Herdeiros dos Black - Warlocks (INTERATIVA) escrita por Sirius Black


Capítulo 2
Black's


Notas iniciais do capítulo

Em fim primeiro capítulo pronto. Agora basta saber quem serão os leitores que estão participando dessa fic. Espero que gostem bastante dessa fi. Estou curtindo escrever ela e estou cheio de ideias.

LEIAM AS NOTAS FINAIS!



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Acordei lentamente ouvindo o tumulto matinal causado pelos turistas. Levantei lentamente indo até a porta da sacada do meu quarto abrindo as cortinas deixando o sol entrar ao mesmo tempo que admirava minha vista para a torre Eiffel. Abaixei passando a fazer meus abdominais e minhas flexões como fazia todas as manhã. Em seguida sai de meu quarto usando apenas minha calça e camisa do pijama. Passei pelo corredor ignorando minha mãe discutindo ao telefone com algum pobre coitado de seu escritório no quarto dela. Cheguei a sala onde passei a correr na esteira por vinte minutos e em nenhum momento deixei de ouvir a voz irritada de minha mãe vindo do quarto dela.

Fui para a cozinha e fiz o café da manhã que minha mãe tanto amava. Se tinha algo que eu sabia perfeitamente nesses treze anos era que se minha mãe saísse do telefone depois de aterrorizar algum de seus funcionários e não tivesse o que comer eu seria alvo de seu mau humor. Me sentei e passei a comer meu cereal depois de deixar o jornal de minha mãe em seu lugar de frente para a mesa. Olhei para o lugar vago entre nós e desviei o olhar. Ali deveria ser o lugar do chefe da família – como minha mãe insistia em dizer tradicionalmente. Para uma mulher tão moderna vivendo em pleno 1993 era estranho ser tão tradicional e guardar o lugar a mesa. Eu sei que ela fora criada em uma família patriarcal, mas a nossa atual família era... matriarcal, certo? Ela deveria se sentar lá já que era a provedora da família e etc.

  – Bom dia Sirius Junior – dissera minha mãe se sentando de frente para mim.

  – Maman, je t'ai dit que je est Tony ou Anthony. Je ne m'appelle pas Jr (Mãe, já disse que é Tony ou Anthony. Meu nome não é Junior) – disse entre dentes. Todo dia era a mesma coisa. Pra que me registrar como Anthony Sirius Black se ia me chamar de Junior a todo momento? Só podia ser pra me irritar!

— Na minha língua. Esse café era exatamente o que eu estava precisando... delicia. Você acredita que um de meus estagiários acidentalmente perdera o LTCAT (Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho) que o escritório de consultoria do Sr. Abraham me entregara semana passada pro processo que estou trabalhando? Você se lembra do Sr. Abraham, certo? – perguntara minha mãe abrindo seu jornal e se servindo de café. Minha mãe insistia que em casa eu falasse na língua dela. Não que eu não falasse fluentemente em seu idioma era apenas para praticar.

  – Lembro. Não tirava os olhos de uma parte da senhora na festa de natal. Nada elegante da parte dele se quer saber minha opinião... apesar que eu gostei dos presentes. A única coisa boa que esses caras que tentam casar com a senhora fazem de bom é caprichar nos presentes – disse ouvindo minha mãe estalando a língua.

  – Tsc. Interesseiro. Não sei de quem você herdou isso – dissera minha mãe abaixando um pouco o jornal me olhando com seus olhos verdes esmeralda de forma ameaçadora por cima do jornal enquanto seus cabelos loiros chamaram minha atenção.

  – Corte novo? – perguntei a fazendo abaixar o jornal sorrindo.

 – Resolvi mudar um pouco. Gostou? – perguntara sorrindo mexendo nos cabelos na altura dos ombros.

  – Huum... mais pratico, certo? Não precisa se preocupar em fazer aquele monte de penteados pras festas – disse dando de ombros até perceber que ela continuava em silencio lançando um olhar penetrante em minha direção – ficara muito bom na senhora. Está muito bonita. Parece até mais jovem do que a senhora já é.

