Castelobruxo escrita por Vilela


Capítulo 22
Capítulo vinte e um - El Tunchi




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            Depois de trinta segundos da partida dos professores, Raira apontou a varinha para os quatro adolescentes.

            — Specialis Revelio! Finite Incantatem! Zembula! — Nada demais aconteceu além da sensação gelada na pele após o último feitiço. Raira continuou recitando feitiços até que finalmente baixou a varinha, dizendo: — Eu posso confiar em vocês.

            Ela foi até a porta, certificando-se de que os outros tinham realmente partido, depois retornou e sentou à cabeceira da mesa; mas não guardou a varinha.

            — Eu quero que vocês me contem tudo, exatamente tudo o que sabem, desde o início.

            Os garotos se entreolharam momentaneamente, então Sofia começou a contar o que sabia. Raira escutou com atenção, quase nunca piscando, enquanto a pajuante detalhava cada coisa que tinha acontecido nos últimos meses. A diretora só a interrompeu quando foi mencionada a presença de outros no grupo que estava investigando por conta própria el Tunchi.

            — Então há mais de vocês? — ela perguntou.

            — Sim — Alex respondeu. — Um aluno de Beauxbatons, um de veracosta e um pajuante.

            —O de veracosta é meu irmão, Amadeus — Mateus apressou-se a dizer.

            Raira assentiu.

            — Então no dia da biblioteca, quando vocês ouviram a própria voz del Tunchi, os três estavam presentes?

            — Estavam — Sofia respondeu.

            — Não passou pela cabeça de vocês que um dos três possa ser o monstro?

            — Sim, diretora. A gente até tentou descobrir, mas somente um deles passou o perfume.

            — Qual?

            — João, o aluno de Beauxbatons.

            — E o que aconteceu com os outros dois? — a diretora fez uma expressão confusa.

            — Não encontramos eles antes da confusão toda acontecer — Alex tinha reparado na expressão assustada que Mateus tinha feito.

            — Estranho. Entre os outros dois, qual deles vocês acham mais possível de ser el Tunchi?

            — Amadeus — respondeu Sofia prontamente.

            — Tá maluca?! — Mateus respondeu, visivelmente irritado. — Claro que não é ele, meu irmão continua o mesmo de sempre. Eu acho que é o Ronan, ele estava lá desde o início com a namorada dele.

            — Ainda penso que Amélia pode ser el Tunchi — disse Nicolás. — Mas entre los dos, eu acho que Ronan és más provável.

            Raira olhou para Alex, instigando-o a dar sua opinião.

            — Amadeus — ele olhou para um Mateus, boquiaberto. — Desculpa, cara, mas ele sumiu sem ter motivo nenhum.

            Mateus não respondeu, pois havia certo sentido no que Alex acabara de dizer. Ele virou a cara fechada depois de um tempo, quando Raira tornou a falar.

            — Se vocês estão divididos, quer dizer que há uma grande chance de ser qualquer um dos dois. Mas o que me intriga, crianças, é o fato de apenas João ter sido localizado no meio dessa bagunça. É como se ele tivesse se feito disponível para enganá-los.

            — Você quer dizer que acha que João é el Tunchi? — perguntou Alex.

            — Sim. Vocês nunca o viram agir estranhamente?

            — Ele é estranho por natureza — disse Mateus. — Perfeito demais.

            — Muito inteligente — comentou Sofia. — E ninguém nunca o viu nas aulas dos pajuantes.

            — Nem dos veracostas! — completou Nicolás.

            — E teve aquela vez — disse Alex, subitamente lembrando-se — em que ele duelou com Amadeus... um feitiço de faca atingiu ele no peito, mas nada aconteceu. Só a camisa dele foi cortada.

            — E era ele quem tinha o livro del Tunchi antes de mim — disse Sofia. — E por incrível que pareça ele não o tinha lido.

