Katie Rowell - Estudante de Hogwarts escrita por Emiko


Capítulo 49
Capítulo 49 – Conversas alheias


Notas iniciais do capítulo

Como foi o passado de Carolyn e da Srª Weasley? Boa leitura ;)



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 Nos corredores de Hogwarts, podia-se ver um bicho pequeno, tinha pelagem escura, focinho longo, patas pequenas com garras nem um pouco afiadas, e uma espécie de bolsa na região do seu estômago. Katie estava com o uniforme de Hogwarts e o seu distintivo de monitora, ela andava pelos corredores, patrulhando tudo ao seu redor, quando observou a estranha criatura, que saiu correndo.

  - Ei espera! – Gritou a menina na tentativa de parar o bicho, que por sua vez era veloz e esguio, passou rapidamente pelos corredores e começou a subir as escadas. – Não vá por aí! – Gritou novamente a menina quando viu para onde o bicho que estava perseguindo ia: a sala de aula de DCAT.

 Para o espanto da menina, a sala estava escura e sombria, um ar frio passava por aquele lugar, onde mal dava para ela andar sem sentir um arrepio na espinha. Pegou a varinha e pronunciou um feitiço (Lumos!), fazendo com que uma simples luz surgisse na ponta de sua varinha, facilitando para ela ver por onde estava andando, afim de encontrar a tal criatura.

 Vasculhava cada mesa e cadeira, mas nada foi encontrado. Seguiu então para mais adiante, a mesa da Professora Carolyn, e quando a menina abriu a primeira gaveta, ouviu um som estranho, uma tosse forte de uma pessoa velha, fazendo com que Katie olhasse para todos seus lados, porém, não tinha visão de nada naquele breu, tendo de aumentar a intensidade da luz em sua varinha com outro feitiço (Lumus Maxima!). Um clarão surgiu na sala, tudo havia ficado iluminado, até as escadas para a sala pessoal de Carolyn. Continuou a abrir as gavetas da mesa de sua professora, mas, estranhamente, tudo estava vazio. E novamente a menina ouviu a mesma tosse, mas agora pôde ver de onde vinha: da porta para a sala pessoal de Carolyn.

 A Grifinória então seguiu com cautela pelas escadas até a porta de madeira, onde pôde observar melhor que, bem na soleira desta, estava o bicho fujão, parecia extremamente confuso e também tinha um brilho incomum na barriga. Quando a menina foi se aproximar deste para examiná-lo melhor, ouviu a porta atrás dela se abrir, e uma estranha figura sair de lá: uma mulher, aparentava uma idade avançada, a maioria dos cabelos já estavam grisalhos, seus olhos não imitiam nenhum sinal de vida, seus dentes eram amarelados e esboçavam um assustador sorriso.

 - Então...você finalmente descobriu não é mesmo, Katiezinha? – Disse a mulher com um olhar intimidador.

 Katie não conseguiu reagir, pois a mulher começara a apertar a sua garganta e gritava algo que ela mesma não entendia, e quando seus olhos estavam prestes a se fechar, ua clarão atingiu o rosto da Grifinória.

  Então Katie acordou, estava encharcada de suor e lhe faltava ar. Se sentou perto de Rose e tentava se recuperar, e ao mesmo tempo, se lembrar do que havia sonhado, porém, uma incomum dor no peito que estava sentindo a impedia disso, forçando ela a sair do quarto para se acalmar com um copo de água.

  Começou a descer as escadas, não sabia quantas horas eram então ia bem devagar e tentava não fazer muito barulho naquelas escadas rangedoras. Parou de repente quando ouviu duas vozes adultas conversando, pareciam sérios:

  - Não entendo por que continua a defendê-la, Arthur. - Disse a Srª Weasley enquanto aprontava o café da manhã.

 - E eu muito menos sua implicância. Querida, não acha que está exagerando na ideia de mandar uma carta para Dumbledore pedindo que vigiasse Carolyn?

