— Isso é um absurdo! Como podem aceitar aquele garoto da Beauxbatons? Aquela aberração ambulante! Ele vai trapacear e condenar os outros campeões! 

Um dos diretores das escolas gritou e da sala onde os alunos selecionados pelo cálice estavam, a tensão era apalpável e o nervosismo era visível nos outros selecionados. O porque disso Yuri não sabia, mas notava o rosto corado de Yurio com a discussão que se seguia e descia as escadas da sala em que estavam. 

Estavam todos distante uns dos outros, fosse o clima de competição já instaurada entre eles ou por serem mais velhos ou novos para competirem de igual para igual, porque mesmo não tendo volta, o torneio poderia ser injusto para alguns deles.  

Yuri tinha pouco conhecimento de como foram os torneio tribruxos anteriores, agora sendo um quatribruxo com a Ilvermorny, as dificuldades aumentavam por não saber como seriam as formas que um aluno de uma escola de magia do outro lado do mundo com o torneio, como conseguiria lidar com outras pessoas de conhecimentos distintos e talvez mais abrangentes do que Yuri tinha em Hogwarts? 

— Yurio... Não precisa se preocupar com eles... — O aluno Ilvermorny falou num tom consolador, a face de otimismo e confiança deixadas de lado e se aproximando do garoto da Beauxbatons. 

— Não ouse tocar em mim, Jean... — Yurio ralhou, notando Yuri o observando e o encarando sério — Pelo menos você não sabe, sua dúvida ecoa de longe — Brincou, o cenho franzido de volta para o campeão da Ilvermorny, levantando do chão e se afastando para longe da entrada. 

Não conseguia entender o motivo da discussão e muito menos saber o que se estendia a ela, sentia o nervosismo em si e podia notar que mesmo sendo possivelmente o mais novo, era o que talvez tivesse zero confiança em si. Quando os diretores desceram, Mcgonagall parecia séria com o surto que o diretor da Durmstrang, o rosto dele estava vermelho de ira e Baranovskaya se colocou na frente, o impedindo de continuar. 

— Ouse tocar em ma aluno e não terei pena de joga-lo para longe, Yakov! — Falou séria, a varinha exposta, mas não apontada em sinal de ameaça verdadeira. 

— Lilia, por favor — Mcgonagall ditou, olhando para os alunos e de volta para os diretores — Yakov, você mais que ninguém deveria saber que se alguém foi selecionado, não há chances de deixar o torneio. 

— Ele é um legilimente, Minerva! — Ralhou, apontando para Yurio no fundo da sala — Espero que saibam o que estejam fazendo — Ditou, virando-se e voltando a subir as escadas. 

Aquela palavra mostrava-se familiar para Yuri, talvez tenha ouvido em uma de suas aulas antes de ir para o treino de quadribol ou dos livros e matérias emprestadas que Yuuko ou de Rose Weasley. Ponderou sua cabeça para o lado, um pouco confuso e seu nervosismo pareceu sumir um pouco por conta da tensão, mas sua atenção voltou-se para a diretora Mcgonagall e o ministro da magia.  

As regras foram explicadas mediantes a todos e só quando terminadas, Yuri ainda não deixou de sentir sua barriga dar voltas, a ansiedade perdurava seus nervos e a tensão o deixava rígido como se tentasse digerir toda a situação e essa não descesse. Não conseguia crer e parecia inerte, não prestou atenção na maior parte do que era explicado.  

Apenas quando voltaram para o salão principal, os diretos das outras escolas seguiram com seus alunos e os poucos que restaram se retiraram, sobrou pouco do jantar e a barriga de Yuri roncou suavemente. Não pensou duas vezes em direcionar-se a mesa de sua casa e pegar um prato e enche-lo de katsudon ainda morno, sentindo parte do que passou se esvair lentamente, mas não completamente. 

