoada até o meu último suspiro se ela soubesse que eu estava encenando. Seria… perturbador e provavelmente, solitário.

— Eu não vou fazer seus trabalhos — neguei, pegando minha bolsa e dando um passo para partir. — Seria injusto. Então eu te explico e você faz — propus.

— Está querendo passar mais tempo comigo, namorada de mentira?

Revirei os olhos, sendo dominada por uma vontade maluca de querer socá-lo.

— Será este o acordo. Eu perco a minha amiga e você fica de reforço! Vai aceitar ou não, Uchiha-san?

Ele sorriu despreocupado.

— Claro — deu de ombros. — Agora, se quiser uma foto, não vai mais precisar fazer montagens! — Cutucou-me, gesticulando um aceno e partindo.

— Idiota! Idiota! Idiota! — Xinguei-o aos gritos. — Sasuke-baka! Eu me vingarei!


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Notas finais do capítulo

Sabe o que seria motivador? Você deixar sua opinião sobre a fic! Isso mesmo! Além de ser a primeira vez escrevendo um fandom, eu fico com um pé atrás, não me convencendo se está bom ou não. Adoraria receber as opiniões de vcs, as críticas, os shipps, as sugestões. Tudo é muito bem-vindo ^^
Então, faça uma garota que não tem mais nada para fazer feliz e deixe seu reviews o/ (Aquele momento clichê:) Apoiem essa causa aushuhasuhuashuas

Até o próximo!



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