Natal entre lobos. escrita por Thai


Capítulo 3
25 de Dezembro de 2014


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Esse capítulo é maiorzinho. Acreditam que ele foi o primeiro que escrevi da história? Foi minha ideia inicial antes de decidir transformar em um especial de natal! Espero que gostem ♥



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25 de dezembro de 2014

 

A neve que caía sobre o para-brisa de seu carro lhe dificultava a visão. Ia tão devagar que por um momento pensou que seria melhor ter ido andando, mas só de pensar em deixar o conforto do aquecedor de seu veículo, Sansa sentiu o corpo tremer em protesto. Era véspera de natal. Dirigia para a casa de sua tia Lyanna com uma ansiedade crescente sempre que ultrapassava uma placa que mostrava os quilômetros regredindo gradualmente. Lya morava em Vila de Inverno, bem próxima a Winterfell, com seu marido Rhaegar e sua cunhada Daenerys. Dany havia se tornado sua melhor amiga desde que havia deixado as asas controladoras de seu pai em Pedra do Dragão e se mudou para morar com o irmão. Fora ela quem a avisara de que Jon viria para casa nas férias. Havia evitado pensar no ex-namorado durante todos aqueles meses que se passaram desde que ele havia ido para Porto Real fazer faculdade de literatura westerosi, mas agora se via encarando uma nevasca apenas para ter um vislumbre daqueles olhos cinza novamente. Havia se convencido de que era apenas uma nostalgia que crescia em seu peito, mas sabia que nunca tinha deixado de amá-lo. Abrir mão dele havia sido uma das coisas mais difíceis que fizera. Você tinha que deixá-lo ir, lembrou a si mesma.

Quando parou o carro em frente à casa, esperou alguns longos minutos até que tomasse coragem o suficiente para enfrentar aquela tempestade que a esperava. Olhou-se no espelho, não deixando de notar as olheiras que se formavam ao redor de seus olhos devidos as horas de estudo maiores do que as de sono. Então arrumou o casaco, se aconchegando sob ele, pegou sua bolsa e só então andou até a porta. Quando tocou a campainha foi uma Daenerys com um sorriso pouco animado que a recebeu.

— Ele já chegou? — perguntou sentindo seu estômago se revirar. Estava nervosa.

A amiga assentiu e deu passagem para que ela entrasse.

— Você sabe que eu não acho uma boa ideia, não é? Eu só falei porque achei que deveria saber, mas não pensei que fosse vir vê-lo... Deuses, Sansa, dirigiu de Winterfell até aqui, deixou Catelyn sem sua filha favorita na ceia de natal... — Daenerys fez uma repreensão que soou como um sussurro zangado. Sansa lhe ignorou, não querendo dar ouvidos à razão naquele momento. — Só não quero que se machuque. — Dany a encarou, um pouco triste. Sansa entendia o seu receio e partilhava dele, mas não queria pensar muito sobre o assunto. 

Jon tinha sido seu primeiro amor. Acreditava também que ele seria o único. Não havia estado com ninguém desde que ele tinha partido. Foram criados quase como irmãos quando seu pai o levou para morar com eles ainda criança para que estudasse na melhor escola do norte. Cresceram juntos, estudaram juntos, tiveram primeiras experiências de quase tudo juntos. Enfrentaram a ira de sua mãe juntos quando Catelyn descobriu que estava namorando o próprio primo. E então ele partiu. Ela não tinha o direito de se sentir irritada porque o havia incentivado. Era seu sonho, pensou. Jon longe a fazia sentir-se triste, mas mantê-lo ali também a faria infeliz porque ela sabia que era grande demais e precisava conquistar o mundo. Mesmo assim, queria que ele tivesse oferecido mais resistência. No fim, haviam acordado que ele iria e que manteriam contato e se veriam nos feriados. Mas eles mal se falavam agora, gostava de acreditar que estava ocupado demais, mas temia que a tivesse superado. Daenerys dizia que deveria esquecê-lo. Seu sobrinho era homem e assim como todos não iria conseguir se manter preso à Sansa tendo um mar de garotas da Capital para ele. Mas ela gostava de pensar que eles haviam terminado de uma forma amigável e Jon não a magoaria de propósito. Mesmo assim... Era um ano. Muita coisa poderia mudar em um ano.