Lembrava-se de casa, da tranquilidade e de como suas férias eram pacatas, era o mesmo de sempre, a sensação de tranquilidade que não era quebrada e que quando chegava em Hogwarts, as varias vozes o cercavam ao invés do silêncio e todas parecia 

Mas ali, sendo um campeão era difícil de absorver. Teve a resposta de todos, os aplausos e parabéns e o silêncio de alunos que não gostavam dele, gostavam de ser maldosos e nem se importavam com o olhar que Yuri redigia a esses, não tinham vergonha de se esconder e isso que o deixava com mais vergonha. 

Era um campeão de Hogwarts. Ele, Yuri Katsuki. O aluno de nome estrangeiro que sempre atraiu perguntas do porque não estar na escola japonesa de magia, do porque ser um aluno que teve uma exceção aberta para entrar no time de quadribol e ser como outro antigo aluno a tempos atrás com mesma exceção na grifinória. Sempre era a grifinória. 

Apenas quando se retirou e entrou no salão comunal da grifinória, o silêncio se instaurou de imediato e Yuri abaixou a cabeça, sentindo as bochechas e as orelhas arderem por conta da vergonha. Não gostava quando a atenção ficava tão voltada para si, era normal durante as partidas de quadribol, mas ali ninguém fez questão de deixar de lhe olhar, como se tivesse feito algo errado e todos soubessem. 

Não precisou dar tempo para ninguém e subiu em passos apressados para o dormitório dos meninos, jogando-se na própria cama e engolindo em seco, ainda nervoso pelo que aconteceu consigo em tão pouco tempo. Talvez fosse um feitiço, mas suas mãos tremiam e seu corpo pesava, pela primeira vez não sabia o que deveria fazer, não tinha solução. 

Estava sozinho a partir daquele dia, era um campeão de Hogwarts. 

Quando o dia clareou, resmungou consigo mesmo por sua desatenção, debatendo-se por se deixar levar pelo peso de sua consciência com seu medo, deixando suas responsabilidades de estudante de lado, coisa que não tinha a proeza de fazer nem mesmo nas provas finais. 

Sua desatenção apenas lhe custou o olhar dos alunos de sua casa, no banheiro dos meninos alguns cochichavam e quando passava do salão comunal da grifinória para se dirigir ao salão principal, outros alunos de outras casas o encaravam de forma estranha, escondia o olhar para não encara-los de volta e ajeitava seu óculos no processo. O nervosismo falava mais alto e sentia-se acuado, não deveria, mas era uma tarefa complicada. 

— Tudo bem com você, Yuri? — Yuuko falou ao seu lado, sentando-se e lhe fazendo companhia, mas estando sozinha. 

— E você faz essa pergunta, Yuuko? — Uma garota de cabelos ruivos e sorriso maroto zombou, o olhar rolando e sentando-se do outro lado de Yuri. 

— Rose, esse não é o momento... — Yuuko advertiu, voltando a encarar Yuri que sentia as bochechas esquentarem ainda mais — Yuri? Está tudo bem? — Indagou, apertando a mão de Yuri que repousava sob a mesa, essa que apertava uma caneca com suco de abobora.  

Se ele estava bem? Estava tudo ótimo, mas em qual sentido? Da forma irônica poderia morrer por um dragão ou ser esmagado por uma criatura magica ainda pior. Mas a iniciativa, a coragem de vinte segundos partiu dele, seu choque só foi concretizado quando seu nome ecoou por todo salão para alunos não só de Hogwarts como de outras escolas distintas.

Poderia ainda adicionar dois grandes jogadores de quadribol e que um deles era Viktor, o prodígio e a qual olhava de maneira estranha para Yuri desde que chegou. Motivos? Nenhuma aparente da qual conseguia lembrar, nunca tinha visto Viktor em toda sua vida. 

Mas sua resposta definitiva? Se estava "bem"? Não, não estava. 