             Fazia sentido, pensou Alex. João era uma figura um tanto sinistra, apesar de ser amigável. Ele fora atencioso quando Alex precisou do livro, não criou nenhuma divergência enquanto esteve com o grupo, e parecia sempre estar distante, mesmo estando perto. Percebeu que não conhecia o garoto além das coisas genéricas a respeito dos alunos estrangeiros. Não sabia de onde vinha exatamente, quais eram seus planos e principalmente suas opiniões. Quando se lembrou das reuniões secretas que tiveram, João era como uma sombra num canto, só respondendo quando alguém fazia alguma pergunta diretamente. O feitiço que o atingira na noite de lua cheia só intensificava todos aqueles fatos. João era el Tunchi, não restava mais dúvidas.

            — Nós temos que avisar os professores! — disse Alex.

            — Não — Raira usou um tom baixo. Eles olharam-na respeitosamente. — Chegou a minha vez de contar o que sei. Minhas suspeitas com relação aos alunos de Beauxbatons começaram na imediata chegada deles a Castelobruxo. Meu caro amigo Hector Gusmão, que os acompanhou durante a viagem, tinha me passado a relação de nomes dos alunos que tinham sido selecionados para estudar nas nossas duas denominações. Somados, as duas listas davam quatorze alunos. Eu investiguei secretamente a aluna que estava sobrando e não tinha o nome na lista, mas ela era uma estudante francesa normal. Investiguei todos os outros, mas nenhum deles parecia ter nem sequer um fio fora do lugar, nem mesmo João. Isso me fez pensar que talvez Hector tivesse se esquecido do nome da garota, e isso era tudo. Até que naquela mesma tarde, Amélia se jogou da escadaria norte da escola.

            “O que era uma confusão se tornou uma suspeita grande. Eu sabia que tinha alguma coisa errada. No momento, entretanto, que percebi a magnitude da criatura com que estávamos lidando, não tive outra escolha: eu tive de fazer mais pesquisas. Tudo o que eu sabia sobre el Tunchi estava ligado às comunidades no Peru e foi para lá que viajei por esse tempo, coletando informações sem nem mesmo os meus amigos mais próximos saberem o porquê. Na minha viagem, trombei com coisas perigosas, cheguei a ser capturada por plantas carnívoras e por pouco não morri. Um veneno raro e aparentemente sem cura corre pelas minhas veias nesse momento, me enfraquecendo, mesmo com os esforços de Ruben para pará-lo. Contudo, eu descobri o que eu precisava.

            “El Tunchi não é imortal. Ele é uma criatura que nasce de forças das trevas que rondam as florestas somadas ao medo dos seres vivos. Mas como qualquer coisa que pisa nesse mundo, a hora do descanso de um Tunchi também chega. Tive a sorte de encontrar um esqueleto de um num povoado nos arredores de Cusco. Mas nenhum dos bruxos vivos daquela vila conhece a maneira certa que seus antepassados usaram para matar a criatura. Contudo, isso já era o suficiente.

            “Quando retornei para Castelobruxo, eu tinha esperanças de matá-lo eu mesma. Mas então descobri que sem saber a sua verdadeira identidade, isso seria impossível. Assisti ele se tornar cada vez mais forte nesses últimos dias, a ponto de não poder mais planejar. Eu resolvi esperar o momento certo para agir, quando tivesse a mínima chance de pegá-lo. E eu acho que esse momento chegou graças a vocês quatro.”
            — Mas, diretora — começou Sofia, — se João é el Tunchi, por que ele não foi afetado pela poção?

            — Tenho minhas teorias. Ou sua poção estava fraca demais para surtir qualquer efeito nele, ou ele de fato foi atingido, mas não demonstrou. Ele só revela sua verdadeira forma quando percebem quem ele é. É importante para un Tunchi manter-se na mentira.

            Raira se pôs de pé.

            — Tenho certeza de que nossos queridos professores vão fazer um belo trabalho livrando vários alunos do domínio. Mas, para ser sincera, Ruben é um ótimo bruxo, mas não usa feitiços como usa venenos; Margarida é capaz, mas tem reações lentas; e Guerda, coitada, só sabe feitiços que são úteis para as suas plantas. Nenhum deles é treinado em combate da forma coisa eu sou. É mais provável que já estejam caídos à essa hora.