Quando entrou na sala, viu Lyanna passar como um vulto e ser seguida pelo borrão pálido que era Rhaegar Targaryen. Daenerys a guiou até eles e Sansa encontrou sua tia colocando um grande prato de cogumelos refogados sobre a mesa, Sansa riu instintivamente porque sabia que o prato era para ela, já que era o seu favorito. Rhaegar dispunha as louças em seus devidos lugares e acenou para Sansa em um gesto controlado, seu tio sempre havia sido muito quieto, o que o diferenciava bastante de Dany e, principalmente, de sua esposa. Quando Lyanna a viu, abraçou-a com força excessiva. A irmã de seu pai era muito... Animada. Sansa gostava dela, principalmente porque Lya havia se mostrado muito entusiasmada quando ela e Jon começaram a namorar, a recebendo de braços abertos.

— Sansa! Nem acredito que Catelyn a deixou vir. — começou a falar quando a soltou, andando para a cozinha enquanto Sansa a seguia. Espiou ao redor tentando parecer despreocupada, mas não viu Jon por perto. — Dany avisou tão em cima da hora, mas consegui fazer seu prato favorito. Deuses! Enfim. Jon está em seu quarto se quiser vê-lo. — falou agitada, logo se ocupando com alguns legumes.

— Mamãe não teve muita escolha quando o pai interveio em meu favor — deu um risinho nervoso, evitando que o assunto sobre Jon fosse prolongado. — Sabe como ele pode ser inflexível às vezes.

— Tio Ned é um homem difícil de contrariar. — Sansa gelou quando ouviu a voz familiar atrás de si. Parecia uma escultura de gelo de tão imóvel que ficou. Até esqueceu-se de como respirar. Virou-se devagar e encontrou Jon a encarando. — Olá, Sansa. — ele lhe sorriu. O mesmo sorriso que se lembrava, aquele que mostrava todos os dentes, que encolhia seus olhos, animado e genuíno. Os cabelos estavam maiores e penteados pra trás de maneira despretensiosa e havia deixado a barba crescer. Ela odiava a barba dele, encarou aquilo como um ato de rebeldia e desprendimento. Talvez para se livrar das amarras emocionais.  

— Jon... — lutou contra a própria ansiedade e o máximo que conseguiu foi um sussurro infantil e falhado. Sua idiota.

Jon riu. E então se aproximou dela, a abraçando com força. Envolveu seus braços ao redor dela e a tirou do chão. Sansa esqueceu por um momento as circunstâncias daquele encontro, aproveitando-se do momento enquanto se sentia acolhida. Foi como um abraço comum entre um casal de namorados. Mas ele já não era seu namorado...  

— Já está tudo pronto para a ceia — Lyanna anunciou completamente alheia àquele momento levemente constrangedor.  

