De Repente Papai escrita por Lady Black Swan


Capítulo 6
Sesshoumaru-Sama tenta de novo.


Notas iniciais do capítulo

Meu Deus, oito meses desaparecida, desculpe gente.
Mas é que estes últimos meses foram um completo caos para mim.



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O maiô chegou oito dias atrás.

Ela estava jogando dominó com Sango-chan no quarto de tio Inuyasha — que atualmente parecia ser mais quarto dela do que de tio Inuyasha — quando a peça vermelha simplesmente apareceu em cima da cama.

—O que é isso? — Sango-chan perguntou pegando a peça entre o polegar e o indicador e o erguendo à altura dos olhos.

—Um maiô. — Sesshoumaru-Sama respondeu do batente da porta, onde estava escorado. — Comprei-o para a menina... Para Rin.

Rin apertou as mãos sobre o colo, é claro que estava contente por seu pai ter lhe comprado um presente, mas... O outono estava começando a mostrar a cara, e o frio estava só começando, não era uma boa época para se nadar. Só que ela não sabia como dizer isso a ele.

Sango-chan resolveu esse problema para ela:

—Sesshoumaru você enlouqueceu? — em resposta ele lançou a Sango-chan aquele seu tão conhecido olhar de “você sabe que está em minha casa?” — Talvez você não tenha reparado porque a folhagem lá fora sequer começou a mudar de cor, e embora a temperatura esteja até bem agradável, nós não estamos exatamente na época ideal para se praticar alguns mergulhos.

—Eu sei disso, — ele girou os olhos com ar impaciente. — isso é para ela tomar banho.

Rin corou, de repente entendendo o porquê de ele ter comprado aquilo para ela, Sango-chan franziu o cenho, e sem compreender perguntou:

—Por que ela teria de usar isso para tomar banho?

—Porque ela tem medo de trancar a porta quando está usando o banheiro e depois não conseguir mais sair de lá, de forma que eu já entrei três vezes por engano no banheiro com ela lá dentro, e a última vez foi ontem mesmo. — e gesticulando impaciente ele completou: — Como nunca tive sequer uma irmã menor, não sei quais são as regras nessas situações, então é melhor que ela use isso.

Antes, quando sua mãe ainda estava viva e Rin ainda morava com ela e o avós, era normal ficarem entrando e saindo do banheiro mesmo com alguém lá dentro, escovando os dentes ou fazendo suas necessidades, mas Rin não se sentiu tentada a comentar sobre aquilo.

...

Quando ia dormir Rin quase sempre via Mariko, naquela noite sonhou com quando ela era menor e sua mão ainda tinha tempo de pegá-la pela mão e levá-la até a escola, e mesmo naquela época ela já percebia como as pessoas olhavam de canto e falavam em voz baixa quando ela e Mariko passavam.

E também sonhou com a primeira vez que a mãe lhe falou sobre o pai, foi num dia qualquer, quando Mariko chegou para busca-la na pré-escola e a encontrou chorando na caixa de areia do parquinho da escola, porque a mãe de sua melhor amiga a tinha proibido de brincar com ela porque ela não tinha papai.

—Mas que absurdo, é claro que você tem um papai! — Mariko dissera teimosamente. — Todo mundo tem um papai!

Rin havia fungado contra o pescoço da mãe e se agarrado a ela, quando ela a pegou nos braços.

—Então onde ele está? — perguntara chorosa — Por que nós não moramos juntos como uma família? Por que eu nunca o vi? Papai me odeia mamãe? Ele me odeia?!

E Mariko a abraçara, ela era tão nova... Simplesmente nova demais para já ter uma filha de quatro anos e meio de idade.

—Seu pai não te odeia... — dissera — Ele... Ele apenas não sabe que você existe.

Rin afastara-se confusa, olhando-a sem entender.

—Como assim mamãe?

O sorriso de Mariko era algo que Rin nunca esqueceria.

—O seu pai... Ele ainda era quase uma criança quando o vi pela última vez, quando ele foi embora com os pais e o irmão eu ainda não sabia que você estava a caminho.

Ela abriu os olhos quando ouviu as batidas na porta, o que era estranho, porque geralmente acordava antes do pai e do tio para lhes preparar o café da manhã.