  – Obrigada filho – dissera minha mãe sorrindo voltando a tomar o seu café e se servindo de torradas e geleias.

Voltei para meu quarto onde tomei meu banho e troquei de roupa enquanto minha mãe falava novamente ao telefone. Troquei de roupa colocando um jeans, sandália preta e camiseta preta. Olhei meu reflexo no espelho do quarto. Minha mãe dizia que eu era a copia exata de meu pai tendo a mesma pele clara, cabelos negros, físico esportivo, mas os olhos verdes esmeralda eu puxei dela. Peguei minha mochila com meu material do colégio, mais meu material de desenho e minhas partituras e sai para sala para esperar minha mãe. O sol fora refletido no meu olho pelos diplomas e certificados na parede. Minha mãe era uma advogada de sucesso em Paris. Tendo lutado para se formar e criar seu filho sozinha ela trilhara o próprio caminho para chegar onde chegara. O mínimo que eu podia fazer era ser um bom filho e fazer algumas de suas vontades como aulas de desenho, pintura e piano. Em troca eu tinha uma mesada ótima pra um adolescente parisiense, vídeo game novo e etc. Na verdade eu não tinha do que reclamar gostava de desenhar, pintar e tocar piano, mesmo preferindo cantar e tocar guitarra – minha mãe detesta guitarra.

Olhei para uma gaveta aberta na estante e fui até ela vendo uma foto na gaveta. A foto mostrava minha mãe me segurando em seus braços ao lado de um homem moreno. A única coisa que havia de diferente na foto era que ela estava se mexendo. Minha mãe deveria estar olhando para a foto e relembrando o passado mais cedo. Minha mãe era uma bruxa mesmo que não praticasse e eu... bom eu não sou um bruxo. Quanto a meu pai... é complicado.

  – Está pronto? Eu vou ter um dia terrível hoje, mas posso te deixar no colégio antes se quiser. A não ser que não queira ser visto com a mãe – disse minha mãe voltando usando seu terninho preto e segurando uma pasta com suas iniciais no fecho. Pasta essa que não me sairá barato diga-se de passagem.

  – Vou aceitar a carona. A tarde depois da aula de piano eu estava pensando em dar uma volta com uns amigos – disse colocando minha mochila em minhas costas e fechando discretamente a gaveta.

  – Não vou adiantar sua mesada, não mexa com as turistas mais velhas que você e principalmente acompanhadas. Ah se chegar depois das sete já sabe – dissera Minha mãe me lançando um olhar acusador enquanto colocava seus brincos.

  – Eu já disse que ela não parecia ser tão velha. Além disso como é que eu ia saber que ela estava acompanhada e principalmente de uma múmia? – disse virando os olhos. Só porque eu dei em cima de uma garota que não parecia ser muito mais velha do que eu e que estava esperando um velho sair da sorveteria eu tinha que ouvir a mesma coisa todos os dias? Tudo bem que ela na verdade já era maior de idade e casada, mas como é que eu ia saber disso?

  – Sei. Estou de olho em você, mocinho. Se eu ouvir que você jogara um sorvete na cara de alguém de novo e fugira você estará em sérios problemas – dissera minha mãe. Tá eu admito. Quando o velho veio tirar satisfações eu soquei o sorvete que estava tomando na cara dele e corri. Melhor do que ficar e apanhar ou ser esmagado pela pança daquele velho gordo.

  – Ok, ok. Então vamos? A senhora sabe como é o transito pela manhã... na verdade deveríamos ter saído a alguns minutos – disse olhando para meu relógio de pulso.