Ele a soltou e Sansa sentiu frio de repente longe do calor que ele lhe fazia sentir. Eles se colocaram em seus lugares à mesa. A ceia havia se passado sem grandes acontecimentos. Sansa estava estrategicamente sentada ao lado de Jon ouvindo atentamente suas histórias sobre a capital, enquanto Daenerys estava à sua frente a encarando de forma julgadora. Seus tios estavam um em cada ponta. Quando acabaram, Lya havia lhes trazido torta de limão como sobremesa. Sentia-se acolhida naquela casa mais do que em sua própria. Seus irmãos eram muito diferentes dela, não havia encontrado neles a mesma cumplicidade que encontrava em Dany, mesmo que ela e Robb se dessem bem. Sua mãe era muito rigorosa e por vezes a fazia sentir-se sufocada, enquanto sua tia e ex-sogra era mais liberal e sempre a ouvia quando resolvia falar de seus sonhos, mesmo aqueles que pareciam impossíveis, Lya a fazia crer que podia fazer tudo o que quisesse, mesmo que fosse cursar moda na faculdade de Jardim de Cima e produzir figurinos para filmes clássicos, nada diferente, os vestidos da época dos Reis a encantavam. Rhaegar era o tipo de pessoa que não se preocupava em julgar os outros, então Sansa se sentia bem com sua companhia silenciosa. E então tinha Jon... Jon era quase uma cópia de Ned. Aquilo a assustava às vezes, mas gostava do jeito determinado e meio coração mole que seu pai tinha, então encontrou em Jon certa comodidade.

— Ele falou sobre alguma garota? — Sansa perguntou à Dany quando ficaram sozinhas na sala.  

— Não conversamos muito... Você deveria perguntar se quer tanto saber — sua amiga revirou os olhos de maneira impaciente.  

— Não sei se devo, Dany. E se ele achar que o estou cobrando de alguma forma? — estava preocupada. Talvez aquela sua visita tivesse passado um ar de desespero. Não que não o estivesse, mas não era assim que queria parecer.  

— Podemos conversar melhor lá fora. Lya fez chocolate-quente, me espere no balanço.

E então Dany saiu para a cozinha. Sansa calçou as luvas, vestiu seu casaco e se aconchegou sob ele. A neve ainda caía, mas por sorte o balanço ficava na varanda, então apenas recebia um vento frio vez ou outra quando a brisa soprava mais forte. Distraiu-se com seus pensamentos. Não sabia ao certo o que esperava encontrar ali quando chegasse. Quando entrou no carro e encarou aquela viagem o fez por puro impulso. Não pensou muito bem nas possibilidades. Talvez tivesse sido uma ideia ruim... Foi com esse pensamento que sentiu o lado direito do assento baixar. Era Jon. Ela não sabia o que dizer então apenas lhe lançou um de seus sorrisos bobos.

— Trouxe chocolate... Está frio, o que faz aqui fora? — Sansa então se sentiu estúpida por não ter percebido antes o que Daenerys tinha feito.

— Eu... É... Eu só... — Jon sorriu para ela enquanto lhe entregava uma caneca fumegante. Suas luvas protegiam as mãos do calor. — Estava apenas pensando.

— É um bom lugar para pensar — ele disse. Eles costumavam sentar ali por horas e apreciar o silêncio um do outro. — Como você está? — Jon parecia realmente interessado.

— Estou bem... eu acho. É, estou bem. — Sansa encarou a caneca que segurava, evitando olhar Jon nos olhos por tempo demais. — Não tenho feito muita coisa além de estudar, você sabe como é. Olhei alguns cursos de desenho, comecei um, na verdade. Nada como os da Campina, mas... — ela então deu um grande gole em sua bebida para evitar falar mais do que devia. Desde quando ficava tão boba ao lado dele? Para o seu azar, o chocolate estava tão quente que queimou a língua. Falhou na missão de esconder como aquilo havia doído porque sua face ficou muito vermelha e lágrimas vieram de súbito até seus olhos.

— Vá com calma — Jon riu. Então tirou a caneca das mãos dela e a colocou de lado. — Está nervosa, Sansa? — ela odiava que ele fosse tão direto e que soubesse lê-la tão bem...

— É que já faz um tempo — resolveu que não valeria a pena omitir como realmente se sentia. — Não sabia o que esperar quando o visse. — confessou por fim.

— E o que achou? — ele a encarou. Sentiu-se vasculhada por dentro. Odiava aquilo também.

— Deixou a barba crescer. — Jon passou as mãos sobre os pelos curtos e negros e deu um sorriso tímido.