— Está tudo ótimo, Yuuko — Respondeu, levantando o rosto e ajeitando as costas, mostrando o seu melhor sorriso que poderia ter sido torto naquele momento e estragado a mentira. 

— Sabe, não precisa ter vergonha... Você é apenas um campeão — Rose Weasley falou ao seu lado, tentando soar reconfortadora. 

Uma Weasley, a aluna brilhante que não tinha as mesmas aulas que Yuri, mas ela e Yuuko se mostravam amigas quando não estava por perto, conversavam entre si e talvez Yuuko tenha ido procura-la depois que chegaram na estação em Hogsmeade. 

Parecia simples, Yuri era um campeão. Gostaria de imaginar como sua família reagiria a isso. Sua irmã poderia ter um pequeno ataque ao saber e seus pais ficariam orgulhosos dele, seu filho se destacando além do quadribol e das notas da escola. Não era "você é apenas um campeão", Yuri representava uma escola inteira e o que ela era, isso só por passar em sua cabeça o fazia se sentir atormentado, a aprovação daqueles que conhecia lhe rodavam. 

— Não é apenas ser um campeão... — Resmungou, trazendo a caneca para perto e o calor da mão de Yuuko se afastando, olhando para Rose em seguida e respirando fundo — É representar a todos... 

— Não é diferente quando estamos em campo, sabe — Yuuko o confortou — Representamos a nossa casa, só muda que todos estão de olho em você, literalmente — Falou, dando de ombros. 

Isso soou muito reconfortante, até demais que conseguiu levantar apenas um pouquinho os ânimos aquele manhã de Yuri. 

— O que estão falando de mim? — Perguntou, olhando para Yuuko e Rose — Yuuko, você conhece melhor os alunos mais velhos da grifinória e Rose, você tem amigos de outras casas — Murmurou, bebericando o suco de abobora, sua barriga negava comer com o que sentia. 

Rose e Yuuko se entreolharam nervosas e Yuri não precisava de uma resposta, já imaginava o que seria e sem prolongar tanto sua presença ali, terminou de comer para se arrumar para as aulas daquela manhã. Pegando seus livros e sendo acompanhado pelo corredores por Rose, essa que contava algumas coisas que aconteceram quando Yuri se retirou do salão com os outros campeões. 

Os cochichos perduraram até os alunos das outras escolas se retirarem ao poucos, alguns alunos não se importaram, mas foram poucos. Mas em momento algum ela lhe contou sobre o que tinham falado de Yuri, num tom sério respondeu a face preocupada dele que o que os outros pensavam não passavam de coisas irrelevantes para serem levadas a com seriedade.  

Seus caminhos se separaram por conta da aula que ele teria fora do castelo, não conseguiu se despedir quando dois garotos da sonserina apareceram ao lado de Rose, implicando e a fazendo rir, acenando para Yuri e caminhando para a sala de poções.  

Naquela não precisou tanto do livro, mas o que deixou Yuri um pouco surpreso foi um tronquilho aparecer em seu ombro ao terminar a tarefa com outra criatura. Lembrava desse ser magico quando estava no primeiro ano, quando as aulas de tratos de criaturas mágicas não eram tão frequentes e complicadas como agora.  

Riu quando tentou entregar a criatura ao professor, esse se mudou o seu ombro para cabeça, quase arrancando o óculos de seu rosto no processo e atraindo por consequência a risada de outros alunos. Poderia ter rido junto para descontrair, mas a atenção que já tinha o deixava um tanto quanto aflito, com um aperto no coração e os músculos de seu corpo tensionados. 

No retorno para o castelo para a próxima aula, o barulho de algumas alunas com gritinhos lhe chamou a atenção, franzindo o cenho levemente e vendo a mesma cena do salão principal com Viktor, as alunas de Hogwarts e Ilvermorny suspirando, acompanhando Viktor naquela troca de aula. Negou com a cabeça e continuou seu caminho, eles eram campeões de suas escolas, nada mais do que isso. 