Quando chegamos a garagem do prédio que vivíamos esbarrei em minha mãe que parara do nada enquanto eu pegava meu cdplayer – por sorte não cairá. Olhei para minha mãe que estava parada imóvel como se tivesse visto um fantasma. Olhei na direção que ela estava olhando vendo dois homens estranhos acompanhado de...  de três... três criaturas. Aquelas criaturas pareciam fantasmas, sólidos, magricelas, altos, com membros cumpridos, usando mantos negros tendo os rostos cobertos por um capuz e um véu negro. Fosse o que fossem eram assustadores. Peguei minha mãe pelo braço e tentei puxá-la pra longe, mas ela continuava a encarar aquele grupo bizarro.

  – Marlene Black. Em nome do ministério da magia da Grã Bretanha estamos aqui para leva-la sobe custodia para depor sobre a fuga do prisioneiro Sirius Black da prisão de Azkaban – dissera um homem alto de pele escura vestindo um terno azul.

  – Não! Não vamos voltar! Vocês todos nos viraram as costas! Você era meu amigo Kingsley Shacklebolt e me virou as costas quando mais precisei! – gritara minha mãe furiosa como nunca tinha visto antes.

  – Marlene... apenas nos acompanhe, por favor – dissera novamente o sujeito que minha mãe chamara de Kingsley.

  – Facilite as coisas para você Sra. Black. Se não tem nada a temer nada lhe acontecera – dissera um homem velho tendo cabelos castanhos escuros cumpridos na altura dos ombros.

  – Então porque vieram acompanhados de dementadores, Rufo Scrimgeour? – perguntara minha mãe olhando para as criaturas – Não! Não vamos a lugar algum com essas...

Em um miscar de olhos aquelas três criaturas avançaram em nossa direção. Eu sabia que eles iriam nos ferir. Iriam ferir a minha mãe! Quando abri os olhos eu estava de pé... mas fora de meu corpo! Será que eu morri!? Meu corpo estava de pé no mesmo lugar tentando puxar minha mãe, mas tudo parecia estar paralisado. Olhei na direção dos... como era que minha mãe chamara? Dementadores? Eles pareciam estar parados... não eles estavam se mexendo, mas muito devagar. Se eu não fizesse algo eles iriam machucar minha mãe! Mas o que eu poderia fazer? Eu parecia não conseguir mexer em nada com esse corpo espectral semitransparente.

  – Se você não fizer algo os dementadores iram fazer mais do que machucar a sua mãe – dissera uma voz atrás de mim fazendo eu me virar e olhar assustado para um garoto igualzinho a mim. Ou melhor o garoto era parecido comigo exceto por ele parecer estar pintado com tinta branca até os cabelos e ter olhos estranhos. A córnea de seus olhos era negra, mas a íris era amarela. O que mais chamava a atenção nele era uma lua crescente dourada em sua testa.

  – Quem é você? – perguntei com os punhos erguidos. Eu não achava que minhas aulas de karate serviriam para algo, mas mesmo assim o que mais eu poderia fazer?

  – Eu? Sou você ou sua criação se preferir – disse aparecendo ao meu lado tocando em minha testa com a ponta de seu dedo indicador fazendo flash de acontecimento passarem pela minha mente. Eu não entendia tudo o que vira direito, mas algumas informações explicativas surgiram em minha mente. Ele tirara o dedo da minha testa e me olhara de forma arrogante – agora sabe quem eu sou.

  – Você... não ele... quero dizer eu... meu eu do futuro? – perguntei me sentindo incrivelmente confuso. Era coisa demais para assimilar. Foram apenas alguns acontecimentos e poucas informações, mas era o suficiente para deixar qualquer um louco – eu... eu vou ser um genocida?

  – Não, se não quiser. Mas no momento isso não é o mais importante é? – perguntara ele deixando de olhar para mim.

O que pode ser mais importante do que o fato de eu ter eliminado toda a vida do planeta no futuro? Aquilo tudo era loucura demais! Não podia ser real, certo? Eu não sou esse tipo de monstro! Eu já pretendia questiona-lo quando vi para onde ele estava olhando. Ele estava olhando para minha mãe! Por um minuto eu tinha esquecido de tudo o que estava acontecendo! Aqueles dementadores estavam nos atacando! Minha mãe... ela iria ter sua alma sugada me defendendo e isso era o motivo de eu ter virado aquele monstro no futuro!

