Seguindo em Frente escrita por liamara234


Capítulo 22
Nascidos Trouxas


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoas!
Adivinhem? Já estamos com mais de duas mil visualizações! Duas mil, minha gente!
Que sejam muito bem-vindos os leitores novos, ou os antigos mesmo, ou até você que começou a ler hoje e já tá nesse capítulo, vocês são demais!

Agora vamos para os mistérios:D



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O Ministério estava uma bagunça. 

Funcionários andavam para todos os lados, secretárias buscavam papéis nas gavetas e Kingsley tentava controlar as inúmeras mensagens enviadas por McGonagall. Naquela manhã, ao chegar no trabalho, tinha se deparado com uma pilha pequena de cartas em cima de sua mesa. Ao pegar e abrir uma despreocupadamente, seus olhos se arregalaram e gritou pela secretária.

Berrou para que convocasse uma reunião de urgência com alguns aurores - na qual ela já sabia quem seriam -, e nem se importou em ser educado ou não. Aquele assunto era muito sério e tinha que dá um jeito de resolvê-lo o mais rápido possível, do contrário, o mundo mágico e o mundo dos trouxas tornariam-se um só caos. 

Pegou sua varinha e saiu da sala, caminhando e desviando das pessoas que se amontoavam perto das lareiras e que se transformava em uma enorme fila de quem chegava e de quem iria sair, atraindo olhares curiosos para a sua tamanha pressa. Em outros dias, caminharia mais devagar e devolveria os cumprimentos, mas naquele caso, só queria chegar de uma vez a sala de reuniões. 

Encontrou sua secretária perto da porta, lhe esperando com uma prancheta junto ao peito. 

— Alguns já chegaram - ela falou. 

Ao entrar na sala, todos os presentes se viraram. Gina e Rony estavam mais ao canto. Perto da longa mesa de madeira marrom, Peter tinha uma expressão indecifrável e os braços cruzados com tanta força que suas veias pulariam a qualquer minuto. Luna e Neville desviaram suas atenções do pergaminho que o moreno segurava. Jack estava conversando com Viola, Simas Finnigan e Dino Thomas. 

Mas ainda faltava gente. 

— Peço desculpas por marcar uma reunião tão em cima da hora - murmurou após fechar a porta e caminhou até a mesa, depositando os pergaminhos que tinha nas mãos. A única fonte de luz vinha do teto, da lâmpada que se esticava até pouco mais as suas cabeças e que clareava a superfície da mesa, deixando a sala sombria. 

— Trabalhos com acasos, ministro - respondeu Dino, postando-se para mais perto. 

O homem assentiu, encarando os olhos cheios de ansiedades dos aurores. 

— Convoquei também Harry e Hermione. Onde eles estão? 

— Devem está a caminho - Gina disse. - Mandei um Patrono para eles. Creio não vão demorar. 

Kingsley murmurou alguma coisa desconfortável e a porta se abriu de novo. Hermione sentiu as bochechas corarem ao ver as pessoas esperando ela e o amigo e se apressou a entrar, ficando do lado de Peter. O moreno deu um sorriso contido e Rony apertou o punho, pronto para socar aquela cara, mas, controlando-se, murmurou baixinho que não era hora. 

— Problemas a vista? - peguntou Harry. 

— Um grande problema - esclareceu o ministro e distribuiu as cópias dos pergaminhos com as informações que Minerva o mandara. - De acordo com Minerva, a duas semanas atrás, algumas famílias de crianças nascidas trouxas a relatam que suas residências foram invadidas. As crianças tinham sido admitidas a pouco tempo para Hogwarts quando os ataques começaram. 

Os aurores liam em silêncio. Cada um ia entendendo aos poucos o problema. 

— São crianças de onze anos? - perguntou Harry. - Por que sequestrariam crianças? 

— Talvez essa seja a arma - Peter falou. - Crianças são presas fácies e maleáveis, totalmente influenciadas. 

— Até pode ser - Rony bufou. - Mas com essa idade, elas já sabem o certo e o errado. São muitas possibilidades por trás desse problema. 

— Então quero que revejam todas - Kingsley falou sério. - Harry, Rony e Hermione, vão até Hogwarts para falar com Minerva e recolherem mais informações. Finnigan e Thomas, vocês irão visitar as famílias das crianças. Quero que peguem o depoimento delas. O resto permanece no ministério para mais ordens.

Todos assentiram e o antigo trio de escola juntaram-se, caminhando para fora da sala. Hermione ainda tinha o pergaminho nas mãos e o relia mais e mais, buscando decifrar o que quer que estivesse nas entrelinhas. 

— Crianças, hein? - murmurou a morena e depois baixou o papel, olhando para os outros dois. - Quem faria mal a uma criança? 

— Um bruxo das trevas e sem medo de nada - respondeu Rony. - É bem capaz ele ou ela saber mais alguma coisa que não sabemos. 

— Descobriremos mais quando conversarmos com McGonagall. 

O ruivo e a morena assentiram e seguiram Harry ao vê-lo entrar em uma lareira. 

***

Hogwarts não estava tão diferente de tantos anos atrás. O castelo continuava impotente e de dar suspiros com suas torres e torreões vistos de longe. O jardim eram de um verde sem igual e a grama brilhava ao sol, até os insetos eram felizes vivendo ali. Quem não seria feliz em Hogwarts? era o que Hermione pensava ao olhar pela enorme janela da sala de Minerva. 

