Meu Guarda-Costas escrita por Buttercup


Capítulo 4
Sensações




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Depois de apertar a mão de Buttercup, Butch sorriu. Butter não sabia o que significava. Ainda não confiava nele. Ele poderia muito bem estar inventando tudo aquilo e tentando iludi-la com o papo de “amigo”. Claro que não poderia ser amiga de um cara como esse. Ela pensou: “Vou confiar desconfiando. Não posso me apegar à esse traste. Ainda bem que é só por um mês, Senhor!”.

Porém, o sorriso de Butch parecia sincero para Butter.

“Não... Não pode ser... Ele é só um bom ator, mas está mentindo... não está?”

— Bom... – Pigarreou Butch. – Eu tenho que tomar banho.

— Depois de tudo que você comeu, vai acabar botando pra fora. – Alertou a morena, ainda um pouco zonza com seus pensamentos confusos.

— Vou esperar um pouco. – Disse ele. – Quer alguma coisa?

— Não... tipo o que?

— Ah, eu tenho que tomar conta de você, sabe...

— Não sou um bebê, eu ainda posso fazer as coisas! E nem estou aleijada. Você só tem que me cuidar quando estamos fora de casa. – Falou a morena, quase se enchendo daquele suposto cuidado com ela. Tava na cara que quanto melhor ele cuidasse dela, mais ele ganharia em dinheiro.

— Tem razão, eu exagero. – Ele riu, sem graça. – Bem, qualquer coisa, chama.

— Tá. – Mas ela não queria chamar, não queria depender de Butch. Ela só estava sendo obrigada. Ela queria mesmo que sua vida voltasse ao normal. Sentia-se presa. Odiava depender até das irmãs.

Butch pegou seu pijama e suas coisas para tomar banho, inclusive seu desodorante. Butter achava que Meninos Desordeiros não passavam essas coisas. Pelo jeito, ela estava enganada...

Aí pensou que era uma estratégia para impressionar o Professor.

“Cretino! Pensou em tudo!” – Pensou ela, sentindo o sangue subir.

Não podia chegar e bater nele. Não tinha provas contra Butch. E se tentasse bater nele, era capaz de acabar de castigo. Estava chateada demais.

Enquanto descia as escadas, Bubbles e Blossom vieram até ela.

— Estava com o Butch? – Blossom foi a primeira a indagar.

— Você tá bem? Mal comeu e parece desanimada... – Preocupou-se Bubbles.

Butter forçou um sorriso do Coringa.

— Que exagero. Tô bem sim. E tava conversando com... uh... meu guarda-costas sim. – Ela quase vomitou ao falar a última frase.

— Sobre o que, hein? – Intrometeu-se Blossom, ansiando para ficarem juntos.

— Coisas... – Buttercup só conseguiu dizer isso. Afinal, aquilo interessava pra ela?

— Coisas tipo? – Insistiu a ruiva de novo.

— Chega, Bloss. A Butter tá cansada, né? Deixa ela descansar. – Bubbles percebeu a audácia da irmã e a levou pra longe.

— Ahh... tô acostumada. – Butter disse. Mas queria mesmo agradecer a Bubbles por tirar Blossom dali. Não queria que ela falasse dele, ainda mais que agora nem sabia mais se odiava ele ou não. Se odiasse, mataria ele de todo jeito.

(NÃO no sentido literal -_-)

As garotas saíram dali e logo apareceu o Professor, que tinha acabado de guardar a louça.

— BC? – Chamou ele e ela ergueu a cabeça.

— Oi, Professor. – Disse ela, séria.

— O que houve, meu bem? Está doente? – Ele tocou a testa da morena e a mesma deu um sorriso fraco e negou.

— Estou só cansada.

— Sinto muito pelo que está passando. Valerá a pena. Só quero o bem do meu anjinho. – Ele beijou o cabelo da mesma. – Por que não joga videogame com o Butch pra se distrair?

— Boa ideia. E só por curiosidade... Aonde o traste, digo, o Butch vai dormir? – Ela riu da própria piada.

— No seu quarto. – Respondeu o cientista, acendendo seu cachimbo.

— COMO É QUE É?? – Ela ergueu o tom de voz, mas não chegava a ser um grito.

— Ele vai dormir num colchão ao lado da sua cama. – Corrigiu o homem.

— Ufa. – Ela quase chegou a achar que iriam dormir juntos. Aí sim ela vomitava!

O Professor riu da reação dela.

— Vai jogar, vai! – Disse ele.

Ela sorriu e assentiu, subindo as escadas. Butch estava tomando banho no andar de cima, cujo banheiro era ao lado do quarto da morena.

A morena colocou seu pijama comprido verde e resolveu esperar o morena sair do banho, para jogarem videogame.

Ela estava sentada em cima da cama, esperando Butch chegar. Estava quase pegando no sono, quando a porta abriu. Ela ficou de queixo caído. Butch estava só de calça de pijama, com os cabelos molhados e pingando e escorrendo pelo corpo dele. Ela sentiu o rosto queimar muito rapidamente e muito intensamente. Mas não podia negar, Butch tinha um tanquinho de invejar.

— AHHHHHHH! – Gritou ela.

— AHHHHHHH! – Gritou ele, tentando esconder o corpo, mas sem sucesso.

— P-pervertido... – Butter estava com o rosto todo vermelho.

— N-não... só me esqueci da camiseta. – Corrigiu Butch, que começou a corar também. O mesmo pegou a camisa que deixara na escrivaninha da morena.

— P-poe logo! – Ordenou ela.

— Qual é o problema...

— COLOCA ISSO LOGO, BUTCH!

Ele assentiu e fez como ela disse. Butter ficou de olhos fechados até que Butch se aprontasse. Ele secou o cabelo, que se arrepiou como sempre depois de seco. Butter não sabia que sensação magnética era aquela. Estava atraída por alguma coisa... Quando chegava perto de Butch, ela queria ficar pra sempre com ele do lado. Mas o que era aquilo? Era muito maluco tudo aquilo. Ela resolveu ignorar, mas ainda sentia-se estranha.

— Qual vai ser o game?

— Tanto faz, eu vou ganhar mesmo. – Butter disse, com pose de vitoriosa.

— Ah, é? Eu não diria isso! – Riu Butch, desafiador. – Sou muito bom, viu?

— Isso é o que vamos ver! – Riu Butter, ligando o aparelho.

Eles jogaram de tudo um pouco. Terror, ação, aventura, guerra... até comédia. Butter estava tão cansada que pegou no sono... bem no colo do moreno.

— Que coisa mais fofa... – Ele admitiu pra si mesmo, falando isso num murmúrio.

Buttercup parecia segura e mais calma quando estava dormindo. Mas não era só isso. Ela tinha outra proteção agora. Não precisava se preocupar com alguém a atacando de repente. Ela tinha Butch. Mas não sabia se podia confiar nele.

Butch acariciou os cabelos dela, cantou uma canção de ninar numa voz doce e a cobriu com seu cobertor verde (era outro e maior). Butter parecia que estava sorrindo. Ela se aconchegou nele e suspirou.

Butch sorriu. Ela estaria conquistando a confiança dela, mesmo que aos poucos?

Ela inalava o perfume de Butch e sabia que ele estava por perto. Sempre estaria. Ou... só durante aquele mês? Pois ele não seria mais seu guarda-costas. Parte dela queria parar com a palhaçada. Mas... parte dela queria que aquilo durasse pra sempre. Queria sentir aquilo por toda a eternidade.


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