  – Você fora mandado para me guiar não fora? – disse de cabeça baixa atraindo a atenção do branquelo. Eu não deixaria minha mãe ter morte cerebral! – me diga o que fazer para salvá-la. Faço qualquer coisa!

  – Qualquer coisa? – perguntara com frieza.

  – Qualquer coisa! – respondi erguendo a cabeça o olhando com seriedade.

  – Ótimo. Porque você terá que assassinar um desses dementadores.

O olhei para ele pelo que pareceram longos minutos. Ele estava realmente pedindo para um garoto de treze anos cometer um assassinato? Aquilo não seria o mesmo que me colocar no caminho de virar aquele monstro no futuro? Mas se fosse para salvar minha mãe eu não teria escrúpulo nenhum! Se isso garantisse que minha mãe iria viver eu o faria!

  – Como eu vou fazer isso? – perguntei com seriedade fazendo ele dar um sorriso maldoso.

  – E ai está. Era claro pra mim que mesmo nessa fase você já tinha esse potencial para fazer qualquer coisa pelos seus objetivos. Infelizmente você não ira matar ninguém de verdade – dissera ele parecendo decepcionado balançando a cabeça.

  – Mas você disse que... – dizia irritado. Parecia que aquele branquelo estava tirando uma com a minha cara.

  – Sim eu disse que você teria que assassina-lo, mas na verdade você ira apenas roubar todos os poderes dele e o prender em um lugar onde não ira ferir ninguém, mas do ponto de vista dos outros será o mesmo que matar – dissera o branquelo como se aquilo fizesse sentido.

  – Seja claro! –  Disse irritado.

  – Ok. Você ira golpear o que estiver mais perto o fazendo se transformar em um liquido que ira lhe cobrir por completo sendo absorvido pelo seu corpo. Com isso você terá roubado os poderes e energia do dementador ao mesmo tempo que o sela em seu corpo. Simples, não é? – perguntara o branquelo sorrindo maldosamente.

  – Você só pode ser maluco! Aonde essa loucura pode ser simples? Olha o tamanho deles! Vou virar picadinho antes de conseguir relar neles! – disse com completa indignação.

  – Como estamos nervosos hoje. Pra inicio de conversa você nunca ouviu falar de élfico até hoje, certo? – perguntara aquela praga depois de zombar da minha cara.

  – Como em elfos domésticos? – perguntei controlando minha raiva sentindo uma veia saltando na minha testa. Minha mãe me contara uma ou outra historia sobre elfos domésticos quando era mais novo antes de dormir.

  – Mal se pode chamar aqueles escravos de elfos – dissera o branquelo virando os olhos – Estou falando do idioma élfico usado pelos elfos de verdade ou pelo que sobrara deles. Uma língua antiga e magica que apenas as criaturas magicas conseguem falar. Nem mesmo os bruxos conseguem memorizar as palavras desse idioma por muito tempo. Usando esse idioma você poderá salvar sua mãe.

  – Mas se eu não vou poder memorizar as palavras do que me adianta? Alem disso eu sou um bruxo abortado. Não posso fazer magia nenhuma – disse cruzando os braços. Eu não gostava de me referir a mim daquela forma, principalmente pelo fato de que eu sempre quis fazer magia desde que vi minha mãe usando uma única vez anos atrás.

  – Ai que está. Bruxos e trouxas não conseguem memorizar as palavras desse idioma, mas você não é nenhum dos dois, não é? Isso não é perfeito!? – dissera o branquelo abrindo os braços sorrindo.

  – Tanto faz! Me explica logo como vou salvar minha mãe! – disse irritado olhando para os dementadores que mesmo estando muito devagar já haviam percorrido metade do caminho.

