Katie Rowell - Estudante de Hogwarts escrita por Emiko


Capítulo 50
Capítulo 50 – A famosa decadente


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, boa leitura ;)



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Katie colocou uma blusa de manga cumprida vermelha, uma calça preta de lã, um gorrinho e   um par de meias de lã grossa por causa do frio; já Rose preferiu ficar com o suéter que ganhou da Srª Weasley, uma calça e uma jaqueta jeans, além de uma pantufa grande de dragão.

— Isso é um dragão? – Perguntou Katie quando observou a pantufa da amiga.

— Sim! Não é uma graça? Minha mãe que fez, ela me mandou de Natal. – Respondeu a loira, sorridente.

— Quando isso?

— Antes de você acordar ontem, apareceu uma coruja no dormitório com o presente.

A castanha mal acabou de ouvir a sua amiga quando de súbito lembrou que não havia lhe dado um presente de Natal, remexendo a sua mala a procura de um embrulho rosa.

— Achei! - Disse a castanha retirando o embrulho e entregando a amiga. – Espero que goste.

Rose rasgou o papel de presente e viu uma bonita moldura com a foto dela com Katie e Gui, fazendo ela sorrir e derramar algumas lágrimas.

— Que lindo Katie, é óbvio que eu gostei! – Disse a loira abraçando fortemente a castanha.

— Hey, Rose, tá apertado! – Na mesma hora a amiga abriu os braços e deixou Katie, recuperando o fôlego.

— Foi mal, é que custa eu ficar bonita em uma foto.

— Deixa de falar bobagens. – Respondeu a castanha, que depois ouviu o ronco de sua barriga. –Acho melhor a gente já ir, tom com fome.

— Tô percebendo. – Respondeu a loira antes de irem até a porta.

— Ah, e mais uma coisa Rose, não conte nada sobre o que eu te falei. Principalmente para o Gui.

E elas desceram pela escada da Toca até chegarem na cozinha, onde foram surpreendidas pela Srª Weasley, que estava ocupada com o café da manhã.

— Bom dia, Srª Weasley. – Disseram as duas amigas.

— Oh, bom dia meninas, desculpem-me, é que eu estou meio ocupada. – Respondeu a Srª Weasley enquanto tirava um bolo do fogão. – Podem ir esperar lá no quintal, o café da manhã está quase pronto.

— A senhora não quer ajuda? – Perguntou Rose.

— Não preciso querida, obrigada, está tudo sob controle. Só esperem mais uns minutinhos está bem? - Disse a Srª Weasley encaminhando o bolo até a porta da cozinha para o quintal. - Arthur! Pegue este bolo para mim. - E o Sr. Weasley apareceu na porta, cumprimentando as meninas com um aceno de cabeça.

Depois de alguns minutos, a mesa já estava cheia de comida e todos estavam sentadp. Fred e Jorge estavam contando piadas, fazendo com que Gina quase engasgar duas vezes e irritando a Srª Weasley; Rony não desgrudava de seu xadrez de bruxo, “obrigando” Gui a jogar com ele várias vezes, pois o irmão mais velho conseguia ganhar rapidamente as partidas; Percy enchia Rose e Katie de perguntas sobre Hogwarts; E o Srº e a Srª Weasley estavam discutindo sobre o que estava escrito no jornal, que Katie percebeu depois que era o “Profeta Diário”.

— Como podem colocar uma matéria dessas no Profeta Diário? – Perguntou o Sr. Weasley.

— Já é a terceira vez este mês. Que isso não vire um hábito. – Disse a Srª Weasley. – É inacreditável como essa Rita Skeeter gosta de polemizar.

Ouvindo esse nome, Katie se lembrou de Marisa, uma colega de classe de Hogwarts do mesmo ano que ela, só que da Corvinal, sempre ouvia dela sobre sua tia que escrevia para o Profeta Diário.