            Alex sentiu um arrepio.

            — Chegou nossa hora de subir.

            Alex não soube o que pensar de imediato. Ele sentiu como se Raira tivesse sacrificado os professores para ela ter maior autonomia para agir, o que era um tanto egoísta. Contudo, tinha alguma coisa em Raira, talvez no formato do seu rosto, ou na forma como ela se postava, que inspirava admiração e confiança. Alex não duvidou da capacidade dela em combate, mesmo que jamais tivesse visto a professora duelando antes. Foi por essa razão que ele não contestou a ideia de subir os cinco, deixando a segurança da antiga casa da diretora para trás. Os outros pareciam pensar da mesma forma.

             Raira bateu a porta da frente e eles andaram no meio da rua no sentido da imensa parede de onde vieram. Alex andou ao lado de Mateus, queria conversar com ele.

            — Desculpa duvidar do seu irmão — disse.

            — Não tem problema — Mateus respondeu. — Eu devia ter duvidado também, isso não é brincadeira.

            Apesar disso, Alex sentiu que Mateus ainda estava com raiva. E não era para menos, estavam andando para o que poderia ser o fim. Passaram pela fenda na parede, andaram pelo corredor quase totalmente escuro, subiram para as galerias subterrâneas e então para o castelo lá em cima. Contornaram a arquibancada do jardim principal pela direita; não havia sinal de alunos, desmaiados ou possuídos.

            — Mantenham as varinhas prontas — disse Raira.

            Alex segurou a dele com força. Eles entraram no corredor largo da direta, onde havia um enorme buraco no chão. Saltaram-no e então continuaram andando, em silêncio. Com Raira sempre na liderança, eles só descobriram para onde iam quando viraram à esquerda e deram de cara com a porta de metal clara da estufa interna do castelo. Ela abriu a porta e a estufa, assim como o resto do que viram, estava vazia. Eles vasculharam cada canto do aposento, pois era ali que o pajé Jurandir tinha visto os alunos se escondendo. Raira disse que eles deviam continuar e assim fizeram.

            Subiram para os andares superiores, abriram portas de salas e gabinetes, mas nada encontraram. Alex tinha a impressão de que era assim que o castelo ficava durante as férias de fim de ano, completamente vazio e silencioso. Foram para o dormitório dos veracostas e a destruição dos quartos era terrível. Havia roupas, livros e até pedaços das paredes espalhados para todos os lados. Também entraram no dormitório dos pajuantes e Alex pela primeira vez viu o lustre gigante que ficava pendurado no hall deles. Naquela hora, contudo, o lustre estava caído no chão e os pedaços de cristal quebrado jogados por todo o canto do aposento. Sofia procurou por alguém preso embaixo da estrutura, mas nada encontrou.

            — Diretora, não tem ninguém no dormitório — disse Sofia.

            — Vamos continuar — respondeu ela.

            Continuaram subindo até chegar na área nobre do castelo. Foram para o corredor das salas avançadas de transfiguração, e se separaram para poderem olhar as salas mais rapidamente. A primeira em que Alex entrou estava perfeitamente em ordem, mas a segunda parecia ter sido varrida por um furacão. Ele estava se perguntando por quanto tempo a batalha durou antes do castelo inteiro ser dominado, quando ouviu o grito de Nicolás dizendo que tinha achado alguma coisa.

            Ele chegou lá primeiro, então os outros também entraram. Raira abriu caminho e parou ao lado do argentino. Caída atrás da mesa dos professores estava Guerda, com os olhos e boca abertos. Alex tinha certeza de que ela estava morta, mas a mulher acordou quando Raira recitou um feitiço despertador.

            — O quê? Onde? Como? Fique longe de mim! — berrou a professora de herbologia.

            — Calma — pediu Raira. — Somos nós, Guerda. Você tem que nos contar o que aconteceu quando vocês subiram.