  – Primeiro preciso te dar um presente do seu outro eu – dissera o branquelo mostrando a palma de suas mãos revelando uma estrela de seis pontas em cada palma. As pontas eram finas, mas quanto mais se aproximavam no centro da palma maior ficavam.

  – O que é isso exatamente? – perguntei antes de dar mais uma olhada para os dementadores. Um presente do meu eu monstruoso do futuro não podia ser coisa boa.

  – Muitas coisas. Sua maior arma, seu escudo, provação e muito mais. Essas marcas são aquilo que pode fazer toda a diferença em sua vida e lhe salvar no momento de maior perigo. Também é a única coisa que ira manter o dementador preso dentro de você o forçando a se comportar e não lhe fazer nenhum mal – dissera com seriedade passando a olhar para os dementadores. Ele se posicionará de frente para mim com as mão erguidas e as palmas viradas para cima – Mas decida-se rápido. Antes que seja tarde demais.

  – Se essa é a única forma de obter poder para salvar minha mãe. Eu aceito – disse com determinação colocando as palmas de minhas mãos sobre as dele.

  – Esqueci de avisar que isso vai doer muito – dissera o branquelo sorrindo maldosamente.

Um estranho circulo magico luminoso surgira abaixo de nós ao mesmo tempo que um acima. Os dois círculos mágicos começaram a se mover lentamente um subindo e o outro descendo. Do nada comecei a sentir uma dor absurda por todo o meu corpo me forçando a cair de joelhos enquanto o branquelo dos infernos segurava minhas mãos com força. A dor era indescritível. Era como se estivessem removendo minha pele com uma facada cozinha, quebrando e arrancando meus ossos, esfaqueando cada centímetro do meu corpo. Ah e as palmas de minhas mãos! A dor que se iniciava nelas e se espalhava pelo meu corpo era insana. O tempo era confuso. Segundo pareciam dias, minutos meses. Eu sentia como se estivesse passando por aquela tortura a anos! A dor era tanta e mesmo assim eu não perdia a consciência. Eu queria que aquilo acabace! Que alguém me mata-se. Não fazia sentido eu sentir tanta dor estando naquela forma espectral, mas mesmo assim o que eu estava sentindo parecia ser muito real. Me forcei a olhar para meu corpo real vendo correntes elétricas passando por ele e as palmas de minhas mãos pareciam estar brilhando como ferro derretido.

A única coisa que fazia com que eu não perdesse a razão era minha mãe! Mesmo se movendo incrivelmente devagar ela parecia estar querendo proteger meu corpo dos dementadores. Ela estava disposta a fazer qualquer coisa para me proteger. Eu faria o mesmo por ela! Firmei meu pé esquerdo no chão depois o direito. Passei a lentamente me erguer novamente até ficar ereto olhando aquele branquelo maldito nos olhos. Não importava a dor surreal que eu estivesse sentindo. Não importava o que acontecesse comigo. Eu não iria permitir que tirassem nada de mim!

  – Contrato completo – dissera aquele maldito sorrindo enquanto algumas informações surgiam em minha mente – Agora salve a sua mãe.

Abri meus olhos que estavam completamente brancos vendo minha mãe se movendo na minha direção. Tudo parecia estar se movendo um pouco mais rápido, mas não o suficiente para estar ocorrendo em uma velocidade normal. Eu era grato por isso. Me esquivei dos braços de minha mãe e saltei com os punhos fechados contra o dementador que liderava o ataque. Abri minha mão direita que possuía uma grande estrela de seis pontas brilhando na palma e bati com toda a minha força a palma contra a face do dementador enquanto gritava “Dulorilieu Warlock (dominação Warlock)”. Uma forte onda de choque jogara todos os demais longe – inclusive minha mãe. Eu e o dementador estávamos flutuando enquanto o corpo dele parecia se tornar uma substancia negra parecida com piche que começava a cobrir minha mão e subir pelo meu braço. O dementador tentava fugir parecendo dar gritos de dor, mas sem emitir som algum. Quando mais ele tentava fugir mais seu corpo se liquefazia cobrindo meu corpo. Quando por fim o dementador havia sumido restara apenas eu flutuando. Infelizmente aquela coisa preta estava me cobrindo de tal forma que eu mal parecia ser uma pessoa de verdade.