—Já vou! —respondeu saltando da cama e indo abrir a porta —Bom dia Sesshoumaru-Sama!

—Quero você e Inuyasha longe daqui a no máximo uma hora.

Parando um pouco para pensar, fora o incidente do maiô Sesshoumaru-Sama estava bem tranqüilo ultimamente.

Tranquilo até demais... Rin queria acreditar que ele estava finalmente se adaptando a ideia de que era seu pai, e que logo mais iria acabar aceitando que ela o chamasse assim, ela queria, mas depois da última vez isso ficava meio difícil, porque agora ela não conseguia se livrar da incomoda sensação de que ele estava planejando algo de novo.

Rin queria que isso fosse apenas alguma paranoia sua, mas infelizmente ela não era a única a pensar daquela maneira.

—Ele está armando alguma coisa Inuyasha! — Kagome-chan exclamou de maneira indignada segurando uma de suas mãos — Sesshoumaru está quieto demais, e eu não gosto disso.

E tio Inuyasha, que segurava sua outra mão, respondeu de maneira pensativa:

—É verdade que ele parou de ficar batendo a cabeça... E tem implicado menos com ela.

—Rin-chan você ainda está com seu celular, não é? — Kagome-chan perguntou de repente virando-se para ela.

—Estou. — respondeu.

—E todos os números continuam na sua lista de contato?

—Sim.

Tio Inuyasha estendeu a outra mão para ela e pediu:

—Me dê aqui, eu quero ver se ele não trocou os números.

Ela precisou soltar a mão de Kagome-chan para pegar o celular no bolso e entrega-lo ao tio, que começou a mexer em sua agenda e murmurar números consigo mesmo.

—Talvez seja porque ele esteja ocupado demais com seu livro. — sugeriu esperançosa.

Mas pela expressão de Kagome-chan ela não compartilhava desse mesmo pensamento.

Hoje seu pai queria um “dia de folga” dela para poder terminar o epílogo de seu livro, — que, pelo que Rin havia lido por cima de seu ombro, tratava-se de um velório —então, depois de basicamente terem sido chutados para fora do apartamento, tio Inuyasha havia ligado para Kagome-chan e a convidado para um passeio, porque ele sozinho não tinha ideia do que fazer com Rin.

O coitado não levava o menor jeito com crianças.

—Inuyasha olhe para frente! — Kagome-chan reclamou esticando o braço em frente à Rin para puxar Tio Inuyasha para o lado quando ele quase bateu em uma árvore na calçada — Nós chegamos.

Tio Inuyasha ergueu os olhos do celular de Rin.

—Chegamos aonde?

Era uma boa pergunta, Rin também queria saber, afinal eles só estavam seguindo Kagome-chan, que dissera ter a solução perfeita ao telefone, mas não dera nenhuma pista sobre o destino deles.

Kagome-chan soltou a mão de Rin e afastou-se rodopiando para parar com os braços abertos em um gesto de “Ta-Dã!” antes de responder:

—Ao cinema, é claro!

—Cinema? — tio Inuyasha devolveu o celular à Rin —Essa é a sua solução perfeita?

Kagome-chan colocou as mãos nos quadris e ergueu o queixo.

—E você tem uma solução melhor? — perguntou em tom de desafio, mas acrescentou logo em seguida: — Porque eu estou pagando, e você pode escolher o filme que quiser.

Diante disso ele limitou-se a encolher os ombros e responder:

—Então o que ainda estamos fazendo aqui fora? Vamos entrar. — e tomou à dianteira.

—Mas tem que ser algo adequado para a idade de Rin! — Kagome-chan acrescentou pegando a mão de Rin e puxando-a consigo cinema adentro.

O filme até foi bom, e não teve tantas explosões quando ela imaginou que teria — considerando-se que seu tio o escolhera — mas Rin não prestou muito atenção a ele, porque havia algo que a incomodava.

—Eu não entendo! — finalmente verbalizou horas depois enquanto lanchavam depois do filme.

—Não entende como Inuyasha pode conseguir comer tanto e tão rápido sem se engasgar?— Kagome-chan estalou a língua — É eu também não entendo.

