I Will Survive escrita por Iphegenia


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, queridinhos!!!

Eu gostaria de ter postado ontem, mas sabe quando você escreve, fica uma bosta, escreve de novo, continua uma bosta, escreve de novo... Então... Massss saiu rs.

Boa leitura!



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Naquela noite o sono não foi capaz de encontrar Regina, que ocupava a sua mente com a repetição do momento em que os lábios finos de Swan selaram os seus. Mais do que o doce sabor de sua língua, os sentimentos que Emma despertou na rainha eram os mais profundos que ela se lembrava de sentir em um primeiro momento. Não era simplesmente um beijo, era como um sopro de vida. Regina ainda sentia a maciez das nuvens que a elevaram, o cheiro de lírios brancos que a loira exalava, o toque firme, porém cuidadoso, como se seu corpo fosse preciosamente lapidado em cristal.

Surpreendentemente, os sinos de alerta não tocaram para ela naquele momento, como acontecia sempre que Regina se aproximava de outra mulher, mesmo sem interesse, desde que tornou-se viúva, como se os olhos tristes de Luna a encarassem. Tudo que ela pode ouvir foi seu coração acelerado e o som de suas bocas deslizando uma sobre a outra.

Quando a porta se fechou deixando Henry e Emma para o lado de fora, Regina pegou as taças no intuito de lavá-las, mas, no momento em que a água molhou sua mão, o anel de ouro, que ainda usava, deslizou lentamente pelo seu dedo antes de ser capturado e levado novamente ao devido lugar. A culpa invadiu Regina em proporção até então desconhecida, mesmo para a ex-rainha má. Sem permissão, lágrimas nasceram nos olhos escuros.

Regina arrastou-se até a cama e afundou o rosto no travesseiro a fim de abafar os soluços. Apesar disso, não podia negar a sensação deliciosa que era ter os lábios juntos aos da salvadora e em como ela havia, secretamente, a desejado. A dualidade de sentimentos a mantiveram encolhida na cama até que o sol já se fazia alto o bastante para que a voz de Júlia chamasse sua atenção através da babá eletrônica,

— Hey, querida! Se você quiser, pode dormir mais. Vamos tirar o dia de folga. – Regina ajoelhou-se ao lado da cama da filha, deixando os cabelos caírem sobre o rosto, disfarçando os olhos vermelhos, e passou os dedos pelos fios desorganizados da menina.

— Fome! – Júlia ofereceu os bracinhos para que Regina a pegasse.

— O que você quer para o café hoje?

— Ce-re-al. – A menina pronunciou sílaba por sílaba, treinando o “r” como Emma estava incentivando desde a primeira vez que cuidou dela, ainda em Storybrooke.

— Muito bem! – Regina ajustou a filha no colo, que enlaçou seu pescoço, e caminhou preguiçosa até a cozinha.

Enquanto Júlia tinha o seu indispensável momento para contar os supostos sonhos, Regina não conseguira concentrar-se em uma só palavra. Seus pensamentos ainda vagavam pelo beijo na noite anterior e pela felicidade que sentiu, o que só aumentava sua culpa.

Quando a pequena havia concluído a refeição, Regina a levou consigo para o quarto e deitaram-se na grande cama de lençóis brancos para assistir desenhos. Finalmente a morena conseguiu distrair-se por algumas horas, até que o celular vibrou incessantemente no criado mudo. A contragosto, a rainha o apanhou e atendeu a chamada sem se dar ao trabalho de olhar o visor.

— Alô!

— Alô? – A voz masculina chiou do outro lado da linha. – Desde quando você me atende falando “alô”?

— James! – Regina levou os dedos às têmporas e massageou. – O que você quer?

— O que eu quero... – A voz do homem endureceu. – Eu estou preocupado, Regina. Por que não veio trabalhar hoje?

— Eu estou doente.

— Você não adoece.

— Eu estou indisposta.

— Você nunca está indisposta a cavalgar e o seu trabalho é esse.

— Eu estou triste.

— Agora sim. – James suavizou o tom e liberou um suspiro. – O que aconteceu?

Regina levou a mão à nuca e apertou a região dolorida, pela noite em claro, enquanto considerava o que responder. Não sabia se James era a melhor pessoa com quem ter a conversa que precisava, mas ele era seu melhor amigo e o único a quem dava ouvidos mesmo quando falava o que ela não queria ouvir.

