Red Dancing escrita por Lola Carvalho


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Sim, eu sei que disse que postaria na quarta feira. So sorry.
Boa leitura!



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— Pai! - ela sussurra, chacoalhando seu pai para que ele acorde - Preciso da sua ajuda!

— Está tudo bem, Teresa? Você e sua irmã estão bem? - ele pergunta ainda sonolento

— Nós estamos bem. Vem, eu te explico no caminho.

 

Quem quer que tenha feito isso, sabia como deixar as pessoas em pânico e sabia agir sorrateiramente sem que ninguém pudesse prever.

Grace voltava da cirurgia de sua sobrinha (que, aliás, havia sido executada com sucesso) e logo na entrada do resort foi abordada. Colocaram-lhe uma fita na boca, uma faixa para cobrir os olhos, prenderam suas mãos e pés com uma corda e a carregaram por vários minutos, até soltarem-na em algum lugar.

Depois disso houve silêncio. Nenhuma das tentativas de Grace de se soltar, ou de gritar por ajuda deu resultado.

Ela estava assustada e com muito medo. Assim como seus colegas do resort que ficaram sabendo de seu sumiço através de um bilhete grudado na porta do quarto da garota onde estava escrito “Ela não está aqui. Sumiu...” e logo no final da página, um símbolo feito em caneta vermelha que identificava o serial killer mais procurado dos Estados Unidos.

Peter leu o bilhete e se apressou a pensar. Ele sabia que os funcionários todos não queriam que os responsáveis pelo resort ficassem sabendo do ocorrido, então ele precisava agir rápido.

Com certeza não era Red John, ou o cenário seria completamente diferente. E se era alguém tentando imitá-lo tão porcamente, a menina não deveria estar longe.

Wayne levou Peter até seu carro, pois ele o havia emprestado para Grace.

Haviam algumas marcas no chão, que iam em sentido a um matagal à frente de onde estavam e todos, em duplas, procuravam por Grace.

 

A garota ouviu gritos distantes, chamando por seu nome e começou a fazer barulho para que soubessem onde ela estava. E não demorou muito até que ela fosse encontrada.

O alívio era palpável e logo Peter e os outros saíram do matagal e levaram Grace até seu quarto para que ela pudesse se recuperar do choque.

— Vocês deveriam reportar isso à polícia. Seja lá quem for que fez isso a ela, ainda está por aí! - disse Peter

— Não - respondeu Grace - Só criaria mais problemas para todos. Já estou de volta, está tudo bem agora.

— Grace - disse Patrick - E se tentarem de novo? O sr. Lisbon tem razão.

— Não, Patrick. Vai ficar tudo bem - respondeu

— Então pelo menos deixe que a gente cuide de você - pediu Wayne

— Não há o que fazer, Wayne.

— Alguém tem que ficar responsável por estar com você todo o tempo, pelo menos - disse Peter

— Nós podemos revezar - sugeriu Wayne

— Conte comigo - disse Cho

— Está bem - concordou Grace - Acho que não me sentiria segura se ficasse sozinha.

— Tem alguma ideia de quem possa ter feito isso?

— Não, não tenho - Grace respondeu

— Bom, rapazes, tomem cuidado. Desta vez parece ter sido uma brincadeira de mal gosto, mas fiquem atentos. Todos vocês - alertou Peter - Vamos, Teresa.

 

Assim que saíram de lá, Peter pegou Teresa pelo braço e a fez parar.

— Então vai me contar o porquê de ter mentido para mim? - ele perguntou - Eu vi Alice tentando evitar que eu visse Walter no salão principal desacompanhado. Mas nunca imaginei que fosse mentir para mim, Teresa.

— Me desculpe - respondeu cabisbaixa

— Onde estava, o que estava fazendo e com quem?

— Estava em um resort próximo daqui, com o Patrick. Fomos fazer uma apresentação de dança.

— O quê?

— Era para ajudar a Grace! - explicou - Ela precisava acompanhar a cirurgia da sobrinha mas tinha essa apresentação de hoje e não podia perder!

— Então aqueles 250 dólares que me pediu foram para essa cirurgia - perguntou Peter, mais calmo agora e Teresa assentiu - E as aulas de dança… Você planejou tudo isso e não me contou! Achei que você contasse tudo para mim, Teresa.

— Ninguém podia saber senão eles podiam ser demitidos.

Peter respirou fundo.