— Por que tenho a impressão que sempre está fugindo de mim? — Com um tom brincalhão, Yuri sentiu a espinha arrepiar e o corpo paralisar com a pessoa que falou com ele. 

O rosto virando e sentindo uma mão se apoiando em seu ombro. Yuri se indagou se o caminho que teve até o portão da escola passou-se rápido como imaginava para não notar o aluno da Durmstrang. 

Viktor sorria amigavelmente e de forma doce para Yuri, seu olhar azul se iluminava. Viktor era belo, não por se destacar apenas entre os alunos de sua escola, mantendo o cabelo branco longo e preso em um rabo de cavalo, deixando uma mecha solta perdurar sobre seu rosto; mas por ser aquela pessoa adorável que atraia a atenção e respeito até mesmo daqueles que não eram seus colegas. 

— Fugindo? — Yuri se colocou a falar, tropeçando em um única palavra e que poderia ter mostrado em pouco segundos em conhece-lo oficialmente que não era um franzino e tolo — Eu apenas... Apenas estava passando — Explicou-se, não sabendo o certo do porquê se explicar, não deveria. 

Franziu o cenho e o rosto corou com a breve e gostosa risada que Viktor deu, dando poucos passos e ficando frente a Yuri. 

— Para sua aula, certo? Então devo estar lhe atrapalhando — Falou, o olhar azul lhe encarando agora sério — Queria apenas lhe desejar meus parabéns por ser o campeão de Hogwarts e saber gostaria de se encontrar comigo depois do jantar, ainda no salão principal — Ofertou com uma genuína felicidade, tanta que Yuri estranhou e sentiu suas bochechas arderem, não apenas isso como suas pernas ficarem um tanto bambas. 

Encontro? Mal estavam se falando e Viktor queria se encontrar com Yuri? Não, o melhor jogador de quadribol que conhecia estava falando consigo, coisa que acontecia apenas na imaginação bastante fértil dele.  

Deveria desconfiar, mas sua mente com a paixonite entrava em conflito com a racional de campeão do torneio quatribruxo, estava sozinho em um torneio e seus colegas de escola o consideraria ingênuo; cair na lábia de um outro aluno de outra escola e esse ser outro campeão. Talvez Yuri fosse isso mesmo, ingênuo. 

— Não posso... — Recusou, sua voz saindo um pouco mais firme dessa vez e encarando aquele olhar azul que lhe fazia perder o fôlego — Não posso, me desculpe — Falou, já se preparando para dar as costas, mas sentindo novamente a mão de Viktor em seu ombro. 

— Por favor, não insistirei, mas caso mude de ideia... — Agora era Viktor que sentia desconfortável, mordendo a boca em claro sinal de que estava nervoso — Estarei sentado na mesa da sonserina.. — Falou, afastando a mão do ombro de Yuri, virando-se, mas voltando e encarando Yuri com certa ansiedade em seu olhar. 

— Não espero que se recorde de mim, éramos pequenos... Mas se lembra? Era véspera de natal no Beco Diagonal e você tinha se perdido — Contava, havia expectativa em suas palavras. 

Cenho levemente franzindo, tentou se recordar de ter se perdido quando criança no Beco Diagonal, mas nada lhe vinha a cabeça, nada que fizesse Viktor se encaixar em um cenário de um natal e fora da Alemanha ou fora de uma campo de quadribol. Não conseguia nada e negou com a cabeça, justando os óculos em seu rosto e sentindo uma pontada em seu peito diante da face decepcionada de Viktor. 

Poderia conhece-lo apenas nos jornais e fama, mas imagina-lo em um lugar e que tivesse sido a muito tempo ao seu lado não condizia com nada que recordasse e se tivesse, conseguiria com muita clareza. 

— Perdoe-me atrapalha-lo, devo o estar atrasando para sua aula... — Desculpou-se, deixando de ficar na frente e Yuri, retirando-se. 