— O que ela fez de novo mamãe? – Perguntou Carlinhos que estava do lado da mãe, silencioso.

— Nada de bom, como sempre. – Disse a Srª Weasley, que depois olhou para Katie. – Ela escreveu sobre sua tia. – E mostrou o jornal bruxo para a menina, onde estava uma foto de sua tia mais jovem e um título: “A famosa decadente.”

A menina pegou o jornal e começou a lê-lo:

A famosa decadente

Lissa Hill(ou  Srª Lewis): uma bela, recatada e do lar

Existem celebridades, e ex- celebridades, pois após alguns anos elas vão sendo esquecidas e param de atrair os holofotes para si. Não estou falando de algum cantor(a)

 ou bruxo(a) extraordinário, e sim da famosa( ou não tão famosa) ex-batedora das Harpias: Lissa Hill. Sim meus fieis leitores, após esta ter ficado longos anos sem aparecer para a comunidade bruxa, me permitiu entrevistá-la e escrever sobre a sua vida (que surpreendentemente não parece tão emocionante como antigamente).

Lissa Hill,39 anos, agora mais conhecida por Srª Lewis, está casada ( e muito bem casada com o bruxo do Esquadrão de Reversão de Feitiços Acidentais: Reginald Lewis) e com três filhos: os adoráveis gêmeos (Quinn, uma bruxinha doce e pura; e Simon, um bruxinho travesso e incontrolável) e a filha mais velha, Eliza (que está estudando seu último em Hogwarts e, por fontes confiáveis, está se relacionando com o jovem Nathan Scott, a principal causa dela não estar presente na ceia de Natal, além de não se relacionar bem com seus irmãos e nutrir uma profunda inveja de sua prima, Katie Rowell, filha de Rozanne Rowell a nova queridinha dos Aurores e que no último mês conseguiu apreender alguns artefatos de bruxos das trevas).

Ela alega que tem uma vida normal, porém pelo que soubemos, as coisas têm ficado difíceis na sua família após os gêmeos terem feito magia na frente de trouxas, o que como muitos sabem é proibido e algo extremamente perigoso para com o Registro da Magia, onde se diz que trouxas não devem saber do mundo bruxo. Mas parece que esse casso foi abafado graças a sua irmã, Rozanne, que obliviou uma dúzia de trouxas, porém até agora não se sabe para onde foram, dando mais dor de cabeça ao Ministério.

E com isso, parece que ela está cada vez mais sentindo saudade de voltar à tona no mundo da Magia, pois não está feliz em ser ofuscada pela irmã, que é somente três anos mais nova.

Será que Lissa Lewis está disposta a largar a vida de bela, recatada e do lar? Ou será que apenas está enfrentando aquele famoso problema de quando as pessoas chegam na casa dos quarenta, a meia idade? Ou pode ser apenas um problema de baixa auto-estima enquanto vê que sua irmã está se destacando cada vez mais no Ministério e que sua própria filha não se importa mais com ela, deixando de ir na ceia de Natal.

Fiquem espertos para as próximas edições do Profeta Diário e nas notícias da repórter, Rita Skeeter.

Quando acabou de ler a notícia, Katie teve vontade de pegar um pergaminho e uma pena e escrever barbaridades para a tal Rita Skeeter, mas foi acalmada pelo Sr. Weasley, que explicou a menina o quão mal isso faria para ela mesma e para a sua família; recomendou que escreve somente para a tia, perguntando como ela está e se havia lido o jornal.

— Pronto, mas como vou mandar a carta Sr. Weasley? – Perguntou a menina que acabara de voltar do quarto de Gina com um envelope.

— Pode usar a minha coruja, Katie, ela está lá no galinheiro. – Respondeu Gui, que estava “fugindo” das constantes implicâncias de sua mãe e de Rose em relação ao seu cabelo. – Dá para vocês duas pararem de falar do meu cabelo! Por favor.

