De Repente Papai escrita por Lady Black Swan


Capítulo 11
Eu te amo Sesshoumaru-Sama.


Notas iniciais do capítulo

De Repente Papai recebeu sua primeira recomendação AÊÊÊÊÊÊ eu estou tão emocionada! Ó.Ò
Ah, e não se esqueça de prepararem os lencinhos para esse capitulo, ok?
Opa! E tem uma surpresinha no final do capítulo! ^_^



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Sesshoumaru trincou os dentes.

O que havia acontecido com Rin para ela fugir daquela maneira?

Ele odiava admitir, mas não entendia aquilo.

Porque mulheres — não importava a idade — tinham que ser sempre tão sentimentais?!

Sem perder mais nenhum segundo, ele moveu-se para ir atrás dela.

—Rin! — chamou — Rin volte aqui.

Só que ela fez que nem o ouviu.

Ele aumentou a velocidade.

—Estou lhe dizendo para voltar aqui! — esticou a mão para apanhá-la.

No entanto, antes que pudesse de fato alcançá-la, a garota virou bruscamente num corredor à esquerda.

Sesshoumaru derrapou levemente antes de conseguir parar, estalou a língua e deu a volta.

Ele devia deixá-la ali e ir embora de uma vez, Inuyasha e os outros que se virassem com aquela criança estúpida, mas não queria passar o resto da semana — ou provavelmente do mês — ouvindo as reclamações da Domadora em seus ouvidos.

—Rin! — chamou novamente, voltando a esticar a mão para alcançá-la...

... Quando ela sumiu bem diante os seus olhos.

Foi por muito pouco que ele quase pisou na menina, que havia tropeçado e agora chorava encolhendo-se em posição fetal no chão. Sesshoumaru abaixou-se, apoiando o peso do corpo sobre um joelho, e a virou puxando-a pelo braço.

—O que você estava pensando para sair correndo daquele jeito?! — irritou-se — Estamos em um labirinto, você esqueceu?!

Sem responder nada a garota continuou chorando e soluçando, cobrindo os olhos com o antebraço.

—Sesshoumaru? — Alguém chamou por detrás dele — O que você está fazendo com a Rin?

Sesshoumaru olhou para trás, ela tinha pele azulada e longos cabelos lisos de mesma cor, os lábios estavam pintados com um batom cor de rosa e as orelhas eram pontiagudas, havia um finíssimo aro prateado em sua testa, e usava um vestido branco de aparência meio medieval que descia escorrendo por suas pernas e encobria seus pés, assim como as longas mangas — que seguiam quase até a altura de seus joelhos — ocultavam suas mãos, e ele não tinha certeza se o tom azulado de sua pele se devia à maquiagem ou a falta de ar que aquele espartilho apertadíssimo certamente estava lhe provocando.

Mas não havia erro, por debaixo de toda aquela produção e toda aquela maquiagem, estava Domadora.

—O que você está fazendo com a menina Sesshoumaru? — ela repetiu.

—E você o que é Domadora? — perguntou soltando a menina.

Domadora cruzou os braços.

—Não finja que não escutou minha pergunta Sesshoumaru. — respondeu — Quero saber o que você fez com Rin.

—Sesshoumaru-Sama... — soluçou a criança agora esfregando os olhos com as mãos — Sesshoumaru-Sama... Não fez nada para Rin.

Nesse momento a pose da Domadora desfez-se um pouco.

—Não? — ela repetiu — Mas então por que você está chorando assim?

—Eu... — ela soluçou erguendo os olhos — Eu caí... — por um segundo ou dois a menina pareceu completamente hipnotizada e esquecida do porque estava chorando — Quem é você?

—Sou eu Rin. — Domadora sorriu. — Kagome.

—Kagome-chan? — a menina parecia completamente hipnotizada. — Você está tão bonita... Parece até uma ninfa. Você é uma ninfa Kagome-chan?

Sorrindo Domadora balançou a cabeça.

—Não, eu sou uma Banshee.

Rin inclinou a cabeça de lado.

—O que é uma Banshee?