— Você pode vir até aqui?

— Chego em 50 minutos.

Fiel a sua palavra, em menos de uma hora a campainha soou. Regina beijou a testa da filha orientando que permanecesse deitada e arrastou-se até a porta para receber o amigo. James abriu os braços no momento em que a viu, embalando-a em um abraço apertado, e a carregou até o sofá.

— E então?

Regina sentou-se escorada no peito do amigo, que ainda mantinha os braços envolta do seu corpo. O homem afagou o ponto onde sua mão descansava em um pedido silencioso de que ela confiasse nele para contar qualquer coisa. Regina afastou-se girando o tronco, ficando de frente para ele, e tomou uma de suas mãos.

— Eu estou tão confusa. – Permitiu que os olhos caíssem para o chão a frente do sofá e puxou o fôlego desejando que as partículas de oxigênio fossem, na verdade, doses de coragem. – Eu amei Luna com tudo que há em mim e quando ela adoeceu eu pensei que morreria junto com ela, mas eu não morri. Eu achei que sim, mas agora percebo que estou viva. – Os olhos castanhos voaram para encontrar os do amigo. – Eu me sinto indigna. Eu me sinto suja por gostar de estar viva e querer apreciar cada coisa, cada momento, cada sentimento que tenho diante de mim, como se eu não merecesse tudo isso.

James esperou que Regina terminasse o que tinha para dizer no momento ou, ao menos, tudo que conseguia. Quando a morena silenciou-se, o homem trocou a posição das mãos, levando a sua para o topo e fazendo um lento carinho na amiga.

— Rê, você foi a melhor esposa que eu conheci. Cada atitude e cada pensamento seu, era dedicado à Luna. Eu sei o quanto você a amava, o quanto ainda ama. Sei também que ela te amava na mesma proporção e por te amar, durante todo o casamento de vocês, ela se empenhou em te fazer o mais feliz possível. Você não tem que se fechar para o mundo para preservar a memória dela ou honrar o compromisso que assumiram, a melhor maneira de homenageá-la é ser o que ela sempre quis que você fosse: feliz!

— Mas ela queria que eu fosse feliz com ela. – A voz de Regina tornou-se um sussurro a medida em que as palavras eram pronunciadas. As lágrimas voltaram aos seus olhos e escorreram pelo rosto.

— Rê, se você tivesse morrido no lugar dela, o que você gostaria que ela fizesse? Que ela fosse feliz, não é?

— Claro! – Regina bufou e cruzou as pernas em cima do estofado. – Eu gostaria que ela prosseguisse sua vida da melhor maneira possível, sendo feliz e realizando todos os desejos, todos os sonhos que tivesse. Você sabe que eu daria minha vida pela felicidade dela.

— E o que te faz pensar que ela não quer o mesmo?

Regina escorregou no sofá até deitar a cabeça no colo do amigo que, imediatamente, levou os dedos aos longos fios negros iniciando um cafuné.

— Eu estou me sentindo culpada pelo que senti.

— O que você sentiu?

Regina fechou os olhos para fugir da conexão com o amigo e suspirou trêmula. Umedecer os lábios e se confessou pela primeira vez em voz alta.

— Felicidade.

A rainha sentiu a ponta dos dedos do homem correndo por suas bochechas e abriu os olhos deparando-se com um minúsculo sorriso enfeitando o rosto de James.

— Então Luna, onde estiver, sentiu o mesmo.

Os lábios de Regina curvaram-se minimamente às palavras do homem. Ele tombou a cabeça para admirar o ato e desceu os dedos desenhando aquela curva com carinho.

— Você não vai me perguntar do que eu estou falando?

— Você vai me contar quando estiver pronta.

***

Emma atirou, em direção ao lixo, uma bolinha de papel atrás da outra por todo o tempo em que estivera sentada em sua sala na delegacia naquela tarde de quinta. Ao pegar a última folha do relatório transformada em munição, mirou no cesto branco e ensaiou a jogada algumas vezes. Quando atirou, errou novamente. Um suspiro frustrado saiu de suas narinas balançando a mecha de cabelo loiro que cobria parte do seu rosto. Escorou-se na cadeira e acomodou os pés em cima da mesa.

— Você pretende me contar o que aconteceu? – David ajustou-se na cadeira de frente para a filha.