Me concentrei ao máximo enquanto pousava noção tocando meu joelho esquerdo e meus punhos fechados contra o concreto. Aos poucos a substancia negra ia sendo absorvida pelo meu corpo. Eu sentia uma energia fria e misteriosa em todo o meu corpo, mas não parecia o suficiente! Eu queria mais!

Olhei para os dois dementadores que se mantinham afastados e ergui minhas mãos na direção deles. Os dois praticamente voaram na minha direção sendo pegos em pleno ar pelos pescoços. Abri minha boca na direção do da esquerda fazendo faíscas negras saírem dele e entrarem pela minha boca. Senti um gosto azedo e acido em minha boca, não era ruim, mas não era o que eu estava procurando. Me virei para o da direita e fiz o mesmo até sentir o corpo dele fraco. Soltei os dois dementadores que caíram no chão passando a assumirem posições fetais.

Olhei para os dois bruxos que me olhavam com evidente pavor em seus olhos e sorri de canto. Eu não sabia que meus olhos estavam completamente brancos ou que meus cabelos negros curtos pareciam ter vida própria, mas o medo que eles pareciam sentir ao me ver sorrir parecia muito convidativo. Dei um passo na direção dos dois passando a flutuar tão naturalmente como se pudesse fazer aquilo desde sempre. Os dois ergueram suas varinhas em minha direção, mas com um simples movimento de minhas mãos elas voaram para longe. Esses insetos não sabiam reconhecer o quão insignificantes eram. Eles não conseguiam ver o quão poderoso eu era! Entre abri minha boca e inspirei fazendo pequenas faíscas de luz voarem dos dois e descerem pela minha garganta. Isso! Era esse sabor doce e cheio de energia que eu desejava. Ignorei as memorias e informações que vinham na minha mente e passei a desfrutar daquele sabor delicioso.

Eu não me importava se eu os drenasse até eles morrerem! Se eles secassem eu apenas sairia e encontraria outra pessoa. Eu poderia me alimentar por anos! Existiam bilhões de pessoas no mundo!

Fui tirado de meu pensamentos ao sentir dois braços quentes envolvendo meu peito. Fechei a boca e olhei para a mulher loira que estava me segurando. Segurando não, abraçando. Quem era ela? Ela me parecia tão familiar. Qual seria o gosto da energia vital dela?

  – “Você ira drenar a energia vital de sua própria mãe?” – perguntara uma voz risonha em minha mente.

Eu já ouvi aquela voz antes. Espere... ele disse “mãe”. Eu... eu me lembrava dela! Ela era Marlene Black! Fora a pessoa que lutara para me criar sozinha. Fora a mulher que me viu crescer, me ensinara a andar e cuidara de mim por todos esses anos! Minha mãe!

   – M-Mãe? – perguntei com uma voz grossa e sobrenatural sentindo o corpo dela tremendo.

  – Vai... vai ficar tudo bem. Mon chéri... maman est là (Querido... mamãe está aqui). – dissera minha mãe com uma voz fraca. Respirei fundo passando a descer tocando o chão e a abraçando com força.

  – Pardon... pardon... maman (Perdão...perdão… mãe)— disse com minha voz voltando ao normal, mas cheia de culpa. Eu... eu quase tinha drenado a energia da minha mãe.

  – Quando estiver se alimentando lembre-se do que poderia ter acontecido. Aprenda a dominar sua fome e nunca mais perca o controle”— dissera o branquelo em minha mente. Eu teria que aprender a lidar com esse mala em minha mente.