Tinham chegado pela lareira que havia na sala dela - composta de uma elegante mesa de madeira cor vinho, estantes com livros e alguns quadros -, e soltou um suspiro ao pisar em um lugar tão familiar, sua mente lhe atacando com um verdadeiro avalanche de memórias. Vivera ali os melhores momentos da sua vida e os piores também. Mas Hogwarts continuaria sendo o seu lugar favorito. 

— Desculpem-me a demora - a porta se abriu e por ela Minerva surgiu com os cabelos um pouco bagunçados. A imagem da antiga professora fez a morena sorrir. 

— Chegamos a poucos minutos, professora - Harry respondeu ajeitando os óculos, com um pequeno sorriso. - Kingsley disse que a senhora tinha mais o que nos contar. 

McGonagall encarava os três - inconscientes de que estavam lado a lado -, o sol cintilando pela janela e batendo neles. O trio que lhe dera tanto problemas juntos outra vez. Se não fosse do seu feitio esconder e só demonstrar o orgulho que sentia deles, teria derramado algumas lágrimas ali mesmo. Desviou seu olhar de Harry e ergueu as sobrancelhas para Rony. 

— Sr. Weasley? - indagou. - Retornou para Londres? 

— A algumas semanas, professora - o ruivo respondeu com as orelhas vermelhas e Hermione revirou os olhos. Outra que aceitaria fácil a volta dele.

— Bom, falemos do problema, sim? - os outros assentiram. A seguiram com os olhos se posicionar atrás da mesa. - Como sabem, eu era a responsável por enviar as cartas de admissão para os alunos nascidos trouxas quando completados onze anos. Mesmo depois de ser nomeada diretora de Hogwarts, continuei com esse dever. No começo de julho as cartas foram enviadas e não obtive algumas respostas e resolve visitar as todas as famílias. As famílias estavam visivelmente abaladas, mas consegui explicar tudo perfeitamente. Vi as crianças com meus próprios olhos e a duas semanas, quando retornei a visitar as famílias, eles me contaram que seus filhos tinham sido raptados. 

— Raptados? - perguntou Harry. - A senhora desse que as viu, certo? Não havia nada de errado nelas? 

— Crianças normais. Um pouco assustadas por descobrirem que contêm magia, mas normais.

Harry, Rony e Hermione se entreolharam. Talvez estivesse tratando de um assunto bem maior e, quem sabe, perigo. Mas era o que enfrentariam e sabiam disso quando decidiram ser aurores a serviço do ministério e não bem como se não já não tivesse enfrentado a morte. E de frente, várias e várias vezes. Existiam coisas por trás dos sequestros daquelas crianças e iriam até o fim. 

Pediram os arquivos das respectivas crianças e despediram-se da diretora. Entraram um de cada vez na lareira e em minutos estavam outra vez atravessando o enorme saguão do ministério. Não disseram mais nada, absortos em seus pensamentos e ligações, tentando enxergar uma razão para o caso. 

— Informações, espero - Kingsley se pronunciou assim que os viu entrar na sala de reuniões. 

— Nada que McGonagall já não o tenha relatado - falou Rony. 

Hermione caminhou para a mesa e depositou os pergaminhos com os dados das crianças. Ajeitou-os em linha reta, depois se distanciou e cruzou os braços, seus olhos passando e repassando por cima dos papéis. Os olhos a imitaram e olhavam sérios para a mesma direção. 

No total, haviam a descrição completa de cinco meninos e quatro meninas. Mesma idade, mesmo ano de nascimento, datas de aniversários diferentes e um único ponto em comum: tinham magiam mesmo nascidas em famílias não mágicas. Hermione ignorou o frio que sentiu no corpo quando sua mente seguiu por um caminho ruim, onde ligou os casos com o seu. Balançou a cabeça nervosa. Não, não tinha nada haver. 

— Uma dúvida - Nevile ergueu um dedo, atraindo a atenção de todos.. - Se estamos tratando de um sequestro em massa de nascidos trouxas, seja quem for, acabará retornando a repetir isso, se o propósito for um número maior. Acho que deveríamos criar alguma estratégia para proteger as que ainda não foram raptadas. Elas correm perigo e não podemos vacilar enquanto ainda não sabemos quase nada. 

A voz firme do moreno fez Rony erguer uma sobrancelha.

— Neville está certo - Hermione pronunciou-se, dando apoio ao amigo. - Seria um erro darmos mais atenção para as que já sumiram. Alguns trabalhando dentro do ministério e outros fora, assim, a investigação será mais rápida e eficiente. 

— Quero que encontrem o responsável ou os responsáveis por isso - o ministro falou. - A paz no nosso mundo mágico não deve ser quebrado, por isso, mantenham descrição sobre esse caso. 

Ele se virou e pegando a varinha, murmurou seu Patrono. O lince apareceu flutuando e gracioso. 

— Ordem da Fênix, temos um caso - e viram o feitiço sumir pela porta. 

 

 

 

 

E durante aquela reunião, bem longe dali, três bruxas encaravam e sorriam para os rostinhos assustados de nove crianças, todas presas em uma enorme gaiola produzida por um feitiço vermelho - lembrava redes de eletricidade. 

As gargalhadas cortavam os céus, cortando a paz que o lugar tinha e matando a energia positiva que transmitia. 

— Está chegando a hora, irmãs - uma de cabelos negros falou, sua voz arranhando.


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Notas finais do capítulo

Demorei porque não conseguia escrever. Sem tempo, muito dever de casa.
Desculpem-me se saiu pequeno, é que no quesito mistério ainda sou bem amadora.
Logo o próximo chega.
Beijos no coração.



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