— Apenas estava no clima... — ele disse. Pareceu levemente envergonhado. — É bom que tenha entrado no curso, Sansa. — ele a encarou, Sansa não viu como fugir daqueles olhos que a penetravam. — Você já faz esboços lindos, mas agora vai aperfeiçoar um talento que já é tão aflorado. — ele lhe sorriu e Sansa conseguiu ver o brilho de orgulho em seus olhos. Assentiu para ele, agradecida.

— E você... Como está? Como são as coisas na Capital? — quis saber. A verdade era que queria perguntar se ele havia conhecido alguém...

— As coisas são... agitadas. — ele pareceu refletir um pouco. — O curso é excelente. Tenho ótimos professores.

— Que bom... — eles então entraram em um silêncio que durou tempo o suficiente para se tornar desconfortável. Mas Sansa não se deixaria vencer pelo constrangimento. Queria saber mais. — Você conheceu alguém? Digo... alguma garota?

— Sansa... — ele a repreendeu com aqueles olhos de inverno. Ela entendeu tudo. Claro que havia conhecido alguém. Era Jon. Jon era bonito, inteligente e gentil. Claro que alguém logo perceberia todas aquelas qualidades.

— Você pode falar. Somos amigos acima de tudo, não é? — Não.

— Tem essa garota... — ele começou meio receoso.

— Ela é legal? — Claro que é.

— Ela é... selvagem. Acho que é essa a palavra. Ela me lembra um pouco Arya. — ele disse, desviando os olhos. Parecia intimidado. Como se estivesse fazendo algo errado e Sansa o estivesse interrogando.

— Ah... — quis chorar. Mas não podia. Não deixe que ele perceba como isso a afetou... — Ela é bonita?

— Ela tem sua própria beleza... — ele continuava sem a olhar. Sansa sentiu um nó se formando em sua garganta. — Por que veio até aqui? — foi então que o cinza e o azul se cruzaram. — Digo, você odeia dirigir, eu sei... Então por que se dar ao trabalho?

— Que tipo de pergunta é essa, Jon? — Sansa sentiu-se irritada. Ele sabia o porquê. Ele era o motivo pelo qual ela fazia a maioria das coisas que fazia.

— Não faça isso, Sansa...

— Eu senti sua falta. — deixou que aquelas palavras escapassem, mas elas saíram de maneira firme, não vacilou porque aquela era a mais pura verdade. Sentia-se traída. — Eu deveria ir embora... — então se levantou bruscamente e andou na direção de seu carro.

— Eu senti sua falta também. — ouviu Jon gritar e parou de andar. — Mas você não estava lá... Eu tive que seguir em frente. — ela virou-se de frente para ele. Sentiu ira explodir em seu peito.

— Como se segue em frente depois do que nós tivemos? Deuses, Jon, eu o amo. O que sentia por mim era tão fraco assim que alguns quilômetros foram capazes de apagar? Sempre soubemos que ficaríamos juntos. Tudo o que sei sobre amor eu aprendi com você. Como pôde apagar? E pelo que? Uma garota qualquer que acabou de conhecer? — ela bufou de raiva. A face retorcida em uma expressão familiar de quando se sentia contrariada, Jon conhecia muito bem.  

— Apagar? Não há um dia em que não pense em você. Droga, Sansa. Eu só não queria deixar você presa, impedir que vivesse novas experiências com outras pessoas. Que perdesse o foco nos estudos. Eu quero que seja feliz. É tudo o que eu mais quero. — sua face parecia calma, mas o desespero de suas palavras era palpável.   

— Eu não quero novas experiências, Jon. Eu quero você. Nós poderíamos ter tentado...  

— Você não quis vir comigo! — Sansa sentiu naquele momento o quanto ele estava magoado. Nunca havia pensado que ele se sentisse daquela forma.

