Long life for the king! escrita por Warden Dresden


Capítulo 2
E sussurraram por todo o reino que o Jovem Lobo está morto.


Notas iniciais do capítulo

AVISO IMPORTANTE NAS NOTAS FINAIS!

Olar! Após trezentos milhões de anos mofando nas terras longínquas e distantes da Islândia, eu me encontro no mundo dos vivos mais uma vez e, agora, com um capítulo de "Long life for the king!" Eu adorei profundamente o capítulo passado e quero agradecer os comentários super fofos.

Lembrando que comentários garantem que isso não fique em hiatus.

Espero que gostem desse capítulo que, modéstia à parte, ficou lacrador e pura purpurina de lágrimas e sofrimento.

AVISO IMPORTANTE NAS NOTAS FINAIS!



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E assim termina um infame, imprevisível e imprudente rei.

A dor deixava Robb Stark lento, entorpecido. Seus pensamentos eram uma mistura de raiva e derrota confusa que o impediam de agir, de tomar uma espada e ter um último ato satisfatório para um rei. Mas não. Sua cabeça estava girando, o corpo completamente paralisado e os olhos nublados para o que quer que acontecesse naquele salão. Eram seus vassalos sendo massacrados, o sangue colorindo as paredes, a figura débil de sua mãe fazendo tudo o que podia pelo filho, pelo filho que já estava morto, e nada disso conseguia arranca-lo de seu estupor chocado e horrorizado.

Saúdem o Jovem Lobo!

Não era o melhor momento para parar e ponderar, contudo, estava cansado. Cansado de fingir ser um monarca vitorioso e indestrutível enquanto perdia o controle de um exército de insubordinados e ditos selvagens unidos por um objetivo cada vez mais inalcançável. Por baixo da armadura reluzente (e regularmente manchada de sangue seco, era bom acrescentar) de rei, de guerreiro, de soldado, havia um garoto, um garoto assustado e com o gosto de vingança ainda não completada queimando em seus lábios e forçando o caminho para dentro de sua garganta.

Cantam que nunca perdeu uma batalha.

Em sua infância, dias de verão distantes como a Muralha era de Dorne, não se via como um rei rebelde lutando para permanecer honrado durante uma guerra traiçoeira, e sim como o Lorde de Winterfell, Protetor do Norte. Achava que morreria velho, com filhos e netos ao seu redor e algumas histórias boas para contar (não era inocente ao ponto de pensar que jamais lutaria uma guerra, entretanto, como imaginar que tudo aquilo aconteceria?), todavia, não. Até aquele pequeno sonho lhe fora negado perante a grande honra de senhor de um reino estranho, duro e de poucos luxos aos olhos alheios. Ainda assim, amava aquela terra gelada e complicada como ninguém poderia amar.

Robb Stark libertará o Norte!

Deuses, o que ele fizera para merecer aquilo? Por que precisara perder toda a sua família e sua casa? Por que precisara ser traído por quem havia confiado com sua vida? Por que não lhe fora entregue uma morte honrada em combate, no meio do campo de batalha que se tornara uma segunda morada, não importava onde estivesse? Infelizmente, tudo o que detinha agora era um castelo perdido e queimado para lá do Gargalo, um salão banhado em carmesim e sonhos tão inalcançáveis quanto estrelas brilhando debochadamente no céu noturno.

Esse garoto é uma besta! Um warg!

Estava cercado de traidores (Theon. Pelos Deuses, até mesmo Theon), homens poderosos de ganância inigualável e pequenos senhores leias – e era só um menino tolo e verde de dezesseis dias de nome. Muito jovem para ser um rei, muito jovem para liderar uma insurreição revoltosa, muito jovem para querer governar um mundo inteiro sem ajuda de pessoas em quem pudesse confiar e perspicazes. Ele era jovem demais para aquilo e, mesmo assim, quis jogar um jogo que não era um jogo, e sim um massacre do começo ao fim, sem regras definidas ou qualquer senso de honra.

Ouvi dizer que comanda um exército de troca-peles.