— Teresa… Admiro o que você fez para ajudar Grace. Mas não pode sair por aí sem falar comigo! E se algo pior tivesse acontecido hoje com essa garota? E se fosse você ao invés dela? Ou se tivesse acontecido algum acidente. Como eu iria te encontrar? - ele colocou as mãos no ombro da menina - Filha, todos os dias eu vejo coisas terríveis. Por favor, seja mais prudente! Não quero ver nada assim acontecendo com você - Teresa assentiu e olhou para o chão - Promete pra mim que me contará as coisas daqui em diante? Você sabe que pode confiar em mim, não sabe?

— Eu sei. Prometo.

— Está bem. Tem mais alguma coisa que eu deva saber?

Teresa pensou no beijo que compartilhou com Patrick quando chegaram do resort, mas preferiu omitir esta informação. Estava com medo de que seu pai a proibisse de ver Patrick novamente.

— Não. Não há mais nada para saber.

 

Ao chegarem de volta à cabine, Peter encontrou uma preocupada Alice andando de um lado para o outro no quarto.

— Aonde você esteve?

— Fui resolver um problema - ele respirou fundo, cansado e sentou-se na beira da cama

— O que houve?

— Uma menina que trabalha aqui sumiu. Encontramos ela naquele matagal a frente do estacionamento, amarrada e amordaçada.

— Meu Deus! E descobriram quem foi?

— Não. Eles não queriam que os donos do resort soubessem para que não fossem demitidos. Deve ter sido alguma brincadeira de mal gosto.

— E a menina está bem?

— Está sim. Os amigos dela cuidarão para que ela não fique sozinha.

— E a Teresa está bem?

— Sim, está. Só assustada - ele expirou - Você acredita que Teresa foi fazer uma apresentação de dança em outro resort hoje?

— Como é?

— Ela me pediu dinheiro e parece que deu para a menina que sumiu, Grace, para ela pagar a cirurgia de uma sobrinha. Grace foi acompanhar a cirurgia e Teresa foi dançar no lugar dela.

— E por que está zangado? O que ela fez foi muito bom. É o que você sempre ensinou para ela.

— Estou bravo por ela não ter me contado. Pior, por ter mentido para mim.

— Entendo… Acho que ela ficou com vergonha.

— Vergonha de quê? Eu não teria impedido que ela ajudasse a garota.

— Não, seu bobo. Vergonha por causa do Patrick, o professor de dança.

— O que ele tem a ver com isso? - Alice riu

— Ela está apaixonada por ele, não percebe? Eu a vi hoje, antes dela sair. Até achei que eles teriam um encontro, antes de saber dessa história. Mas a forma como eles se olham… Está nítido que estão apaixonados um pelo outro.

— Mas e o Walter? Achei que eles estivessem se entendendo.

— Pois é… É aí que entra o problema. Acho que Teresa está indecisa.

— Hum - ele pensou por alguns instantes - Walter seria muito melhor para ela.

— E por que diz isso?

— Alice, como Teresa continuará um relacionamento com esse tal de Patrick? Ele só deve estar interessado em uma paixonite de verão!

— Não acho que esteja certo, mas de qualquer forma, quem tem que decidir isso é a Teresa.

 

“Mas isso não quer dizer que eu não possa ajudar”, pensou Peter, mas não disse nada.

 

— Nos deu um grande susto hoje, hein mocinha - disse Patrick, abraçando Grace - Não faça mais isso!

— Foi horrível. Estava apavorada! - ela suspirou - Mas vamos mudar de assunto, preciso me distrair… Como foi a apresentação com Teresa? - Patrick imediatamente se lembrou do beijo e sorriu

— Não fizemos o salto, mas de resto fomos bem.

— Bom. Sabia que ela conseguiria

— E sua sobrinha, como está?

— Bem - a ruiva abriu um sorriso - Graças a Deus, ela está bem! Próxima semana ela já vai poder ir para casa.

— Que bom, fico feliz

— E esse sorriso todo é só por causa da minha sobrinha? - perguntou Grace desconfiada

— Na verdade não. Estou muito feliz por sua sobrinha, não me leve a mal.

— Eu entendi, Patrick. Mas me conta o que aconteceu que te deixou tão feliz assim?

— Estou apaixonado novamente.


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Notas finais do capítulo

Se eu falar o que vai acontecer no próximo capítulo, vou contar mais do que deveria, então por hoje eu passo a bola para vocês: O que vocês acham que vai acontecer?



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