— Eu... Não foi por não querer estar com você. Eu também não o queria preso a mim, achando que tinha algum tipo de obrigação. Pensei que quando me convidou era apenas por educação. — havia acalmado a voz, deixado a defensiva. — Afinal, nós dois sabemos que Porto Real era o seu sonho, não o meu. Além disso, combinamos que terminaria a escola antes. — ela o lembrou. Ela nunca quis a agitação da Capital. Queria conhecer a Campina, tudo o que envolvia o ramo da moda.

— Eu sei... — ele pareceu cansado de repente. — Não quero brigar, Sansa. — se aproximou dela com cautela. Sansa não se moveu, esperou que ele estivesse próximo o suficiente para ouvi-la sussurrar.

— Os Deuses sabem o quanto eu o quero comigo, o quanto eu queria estar com você. Mas eu não seria egoísta o suficiente para me colocar como um obstáculo para o seu sonho. Você será grande. — Jon já a tinha envolvido em seus braços. Ela se sentiu protegida, sentiu que não importava quais as circunstâncias ruins a rodeavam, Jon era como uma fortaleza. A neve que caía sobre eles era incapaz de fazer com que sentisse frio. Estava completamente aquecida pelo calor do corpo dele.

— Eu tenho um presente pra você... — ele disse após o tempo que passaram em silêncio.

Jon a puxou pela mão e voltaram para a casa. Ele a guiou até o seu antigo quarto e Sansa sentiu-se inundada por nostalgia. Cada canto daquele quarto a fazia lembrar-se de momentos em que eles iam até ali quando as férias escolares chegavam. Sentou-se na cama enquanto ele vasculhava uma mochila que havia colocado no canto. Quando se sentou ao seu lado, tinha um embrulho de veludo azul nas mãos. Ele o estendeu para ela e Sansa o abriu com cuidado. Era um colar delicado de ouro branco com dois pingentes. Um era um lobo, o símbolo de suas famílias, o outro era uma rosa.

— A rosa é para lembrá-la do Jardim. Pra sempre manter o seu sonho perto. O lobo é para não esquecer-se de mim... — ele sorriu. Sansa pensara que seria impossível amá-lo mais, mas ali estava sentindo o amor lhe transbordar.

— É lindo... — Jon a ajudou a colocar o colar e Sansa estremeceu quando suas mãos tocaram sua pele. — Você pensou em mim de verdade... — era incapaz de conter o sorriso.

— É claro que sim, Sansa. Você tem que saber que sempre será uma parte importante da minha vida. — ele então tocou sua face. — Não acredito que realmente pensou que eu tinha lhe esquecido... — ele estava próximo demais.

— E mesmo assim tem outra garota... — Sansa não soube de onde tirou forças para afastá-lo, mas o fez. Ela recuou e se levantou.

— Não é assim... Ela nunca será você. Ninguém nunca será você. — Sansa podia sentir a frustração que emanava de Jon.

— O que quer de mim, então? — esperou enquanto ele parecia lutar contra si mesmo internamente. Ele então voltou a se aproximar dela.

— Vamos tentar. — Jon parecia determinado.

— Tem certeza? — Sansa estava incerta. Queria sim que eles tentassem, era o que ela queria desde o início, mas tinha medo.

— Eu tenho certeza, Sansa. Não há nenhuma outra garota lá fora para mim. Percebi isso quando a revi. Você não tem ideia do quanto foi difícil, mas eu realmente queria que você fosse feliz aqui, sem mim, por mais que isso me doesse. Mas eu percebi que não posso viver sem você. Eu não quero viver sem você. Então... Vamos tentar. O que você me diz?

Sansa pulou em seus braços. O abraçou com tanta força que Jon sentiu o ar lhe faltar, mas não se importou. Entendeu aquela atitude como um sim. Então ele a beijou. A beijou com tanta intensidade que poderia ter sido um beijo final, um beijo de despedida, como o último que trocaram. Mas não era assim. Era um beijo de recomeço.


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Notas finais do capítulo

É isso! Depois da facada no estômago do último capítulo esse veio pra acalmar alguns corações ♥
Até breve!



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