—Uma espécie de espírito Irlandês muito popular. — respondeu — Às vezes ela tem a forma de uma velha senhora, outras de uma bela donzela, mas em todas as versões uma coisa é unânime no mito da Banshee: seu grito é um agouro de morte. Quando você ouve uma Banshee gritar significa que a sua morte, ou a de alguém próximo a você, está perto.

Rapidamente Rin levou as mãos à boca.

Sesshoumaru girou os olhos, como era crédula aquela criança.

—Uma velha senhora ou uma bela donzela. — repetiu a analisando — Suponho então que você seja a velha senhora.

Domadora o olhou irritada.

—Eu sou a bela donzela Sesshoumaru!

—E por que é azul?

—Porque eu represento a morte!

—E o que uma coisa tem haver com a outra?

—É que...! — se interrompeu quando ouviu a menina gemer — Rin, você está ferida!

Sesshoumaru olhou novamente para a criança que, agora já de pé, apoiava a maior parte do peso do corpo na perna esquerda enquanto que, com os dentes trincados, segurava o joelho direito.

Sesshoumaru abaixou-se a sua frente.

—Deixe-me ver.

—Foi só um arranhão. — ela afirmou.

—Deixe-me ver. — ele repetiu afastando suas mãos.

Aquilo não se parecia em nada com um simples arranhão, Sesshoumaru fechou a expressão, a meia havia se rasgado e através dela o joelho era uma grande massa ralada e ensangüentada.

—Rin-chan! — ofegou Domadora inclinando-se por detrás de Sesshoumaru — Você machucou feio o seu joelho!

—Eu estou bem. — A menina tentou sorrir, mas aquilo pareceu mais um repuxar de dor em seus lábios.

Resoluta Domadora colocou-se ereta com as mãos nos quadris e balançou a cabeça.

—Nada disso, o festival acaba aqui para você, agora vá para casa e faça um curativo nesse joelho!

Sesshoumaru levantou-se.

—É o que estamos tentando há horas. — afirmou — Mas não podemos ir para casa porque não conseguimos encontrar a saída desse maldito labirinto.

—Do que está falando? — Domado inclinou a cabeça de lado — A saída é logo ali.

E apontou.

Ele virou-se e bem ali, a pouco mais de três metros de Rin, estava à saída do labirinto com vários curiosos os observando do lado de fora.

Sesshoumaru cerrou o maxilar.

—Sesshoumaru-Sama é a saída! — comemorou a menina — É a... Ah! — Exclamou surpresa quando, de repente, ele a ergueu nos braços. — O que está fazendo Sesshoumaru-Sama?

—Vamos para casa Rin. — respondeu.

Por alguns segundos Rin apenas o olhou em silêncio, mas então, de uma hora para outra, sorriu e apoiou a cabeça em seu ombro com um alegre:

—Sim!

Nem sequer parecia que era a mesma menina que há poucos minutos saíra correndo e chorando por motivo algum dentro do labirinto.

Definitivamente havia algo de errado com aquela menina.

...

Depois de lavado, o ferimento já não parecera mais tão sério quanto antes, mas mesmo assim Sesshoumaru achou que seria melhor parar em uma farmácia no caminho de casa para poder comprar curativos, ele nunca havia tido uma criança em casa antes, então obviamente não tinha coisas como essas a mão.

—Sesshoumaru-Sama. — ela o chamou quando ele voltou ao carro, estava novamente cutucando o joelho ralado — Acha que dá pra costurar?

Sesshoumaru lançou-lhe uma rápida olhada antes de dar a partida no carro.

—Não foi nada tão grave assim, você não vai precisar de pontos. — respondeu — Um pouco de gaze e esparadrapo...

—Não. — disse a menina — Não é costurar o meu joelho, é a minha meia.

—A sua meia? — repetiu lançando um segundo olhar ao joelho da menina, balançou a cabeça e voltou a prestar atenção na rua — Mesmo que costurasse ela já está arruinada. — respondeu — É melhor que jogue essa fora e troque-a por outra.

—E-entendo. — a menina murmurou baixinho baixando a cabeça.