  - Já lhe disse que tenho meus motivos, aquela mulher não é flor que se cheire.

 - Está falando isso por causa do que aconteceu no passado? – Perguntou o Sr. Weasley, tendo a confirmação de sua esposa. - Ora Molly, acha mesmo que ela só voltou para Londres para se aproximar de mim?

 - É claro que não. - Disse a Srª Weasley ficando ligeiramente rubra. – Ela não teria tal audácia. Porém, eu não a vejo como uma pessoa...confiável. Ainda mais por ela ter sido expulsa de Beauxtons e depois ter sido admitida em Hogwarts, que quase a expulsou também, se Dumbledore não fosse tão tolerante.

 - Mas querida, - Disse o Sr Weasley receoso enquanto coçava sua nuca. - Dumbledore também não tinha a certeza se foi ela que havia enfeitiçado o professor Slughorn naquela época.

 - É claro que foi ela, que outro aluno poderia ter sangue-frio em enfeitiçar o próprio professor? Não me surpreenderia dela ter lançado a maldição Imperius nele, sendo que eles não se davam muito bem. Sabe muito bem que ela era uma das piores alunas em poções. – E de repente, ela percebeu a expressão de surpreso do marido. – Não me diga que não sabia disso?

 - Não, pois eu tinha ouvido que a causa dela ter sido expulsa de Beauxtons foi por ter feito uma poção extremamente complicada e proibida.

 - Mas não foi ela que fez. A pessoa que ela havia pedido para fazer a poção não aguentou esconder o segredo e contou para a diretora, que tomou as devidas providências. – Disse a Srª Weasley, dando depois um longo suspiro. – Carolyn não tinha vergonha alguma em desobedecer às regras se fosse para o bem próprio dela, tinha muito prazer em fazer isso. Ela mesma me confessou várias coisas que ela fez, e – Seu rosto ganhava mais um pouco de tom avermelhado. - ...e eu fui uma tola em ter aceitado aquela aposta.

 - Que aposta? A do jogo de Quadribol?

 - Exatamente… Grifinória já estava no auge nas partidas com a entrada de Rozanne, pensei que não iam perder para a Corvinal. Lembro ainda da cara daquela loira de cinismo quando me encontrou e pediu para fazer aquela poção do amor. – Disse a Sra Weasley, soltando depois uma risada. – Mas mesmo assim você não se apaixonou por ela. Não é mesmo?

 O Sr. Wealsey ficou embaraçado com a fala de sua esposa, permanecendo algum tempo em silêncio enquanto sentia o olhar fuzilante de Molly sobre si.

  - E não...não iria mesmo, com a mulher ciumenta que eu tenho. - Disse Artur, fazendo Molly sorrir de satisfação.

  - Não sou ciumenta. Talvez um pouco…. Mas Arthur, você não acha que Dumbledore…

 - Ele sabe o que faz querida, afinal, ele é o maior bruxo que já conhecemos, devemos confiar nas decisões dele. Está bem? – Ele a beijou levemente, fazendo ambos corarem e sorrirem. – E eu repito, você não tem com o que se preocupar, querida. E mais, acho que seria desnecessário enviar uma carta à Dumbledore.

  - Está bem. – Disse a Srª Weasley, pegando o pedaço de pergaminho e o rasgando. - Já falamos demais, melhor ir arrumar a mesa lá fora querido. – E o Sr. Weasley saiu de lá recebendo um beijo na bochecha de sua esposa.

  Após o termino da conversa, Katie decidiu que era a sua chance de voltar para o quarto, aparentemente havia melhorado e também parecia surpresa com a conversa que acabara de ouvir, mal reparando que atrás dela estavam os gêmeos Weasley.

 - Eles sempre são assim, falam e falam, e depois, ficam na paz dando beijinhos. – Disse Fred, de repente a Katie, assustando-a.

 - D...Desde quando vocês estão aí?! – Perguntou a menina, quase gritando.