            — Um assobio — respondeu Guerda, esfregando os olhos e balançando a cabeça. — Eu não consegui me controlar. Ruben usou a poção em vários alunos, muitos acordaram, ele ia salvar alguns alunos que estavam presos na biblioteca enquanto o restante de nós ia se esconder nas cozinhas. Mas fomos perseguidos... Não me lembro de muita coisa...

            — Então tem sobreviventes escondidos no refeitório?

            — Não sei — Guerda se levantou com ajuda de Raira e Nicolás. — Eu acho que sim. E na biblioteca, se Ruben conseguiu chegar lá... Eu quero ir embora, não quero ficar mais aqui...

            A senhora parecia estar quase à beira das lágrimas. Ela não soube dizer o quanto da poção ainda restava nem se tinham topado com el Tunchi. Raira queria que ela ficasse ali escondida, mas Guerda estava apavorada só de pensar em ficar sozinha. Ela acabou descendo com eles de volta para a entrada do castelo, onde viraram para encarar a parede de vidro do refeitório.

            Alex foi o último da fila a entrar no refeitório, mas foi o primeiro a perceber a presença do rapaz loiro sentado confortavelmente numa mesa em um dos cantos. Não demorou muito para os outros verem João; todos apontaram a varinha para ele no mesmo momento. Guerda soltou um gritinho, provavelmente entendo a situação, e Raira se colocou na frente deles, protegendo-os.

            — Enfim tu chegaste, diretora Raira — disse João, rindo. — Eu pensei que eu ia ter de ficar esperando aqui pelo resto da noite!

            — Nós sabemos quem você é, el Tuchi! — disse Raira, calmamente.

            Nada aconteceu, entretanto. Alex esperou que a verdadeira forma do monstro saltasse do corpo sem vida de João, mas no lugar o loiro permaneceu sorrindo.

            — Eu, el Tunchi? — ele deu uma gargalhada. — Eu sou seus olhos, seus ouvidos, e por muitas vezes sua boca. Eu sou quem o ajudou a começar o caos! Mas dizer que eu sou ele é demais, até mesmo para mim.

            — Ele está sendo controlado? — sussurrou Sofia.

            João se levantou.

            — Eu não preciso ser controlado! — ele gritou. — Eu sirvo ao meu senhor por vontade própria! Não vou perder tempo com conversas.

            O português estalou os dedos e das portas da cozinha e das laterais do refeitório saíram os alunos. Marchando como um exército, eles vinham com as varinhas nas mãos, aos montes. Margarida estava entre eles, assim como Leonino e Lupita, a professora de herbologia simples. A maioria dos alunos e professores de Castelobruxo estavam enfim sob o domínio del Tunchi e Alex sabia que não tinha como lutar contra aquele número de bruxos. Eles passaram por João, engolindo-o na multidão, e a batalha começou. Raira conjurou um feitiço protetor que distorceu o ar na frente deles e os feitiços dos alunos, centenas deles, bateram e ricochetearam em todas as direções. A diretora se virou para eles e uma força puxou Alex para trás, fazendo seus pés desgrudarem do chão. Ele foi jogado para muitos metros atrás, caindo de costas no chão, já fora do refeitório. Os outros caíram ao seu lado, inclusive Guerda.

            A porta do refeitório bateu e Alex viu o vidro ondular feito água nesse instante. Lá dentro o feitiço escudo foi quebrado e Raira começou a duelar com seus alunos. O barulho era como trovões, e as luzes brilharam de todas as cores pelo vidro.

            — Vão atrás de Ruben no refeitório! — ouviram a voz abafada pelo vidro de Raira gritar. — Peguem a poção!

            Alex se colocou de pé rapidamente e ajudou Guerda. Ele sabia que tinham de agir rápido, Raira estava enfraquecida e nem mesmo se ela estivesse boa conseguiria dar conta de todos aqueles bruxos sozinha. Sofia já estava de pé e Mateus também. Nicolás, por outro lado, continuava caído.