Tio Inuyasha já estava talvez em seu terceiro hambúrguer e segundo copo de refrigerante, isso sem falar que havia devorado não só as suas batatas fritas como as de Kagome-chan também, mas parecia ter espaço para muito mais, enquanto Kagome-chan havia perdido o interesse em seu próprio hambúrguer pouco depois de ter comido metade dele, e o único copo de refrigerante que ela bebera jazia ao lado ainda com um restinho no fim, e Rin ainda não havia acabado seu milk-shake.

—O que? Não. — Rin balançou a cabeça — Quer dizer, isso também, mas não é isso.

Kagome-chan virou-se para ela.

—Então o que foi?

—Por que é você quem está pagando tudo? — perguntou — Vocês nem são casados.

Tio Inuyasha parou de mastigar e engolir tempo o suficiente para responder:

—Bem vinda ao mundo real Rin, aqui nós temos direitos iguais. — ele sorriu fazendo um gesto amplo com as mãos — E um homem tem tanto direito de pagar um cinema e um lanche para uma mulher como o contrário!

Kagome-chan soprou a própria franja, parecendo não ter ficado nem um pouco impressionada com aquele discurso, e disse:

—Na verdade é porque ele não trabalha e é um duro.

—Você também não trabalha. — Tio Inuyasha acusou.

Mas ela limitou-se a encolher os ombros.

—Mas estou longe de estar dura. — afirmou.

Rin observou os dois, Kagome-chan era só uma adolescente e ainda não trabalhava, assim como tio Inuyasha, mas diferente dele, ela tinha dinheiro para gastar o quanto quisesse e também um carro brilhante com motorista a sua disposição.

Estava prestes a perguntar sobre isso quando ouviu três garotas se aproximando:

—Ele é bonitinho... — comentou a primeira.

—Só que está acompanhado. — disse a segunda, enquanto Rin as observava se aproximar.

—Mas não pode ser a namorada dele. — disse a terceira.

As três pararam indecisas.

—Por que não? — perguntou a segunda.

—Porque eles estão com aquela menina. — explicou a primeira — Então eu acho que elas devem ser as irmãs dele... Ninguém traz uma criança para um encontro.

As três entraram em um consenso sobre isso, e voltaram a se dirigir à mesa deles com sorrisos brilhantes grudados nas caras, Kagome-chan e tio Inuyasha estavam muito ocupados implicando um com o outro e por isso só as notaram quando elas pararam ao lado da mesa.

—Com licença. — disse aquela segunda — Podemos nos sentar aqui? As outras mesas estão cheias.

Tio Inuyasha encolheu os ombros e respondeu:

—Podem ficar a vontade.

—Obrigada. — agradeceu a terceira.

As três meninas sorriam ainda mais e começaram a acomodar-se com suas bandejas e lanches nos três lugares vagos na mesa: a primeira ao lado de tio Inuyasha, a segunda em frente à Kagome-chan na cabeceira da mesa, e a terceira ao lado de Rin.

Kagome-chan tinha começado a contar para Rin uma engraçada história sobre como, certa vez em que um professor havia faltado, e toda a turma havia se organizado para fazer um verdadeiro torneio de queda de braço, no qual ela anotava os pontos no quadro.

—Era só porque não tínhamos mais nada para fazer, e até algumas meninas estavam participando. — ela dizia — Imagine que Sango...

—Você malha? — a garota sentada ao lado de Rin perguntou direcionando-se ao tio Inuyasha, interrompendo a história de Kagome-chan.

Kagome-chan apertou os lábios e franziu o cenho, claramente demostrando que não havia gostado de ser interrompida de maneira tão má educada.

—Hum... Não. — Tio Inuyasha respondeu franzindo o cenho — Na verdade não.

—Mas olhando nem se diz isso. — disse aquela que se sentava ao lado de tio Inuyasha.

E para Rin pareceu que ela estava sentada um bocadinho mais próxima do que o necessário...

—Ele não malha. — Kagome-chan pronunciou-se sem esconder sua irritação — Só fica jogado no sofá comendo ramen o dia inteiro, se faz algum exercício então é pegar o controle e mudar a televisão de canal.

Tio Inuyasha olhou-a chocado e sem palavras, o hambúrguer chegou até a cair de suas mãos.

