Haru Matsuri escrita por Diana Razvan


Capítulo 10
E é essa a surpresa?!


Notas iniciais do capítulo

Yoo galerinha. Espero que gostem desse capítulo também. Por favor, me deixem seus comentários, críticas são bem recebidas o/

Ótima leitura :)



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E É ESSA A SURPRESA?!

 

— Eu me recuso a ir para o colégio hoje — cobri a cabeça.

Estava com fundas olheiras e minha mente entrava num martírio aterrorizante, relembrando as faces conhecidas no Resutoransariban… Aquilo era o inferno!

— Deidara-sensei ainda teve que acenar para aqueles idiotas, curiosos! Por que ele fez aquilo? — Funguei, rolando de um lado para o outro na cama. — Será que todo mundo vai pensar que estou traindo o espírito maligno com o professor novato? — Sentei-me de uma vez. — Será que ele vai terminar comigo por causa disso? — Arregalei os olhos. — Eh?! Ele não ficaria magoado se a reputação dele fosse de gatinho para touro, ficaria?! Maldita hora em que aceitei aquele convite!

 

 

Pela primeira vez, depois de muito tempo, eu não estava atrasada. Se bem que eu preferiria, pois os cochichos, novamente, eram redirecionados à minha azarada pessoa. Pelo visto, todo mundo já sabia sobre o meu jantar chique com o Senhor Deidara.

— Primeiro o Sasuke, depois o professor? Que garota exibida!

Será que essa sem classe terminou com o Uchiha-kun? Ele deve estar precisando de conforto agora!

Eu também ficaria em dúvida se estivesse no lugar dela! O Uchiha-san e o Deidara-sensei são um pedaço de mal caminho!

Será que ela não sabe que poligamia é crime?!

Ela está saindo com os dois de uma vez?!

Tentei tampar o rosto com o boné que usava, mas não funcionou muito bem e acabou chamando mais atenção como: “Alá, está tão envergonhada por ter traído o Sasuke-kun, que está querendo se esconder!” Eu só queria gritar que nada relacionado àquele idiota era real.

— Eu…

— Haruno-san — Deidara me interrompeu de explodir, parando na minha frente.

A sua atitude constrangedora fez com que todos olhassem para nós, esperando para ouvir o pedido de namoro ou, em suas mentes perversas, até o pedido de um futuro divórcio!

— D-Deidara-sensei… — Arregalei os olhos, dando um passo para trás.

— Eu só queria agradecer por ter reconsiderado o meu inoportuno convite para discutirmos sobre o evento no Museu. Eu e a Tsunade ficamos felizes que tenha aceitado ser a oradora da exposição — sorriu, afagando os meus cabelos. — Será um grande dia! Até mais, Haruno-san — despediu-se, com um brilho no olhar.

— Eh?! Era só isso?!

— Então o sensei só estava discutindo os assuntos da reescrita que ela venceu?!

— Eu soube que ela ganhou mesmo…

— Então não era um encontro romântico?

— Que chato! Quem saiu com aquela conversa idiota?

— Vamos embora! Ela não tem capacidade para sair com o sensei mesmo!

Eu corei. Deidara-kun era tão bom que a sua mentira havia enganado até a mim mesma! Estava imensamente grata, pois, ele acabou me ajudando de uma forma tão inesperada a cessar os murmúrios e até se aproveitou para manter o emprego sem levantar dúvidas. Agora me restava ir atrás daquele idiota e enfrentar a sua cara de uva-passa devido aos recentes comentários.

 

 

— O que pensou que estava fazendo?! Sair com um professor, Sakura? — Ino colou as mãos na cintura, enquanto Sai tentava calmá-la. — Só me faltava essa! Você tem consciência das suas ações? Agora o Sasuke-kun está passando como traído e, sabe-se-lá-o-porquê, todo mundo parou de falar de repente… como se tudo não passava de uma armação, mas eu sei que é verdade! Por quê não me contou? Eu quero respostas, mocinha! Estou muito decepcionada, pois esta não é a Sakura que eu conheci. Desembucha! Me conte tudo ou eu encerro a nossa amizade por aqui! — Ameaçava, acreditando que eu cairia no seu joguinho dramático.