 - Psiu. – Disse Jorge pondo a mão na boca de menina. – Acho que a mamãe não ia gostar de saber que você escutou a conversa dela com o papai.

 - Exatamente, e além disso, este é o lugar que nós dois usamos, muito antes de você. Por isso, vamos reverter a pergunta, desde quando você está aí?

 - Ah...ah pouco tempo, não foi a minha intenção é que… - Dizia Katie, se atrapalhando.

 - Parece que está nervosa… será que está com medo?

 - É claro que está...mas ela não viu a mamãe nervosa. Sabe Katie, ela costuma soltar fumaça do nariz e dos ouvidos quando está furiosa. – Disse Fred deixando a menina ficar pálida como papel e os olhos esbugalhados, fazendo ambos gargalharem. – Você devia ver a sua cara.

 - Devia mesmo. – Disse Jorge em meio as risadas. – Não acreditou mesmo nisso né?

 A menina não respondeu e saiu de perto dos meninos, não queria ser o centro para as brincadeiras deles, e muito menos ser encontrada pela Srª Weasley.

 Quando entrou no, e foi para seu saco de dormir, encontrou Rose acordada encarando o teto com uma expressão sonhadora no rosto, que depois se desfez quando a loira encarou a castanha.

 - Onde você estava? - Perguntou Rose ao se erguer do saco de dormir e se sentar sobre este.

 - Fui beber água e tive a surpresa de ouvir a conversa da Srª Weasley. - Respondeu a castanha num tom baixo para não acordar Gina, que estava envolta de muitas cobertas.

 - Sobre o quê? - Perguntou Rose, curiosa.

 Katie examinou a situação, já havia começado o assunto e também se sentia culpada em esconder algo de Rose, decidindo, depois de uma longa pausa, contar o que havia ouvido.

 - Definitivamente, foi um ataque de ciúmes. - Respondeu Rose ao ouvir Katie.

 - Sim...mas há algo que me intriga. - Respondeu Katie sendo encarada por Rose. - Pois, talvez eu concorde um pouco com a Srª Weasley.

 - Como assim? Não está me dizendo que também quer que a professora vá embora?

 - Não, é claro que não Rose, mas... é que, uma noite que eu estava de vigia eu a vi… pedindo alguma coisa para o Professor Snape.

 - E daí? – Replicou a loira. - Deve ser ajuda, ela mesma já me falou que tem algumas dúvidas com o modo de lecionar em Hogwarts e pede ajuda para os professores. E a propósito, o Morcegão é um fissurado se tratando nas Artes das Trevas…

 - Não Rose, não foi ajuda...era algo que o Professor Snape não quis dar a ela e… ela ficou bastante aborrecida.

 - Oras Katie, conhecemos a má vontade do Seboso, talvez ela tenha pedido para ele algo emprestado, ouvi rumores que ele tem um arsenal de livros obscuros e que até Dumbledore proibiu de ter na escola.

 - Creio que não era isso. Não me lembro detalhadamente daquele dia, mas… acho que a Professora Carolyn queria algo do estoque de poções dele.

 - Uma poção de fortalecimento então. - Deduziu Rose – Carolyn me contou que ela fica doente muito fácil.

 - Mas como isso explica do Professor Snape ter se recusado a ajudá-la?

 - Não me faça essa pergunta, porque não sou eu quem tem a resposta. Pergunte para ele. Afinal, não é ele que fica obcecado em ter o cargo de Professor de DCAT?

  Kaite assentiu e não falou mais nada, pois de repente Gina acordou e saiu do quarto, sem ao menos reparar que Katie e Rose estavam acordadas.

   - Será que ela ouviu a conversa? – Perguntou Rose.

  - Talvez… acho melhor nós trocarmos de roupa e ir lá pra baixo...e rápido viu. – Respondeu a castanha tendo a confirmação de Rose, começando a se arrumar.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? Este capítulo chegou tarde, mas vou fazer o possível para que isso não repita. Agora, os capítulos vão ser postados no final de semana. Beijos ♥



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