Sesshoumaru esperou que ela dissesse mais alguma coisa, porém a menina limitou-se a se manter quieta e de cabeça baixa, ele suspirou, era bem verdade que geralmente ele preferia que ela se calasse, mas hoje ela estava agindo de uma forma que era especialmente suspeita.

—Se você não quiser, não precisa jogar as meias fora, pode guardá-las.

Rin o olhou.

—Hã?

—Por acaso estas meias foram algum presente de sua mãe é isso? — questionou com pouco interesse, agora dirigindo com apenas uma mão.

—Hã? — ela repetiu — Não, na verdade não.

—Então por que parece tão preocupada com elas? — quis saber.

—Ah... Bem, é que... — de repente ela parecia muito encabulada.

—O que? — Sesshoumaru quis saber.

—É que o inverno está chegando...

—O outono mal começou. — Sesshoumaru a corrigiu — A folhagem nem sequer mudou de cor ainda e ainda pode-se até mesmo sentir este maldito calor opressivo de verão que teima em se retardar para partir.

Ele realmente detestava o calor.

—Esse era meu único par de meias além dos que eu uso na escola. — Rin soltou.

Sesshoumaru arqueou uma sobrancelha.

—Você não tem mais meias?

A menina balançou a cabeça.

—E também não tenho calças ou botas... Apenas vestidos, shorts e saias.

—Que estupidez. — censurou — Mesmo que suas meias não tivessem rasgado, você não pode passar o inverno com tão pouco, pretendia congelar até a morte?

—Não é nada disso! — ela ergueu o rosto de repente — É só que... Quando sai de casa ainda estávamos em pleno verão, e... Sozinha eu não tinha como carregar muitas coisas, e mesmo se tivesse vovó teria suspeitado se eu levasse roupas de inverno. Então eu...

—Entendi. — ele a interrompeu parando em um sinal — Vou levá-la até a casa de sua avó agora para pegar o resto de suas coisas.

Mesmo que isso significasse que ele teria ainda mais coisas para carregar quando fosse devolver a menina, ele queria garantir que a devolveria intacta e em perfeitas condições, da mesma forma que a recebera, sem nenhuma anemia ou hipotermia.

Mas Rin agarrou seu braço no momento em que ele voltou a dar a partida.

—Não, por favor! — implorou — Não me leve até a casa de vovó agora, eu te imploro!

Sesshoumaru puxou o braço.

—Não distraia o motorista! — repreendeu.

—Eu posso passar o inverno só com as roupas que tenho agora! — a menina insistiu, como se não o ouvisse — Não precisa me levar para buscar o resto de minhas coisas na casa da vovó!

Mas afinal por que ela estava agindo assim? Sua avó havia deixado bem claro, na última visita, que não a aceitaria de volta com nada menos do que um exame de DNA — do qual ele ainda estava esperando o resultado.

Sesshoumaru torceu os lábios.

—Se você realmente acha que vou deixá-la passar o inverno com tão pouco você é realmente uma criança estúpida. — afirmou.

—Sesshoumaru-Sama, por favor! — a menina implorou.

Mas ele fez-se de surdo às suas súplicas.

...

Duas horas mais tarde, Taisho Sesshoumaru, encontrava-se sentado em uma poltrona numa loja de roupas infantis, resmungando coisas com seu caderninho de anotações em mão, e uma cesta abarrotada de roupas ao seu lado.

—Três pares de calças. Dois pacotes de meias (com três pares cada). Uma meia calça. Um par de botas para neve. Cinco suéteres de lã. Dois pares de luvas. Um gorro de lã. Um casaco acolchoado. — murmurava baixinho, enquanto anotava tudo isso em seu caderninho, com seus respectivos preços ao lado. — Acho que isso tudo já da...

—Sesshoumaru-Sama! Sesshoumaru-Sama! — a menina o chamou vindo correndo em sua direção.

No momento em que ele ergueu os olhos, duas tiras de tecido foram enfiadas bem debaixo de seu nariz.

—Olhe! — exclamou a menina por trás dos pedaços de pano — Não são lindos?!

Com o caderninho Sesshoumaru afastou os tecidos para o lado.

—O que é isso? — quis saber.