Revirei os olhos, aceitando a enxurrada de lições de moral, enquanto Hinata, de cabeça baixa, soltava sorrisos tímidos. Ela sabia de tudo o que eu enfrentava e sabia que sair com o Deidara-sensei não atrapalharia um relacionamento que, sequer, existia.

Eu passei a aula focada no que tinha para fazer e dividindo a minha preocupação com a porrada de palavras que eu certamente levaria de Sasuke. Já esperava as suas ofensas, seguindo de um estou terminando. Foi aí que me dei conta de que Deidara não poderia surgir do além para me salvar de novo!

 

 

Longe de Ino, Sai, Naruto e Hinata, optei por lanchar sozinha e encarar todos os olhares maldosos que lançavam na minha direção. Estava sim constrangida, mas eles não sabiam de nada para ficar dando com a língua nos dentes e me apontar como uma fornicadora profissa!

Depois de mordiscar um sanduíche e pensar como me livraria dos comentários ruins sobre minha pessoa, abaixei a cabeça, encontrando um par de tênis próximos aos meus. Eu me ergui para encarar o ser e me assustei com a fumaça negra que emanava de Sasuke.

— U-U-U-U-Uchiha-san… — Encolhi-me, tentando afastar o máximo que eu podia.

— Como ousa me deixar esperando, sua imprestável? — Perguntou de uma forma maligna, estendendo as mãos para encaixarem em meu pescoço.

— Uchiha-san?! — Estremeci.

— Eu fiquei plantado, esperando você, enquanto saía com aquele maldito! O que tem na cabeça, sua inútil? Você me devia, lembra?

— E-E-Eu não sei do que está falando… — Minha voz sibilou.

Ele bufou, abandonando uma provável agressão e sentando ao meu lado.

— Nós tínhamos um encontro ontem — tentou me fazer lembrar, emburrado e depressivo.

— N-Nós?! U-Um encontro?! — Arregalei os olhos, descrente.

Será que foi aquilo que eu não ouvi? Sasuke-kun havia me chamado para sair?”

— Sim e você aceitou, embora eu dissesse que seria uma surpresa — explicou.

— E-Eu acho que não ouvi… Você estava me xingando por estarmos atrasados e… e eu sinto muito.

— Você preferiu aquele professorzinho! — Voltou ao seu semblante demoníaco, tentando me esganar. — Cabeça de vento! Você não pode me desobedecer!

— Mas… Eu não tinha ouvido e fiquei com medo de perguntar — brinquei com os dedos.

— Tudo bem — respirou fundo, cedendo. — Eu ainda não fiz o que tinha que fazer, por isso me encontre na saída, você vai comigo — levantou-se, partindo em seguida.

Eu havia entendido bem? Aquele idiota me chamava novamente para um encontro?! Qual seria a surpresa?”

 

 

 

— Nós vamos até o karaokê mais à tarde — disse Ino, abraçada com Sai. — Não quer ir com a gente?

— Não. Eu vou… — Com os olhos, encontrei Sasuke parado no portão do colégio, assim como havia prometido. — Eu vou embora com o Uchiha-san — respondi corada.

— São namorados e ainda o chama pelo sobrenome? — Estranhou Naruto.

— Eu o chamo do que quiser! — Explodi.

— Para, não está vendo que ela tem um encontro? — Hinata interveio, vermelha.

— Não exagere, Hinata — a repreendi com um riso forçado. — Até amanhã, pessoas!

— Até amanhã — se despediram, seguindo caminho oposto.

Eu corri até o monstrengo insensível, entre meio os olhares raivosos de algumas Sasuketes e segurei na sua mão como se fôssemos realmente um casal feliz e apaixonado.

— O que está fazendo? — Perguntou pausadamente, louco para me chutar.

— Se somos um casal, mesmo que de mentira, temos que dar as mãos para que todos acreditem, não é? — Supus, deixando-o irado.

— Você é uma idiota! — Exclamou me arrastando consigo.

— Você também é, mas eu não falo na sua cara! — Ironizei, recebendo um olhar mortal. — O que vamos fazer?