Por que sentia-se tão afetado? A feição de tristeza do outro lhe deixou com um aperto no coração, como se esperasse uma resposta e pudesse com essa compartilhar uma alegria que a muito tempo aguardava, uma que Yuri não gostou de apagar com um simples negar de cabeça e o desconhecimento da resposta para a pergunta. 

Caminhou até a próxima aula que teria, ficando maior parte do tempo da manhã pensativo, tentando recordar-se de algo. Tudo bem que Yuri estranhou a forma que Viktor o encarava desde que chegou, como se o conhecesse, talvez conhecesse, mas Yuri não se recordava, não vinha nada em suas lembranças. 

Com a aula de História da Magia terminada, mesmo que a fome o afetasse um pouco, Yuri foi despertado pela curiosidade durante a aula. A palavra legilimente soava familiar justamente por ter ouvido talvez no ano letivo anterior, mas com a aula que acabara de ter, já começava a temer um dos campeões. 

Apenas uma primeira vista, Yurio não parecia tão ameaçador, mesmo pela carranca que surgisse em seguida, mas a habilidade que tinha não era para alguém tão novo. Ele tinha a mesma idade que Yuri, certo? Ler e entrar na cabeça dele quando estivessem no meio de uma prova do torneio, trapacear... Não, Yuri não chegaria a ter preconceito com alguém sem ao menos conhece-la, não seria como o diretor da Durmstrang ou os alunos quando supostamente descobrissem. 

Só com o passar do dia ocupou sua mente com as aulas restantes até o jantar e, se frustrando um pouco por naquele ano não ter realmente um jogos de quadribol. Uma das suas chances de amenizar seu nervosismo tinha sido jogado para o completo vácuo. 

Quando se teve o fim do jantar no salão, Yuri pode ver pelo canto do olhar Viktor lhe olhando, não havia o mesmo brilho de antes quando se falaram pela manhã. Não era culpado por não se recordar, mas deveria fazer algo como sua coragem ao passar pelos corredores da escola logo de noite e depois do toque de recolher e, colocar seu nome no cálice. Pouco a pouco os alunos se retiravam e levantando, caminhando mesmo que receoso a mesa da Sonserina, ficando ao lado do próximo dele e sentindo o rosto arder com o olhar dos dois alunos da Sonserina e um da Durmstrang. 

— Yuri... — Viktor falou seu nome, surpreso. 

— Ainda gostaria de conversar? — Indagou, apertando as próprias mãos e encarando a qualquer lugar do salão — Logo será o toque de recolher... — Explicou, ajeitando os óculos. 

— Claro... — Respondeu, um sorriso fraco e levantando-se. 

Acenando para os outros três, Viktor acompanhou Yuri para fora do salão. Ambos seguiam sem conversarem até o portão.  

— Sinto muito não me recordar de você... — Yuri começou, coçando a nuca. 

Ele estava mesmo se desculpando? Pelo quê exatamente? Não havia como se desculpar por algo que não se recordava. 

— Não sinta — Falou — Você era pequeno e me confundiu com uma garota — Contou. 

Yuri parou no caminho, olhando as costas de Viktor em estado de choque e quando esse se virou para olha-lo, parecia conter uma risada, como se isso tivesse trazido o brilho em seu olhar novamente. 

Confundir Viktor com uma garota? Era por conta do cabelo comprido e por sua inocência confundi-lo tão facilmente? Estava mais envergonhado do que cedo de manhã, se já não tentava chamar atenção de ninguém, conseguiu da pessoa que menos esperava. 

No segundo seguinte ele se recordou. Da "menina" que o ajudou na véspera de natal, com sotaque arrastado e um inglês engraçado. Essa que lhe ajudou encontrar seu pai e para faze-lo deixar de ficar com medo, lhe comprou balas de todos os sabores e goma de alcaçuz doce. 

— Por Merlin... — Sussurrou. 

— Não fique envergonhado — Viktor pediu, sorrindo.