Rin sabia que Kagome-chan estava exagerando, porque tio Inuyasha não era assim tão inútil e preguiçoso quanto ela fizera parecer, mas não sabia por que ela tinha falado daquele jeito e sido quase tão maldosa quanto Sesshoumaru-Sama costumava ser com tio Inuyasha.

—É... Muito legal de a sua parte trazer suas irmãs para passear. — disse aquela que estava sentada na ponta da mesa depois de algum tempo em silêncio.

Tio Inuyasha olhou-a.

—Minhas irmãs? — repetiu.

Rin viu as três garotas trocarem um olhar incerto.

—É... — disse aquela ao seu lado, que havia começado tudo — Elas não...?

—Eu e ele não somos irmãos. — Kagome-chan interrompeu-a, talvez para dar o troco por ter sido interrompida anteriormente — E essa menina é sobrinha dele.

As três garotas encararam Rin, que de repente ficou muito interessada em comer as batatas fritas que até então havia ignorado.

—Sua sobrinha? — repetiu uma delas, mas Rin não soube qual, porque estava muito ocupada colocando batatas na boca.

—Sim. — confirmou Tio Inuyasha — Ela é filha do meu irmão mais velho.

—E agora é hora de vocês irem embora. — Kagome-chan sentenciou em um tom de voz que não admitia discursão.

As três garotas encararam Kagome-chan completamente aparvalhadas, mas logo em seguida pegaram suas bandejas e debandaram-se dali sem dizer uma palavra sequer.

Isso fez Rin se lembrar de algo que seu pai havia lhe dito há algum tempo, sobre Kagome-chan estar acostumada a dar ordens e ser obedecida, a dobrar os outros à sua vontade se for preciso, porque ela era naturalmente uma domadora de pessoas.

Depois disso a tensão no ar se atenuou, e como se nada tivesse acontecido, Kagome-chan perguntou se eles não queriam ver outro filme no cinema, ainda por sua conta.

Voltaram ao apartamento já perto do anoitecer, o que, segundo tio Inuyasha, era tempo mais do que suficiente para Sesshoumaru acabar seu livro e até fazer outro com o tempo restante, por isso Rin achou que toda a sua animação para contar o quão legal havia sido seu dia não atrapalharia em nada:

—Sesshoumaru-Sama o senhor não vai acreditar no filme incrível que...!

Mas ao chegar à sala foi Miroku-kun jogado no sofá comendo pipoca e vendo televisão que encontrou, e não seu pai.

—Miroku-kun? — piscou — O que faz aqui?

—Eu ficaria surpreso se ele não estivesse aqui. — Tio Inuyasha comentou entrando logo atrás dela na sala — Ele está aqui em quatro ou cinco de cada sete dias da semana.

—Você fala de mim, mas a Kagome está aqui em sete de cada sete dias da semana! — Miroku-kun sentou-se a apontando acusador para Kagome-chan que também havia entrado na sala e derrubando algumas pipocas no chão. — Por que não reclama dela também?

—Porque eu não como tanto. — Kagome-chan olhou a volta — Onde está Sesshoumaru?

Miroku-kun deu de ombros enfiando pipocas na boca.

—Não sei. — respondeu de boca cheia — Saiu com o notebook debaixo do braço e já tem uma hora eu acho.

Tio Inuyasha pensou sobre aquilo e depois falou:

—Então das duas uma: ou ele não conseguiu se concentrar aqui por causa da sua presença e foi terminar o trabalho em alguma cafeteria aqui por perto, ou terminou e foi até o 11-4 para imprimir o trabalho dele.

Kagome-chan empurrou as pernas de Miroku-kun do sofá e sentou-se nele com ar aborrecido.

—Não sei por que Sesshoumaru não compra uma impressora para ele. — comentou — Ele tem dinheiro para isso!

Foi aí que Miroku-kun começou a rir.

—É porque apesar de gostar de nos chamar de folgados Kagome, Sesshoumaru também não fica para trás nesse quesito!

...

No dia seguinte, pouco antes das 16h, Rin achava estar começando a entender o que seu pai estava aprontando afinal de contas: Ele pretendia abandoná-la na escola e nunca mais voltar para buscá-la!

É claro que outra resposta plausível também seria que ele simplesmente estava atrasado, mas ela estava falando de Sesshoumaru-Sama, e — com exceção daquele primeiro dia de aula — Sesshoumaru-Sama nunca se atrasava!