— Não aconteceu nada. Só estou entediada.

— Entediada a semana toda?

Swan apanhou mais um montante de papel e se pôs a ameaçá-los.

— Ei, Emma? – David levantou-se e debruçou sobre a mesa para salvar o novo relatório que iria embora pelas mãos da filha. – Seja o que for, está te fazendo mal.

— Eu já disse que não é nada.

David voltou a se sentar liberando uma respiração pesada diante da teimosia da loira.

— O que aconteceu entre você e Regina que te deixou assim? – O príncipe recebeu um olhar raivoso de Emma, e elevou os braços rendido. – Eu só estou tentando ajudar. Você estava tão animada que passaria o final de semana em Boston, mas quando voltou...

— O quê? – Swan agarrou novamente os papéis e voltou a transformá-los em bolinhas.

— Vocês têm conversado? – David, novamente, afastou as folhas de Emma.

— Não muito. Não sei se ela quer conversar comigo.

— Você sabe que se Regina não quisesse conversar com você, ela diria isso sem rodeios. – David levantou-se e pegou a cadeira para colocá-la ao lado da filha, sentou-se novamente e puxou a loira para um abraço. – Eu acho que ela também gosta de você.

— O que? – Emma afastou-se e saltou da cadeira, ficando de costas para o pai. Olhos arregalados e os lábios trêmulos com receio de que o homem desconfiasse dos sentimentos que esforçava-se para manter secretos. – Do que você está falando?

— Você não precisa se esconder de mim. – O príncipe esticou-se para tocar a mão da filha desejando que ela voltasse para o seu lugar. – Não há nada que você me diga que fará eu te amar menos.

Swan girou lentamente em seus calcanhares, com os olhos fixos nas botas marrons. Uniu as mãos a frente de seu corpo, brincando com os dedos, insegura sobre o que viria a seguir. David levantou-se e caminhou até estar a um passo da filha, passou as mãos pelos braços da loira até chegar em seu rosto magro. Com cuidado, o elevou buscando os olhos verdes.

— Eu a beijei. – Emma esperou pela reação do pai, mas quando não veio, ela finalmente ergueu os olhos e continuou. – E antes disso, eu disse que a amo.

A expressão de David congelou, em choque, até que os olhos da filha já estivessem repletos de lágrimas prestes a cair. Então, o príncipe piscou algumas vezes absorvendo o que havia sido dito e desceu as mãos até encontrar com as de Emma.

— E o que ela disse?

— Que não era o momento.

— Em qual das vezes?

— Nas duas.

As lágrimas escorreram pela pele alva até encontrarem os ombros do príncipe que já a envolvia em seus braços. O homem embalou a cabeça da filha como faria em todas as noites de choro de seu bebê se tivesse tido a chance. Beijou seus cabelos e deixou que a loira expulsasse tudo que doía. Quando o choro cessou, Emma desvencilhou-se e, em passos preguiçosos, voltou para a sua cadeira.

— Eu realmente entendo que ela passou por uma situação delicada, que não está pronta para outro envolvimento, mas não consigo parar de pensar que ela só disse isso para não me machucar mais.

David escorou-se na mesa, de frente para a filha, e apanhou a pilha de papel que, anteriormente, Emma usava para fazer bolinhas, e passou a modelá-las.

— Você sabe que eu conheço a Regina há algumas décadas. – Ele começou com a voz gentil. – Conheci seu pior lado, sim, mas conheci o bastante para saber que ela não desprezaria um sentimento tão bonito quanto o amor.

— O que acha que eu devo fazer?

— Dê tempo a ela.

***

Regina acordou cedo naquela manhã fria e agasalhou bem a filha, antes de descer até o estacionamento do prédio com malas de viagem. Acomodou Júlia na cadeirinha no banco de trás do carona, preferência da menina, e acelerou, cortando as ruas da grande cidade. O limite da metrópole estava enfeitado pelas luzes de Natal. A neve caía modesta sobre o asfalto da rodovia, forçando a morena a diminuir a velocidade. Já na curva que a levaria para a cidade mágica, Regina sentiu o silêncio imperar a rodovia. Quando Júlia pegou no sono, a morena esticou sua mão até o aparelho de rádio, tentando se concentrar no noticiário, que detalhava a condição climática daquele dia.

