Bohémienne escrita por Ananda Ayira


Capítulo 16
Les ouiseaux qu'on met on cage...


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo que eu divido, eu juro!
Tradução do título (que continua no próximo): "Os pássaros postos em gaiolas..."
Zelda da música: https://www.youtube.com/watch?v=7T5BklQP88s
AI MEU DEUS, DOIS CAPÍTULOS ASSIM SEGUIDINHOS, O QUE ACONTECEU?? Pois é, nem eu tô acreditando gente!!

Espero que vocês gostem, eu tô muito orgulhosa desse capítulo, aff... Vcs nem imaginam! Vejo vcs dps!!! ♥



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Ruas de Paris, Île de La Cité, manhã do dia 03 de junho de 1499...

— *On est bien peu de choses Et mon amie la rose me l'a dit ce matin... - Aimée cantou o primeiro verso e Gahel deu os primeiros acordes no alaúde.

A l'aurore je suis née, baptisée de rosée — Aimée passava a mão sobre os cabelos cacheados e cheios. Interpretava a música enquanto Gahel deu fundo à voz dela com os acordes.

Je me suis épanouie Heureuse et amoureuse Au rayon du soleil... — Ela esticou os braços para cima como se crescesse para o sol. Mas os encolheu em seguida, cantando: - Me suis fermée la nuit Me suis reveillée vieillie Pourtant j'etais trés belle... Oui j'etais la plus belle Des fleurs de ton jardin!... — Nesse verso ela sorriu para Gahel.

Ela pegou do chão o pandeiro e começou a tocar no ritmo da música. Acompanhando Gahel, ela até mesmo dançava devagar para não atrapalhar seu fôlego para cantar.

On est bien peu de choses Et mon amie la rose est morte ce matin — Aquele verso fez Aimée fechar o sorriso. Haviam já três dias que Luce desaparecera. - La lune cette nuit, a veillé mon amie Moi en rêve j'ai vu. Eblouissante et nu Son âme qui dansait Bien-au délà du nu Et qui me souriait...... - Esperar que ela estivesse bem era tudo que restava. Enquanto isso, ia procurando Luce dentre os rostos de sua plateia de La Cité. - Croit celui qui peut croire Moi j'ai besoin d'espoir Sinon je ne suis rien...

Gahel tocava olhando Aimée. Ela estava preocupada com a amiga, já fazia um dia inteiro que estavam pelas ruas e nada de Luce. A última notícia era que ela e o marido haviam saído do Pátio dos Milagres. Se quer sabiam se eles já haviam retornado, ou para onde haviam ido.

On est bien peu de choses et mon amie la rose me l'a dit ce matin — Aimée cantou e Gahel só consegui pensar em como ela era a cigana mais bela e talentosa do Pátio dos Milagres. Tudo que ela fazia ganhava um poder de ser inigualável diante de qualquer outra.

Vois le dieu qui m'a faite M'a fait courber la tête Et je sens que je tombe Et je sens que je tombe! mon coeur est presque nu J'ai le pied dans la tombe Déjà je ne suis plus...

Assim como ela mesma cantava. Sentia-se cair de amores por ela, sentia seu coração exposto a ela. Mesmo que lhe faltava coragem para se revelar a ela, sentia que ela sabia também. Ou talvez fossem seus delírios de jovem apaixonado? Ah, como ele sofria por não saber o que fazer disso!

— Tu m'admirais que hier Et je serais poussière Pour toujours demain!...

E assim que a música acabou, Aimée parando de dançar aos pouquinhos e os acordes do alaúde morrendo. Depois a cigana passou o pandeiro invertido, para ver se recebiam algumas moedas.

O saldo total do dia fora: três moedas e quatro escarradas. Pelo menos não foram em suas faces, mas no chão que pisavam, já era um lucro!

Allons, brunette! Merecemos um caneco de vinho depois desse dia...

Ele passou o braço sobre o ombro de Aimée e os dois se dirigiram à uma taverna.

Quando saíram, depois das canecas de vinho. Gahel percebeu que Aimée ainda estava muito preocupada.

— Acalme-se. Quando voltarmos ao Pátio dos Milagres ela estará lá! – Disse Gahel tentando consolá-la.

— Eu não sei. Tenho um mal pressentimento sobre o marido dela. – Disse ela.

— Mas você também se ofereceu a casar com ele. – Retrucou Gahel. Não podia conter a estupidez tomava conta de si quando se lembrava de Aimée clamando a Lei Boêmia para o gadjê e se insinuando a ele, antes de negá-lo.

— Eu clamei a Lei da Boêmia porque... – Aimée mordeu a língua. Não ia admitir para Gahel que foi justamente para provoca-lo que ela fez aquilo.

Ele riu. Obtivera sua resposta sem sequer perguntar o que ela sentia!

— Vai admitir que foi só para me causar ciúme? – Provocou ele.

— Não é da sua conta o porquê eu fiz aquilo. – Ela tentou desviar. – E, de qualquer maneira, eu não preciso provocar você... – Mas agora era vez dela provoca-lo. – Você tem ciúme até do que não é seu!

— Ainda. – Retrucou ele. Olhou aos dois lados da rua, de nenhuma direção vinha alguém para zombetear.

— O quê? – Indagou ela, rindo e ruborizada após pensar ter ouvido o “ainda”.

Gahel sentiu o peito fervilhar. Aimée andava à sua direita, na sombra das casas e mal haviam se afastado da taverna, ainda se ouvia o tilintar das canecas. E, antes que o riso dela deixasse os lábios, Gahel colou os dele por cima dos dela.

O beijo fez o sorriso nos lábios de Aimée abrir-se mais ainda. Ela havia esperado aquele beijo tanto quanto ele. Do sorriso, abriu-se a boca e através dela sentiam-se as almas a se unirem. Ela também o puxou mais perto, enfiando os dedos com cuidado pelos cachos de Gahel. Ele a abraçava, como se quisesse seu coração na mesma batida do dela. Logo, ela estava entre ele e a parede de pedra.

Mas não podiam ficar ali para sempre, mesmo. Ouviram passos. Dois homens vinham conversando, acaloradamente pela rua. Os dois jovens separaram-se, relutantes. Os dois tentavam ofegar o menos possível, para disfarçarem o estado. Mas Aimée recusou a largar a mão de Gahel.

Os dois homens tinham vestes de importantes. À luz do dia, via-se os brasões e insígnias nos colares sobre os gibões.

— Essa gente cigana-bruxa, jamais vai nos deixar em paz? – Indagava um.

Aimée apertou a mão de Gahel, com medo. Ele, porém, só se colocou de lado junto dela e fitou o chão para que os homens passassem.

— Outra bruxa que matou homens de bem. Essa gente deve arder mesmo, nem entendo para quê necessidade de nos convocar para julgamento. À fogueira e à forca com essa gente! – Exclamou o outro.

— Esta, pelo visto, é aquela cigana roubada! Aquela da Festa dos Loucos, com cabelos de fogo. – Descreveu o primeiro. – Estou curioso para saber o que ela pode ter feito! – Riu ele.

Aimée gelou na hora. E apertou a mão de Gahel na sua.

Os homens passaram e os dois se viram obrigados a irem mais do que depressa para o Pátio dos Milagres.

Pátio dos Milagres, ao cair da tarde...

— Ela já deve ter sido julgada. Só nos resta esperar até que ela esteja sozinha em La Santé de novo. – Disse Rosalie. – Duvido que apliquem a sentença ainda hoje.

— Isto é tudo culpa sua! – Exclamou Clopin tomando o coração de Peter das mãos de Rosa e apertando-o.

O rapaz deu um grito e caiu de joelhos no chão de pedra.

Naquele momento do tecido que dava entrada à tenda entraram Gahel e Aimée, ofegantes. Ao ver a cena dos dois ciganos de pé, com Clopin segurando um coração humano - mesmo que de aparência vítrea - e Peter de joelhos, em dor. Os dois congelaram.

— O que estão fazendo aqui!? – Exclamaram Clopin e Rosalie em uníssono.

Os dois olharam ao redor e desviaram o olhar para o chão. Sempre ouviram histórias dos ciganos sobre o poder de Clopin, também de Rosa, mas ver com seus próprios olhos era muito, até para seus corações crentes.

Rosalie jogou o xale sobre o ombro e dirigiu-se aos dois:

— Venham, nós já sabemos. E agora vocês precisam saber também. – Disse ela.

— Rosa! – Advertiu Clopin.

— Cuide da sua afilhada, Clopin! – Exclamou. – Dos meus, eu cuido!

 Ela saiu com os dois sob sua visão. Deixando Clopin a sós com o gadjê.

— Você terá mais uma chance de leva-la com você. E é bom que não falhe, se quiser isto de volta...

Prison de La Santé, noite do dia 03 de junho de 1499...

A única porta da cela se abriu, acordando a prisioneira. E Hélène ajeitou a blusa, ainda rasgada da tortura. Como as feridas ainda estavam abertas, não ousava encostar as costas em nada e deitava-se somente de bruços.

Uma figura, metida num manto escuro, adentrou o aposento.

Ao ser deixada sozinha com o desconhecido, Hélène pôs-se de pé. Com os braços cruzados para segurar a blusa no lugar.

— Quem é você? O que você quer? – Questionou, ríspida.

Porém, quando o capuz caiu do rosto do rapaz, ela arqueou.

— Você... – Reconheceu. – O que faz aqui?

— Eu sou padre, criança. Esqueceste...

— Não me chame de criança. – Interrompeu.

— Fui chamado para te dar uma chance de converter-se, antes de sua morte. – Ele fez uma breve pausa. – Você deve pedir perdão pelos seus pecados...

— Que pecados? – Indagou rindo.

— Luce, é este teu nome? – Perguntou, hesitando suas palavras.

— Não. – Respondeu ela. Com tom de seriedade, quase fúnebre. – Meu nome é Hélène.

Ele a olhou confuso.

— Por que me disse que seu nome era Luce, então?

— Você mesmo respondeu. Meu nome era Luce. Assim que como foi Hélène e agora voltou a ser. Porque, no final das contas, é quem eu sempre fui.

Ele continuava confuso.

— Não vou me converter, padre. Seria ingratidão com o povo que me acolheu, negá-los, quando eles morrem todos os dias pela sua fé. E uma fé que eu compartilhei por anos. E minha consciência está limpa de qualquer falta que eu tenha cometido. Tenha um bom dia. – Ralhou entredentes a cigana.

— Por que dificultas tanto as coisas, pequena? – Indagou ele.

— Porque insiste em me tratar como “pequena” e “criança”, se não é tão mais velho que eu, padre? — Ela fez uma pausa. Vendo o crescente desejo nos olhos dele.

Fez questão de acentuar a palavra. Tentando lembra-lo da posição que ele ocupava. E por que ele devia manter-se distante.

— Certa vez, eu a vi dançar, você, tinha que cruzar meu caminho. – Ele riu malicioso. O riso dele, não há outra descrição, era perverso.

—Você me despiu do meu manto, no instante em que eu descia para ir até a Catedral de Notre-Dame. Depois você entrou na catedral e assistiu minha ordenação. Você se colocou entre mim e minha vocação. Distanciou-me do meu Deus! – Ele falava sorrindo, mas não era uma felicidade.

Era uma ironia que começou a ficar indescritível.

— Na segunda vez que a vi, era dia de Corpus Christi, minha intenção era ter seguido a procissão. Mas novamente você estava lá. Inclusive, gostaria de perguntar-lhe...

Hélène estava pasma. Ele falava como se ela estivesse estado sempre ao encalço dele.

— Quem era o rapaz que dançou com você e a beijou? – Perguntou ele, impaciente.

Ele realmente parecia prestes a cometer insanidades caso não gostasse das respostas de Hélène. E, com certeza, não se agradaria com elas. Porque jamais seriam as que ele queria em seu íntimo.

— Não que eu lhe deva estas respostas, padre. Pois você não é meu confessor, eu nem sequer creio no seu Deus, mas vou responder-lhe. – Ela fez uma pausa, ajeitando a blusa acima dos ombros para que pudesse descruzar os braços sem cair o tecido. – Aquele é meu marido.

— És casada?! – Exclamou ele. Não sabia a que se referia seu espanto: a existência de um sacramento como o matrimônio entre os pagãos ou somar aos seus pecados o de desejar uma mulher casada.

— Sou sim, padre. – Disse ela e, dessa vez, ela quem sorria. Apenas por pode vê-lo acuar um pouco da pose de superior. – Como vê, eu não sou nenhuma criança. Inclusive, acredito que em certos aspectos, devo ser sábia que o senhor.

Hélène riu, sabendo claramente o que quis dar a entender.

René veio em sua direção. Furioso. Deu-lhe um tapa no rosto que a garota quase foi ao chão. A blusa escorregou, por um instante, ficou despida. Ela teve de ser rápida em recompor-se.

— Como ousa, insinuar tais coisas!? – Ele fez-se de espantado. Como se a conversa não tivesse sido conduzida àquele momento por ele mesmo.

Hélène voltou a posição com os braços cruzados sobre os seios. Mas ele ficou a olhar a blusa dela como se ainda estivesse caída, como se ela ainda não tivesse se coberto.

— És tão linda, sabes? – Ele avançou novamente em sua direção, com um olhar apaixonado. Aquele homem mudava de face, entonação e semblante com uma facilidade assustadora.

— Por que me obriga a fazer isso, minha andorinha? Por que me fez te bater? – Questionou ele tocando-lhe os cabelos do lado da face de Hélène. A mesma face que ele esbofeteara alguns momentos antes.

Mon seigneiur, estás louco!? – Exclamou ela, desvencilhando-se da proximidade com o padre.

— Eu não era! – Disse ele. – Mas fiquei...

Hélène não compreendia e não sabia ao certo se queria compreender aquela conversa.

— Fiquei loucamente apaixonado por você, Hélène.

De repente, ele estava à poucos centímetros dela, novamente e puxou-a pelo pescoço para ele. Um beijo forçado, que Hélène não retribui, apenas fechou-se mais ainda. Ela tentava desvencilhar-se dele, mas ele a envolveu com os braços.

Quando, finalmente, ele a soltou. Ele sentia-se vitorioso e Hélène sentia nojo. Ela caiu sentada na cela, chorando.

— Mulher, tende piedade de mim! Achas que és desgraçada? Eis a minha: - Declamou ele, vendo-a nauseada pela ação dele. – Amar uma mulher! Ser padre! Olhar e ver ódio nesses teus olhos de pura luz! Amar com todas as forças de sua alma, sentir que ao seu sorriso, eu daria meu sangue, as entranhas, o nome, a salvação, a imortalidade de minh’alma! Ver-te enamorada de um fanfarrão imbecil! Ver seu corpo cuja forma me incendiou, seu seio de tanta doçura, ver essa carne palpitar e enrubescer aos beijos de outro. Céu! Amar-lhe, até ao ponto de ter me torcido noites inteiras em minha cela, sonhar todas as carícias que poderia dar-lhe para ver-te despida naquela sala de tortura do Palácio da Justiça! Sonhar com teus gritos de alegria e ouvir os seus gritos de dor!  - Ele chorava. - Cada chibatada em seu lombo reverberou no meu coração. Tem piedade de mim, mulher!

Ele caiu de joelhos e se arrastou para perto de Hélène.

— Suplico-te, se tens um coração, não me repilas! Tortura-me, acaricia-me! Amo-te! Perdão! Perdão, mon douce ange! Perdão, mas nunca tinha me dado conta do quanto te amo até sentir aquelas trinta chibatadas em meu coração. – Ele estava fitando o chão e voltou-se para ela, subitamente. - Converte-se e fugimos! Deixe que eu te salve da forca! Eu te suplico! Salva-te e poupa-me!

Hélène o empurrou para longe dela. Levantou-se e, ainda com expressão de nojo, falou:

— Eu prefiro a forca!

— Perversa! Por que fazes assim, mon ange? Não provei que te amo? Eu vim aqui salvar-te, mais de uma vez. Vim dar-te pão e agasalho quando quase morrias de frio e fome e volto agora para fugirmos juntos! – Indagou ele, se levantando.

— Porque és louco! – Hélène lembrou-se de seu delírio. Não havia sido o fantasma de seu pai que lhe salvara, afinal. Fora o padre! - És um monstro! Não há a menor hipótese de eu ser tua, padre! Nem mesmo no inferno! Vai-te embora, maldito!

— Maldito, sim! Maldito porque fui amaldiçoado por você! Cigana do inferno! – Bradou ele. – Tu que me enfeitiçou! Agora lide com seus feitiços!

Ele jogou Hélène no chão, ela gritou de dor quando as costas feridas tocaram o chão de pedra. René pôs-se em cima dela. Beijando-a a força mais uma vez.

— Diga que me ama! Admite! – Disse ele, beijando-lhe o pescoço enquanto Hélène chorava. - Admita: desde aquela manhã na Praça do Adro, naquela festa pagã, eu tenho te assombrado. Quando se deita à noite com aquele imbecil, vê meu rosto em seus sonhos...

René continuou a beijá-la. Apesar dos soluços, dos gemidos – de dor, somente – da cigana. Acoplou uma mão no seio da menina e lá ficou. Ela tentava gritar, ele cobria a boca dela com a dele. Ela retesava a cada toque, de dor e de nojo.

Quando Hélène conseguiu forças, não sabia explicar de onde para empurrá-lo de cima dela, ela gritou:

— Você é quem vive assombrado aqui. É você quem vê o meu rosto quando se deita em sua cama!

Quando Hélène teve coragem de abrir os olhos, ouviu um barulho de soco e do padre caindo ao chão.

Peter estava ali diante dela e desferira um soco no padre.


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Notas finais do capítulo

Tradução da música que Aimée cantou:
"Somos tão pouca coisa
E minha amiga, a rosa me disse esta manhã
Ao nascer do sol eu nasci, nomeada de orvalho
Eu floresci
Alegre e apaixonada
Ao nascer do sol
Eu me fechei a noite
Eu despertei a velha
No entanto, eu era bela
Sim, eu era a mais bela
Das flores do seu jardim
Somos tão pouca coisa
E minha amiga, a rosa morreu esta manhã
A lua esta noite, velou a minha amiga
Num sonho eu vi. Deslumbrante e nua
Sua alma que dançava
Bem além das nuvens
E que me sorria
Acredita quem pode acreditar
Mas eu preciso de esperança
Senão eu não sou nada
Nós somos tão pouca coisa
E foi minha amiga a rosa que me disse esta manhã
Veja, o Deus que me fez
Me fez abaixar a cabeça
E eu sinto que caio
E eu sinto que caio
Meu coração está quase nu
Eu tenho os pés na cova
Já não sou mais
Você me admirava ontem
E eu serei pó
Para sempre..."
A música se chama "Mon Amie La Rose", é da cantora Natasha Atlas.

MAS EAE??? QUE ACHARAM DESTE CAPÍTULO???? DEIXEM REVIEWS DELICIOSOS PRA MIM!!! TO COM SDD DE VCS, AFF!!!!

Até mais, mes amours!!! ♥ ♥ ♥ ♥



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