Mas ela tinha o celular para ligar e avisar alguém caso ele tentasse algo assim, o que tornaria o plano muito estúpido, e Sesshoumaru-Sama não era estúpido, na verdade quando viva Mariko estava sempre falando do quanto Sesshoumaru-Sama — que ela gostava de chamar de “Sesshoumaru-kun” — era bom nos estudos em seus tempos de colégio, inclusive devido as suas notas ele era o melhor aluno de sua classe e o segundo melhor da escola.

Mas então isso talvez significasse que algo tinha acontecido a ele, Rin já estava procurando preocupada pelo número de Kagome-chan em sua agenda quando ouviu a buzina do carro.

E lá estava Sesshoumaru-Sama buzinando de seu carro do outro lado da rua.

—Sesshoumaru-Sama o senhor nunca se atrasa, o que houve? — perguntou entrando no carro —Eu estava começando a ficar preocupada!

—A-hã. — ele fez sem dar muita atenção colocando o carro em movimento — Eu estava na editora, e isso acabou me tomando mais tempo do que planejei.

—Entendi. — murmurou.

Como Sesshoumaru-Sama trabalhava a maior parte do tempo em casa, era difícil para Rin lembrar que ás vezes ele podia se atrasar por motivo de trabalho, na verdade era até estranho pensar isso.

—E para quem estava ligando?

Rin olhou para baixo e corou ao perceber que ainda estava segurando o celular entre as mãos.

—Eu não estava... Bem estava, mas não foi porque eu pensei... Na verdade pensei sim, mas só por um momento e...— atrapalhou-se ao explicar.

—Para quem estava ligando? — repetiu, mas não parecia irritado.

—Kagome-chan. — admitiu um pouco envergonhada. — Porque ela é a única com carro.

Mas ao invés de ficar bravo ele apenas assentiu.

Rin começou a olhar com desconfiança para o pai, era como Kagome-chan havia dito: ele estava armando alguma coisa.

Preferiu manter o celular nas mãos enquanto observava, pela janela do carro, o pai tomar um caminho completamente diferente daquele que costumavam usar normalmente, mas de alguma forma estranhamente familiar a ela.

Quando se deu conta de para onde ele estava a levando já era tarde demais.

—Dê meia volta. — pediu lívida — Dê meia volta já!

Ele ignorou-a.

Rin apertava o celular entre as mãos.

—Papai, por favor. — implorou.

Ele não se deixou comover e parou o carro.

—Eu não sou seu pai Rin. — disse friamente — E já está na hora de você entender isso.

A princípio ela recusou-se a sair do carro, e por alguns momentos Sesshoumaru-Sama precisou “lutar” com ela para conseguir arrancá-la, esperneando e se debatendo, de dentro do veiculo, ela ainda tentou fugir de volta para o carro quando ele a colocou de pé em frente à porta, mas ele a agarrou pelo pulso com uma mão e com a outra tocou a campainha.

—Eu vou fugir. — ela o avisou entredentes ainda tentando liberta-se de seu aperto — Sairei pela janela e irei parar no seu apartamento não importa quantas vezes você me deixe aqui Sesshoumaru-Sama!

Viu-o apoiar-se num joelho a sua frente e colocar uma mão em seu ombro para contê-la e fazê-la ficar quieta — não era justo, ele era muito maior e mais forte que ela!

—Então é melhor eu avisá-los para colocarem grades em sua janela. — disse olhando diretamente em seus olhos.

Foi quando a avó de Rin abriu a porta.


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Notas finais do capítulo

Bem! E então? Justo quando todos achavam que Sesshoumaru estava, afinal, se tornando mais gentil, mesmo que só um pouquinho, ele nos apronta mais essa!
Ah! E aqui uma pequena curiosidade: No Japão, mesmo sendo o homem ou a mulher (ou os dois) o provedor da família, o mais comum é que, no final, o dinheiro fique todo na mão da mãe para que ela o administre da melhor forma.
Por isso quando a família sai para almoçar fora, por exemplo, o normal é entregar a conta para a mãe, porque é ela quem administra e paga todas as contas.
É a isso que Rin se refere quando pergunta por que Kagome está pagando tudo se ela e Inuyasha não são casados.

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