POV Bella

Onde eu estou? Não me lembro de ter vindo para um lugar como esse... esta tudo tão escuro... não consigo ver nada... por que tem tanta nevoa? O que está acontecendo?! Não consigo me lembrar do que aconteceu... por que eu estou aqui?! Que droga! por que eu não consigo me lembrar do que aconteceu?! DROGA!!! ONDE EU ESTOU??!!!!

****-x-****

Finalmente o dia chegou, o dia em que tudo acabaria. Estávamos todos esperando na parte de trás do castelo de frente a floresta por onde eles sairiam.

Uma presença muito forte podia ser sentida vindo em nossa direção em uma velocidade assustadora. Aquilo tudo mais me parecia a um pesadelo do que com a realidade, a poucos meses eu era uma garota normal, vivendo minha vida normal, tendo como maior preocupação passar em uma faculdade interessante.

Hoje eu sou uma transmorfa metida em uma guerra contra lobisomens, vampiros e crianças da lua, tentando impedir que o meu namorado, vampiro, sua irmã, e meu melhor amigo, também transmorfo se machuquem. Estou sendo ajudada pelo meu amigo de todas as horas, Alec, sua irmã, Jane, e meu segundo pai Aro. Todos vampiros, é claro. É incrível como as coisas mudaram desse jeito ne?

Já era possível ouvir os passos dos nossos inimigos, eles estavam a poucos metros daqui.  

Me transformei lembrando da primeira vez que o fizera, parecia uma eternidade, quando eu estava naquela clareira em frente ao Laurent, tudo o que aconteceu... realmente parecia uma eternidade.

Eles saíram da floresta, eram realmente muitos e muito rápidos, assim entraram três vampiros do nosso lado foram ao chão e mais dois tiveram um braço ou uma perna arrancado.

Me movi rapidamente pondo fogo em todos os vampiros e crianças da lua inimigos. Ouvia-se gritos e rosnados de todas as direções. Fui atrás dos lobisomens, haviam muitos deles, assim que ataquei um, mais dois vieram em minha direção, fiz uma replica de mim mesma e lutei contra eles, estava sendo realmente difícil lutar contra eles. Eles eram muito rápidos, até mais do que o que eu usei para treinar.

Eu tinha que me concentrar em tudo, se os lobisomens estavam me atacando, se estava atacando minha replica, se os outros estavam feridos, tudo.

Tentei acorrentar os lobisomens, mas não deu certo, eles se libertavam facilmente, tentava prende-los com tudo, tufões controlados, redemoinhos de água, e até jaulas de fogo, mas nada funcionava, já haviam dezenas de aliados mortos e eu não conseguia fazer nada!

As crianças da lua e os vampiros inimigos já estavam quase todos mortos, podia-se ver um ou outro lutando por sua vida, mas o numero de lobisomens ultrapassava o numero previsto, e até o numero de aliados.

Tudo estava dando errado! tudo está dando errado!! DROGA O QUE EU FAÇO!!!

Olhei para o lado quando ouvi um grito de dor, não acreditei quando vi. Aro... ele estava no chão sendo comido por um lobisomem, tentei ir em sua direção, mas fui atingida por outro lobisomem. Ele não poderia ter morrido, ele não poderia estar morto! Aquilo não podia estar acontecendo, aquilo não poderia ser verdade, não pode, Não Pode, NÃO PODE ESTAR ACONTECENDO ISSO!!!

POV Edward

Enfim chegamos em Volterra, corríamos em direção ao castelo através da floresta. Tudo estava muito silencioso, só o que eu conseguia ouvir era o barulho do vento nas arvores.

Paramos em frente a uma clareira na parte de trás do castelo, fazia um tempo que não sentia cheiro algum nem ouvia os pensamentos dos outros, comecei a me preocupar com isso. Olhei para Alice que estava segurando a mão do Jasper, ela também parecia preocupada com alguma coisa.

Assim que demos mais alguns passos comecei a ouvir barulhos horríveis e ver o que realmente estava acontecendo.

Eu conseguia ver centenas de cadáveres no chão e criaturas se retorcendo de dor, quase tudo pegava fogo naquele lugar, eu conseguia ver tornados e redemoinho girando em todos os lugares. Era uma cena horrível. Ao meu lado, eu também conseguia ouvir os ritos de dor de Jasper e de dois dos lobos.

Eu conseguia ver os poucos seres que não estavam mortos ou rugindo de dor. Éramos eu, Alice, Jacob, mas um pouco afastado, Jane e Alec.

Bem no meio de todo aquele inferno eu conseguia vê-la, estava com a cabeça baixa ajoelhada. Não havia nada cerca de um metro de distancia em todas as direções ao seu redor, e quando eu digo em todas as direções eu realmente não estou excluindo nem uma. Ela simplesmente estava ajoelhada no nada, seus cabelos me impediam de ver sua expressão, tudo que um dia esteve ali desapareceu, areia, terra, poeira, ou até vida.

Tentei me aproximar dela, mas assim que dei um passo Jane e Alec me seguraram fortemente.

- o que vocês pensam que estão fazendo aqui?! Vocês tem que sair daqui agora! – Jane falou rapidamente.

- porque você está se importando conosco? – perguntei sem entender.

- não estou nem ai pra vocês, até porque a bella estaria bem melhor se vocês nunca tivessem existido, mas ela queria mais que tido que vocês não se envolvessem nessa guerra! – respondeu ela.

- o que está acontecendo? Porque todos menos nos estão gritando de tanta dor? – perguntei.