Me soltei dos braços de minha mãe e olhei para os dois homens sentados no piso de concreto parecendo prestes a desmaiar.

  – Desculpem eu... eu não quis machucar ninguém... mas aquelas coisas nos atacaram... perdão – disse abaixando minha cabeça.

  – Eu... estou velho demais... pra isso – respondera o homem que minha mãe chamara de Rufo Scrimgeour se deitando em seguida.

  – A culpa... é nossa... e deles também – dissera Kingsley Shacklebolt com a mão esquerda erguida e a direita sobre o peito parece. Olhei para os dementadores... eu realmente fiz aquelas coisas ficarem naquele estado? Como?

  – V-Vocês não vão leva-lo! – dissera minha mãe segurando uma varinha com sua mão direita tremendo. Aquela deveria ser a varinha de um dos dois.

  – Calma... Marlene – dissera Kingsley Shacklebolt parecendo notar o risco eminente a sua vida.

  – Eu... eu não vou deixar que tirem meu filho de mim! – dissera minha mãe parando de tremer enquanto assumia um olhar decidido. Eu sabia o que ela faria se aquilo continuasse.

  – Mãe... calma – disse colocando minha mão esquerda sobre a varinha a fazendo abaixar a varinha lentamente.

  – Filho... eu... eu não sabia que você poderia despertar como um... – dizia minha mãe olhando para mim com tanta dor. Era como se ela soubesse algo que eu não sabia. Algo muito ruim.

  – Sra. Black. Ninguém fara mal ao seu filho eu lhe garanto. Mas ele é o primeiro warlock que se tem noticia em mais de quatrocentos anos. Se ele souber se controlar e ensinar outros como ele talvez isso possa garantir um futuro diferente para muitas pessoas - dissera o Sr. Scrimgeour. Por trás daquela face seria e um pouco assustadora eu tenho certeza de que tinha muito mais em seu olhar, mas não poderia garantir o que era.

  – Marlene. Por favor apenas nos acompanhe até o ministério da magia. Você será apenas interrogada. Com a fuga de seu marido as pessoas estão um pouco nervosas – dizia Kingsley Shacklebolt se levantando com dificuldade – eu também lhe garanto que nada acontecera com seu filho. Entrarei em contato com Alvo Dumbledore para conseguir seu apoio. Tendo ele ao nosso lado ninguém nem mesmo o ministro da magia tentara fazer nada contra seu filho.

  – Eu sei melhor do que ninguém o que essas pessoas “nervosas” são capazes – dissera minha mãe parecendo querer erguer a varinha novamente. Eu não sei do que ela está falando, mas eu tinha que controlar a situação. Apesar que por algum motivo uma marte minha desejava era fazer algumas coisas bem sinistras contra aqueles dois.

  – Se puder garantir nossa segurança nós iremos... mas... minha mãe trabalha e eu estudo. Isso pode ser um pouco complicado – disse tomando a varinha da mão de minha mãe de uma forma nada delicada. Com certeza ela iria reclamar depois.

  – Fique tranquilo rapaz. Estamos trabalhando com o ministério da magia francês. Tudo será acertado – dissera Rufo Scrimgeour batendo o pó de seu terno velho.

  – Então vamos para a Inglaterra falar sobre um pai fugitivo que eu nunca conheci. Que maravilha – disse com Sarcasmo. Sinto que meus dias tranquilos em Paris chegaram ao fim


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Notas finais do capítulo

Então galera o que acharam? Ficou bom? Ruim?

Nome (ninguém que já exista):
Raça (Humano ou mestiço):
Sexo:
Idade (10 a 13):
Tipo de usuário de magia (Bruxo, warlock):
Aparência (descrição ou foto):
Varinha:
Casa:
Personalidade:
Gosta:
Não gosta:
Tem medo de:
Historia:
Animal:
está ciente que pode aparecer com mais frequência ou menos na fic dependendo de sua participação?:
Vai deixar comentários: