Bohémienne escrita por Ananda Ayira


Capítulo 12
Quand elle danse et qu'elle met son corps à jour


Notas iniciais do capítulo

Tradução do título: "Quando ela dança e revela seu corpo", da música "Belle", uma das mais lindas do musical de Notre-Dame de Paris inteiro, recomendo que ouçam! Link: https://www.youtube.com/watch?v=hqMpUSni63A
MIIIILL PERDÕES SOBRE O ATRASO G I G A N T E S C O , EU SEEEI!!!
Mas eu tive problemas relacionados à saúde feat. vestibular. Mas agora passou E PASEEEEEI!!! Vou fazer Design Gráfico ano que vem!! o/
Espero que me perdoem e não desistam de mim, porque agora que estou melhor prometo trazer mais capítulos!!



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Pátio dos Milagres, 9 de janeiro de 1499...

Luce abriu os olhos, assustada, encarou o teto de tecido. Sentando-se abruptamente quando sentiu mãos lhe envolverem o tornozelo.

— Ei, está tudo bem. Sou só eu. – A voz de Peter acalmou seu susto.

— Eu tive um pesadelo. – Disse a garota. – Eu estava gritando. No Pátio, haviam soldados invadindo. Alguém matou um soldado que vinha na minha direção... E... eles o levaram... – Balbuciou Luce. – Se esses sonhos continuarem, vou falar com Rosalie... – Interrompeu-se ao perceber que Peter a olhava com alegria.

E baixou o olhar sobre a mão de Peter que escorregou de seu tornozelo por sobre seu pé até os dedos.

— O que é isso? – Indagou a garota ao reparar a corrente prateada, da qual pendiam guizos e contas esmeraldas sobre o colo de seu pé.

— Eu percebi que, depois de pouco mais de um mês em que estamos casados... - Ele falou com serenidade que parecia não pertencer ao seu olhar atormentado. – Não te dei nenhum presente de casamento.

— O que aconteceu? – Perguntou Luce.

— Assim que nos encontramos, você desmaiou. – Dizendo isso, ele puxou para si o outro pé de Luce, fazendo-a trazer seu corpo mais perto. – Por três dias, você ficou com febre e ficou desmaiada na cama.

Peter pegou Luce pelo calcanhar e plantou um beijo sobre o pé da menina. Ela arqueou diante do gesto. Sentindo o arrepio do toque subir por sua perna.

— Eu pensei que ia perder você. – Confessou prendendo o adorno ao redor de seu tornozelo e, depois, olhando-a profundamente. Assistindo o luar prateado dos olhos de Luce se dissipar.

Ela sentou-se, jogando as costas para frente, pondo-se com a testa junto a de Peter.

— Você nunca vai me perder...

 

Catedral Notre-Dame de Paris, 30 de maio de 1499...

René acordou com o gosto do fel em sua boca. E o maldito xale da cigana nas mãos. Novamente!

O sol despontava seus primeiros raios pela janela do postigo. Levantou-se e jogou água fria do jarro em sua cabeceira sobre sua cabeça e sua nuca. O suor frio cobria-lhe a pele.

Batidas bruscas à sua porta desviaram o sacerdote de seus pensamentos.

Me seigneur, René! Está acordado?

— Estou, sim, padre Sebastian! – Exclamou o jovem, jogando o véu da cigana para baixo do colchão. – Aguarde um instante.

Apressou-se em secar o rosto num pano, vestir o hábito negro e ir, logo, abrir a porta ao pároco.

 - Perdoe-me a demora, Sebastian. Quase não preguei os olhos essa noite. – Disse a meia-verdade como se fosse a mais reta delas.

— René, se tem tantos problemas para dormir à noite, deveria ver um médico. – Falou o homem.

O rapaz riu nervosamente.

— É o calor, padre. Não me sinto bem nesses meses.

— Mal começou a primavera, meu filho! Espero que esteja bem para seguir na procissão de Corpus Christi essa tarde.

— De verdade, que quase me esqueci. Mas irei com toda certeza e participarei na missa junto de ti e dos outros. Afinal, é a festividade do Santíssimo Sacramento de Deus-Filho.

— Que bom, meu jovem. A cada dia temos mais orgulho de tê-lo junto à nós no serviço à Santa Igreja de Notre-Dame. – Falou o padre.

— A honra é toda minha em servir à Deus na casa de sua Santa Mãe. – Respondeu René.

Padre Sebastian retirou-se, altivo com o bom padre que René mostrava ser.

Mas, assim que a porta se fechou, o jovem padre caiu sentado sobre a cama. Curvando-se para frente, pondo a cabeça entre as mãos, tornando a respirar pesadamente.

Desmoronando seus pensamentos da menina cigana, antes de prendê-los novamente. Tinha que impedir que esses pensamentos aflorassem com a chegada da estação das flores.

Via, conforme o passar dos dias desde que olhara nos olhos da cigana, seu coração seco e frio como os livros que se acercara na universidade tornar-se movido por um calor que lhe tomava os pensamentos quando se distraía, umedecendo-o de suor, ao mesmo tempo que lhe arrancava arrepios.
Cigana do inferno!
Enviada para lhe destruir a virtude. Destruir-lhe-ia a vida!

Às três horas da tarde...

A procissão partiu da catedral, após a comunhão na missa. À frente iam os coroinhas com uma cruz ornamentada, na ponta de um mastro de metal, e com castiçais com velas acesas. Em seguida, vinha um padre com o turíbulo, incensando as ruas de Paris. Dando à cidade, por cima da podridão, um aroma de ervas e flores doces para elevar as orações dos fiéis.

Demais padres da catedral, e de todas as paróquias da cidade, junto de alguns vigários e seminaristas, seguiam atrás. E entoavam cânticos bendizendo a Deus.

Todavia, René rezava, internamente, o ato penitencial. Pedia mil vezes perdão a seu Deus, por seus pensamentos pecaminosos. Inspirava o incenso, tentava expirar, de sua mente, junto com o ar, a imagem da menina cigana.

Quando a procissão virou na Rue de la-Cité, em sentido à Pont-au Chang, diante dos olhos do jovem padre viu as colunas, curvas de fumaça, ganharem a forma que assombrava seus sonhos.

E verterem-se em carne firme, cabelos de fogo em brasa e vestido vermelho. Volteando no centro da roda de festejos pagãos.

O canto pagão misturou-se à oração em latim. Tragando-o para um turbilhão que dilacerava seu coração humano e fraco. Enquanto a menina sorria, com os braços erguidos, tremulando os quadris e seguindo a canção:

— *Rume, rume, rumelaj! Haide, haide, haide! Rume, rume, rumelaj! Haide, haide, haide!

René não deu por si, quando a procissão continuou sem ele, e ficou ali. Enfeitiçado pela cigana.

Sehka mi inima Mundra kurva méh; Sehka mi inima mata Mundrana meri...

O canto pagão soou e reverberou, mais alto que as orações.

Rume, rume, rumelaj! Haide, haide, haide! Rume, rume, rumelaj! Haide, haide, haide!

Luce dançava. Cantava. Jogava os cabelos e a saia. O lenço sobre seu quadril tremelicava as franjas com seus movimentos acentuados. Ela ria, como seria considerado improprio a qualquer cristão. Por sorte, a menina pagã pouco se importava.

René permaneceu sob o encanto da garota. Quando ela agitava os ombros e cantava:

Rume, rume, rumelaj! Haide, haide, haide! Rume, rume, rumelaj! Haide, haide, haide!

Um rapaz destacou-se dentre os músicos. Veio juntar-se à Luce. Com uma flauta de caniços nos lábios e lasciva nos olhos, correu a mão em torno da cintura da garota.

A cena arrancou de René um nojo que o deixou estúpido. O rapaz continuou a dançar com a cigana e, assistindo, o gosto de fel retornou a seus lábios.

Ao final da música, Luce reverenciava à plateia. Sua mão na do flautista, enquanto outra cigana passava recolhendo esmolas. Quando se levantaram o rapaz puxou seu braço para beijá-la nos lábios.

O gosto de fel juntou-se ao do sangue quando, tal cena, fê-lo morder-se de tal maneira ferir a própria língua.

Após tal cena, o sacerdote asilou-se em sua Notre-Dame.

Cada imagem da catedral parecia conhecer seu pecado. E, com seus olhos, o condenavam. Com seus pensamentos perturbados e impuros. Maldizia a cigana e toda sua laia e o rapaz que a tocara. Não conseguia sonhar outra coisa. Sua mente rodopiava e volteava como a dança da menina.

Pátio dos milagres, 1495...

— Como ela está? – Perguntou Clopin adentrando a tenda de Rosalie. A cigana acolheu Hélène em seu espaço, para poder manter Clopin informado.

— Dormiu, finalmente. – Respondeu a mulher. – Mas chorou a noite toda, nunca vi verter tanta lágrima em olho de menina.

— Ela era tudo para Gringoire. – Falou o boêmio, fitando duramente a menina soluçar sob a colcha. – Agora, entendo. Ela o amava da mesma maneira.

— Ora, que espanto nisso? Ele é o pai da menina, Clopin! – Contestou Rosalie, trabalhando em suas ervas.

— Não é uma regra que se ame os pais. Respeitá-los e honrá-los, dizem. Mas, amor, Rosa, - Fez uma pausa. – isso muda tudo.

— Ela não vai sossegar enquanto não tiver o pai de volta. – Disse Clopin.

O cigano calou-se. Com certeza Hélène seria cabeça dura como Gringoire. E quando ela acordasse ia tentar encontrar um modo de reaver seu pai. Enfrentaria o regimento da Bastilha, sozinha e com pés descalços, se necessário fosse.

Velar o sono de uma menina era algo que Clopin aprendera a fazer, anos antes, quando uma de suas irmãs do Pátio dos Milagres foi levada para o Palácio da Justiça, onde nada justo se fazia, e deixou sua filha infante sob sua proteção.

“Guarde Hélène!” o grito de Gringoire ecoou em sua mente.

— O que você está pensando Clopin? – Rosalie o acordou do devaneio. Como se houvesse lido o que pensara.

— Rosa, - suspirou o cigano. - sabe que Gringoire não vai voltar para reaver a filha...

— Clopin. – Alertou a mulher. – Essa menina é amaldiçoada. Eu vi a sorte dela, na noite em que Cecille veio procurar Gringoire aqui. Recorda?

— Podemos desviá-la do destino que previu. – Falou. Rosalie, negou com a cabeça.

— Você disse o mesmo sobre Esmeralda. – Ela retrucou duramente. – Diga-me, eu errei o destino de sua menina?

Clopin fitou a menina, no sono exaurido de tanto chorar. Em menos de três anos ela teria a mesma idade de quando Esmeralda foi arrancada de seus braços no assalto à Notre-Dame quando tentaram salvá-la da morte na Praça de Gréve. E falharam.

Talvez aquilo fosse um cruel golpe do destino. Dar-lhe uma oportunidade de redimir seus erros com Esmeralda, através de terminar de criar Hélène.

Não se arrependia de ter cuidado de Esmeralda com sua vida. A menina alegrou seus anos de mocidade até a maturidade, quando a viu tornar-se mulher com alma de criança que dançava maravilhosamente nas ruas de Paris.

— Dessa vez, eu não falharei.

 

Pátio dos Milagres, 1499...

Luce acordou exaurida. Mal amanhecia. Peter, ao seu lado, dormia. Outra vez. Um sonho que não compreendia. Via uma cena de cima, Clopin e Rosalie conversavam. Sobre o colchão alguém dormia, coberto com uma colcha de trapos. E ouvia o que conversavam, sem nada entender.

“...amaldiçoada?...”

Basta! Pensou. Estava farta de não saber ligar esses sonhos.

Apenas ajeitou as saias e pôs as tornozeleiras nos pés e foi ter com Rosalie. Ela sabia ler a sorte, com certeza, saberia interpretar seus sonhos.

— Rosalie, quero falar com você. – Chamou timidamente. Encontrando-a debruçada sobre suas infusões. – Posso?

Clair, mon enfant. Diga-me! – Respondeu a boêmia limpando as mãos na saia.

Só depois que reparou no semblante preocupado de Luce.

— Que se passa, Luce? – Indagou.

— Já teve, várias vezes, sonhos com as mesmas pessoas? Sonhos que parecem estar interligados, mas fora de ordem? – Hesitou. – Sonhos que parecem... reais de mais?

— O que está acontecendo, Luce? Não faça piruetas. – Disse Rosa.

— Há algum tempo, venho tendo sonhos. Nesses sonhos, em alguns sou mais nova, noutros sou uma criança novamente. E... há um homem.

Rosalie engoliu em seco.

— Sou capaz de jurar, que nunca o vi. Mas, nesses sonhos, quando ele aparece, sinto grande alegria em vê-lo.

A mulher murmurou algo em língua cigana, que Luce não compreendeu. Exceto uma palavra. Um nome.

“Gringoire.”

Ao som daquele nome, o mesmo sentimento que Luce sentia em seus sonhos. Apoderou-se dela.

Rosalie levantou-se e deu volta na mesa, voltando às infusões e suas plantas.

— Rosa, você está me assustando. – Reagiu Luce.

— O que está acontecendo? O que são esses sonhos? Por que os tenho? – Despejou todas as suas perguntas de uma só vez.

— Eu não sei. – Disse, desviando seu olhar para macerar pétalas de papoula num pilão de pedra. – Mas, se quiser que parem, pode por estas papoulas na sua água...

— Não foi isso que vim aqui te pedir, Rosa! – Irrompeu Luce. – Vim para que me ajudasse a ter uma explicação para isso. Você lê a sorte, não pode me ajudar a descobrir o que são esses sonhos? Por que são tão reais?

— Eu já disse que não sei, Luce! – Ralhou a boêmia.

Porém, a jovem via as mentiras nos orbes da mulher. E Rosalie sentia a decepção da menina.

Merci. — Disse ela com ironia e saiu.

Quando Luce adentrou novamente em sua tenda, a frustração enchia seu peito. Estava sozinha. Peter devia ter saído para arrumar comida para os dois.

Ela tentava, inutilmente, organizar seus pensamentos. A esquiva de Rosalie, a conversa entre ela, Clopin e Aimée que flagrara no dia anterior à Festa dos Loucos. O nome em comum em ambas as situações.

Gringoire.

O que havia naquele nome? Clopin também falara algo sobra a Lua. E uma promessa...

Malheur pulou para cima da mesa e miou.

A garota assustou-se, não vira o animal ali quando entrara.

— Que quer bichano? Não há comida hoje. Vá caçar um rato! – Exclamou.

Porém, o felino continuou a encará-la.

— Não olha para mim desse jeito! Eu também estou com fome. – Falou acariciando-o.

Luce ouviu então, o silêncio, os ritmos do Pátio ao longe. Dos pés, dos instrumentos, das lavadeiras a baterem as roupas.

— Tenho uma ideia para esquecermos a fome. – Sorriu ela.

— **Danse tout contre moi, danse Laisse aller les pas, la cadence – Começou a cantiga. - Fait couler des gouttes de sueur Sur mon cœur...

Bateu os pés. Tilintando as tornozeleiras no ritmo demarcado da música.

— Belle Andalouse Fruit dangereux du sud de l’Espagne Fidèle et jalouse Fais balancer ton corps de gitane... – Rodopiou torcendo seu tronco. E agitou a saia.

— Belle Andalouse Quand le feu dévore tes yeux d’animal Brune et jalouse Pour le chasseur, le proie idéale

Peter entrou vendo-a cantar e Malheur a bailar junto dos pés da garota. Perseguindo o som das tornozeleiras. Sorriu e pôs o pão e as uvas sobre a mesa.

Aprendera a reconhecer aquela canção das noites quentes no Pátio dos Milagres.

— Danse tout contre moi, danse... – Declarou o verso. Sem cantar, por medo de interferir no ritmo que Luce sabia imitar com os pés.

Pondo-a perto de si.

— Ne crains pas ce que les autres pensent... – Cantou ela, completando.

— Pose ta main tout em douceur – Murmurou baixo, pegando a mão de Luce e pondo sobre seu peito. – Sur mon coeur...

Ela sorriu e corou. Afastou-se, mas permaneceu com a mão unida a de Peter.

— Danse tout contre moi, danse Ne prends pas cet air d’ innocence... – Cantou balançando seu corpo e retornando aos braços dele. – Tu sais trés bien que tout à l’heure...

Peter, impaciente, terminou de puxá-la. Para tão perto que tocavam-se os rostos.

— Je prendrai ton coeur. – Murmurou contra a boca de Luce. Antes de beijá-la com força e exigência.

Ela correspondeu ao gesto. Encaixando seus braços ao redor de Peter que avançou alguns passos, tentando conduzi-la ao colchão onde dormiam.

Entretanto, Malheur ainda tentando seguir as tornozeleiras de Luce. Atrapalhou-se entre os quatro pés. Assustou-se com o movimento. E cravou as unhas no tornozelo nu da garota.

Luce gritou. Interrompendo Peter e abaixando-se para tirar as patas do gato de sua pele.

— Bichano feio! – Exclamou dando um tapa em Malheur.

O rapaz abaixou-se ao seu lado.

— Quer que te leve até Rosalie?

— Não! – Bradou ela. – Só pegue um pano com água vou ficar bem.

Peter ergueu Luce nos braços e colocou-a sobre o colchão. Quando voltou com o pano encharcado pressionou contra a ferida no tornozelo da esposa.

— A tornozeleira que você me deu... – Lamentou Luce ao ver que ela havia se partido e muitas das miçangas verdes esfarelaram-se no chão.

— Não era nada. – Falou ele.

Quando o sangue estancou, fitou-a. Percebendo que Luce pensava sobre algo.

— O que houve, Luce? – Questionou-a.

— Eu contei à Rosalie sobre meus sonhos. Eu os tenho contado a você. E ela recusou-se a me ajudar. – Disse-lhe.

Peter, sentou-se de lado. E permaneceu calado. Porém, com os olhos a cintilarem.  

— Talvez esteja na hora de você descobrir por si própria, ma lune...


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Notas finais do capítulo

* Música cigana - Rumelaj:
(só achei tradução pro inglês e traduzi pra'ocês, não me matem!)
"Oh, romena, menina
Vamos, vamos juntos
Você partiu meu coração
Minha bela vadiazinha
Você partiu meu coração, querida
Meu querido amor
Oh, romena, menina..."
**Belle Andalouse, do musical Don Juan. (Que também recomendo muito!!):
"Dança, tudo junto a mim, dança
Deixa seguir os passos, a cadência
Faz verter gotas de suor no meu coração
Bela andaluza, fruta perigosa do sul da Espanha
Fiel e ciumenta, faz balançar teu corpo de cigana
Bela andaluza, quando o fogo devora teus olhos de animal
Morena e ciumenta, para o caçador, a presa ideal
Dança, tudo junto a mim, dança
Não acredite no que os outro pensam
Põe tua mão docemente sobre meu coração
Dança, tudo junto a mim, dança
Não tomes esse ar de inocência
Sabes, muito bem, que em breve
Tomarei teu coração..."

ENFIM, E AÍ??? O QUE ACHARAM??? VOLTEI COM TUDO, NÉ NOM???
Deixem comentárioooos!!!
P.S.: Se encontrarem algum erro me falem! Não tive tempo de revisar muito bem... '-'