Haviam se passado quatro meses desde a última visita de Swan em Boston. Desde então o contato entre as duas mulheres diminuiu gradativamente até que já fazia dois meses que não se falavam. A rainha sentia-se culpada pelo afastamento, apesar de ter sido aquela que mais se esforçou para manter os diálogos. No entanto, em determinado momento, percebeu que ela era a única que ligava, que enviava mensagens e iniciava qualquer conversa. Pensou que, talvez, Emma estivesse arrependida do que disse e fez, ou estava dando a ela a distância que precisava. Por fim, Regina desistiu de manter a aproximação.

Após a conversa com James, a morena trabalhou seus sentimentos para que não mais se torturasse em relação à Luna. Havia feito as pazes com seu coração e com tudo que ele sentia. A culpa não passava de um velho conhecido. Foi a festas, em bares com amigos e até arriscou alguns passos de dança com outras mulheres, porém, nada que tenha ido além. Apesar disso, nenhum sorriso foi tão sincero quanto os que Emma conseguia lhe arrancar. Nenhuma companhia foi mais agradável e nada fez com que ela esquecesse a sensação doce da língua de Emma percorrendo sua boca. Algo havia mudado no interior da morena, ela não conseguia mais rir daquilo que sempre achava graça, era como se lhe faltasse algo essencial e, dessa vez, ela sabia que não era a esposa.

Quando a voz do locutor já falava há cerca de uma hora sobre a temperatura em todos os Estados, Regina buscou pelo pen drive em sua bolsa e apertou o play na primeira música.

A hundred days have made me older

(Cem dias me fizeram mais velho)

 

Since the last time that I saw your pretty face

(Desde a última vez que vi seu rosto lindo)

 

A thousand lies have made me colder

(Milhares de mentiras me fizeram mais frio)

 

And I don't think I can look at this the same

(E eu não acho que possa olhar para isso da mesma maneira)

 

But all the miles that separate

(Mas toda a distância que nos separa)

 

They disappear now when I'm dreaming of your face

(Ela desaparece agora que eu estou sonhando como seu rosto)

Regina suspirou para a música, mas, inevitavelmente, cantarolou, baixo o suficiente para não acordar Júlia.

I'm here without you, baby

(Eu estou aqui sem você, querida)

 

But you're still on my lonely mind

(Mas você ainda está em minha mente solitária)

 

I think about you, baby

(Eu penso em você, querida)

 

And I dream about you all the time

(E eu sonho com você o tempo todo)

 

I'm here without you, baby

(Eu estou aqui sem você, querida)

 

But you're still with me in my dreams

(Mas você ainda está comigo em meus sonhos)

 

And tonight, it's only you and me

(E esta noite, somos só você e eu)

 

A morena esticou novamente o braço e mudou a canção. Apesar disso, por conta própria, cantarolou a próxima estrofe da música.

The miles just keep rolling

(A distância só aumenta)

 

As the people leave their way to say hello

(À medida em que as pessoas deixam de dizer “olá”)

 

I've heard this life is overrated

(Eu ouvi que essa vida é superestimada)

 

But I hope that it gets better as we go

(Mas eu espero que isso melhore com o passar do tempo)

Algumas horas depois, Regina reconheceu a grande árvore que antecipava a fronteira de Storybrooke. Abriu o porta-luvas e tirou o pequeno pergaminho que permitiria a passagem pela barreira. Assim que cruzou a linha, sentiu a magia entrar por suas narinas e percorrer suas veias misturando-se ao seu sangue. Sorriu para a velha placa que desejava boas-vindas aos visitantes que nunca estiveram ali. Passou um braço pelo banco de trás acordando a filha e dirigiu calmamente até a mansão.

Antes que pudesse desligar o automóvel, o celular tocou dentro da bolsa. Regina sorriu para o pensamento de que sua presença já era um fato conhecido por todos os habitantes, e atendeu a chamada.

— Oi, querido.

— A senhora está aqui? – A voz de Henry gritou do outro lado.

— Sim, eu acabei de chegar.

— Não veio direto para casa?

— Na verdade, sim, eu vim direto para a minha casa. – Regina destrancou a porta e deu a volta no carro para tirar Júlia da cadeirinha. Apoiou o celular no ombro e desafivelou o cinto da menina antes que ela pudesse pular em seu colo.

— Posso ir?

— Claro, querido, estou te esperando.

Regina entrou na casa e, aproveitando a distração de Júlia, que brincava com o novo corte de cabelo da mãe, movimentou as mãos livrando-se, magicamente, da poeira. Seguiu até o quarto e deixou a filha com seu unicórnio de pelúcia para que pudesse buscar as malas.

Há algumas semanas Henry a convidou para passar as festas de final de ano em Storybrooke, para que pudesse comemorar com toda a sua família pela primeira vez. Não havia como negar tal pedido. E lá estava Regina, preparando-se para manter-se em harmonia com os Charmings.

Quando já trancava o carro para voltar para a casa, viu o fusca amarelo de Emma estacionar e Henry saltar apressado para correr ao seu encontro. Regina soltou as bagagens e abriu os braços para o filho. A relação dos dois estava muito melhor, era como se ele nunca a tivesse rejeitado ou se afastado. A morena finalmente tinha o seu pequeno príncipe de volta.

Quando se separaram, Regina olhou para onde o fusca havia estacionado, mas ele não estava mais lá. Mais adiante, na rua, a rainha viu o carro se afastar rapidamente.

— Sua mãe não quis descer?

— Ela disse que tem trabalho. – Henry deu de ombros pegando as duas malas com rodinhas e caminhou para a entrada da casa.

— Ela está bem? – Regina agarrou as que sobraram e correu para abrir a porta.

— Acho que sim. Nada tão diferente de como ela esteve nos últimos anos.

— Você pode ir até o quarto conferir a sua irmã, por favor? Depois eu subo com as malas.

Quando o filho subiu as escadas, Regina deixou as malas de lado e jogou-se no sofá. Retirou o celular da jaqueta do bolso e buscou pelo contato da salvadora. Ela havia colocado uma foto da loira, que tirou no último sábado da sheriff em Boston.

— Você acha isso é uma boa ideia? – Emma agarrou a mão de Regina quando a fila andou mais uma vez.

— Está com medo, Swan? – Regina tentou livrar-se do aperto da loira.

— Não. Eu não tenho medo disso, mas pode ser perigoso. Você não tem medo de cair lá de cima?

— Swan, eu costumava pegar carona com um dragão.

Regina conseguiu se livrar de Emma para passar as mãos por suas costas e empurrá-la para uma das cadeiras da montanha-russa. A morena sentou-se ao lado e ajustou o próprio cinto antes de conferir o da loira.

— Mas e se algo acontecer? Temos um filho. Você tem dois!

— Não vai acontecer nada, Swan. Apenas relaxe e curta o passeio.

Quando o carrinho começou a se movimentar, subindo lentamente, Regina acenou para os filhos que estavam na companhia de Stef. Emma tentou sorrir, mas os músculos do seu rosto pareciam congelados em uma careta engraçada, fazendo a morena gargalhar. Regina procurou pela mão de Emma e entrelaçou seus dedos passando-lhe segurança. Emma pareceu relaxar, mas apenas até o carrinho ganhar velocidade e ela gritar como uma criança assustada. Regina mal apreciou a vista lá de cima, pois Emma apertava sua mão cada vez mais forte e era inevitável, para a morena, rir. Quando desceram do brinquedo, Emma caminhou tonta, trocando passos com uma expressão enjoada, até apoiar-se em Henry. A rainha pegou o celular que havia deixado com Stef e capturou o momento.

 

Regina sorriu com a lembrança e voltou a guardar o celular no bolso, desistindo de telefonar. Ela precisava organizar o closet, tomar um banho, se alimentar e também à Júlia, curtir o seu filho e, definitivamente, precisava dormir. Lidaria com o problema de Emma, seja ele qual fosse, no dia seguinte, principalmente por não fazer ideia de como agir na presença da loira depois do que acontecera na última vez em que se viram.


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Notas finais do capítulo

E então? Me deixem saber o que acharam. Qualquer dúvida, deixem lá nos comentários que eu responderei todo mundo!

Regina é uma pessoa muito musical nessa fic, como vocês podem notar rs. Então eu estava pensando em fazer uma listinha das músicas que já estiveram na fic e deixar nas notas finais, já que elas falam muito sobre os sentimentos da rainha. Vocês querem? Ou nada?

Gente, outra coisa, tinha tanto erro no capítulo anterior, né? Mas eu só reparei depois. Ainda não corrigi, mas pretendo. Um dia...

Acho que é só isso rs. Beijos ♥



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