Robb era uma farsa tão, tão bonita. Toda a sua cortesia, honra, gentileza, determinação... belas farsas orquestradas pelos deuses. Não era bom o suficiente e, no fim, tudo estava caindo por terra e seus erros eram inúmeros. Então, ergueu o olhar para buscar a mãe em meio à melodia que o ensurdecia. Era difícil ver algo além de borrões e imagens desbotadas, porém, a encontrou. Suja de sangue, com as mãos tremendo e uma faca pousada no pescoço de um Frey débil, Catelyn Stark não parecia em nada com a mulher que admirara em tempos quase imemoriais, que era austera, justa e honrada.

Robb Stark é uma criança brincando de ser um homem feito.

O ar escapava de seus pulmões e a dor... o garoto Stark nunca havia sentido algo como a agonia que corria em seus músculos exauridos após tantas preocupações e batalhas aparentemente intermináveis, infinitas. Naqueles escassos e fugazes momentos, quis questionar aos grandes conquistadores (Aegon Targaryen, Robert Baratheon e outros nomes que fugiam de sua memória alquebrada) se nenhum deles cansava-se das lutas, tanto nos campos abertos quanto as feitas de penas e pergaminhos. Ele estava exausto de tudo o que precisara viver, ver e fazer.

Uma criança que venceu todas as batalhas em que entrou.

Ao filho de Winterfell, sobrava apenas a angústia e o medo. Medo que regia seus dias desde que chamara os vassalos e partira para o Sul em uma cruzada insana acompanhado de uma armada falsamente inspirada – medo de morrer, medo de perder o pouco que tinha e a imensidão que conquistara. Ele era um rei rebelde que, antes de ser morto, perdera o Norte e o seu trono de pantomimeiro. Ao menos, Robb podia afirmar que pegara uma espada e partira para colocar seu nome na história, para ser grande e recuperar a sua família antiga e desestruturada e nunca se escondera e jamais recebera suas glórias, embora curtas, em uma bandeja dourada em um salão cheio de sorrisos.

Um moleque que acha que pode ter o mundo, como todos os outros.

Robb respirou fundo, ou, ao menos, tentou respirar fundo. A dor dos dardos cravados em sua carne era tamanha que o menor movimento espalhava pura agonia por seus pensamentos entristecidos. No fundo, o que estava esperando? Era um nortenho qualquer que pensara que poderia colocar o Sul (na verdade, apenas a parte do Sul que importava naqueles anos) de joelhos. Arrogante e confiante como todos os garotos, se enganou ao confrontar homens mais velhos e com mais experiência e resolução. Por outro lado, ninguém jamais voltaria a possuir a teimosia ferrenha e impetuosa que o movimentava todos os dias, mesmo cortejando a derrota final à cada instante.

Uma aberração metade homem, metade lobo.

No fim, ele não sabia se faria tudo de novo ou se consertaria seus erros. O mais velho dos irmãos Stark só queria voltar para casa, para onde estava seguro e as maquinações sulistas eram apenas histórias debochadas contadas em dias de festim. Porém, estava ali, nas Gêmeas, encarando o encapuzado Estranho ou o fim pelos Deuses Antigos, aquele detalhe específico não importava de fato: tudo o que existia agora eram as Chuvas de Castamere (Lannister) tocando ao fundo, o cheiro de sangue (Bolton) o nauseando e os gritos de júbilo (Frey) e terror. Tudo o que existia era a derrota desonrosa em um salão de festa para traidores e seus próprios equívocos.

O rei lobo viveria para sempre festejando em um salão de sangue.


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Notas finais do capítulo

AVISO MUITO IMPORTANTE! LEIAM AQUI, POR FAVOR!

Eu planejei três capítulos para essa fanfic, mas, para meu desespero, eu pensei em três pessoas para narrarem o último capítulo, o único que não seria no POV do Robb. Essas personagens são o Ned, o Jaime e o Theon (vocês vão ver o que eu planejo, dependendo do que escolherem). Então, qual deles vocês preferem? Ou preferem um capítulo para cada um deles e fecharmos isso daqui com cinco capítulos?

FAVOR, DEIXAR ESSA INFORMAÇÃO NOS COMENTÁRIOS!

Abraços,

Palavra Perdida.



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