— É surpresa — respondeu de forma ríspida.

Meu coração disparou.

Será que ele vai me dar um anel de compromisso? Ou me pedir em namoro em público? Aonde será que estamos indo? Conhecer os pais dele? A avó? A casa em que cresceu?”

— Não fique imaginando atrocidades — me interrompeu, fazendo com que eu o encarasse. — Aposto que está montando seus planinhos diabólicos.

— Não! — Fiz bico, desviando o olhar para o lado. — Mas… aonde estamos indo? De verdade?

— Na casa da minha avó.

“Então ele quer me apresentar para a avó dele? Provavelmente é a mulher que ele mais respeita…” Pensei, apertando sua mão.

— Não se empolgue — completou, enraivecido.

— O.k.. — Largueei um sorriso emocionado.

 

 

 

Pegamos um trem para o interior e andamos mais um pouco até chegarmos num bairro, marcado por um casarão antigo e uma ruela quieta, onde, provavelmente, só moravam velhos.

— Sua avó mora aqui?! — Franzi o cenho, apontando para o lugar quase que invisível devido ao mato alto.

— Sim — manteve-se sério. — Entre.

Tentei me equilibrar na única trilha de pedras disponível para passagem e vi Sasuke retirando as chaves do bolso e abrindo a porta.

— Minha avó teve que viajar por alguns meses, por isso o mato alto — explicou, me dando espaço para entrar. — Mas ela voltará daqui algumas semanas…

O cheiro de poeira me invadiu as narinas e eu ameacei espirrar. Sasuke cuidou de ir abrindo as janelas para arejar o ambiente e revelou uma porção de móveis cobertos por lençóis. A casa era bonita e grande, as mobílias pareciam caras e raras, o que me deu medo de tocar. Haviam quadros familiares espalhados por todo o local e até mesmo alguns de quando Sasuke era pequeno. No hall de entrada, encontrei uma bifurcação de corredores, alguns levando para a cozinha e outros para pequenas saletas. A que Sasuke me guiou, era de estar, destacando-se uma grande cristaleira de taças com copos que pareciam ser de vidas passadas e sofás extremamente macios.

— Olha você! Que fof… — Tentei elogiá-lo, pegando uma de suas fotos, mas ele me tomou.

— Não toque em nada sem que eu mande — disse, de cara fechada.

— Está bem, mas… quando vamos para o nosso encontro? — Me empolguei, com os olhos brilhando.

— Encontro? — Arqueou a sobrancelha, confuso.

— É, você disse que tínhamos um encontro… Até falou que seria surpresa.

Sua risada sinistra e perturbadora inundou todo o cômodo.

— Ah, sim! A surpresa é mais como uma ordem, na verdade.

Eu recuei, aquela expressão dominada pelas sombras me arrepiava, temendo estar no mesmo espaço que ele, julgando que eu era uma tola por esperar maravilhas daquele maldito.

— Eu não estou entendendo… — Dei uma de inocente.

— Eu preciso limpar a casa, aparar a grama, tirar o pó… essas coisas de mulherzinha, sabe? Tenho que fazer tudo isso antes que a minha avó volte — foi até um canto e me jogou um balde cheio de utensílios de limpeza. — Você deixará tudo limpo.

— Você quer que eu faça a sua obrigação? — Meio que gritei, dando um passo para trás, desiludida. — Não era um encontro… você só queria me fazer de empregada.

— E do que está reclamando? Sabe o inferno que passei por terem visto você no restaurante com aquele cara? É o seu castigo por me trair, namorada de mentira! — Jogou na minha cara, enquanto subia as escadas. — Eu vou dormir. Termine isso logo — mandou, desaparecendo.

Eu olhei ao redor, encarando toda aquela sujeira e grude, sem falar do mato que provavelmente me engoliria se eu tentasse pisar nele… Eu me perguntava o que o Rei Demônio tinha contra mim. Por acaso havia torcido o rabo dele?!


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Notas finais do capítulo

Se fossem vcs, fariam o "favor" pro espírito maligno? Sinceramente? Eu lavaria a boca dele com sabão u.u
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