- a bella havia colocado uma barreira de proteção em nos antes da guerra começar, ela deve ter feito a mesma coisa com vocês três. – falou Alec. – ela acabou saindo de controle, provavelmente por estar acontecendo muita coisa, mais da metade da guarda já morreu, e os que sobraram estão sendo torturados por ela, alem disso... O Aro acabou de morrer... Ela não sabe o que está fazendo. Se vocês continuarem aqui, provavelmente também serão mortos. Vão embora! – ele falou um pouco melancólico.

Mas, como assim o Aro morreu? Olhei na direção da bella e vi, alguns metros de distancia, o corpo do Aro, quase irreconhecível, com buracos enormes em todo o corpo. Depois olhei diretamente na direção da bella. Ela não olhava mais para o chão olhava para frente com um rosto que me parecia parecer do próprio demônio. Seus olhos estavam completamente pretos, (inclusive a parte que deveria ser branca) de seus olhos brotavam lágrimas de sangue. Nada cobria seu corpo, deveria ser pelo fato de, na transformação, as roupas serem destruídas.

 Em lugar algum dali eu via a minha bella, a bella gentil, frágil, bondosa, a bella que eu me apaixonei, minha bella com um coração eternamente humano.

POV Bella.

Eu estava ajoelhada no chão rodeada de nevoa.

Agora eu entendo aonde eu estou... eu realmente não acredito que isso tudo aconteceu... maus amigos, minha família, todos, estão lá, meus amigos, isso tudo é culpa minha...

‘não é bem culpa sua...’

Quem está ai?olhei para os lados sem ver ningem. Não deveria ter ninguém aqui... nem eu deveria estar presa aqui...

‘não posso dizer que sou alguém, até porque eu não existo sozinha lá fora.’

Por que eu não consigo te ver? Aqui está tão escuro... e como assim não existe sozinha lá fora? Quem é você?

‘eu sou uma parte de você, já fui parte de seus antecessores, mas hoje só faço parte de você, não tenho um nome especifico, todos me dão um nome diferente depois que me vêem, já me deram nomes sem nem amenos me verem realmente. Normalmente, quando me vêem, demoram um pouco mais que você. Realmente você é uma garota bem interessante.’ Ela falou e riu, senti alguém afagar meus cabelos.

Não entendi muito bem, mas não importa... eu preciso de ajuda... não quero que nada aconteça com essas pessoas tão importantes para mim...

‘eu não posso fazer muita coisa, até porque é uma outra parte de mim, uma outra eu, que está causando tudo isso. O motivo de muitos dos seus antepassados não poderem me ver, é porque foram segados pela minha outra eu, você não parece ter a visto pessoalmente ainda... eu tive uma idéia para lhe ajudar.’ Disse ela repentinamente.

Como?! O que eu tenho que fazer?

‘já que vocês ainda não se encontraram pessoalmente ela ainda não sabe se quer ou não seguir as suas ordens. Se você convencê-la de que é forte o suficiente para controlá-la, ela vai deixar você controlar o seu corpo, e vai te ajudar quando você precisar. Só que nos temos que nos apressar, o tempo que passa aqui é o mesmo lá fora. Você confia em mim?’ ela perguntou rapidamente.

Confio, você é a minha ultima esperança. Depois que eu disse isso a escuridão diminuiu um pouco, consegui ver seus longos e lisos cabelos brancos e seus olhos azuis. Não era muita coisa, mas já me deixava menos inquieta para saber como ela era. Ela me lembrava um anjo, me passava tranqüilidade.

Me levantei e a segui para onde ela ia, o caminho ia ficando mais escuro, mas mesmo assim eu continuava conseguindo ver seus olhos e seus cabelos. Nada mais.

‘chegamos’ ela falou assim que parou.

Onde estamos?

‘no território da minha outra eu.’ Ela respondeu.

Onde ela esta?

‘bem aqui’ ouvi uma segunda voz na minha frente, não podia vê-la, mas sabia que estava ali.

Quem é você?

‘ assim como a ‘pessoa’ que está bem na sua frente eu tenho vários nomes, você pode me chamar do que quiser. Não me importo.’

Por que você está fazendo isso comigo? Por que não me deixa sair? Falei com raiva e desespero.

‘ não sou eu quem não te deixa sair daqui, é você mesma. Você não conseguir sair daqui só mostra o quão fraca você é.’

Eu não sou fraca! Eu vou conseguir sair daqui! EU TENHO QUE SALVA-LOS!

Na hora que eu disse isso, tudo que estava escuro clareou, pude ver tudo, inclusive quem estava ao meu redor. Haviam duas garotas, acho que da minha mesma idade, uma de cabelos brancos lisos e longos, com olhos azuis e pele branca e a outra com olhos e cabelo preto, seus cabelos eram também lisos e longos, sua pele também era branca. Ambas estavam usando vestidos tomara que caiana na altura do joelho de manga longa. A única diferença entre eles era a cor, um preto e o outro branco. A garota de cabelo branco usava o vestido preto e a de cabelo preto usava o vestido banco.

Elas se olharam e riram.

‘fazia um bom tempo que nos duas não éramos vistas ao mesmo tempo não é?’ perguntou a de cabelo branco.

‘verdade, não esperava isso dessa garota’ respondeu a outra.

‘você já pode ir e vir quando quiser, estaremos sempre a sua disposição, mas agora é melhor salvar sua pessoa importante que está em perigo.’ Falaram as duas juntas, no mesmo tom de voz, e riram.

Sem nem perceber já estava em mim mesma, com o corpo completamente sem vida de Edward aos meus pés.