—São cachecóis! — respondeu alegremente — Não são lindos?!

Arqueando uma sobrancelha Sesshoumaru pegou ambos os cachecóis em uma só mão e os analisou melhor.

—Quer mesmo este? — perguntou, referindo-se ao segundo cachecol — Sempre achei que gostasse das cores mais alegres. — a menina corou — O que?

—É que este... É para Sesshoumaru-Sama. — respondeu baixinho e timidamente.

Mais uma vez Sesshoumaru arqueou uma sobrancelha.

—Está tentando me presentear com algo que está comprando com meu próprio dinheiro? — questionou.

A menina manteve-se em silêncio.

Girando os olhos, Sesshoumaru jogou ambos os cachecóis dentro da cesta junto com as outras peças de roupas, e voltou a abrir seu caderninho para anotar ali ”um cachecol” e ao lado, entre parênteses, seu respectivo preço.

Em seguida jogou o caderninho ali dentro também.

—Vamos. — chamou levantando-se, já com a cesta em mãos — O que temos aqui já é o bastante.

—Tá! — a menina concordou o brindando com um brilhante sorriso.

Meia hora depois eles já andavam pelo estacionamento praticamente vazio, enquanto ele acrescentava “um Milk shake de morango”, com seu respectivo preço, à lista de seu caderninho, quando ela voltou a chamá-lo:

—A história é boa?

Sesshoumaru parou.

—História? — ele virou-se.

Ela indicou seu caderninho.

—O senhor está sempre escrevendo nele. — afirmou — E lá no labirinto o senhor me disse que, como escritor, está sempre pronto para escrever no momento em que lhe vier a inspiração, seja onde for, esteja onde estiver, então eu pensei...

—Não estou escrevendo nenhuma história. — ele a interrompeu.

Rin tomou mais um gole de seu Milk shake.

—Então o que está fazendo?

Dando as costas a ela e voltando a caminhar Sesshoumaru respondeu:

—Estou anotando todos os meus gastos com você desde que sua avó se recusou a pegá-la de volta, assim quando eu a devolver vou poder pegar de volta tudo o que gastei, até colei aqui o recibo da mensalidade que paguei da sua escola no mês passado.

Algo caiu no chão e, de repente, a parte de trás dos sapatos e da barra das calças de Sesshoumaru estavam sujos, Rin havia deixado seu copo de Milk Shake cair.

—Não... — ela murmurou.

Suspirando ele virou-se.

—O que foi agora?

—Não cobre nada de meus avós Sesshoumaru-Sama! — Os olhos dela estavam enchendo-se de lágrimas. Duas vezes em um só dia? Ele definitivamente não nascera para ser pai. — Se fizer isso eles vão morrer como a Mariko!

Sesshoumaru a encarou.

—Do que está falando?

Ignorando a sujeira que havia causado no chão, ela correu até ele e agarrou suas roupas.

—Eu disse a Mariko que não precisava de todas aquelas coisas, eu disse a ela que não precisava daquela escola cara... Mas mamãe não quis me ouvir. — o aperto de suas mãos afrouxou um pouco e ela baixou o rosto. — Mamãe me amava muito e continuou trabalhando e trabalhando sem parar, quando vovô adoeceu, ela passou a trabalhar mais ainda, porque precisava comprar os remédios dele, mas não queria que nada me faltasse, eu disse pra ela parar, disse que estava ficando doente, mas mamãe não me ouviu, porque os adultos nunca ouvem as crianças! — ele podia ver claramente os ombros dela tremendo — Ela queria que eu tivesse tudo que as outras crianças que tinham pai e mãe tinham, ela não queria que eu me sentisse excluída ou diferente por não ter um pai, eu disse que a amaria mesmo que ela não me desse tantas coisas, e nem pagasse aquela escola cara, só que a mamãe continuou trabalhando!

Engolindo em seco Sesshoumaru pôs a mão sobre um de seus ombros.

—O quanto exatamente você está me dizendo que Mariko trabalhou?

Rin ergueu os olhos, tal qual ele supunha, ela já estava chorando novamente.