            — Nico, levanta! — pediu Sofia, mas o garoto parecia inconsciente.

            Eles agacharam ao lado do argentino enquanto o barulho dentro do refeitório se tornava cada vez maior. Guerda deu vários passos para trás e Mateus também tinha reparado em alguma coisa anormal. Alex então viu que Nicolás tinha aberto os olhos e eles não focalizavam nada. Ele disse:

            — Vocês acham mesmo que é tão fácil assim? — a voz dele estava distorcida, mas incrivelmente familiar. Tinha sido essa voz que tinham ouvido na biblioteca naquele dia, na noite em que Amélia desaparecera. Nicolás não soava engraçado como sempre que tentava falar português. Na verdade, ele tinha perdido o sotaque por completo. — Acham que uma simples poção pode dar conta de um ser que está vivo há mais de meio milênio? Vocês não sabem de nada!

            Ele se levantou e sacou a varinha. Guerda o desarmou antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, a varinha voou no ar. Todavia o argentino deu um soco em Mateus que estava ao lado, derrubando-o. Ele pegou a varinha do amigo caído e rapidamente estuporou a professora de herbologia. Guerda caiu sem consciência enquanto Sofia permanecia onde estava, imóvel, ela ia ser a próxima. Alex não pensou duas vezes: nesse breve momento em que Nicolás deu as costas para ele, o garoto se aproximou e colocou sua mão direta nas costas do argentino.

            Seu anel brilhou intensamente e o ar deslocou rapidamente ao redor de Nicolás, jogando-o para cima. Ele deu cambalhotas e caiu de cara no chão. Nicolás se levantou, entretanto, apesar de estar com o nariz escorrendo sangue. Alex apertou a varinha com a mão esquerda e levantou a mão direita, estava pronto para o que viesse. Sofia os interrompeu antes que pudessem se atacar: ela apontou para o chão perto de onde Nicolás tinha caído. Alex viu no chão uma coisa diminuta, quase imperceptível pela cor do piso. Mexia-se descontroladamente e Mateus, aproximando, descobriu o que era.

            — A preguiça desmalte....

            O bicho que tinha caído do bolso de Nicolás parou de se mover nesse instante. Começou a inchar como se tivesse sendo enchida com ar, depois finas raízes brotaram dela e se enterraram no chão do castelo. Rapidamente a preguiça cresceu, tornando-se cada vez maior e deformada. Mudou de cor e se tornou marrom escura, os pelos caindo e desaparecendo antes de tocarem o chão. Galhos começaram a despontar irregulares do corpo, que se tornou duro feito um tronco. As folhas nasceram e morreram em segundos, caindo no chão. Por fim a massa que fora o animal se tornou maior do que os garotos e continuou crescendo até quase encostar no teto. Alex ficou sem reação.

            Os galhos da lateral se enrolaram com um barulho que dava gastura e formaram braços musculosos e ameaçadores. As raízes estouraram o chão e percorreram metros, derrubando os quatro. De onde caiu, Alex viu as raízes se separarem para a esquerda e direita e se tornarem pernas. O rosto veio a seguir, abrindo-se no tronco e por entre folhas mortas: os olhos em diagonal, o nariz pontudo e a boca tão grande que dava a impressão de que ele podia engoli-los a todos. No topo da cabeça os galhos maiores se organizaram em chifres. Depois disso, ele ficou inerte, plantado no chão.

            Alex esperava o pior, não sabia nem onde sua varinha tinha caído. O chão estava quebrado e traiçoeiro, e a figura parada ali na frente era assustadora, mesmo parada como uma árvore. A bocarra se escancarou e aspirou. Mesmo à distância, Alex pôde sentir o ar sendo sugado ao seu redor. Depois ele expirou e o assobio que ouviram não era nem de perto parecido com os de antes. Esse fez o ar dobrar-se num redemoinho que explodiu uma parede vários metros atrás de Alex. A criatura se mexeu, estalando a madeira, e então as especulações chegaram ao fim: os quatro encaravam a verdadeira forma del Tunchi.


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