Quando Katie encontrou a coruja, viu que havia outra do seu lado, era uma coruja pequena e cinza, com uma carta presa na sua pata. A menina recolheu a carta e despachou a coruja, depois pegou o envelope destinado a sua tia e mandou a coruja de Gui levá-la.

— Lissa Lewis, está bem, não se perca e volte rápido. – Falou a menina a coruja parda, que a encarava com os grandes olhos castanhos antes de sair caprichosa de seu lugar.

A garota observou a ave se afastar cada vez mais pelo céu até não poder ver um pontinho preto no meio do azulado céu, fazendo ela voltar para a Toca, entregando a carta endereçada á Srª Weasley.

— Já não era sem tempo. – Disse a Srª Weasley após ler a carta e parecer um pouco mais calma. – Tia Muriel não pôde vir ao Natal por causa de uma estranha dor nas costas – Pode-se ouvir uma repentina comemoração por parte dos gêmeos, que pararam com a fria olhada de Molly. – não vejo nenhuma graça meninos, fiquem sabendo que ela virá para casa no ano-novo.

Katie percebeu então o descontentamento da maioria dos filhos dos Weasley, Rony parou de jogar xadrez de bruxo com Percy e foi para o quarto, enquanto o irmão foi conversar com a sua mãe sobre a vinda da tia; Gui parecia normal e conversava abertamente com Rose, que parecia diferente do de costume, estava mais radiante; Gina estava ouvindo “As Esquisitonas”; Carlinhos estava absorto em uma conversa sobre pelúcios com seu pai, que parecia cansado; e os gêmeos estavam perto da lareira, planejando algo, aguçando a curiosidade da menina Grifinória.

— Talvez podemos nos livrar dela dessa vez. – Disse Jorge.

— Acho que seria melhor colocar os gnomos do jardim na bolsa dela – Falou Fred com um sorriso no rosto.

— Vai demorar muito para fazermos isso, eles já devem tá invernando em baixo da grama, mas se não conseguirmos nos livrar dela esse ano a gente faz isso ano que vem.

— Vocês vão se livrar de quem? – Perguntou Katie, inusitavelmente, deixando os meninos surpresos.

— De alguém que você não conhece. – Respondeu Fred, que imediatamente saiu acompanhado pelo irmão.

— E vê se não vai falar para a mamãe sobre nossas brincadeiras. – Disse Fred antes de sair da sala.

Katie ficou parada perto da lareira até ser chamada pelo Sr.Weasley, que a encheu de perguntas sobre os trouxas.

— Sim, Sr. Weasley, minha mãe se casou com um trouxa. – Respondeu a menina.

— Pombas! Não imaginava que ia acontecer isso, e como ele é? – Perguntou o Srº Weasley , parecendo bastante animado.

— Bem… normal, meu pai é baixo, tem olhos verdes, cabelos negros e…

— E usa um patinho de borracha? – Perguntou Arthur.

— Ah...não senhor.

— Que pena, mas você sabe qual a funcionalidade do patinho de borracha?

— Bem...eu tinha um quando criança e eu brincava com ele enquanto tomava banho. - Disse a menina que era ouvida pelo Srº Weasley.

— Fascinante!  Esses trouxas não tem o que inventar. Sabe Katie, ao contrário de vários bruxos, gosto bastante da cultura trouxa. E o meu maior desejo é descobrir como um avião funciona.

— Bem, acho que isso eu não saberia como falar ao senhor como um avião funciona.

— Não tem problema menina, mas eu quero descobrir como os trouxas fazem essa máquina voar sem magia antes de morrer.

E a conversa continuou com o Sr. Weasley perguntado sobre a cultura trouxa, qual a funcionalidade de uma calculadora, de um ápito, entre outros objetos trouxas. Katie podia comprovar o grande fascínio do pai de Gui em relação aos não mágicos.


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Notas finais do capítulo

E então? Até semana que vem ♥



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