—Sete dias por semana, vinte horas por dia, às vezes mais! — respondeu — Trabalhou até esgotar-se por completo e cair, daí não conseguiu se levantar mais... Nunca mais! — fechando os olhos fortemente ela gritou: — Mamãe morreu porque me amava! Eu a matei!

Por quase dois segundos inteiros o choque tomou conta do rosto de Sesshoumaru e, sem que ele percebesse, levou a outra mão à cabeça de Rin.

—Não foi sua culpa. — ouviu-se dizer — Você não matou sua mãe.

Mas agora que havia começado Rin não conseguia mais parar de falar:

—Meus avós são velhos e não recebem tanto assim na aposentadoria para conseguirem cuidar de uma criança, principalmente com eles achando que eu realmente preciso de todas aquelas coisas, se eu tivesse ficado eu os teria matado também, como matei Mariko, porque eles trabalhariam até a morte para me fazer feliz e não me escutariam quando eu dissesse que já sou feliz só por tê-los comigo, assim como mamãe! — sem perceber ela o estava puxando — Foi por isso que o procurei Sesshoumaru-Sama! O senhor e só o senhor poderia me salvar! Porque o senhor é um escritor e ganhar bem, e tudo o que tem que fazer para isso é escrever, e faz isso a hora que bem entende! — e o puxava mais ainda, quase como se estivesse zangado pela vida dele ser tão “fácil” enquanto sua mãe havia sido tão miserável — Algumas palavras em um papel e o senhor será capaz de me dar tudo aquilo que necessito, e ninguém mais terá que morrer para isso! — afirmou, e finalmente pareceu começar a se acalmar continuou: — Mas... Mas se o senhor enviar todas essas contas para os meus avós, tudo o que fiz... Não terá servido de nada, eles vão tentar pagar, eu sei que vão, e isso vai matá-los... Como matou Mariko. — ela aproximou-se mais um passo, ainda agarrada às roupas de Sesshoumaru — Por favor, Sesshoumaru-Sama, não envie nada, eu pagarei tudo que está gastando comigo agora, juro, espere só até que eu cresça e possa trabalhar... Mas não cobre nada de meus avós, eles vão trabalhar até a morte para pagar e eu... Eu não quero matar mais ninguém que amo.

 Lentamente e com um nó na garganta as mãos de Sesshoumaru deslizaram dos ombros de Rin para suas costas, enquanto a menina chorava desconsolada pelo crime do qual acreditava ser culpada.

—Shhh. — fez suavemente abaixando-se à sua altura e a abraçando — Está tudo bem pequena, está tudo bem.

—Sesshoumaru-Sama... Sesshoumaru-Sama eu te amo — ela disse baixinho passando os braços em volta de seu pescoço, e repetiu — Sesshoumaru-Sama eu te amo.

Seria possível... Que ele estava realmente, de alguma forma, sentindo alguma piedade daquela criança?

...

Dias mais tarde, aquele mesmo Sesshoumaru “piedoso”, de até pouco tempo atrás, estava adentrando o prédio do laboratório no qual havia estado com Rin há cerca de uma semana.

—Boa tarde, em que posso ajudá-lo? — a recepcionista do laboratório o atendeu com um sorriso cordial.

—Eu sou Taisho Sesshoumaru. — respondeu — E estou aqui para buscar o resultado de um exame de DNA.

:::Cena Extra:::

Durante o festival escolar...

Kagome gostaria de saber que tipo de maquiagem foi usada nela, para não ter desbotado nem um pouco ainda, embora isso fosse bom, assim ela não teria de retocá-la antes de voltar ao seu serviço no labirinto.

—Você está parecendo a noiva cadáver. — Sango comentou quando a viu chegar no ponto de encontro onde elas haviam combinado de encontrarem com os garotos.

Sango parecia completamente a vontade em seu cola de nekomata, Kagome não sabia se conseguiria se comportar de maneira tão natural se tivesse que usar aquilo na escola.

—Talvez essa tenha sido a intenção? Afinal eu sou uma representação da morte. — Kagome deu de ombros sugando pelo canudinho o refrigerante que havia comprado, tinha a garganta seca depois de gritar tantos agouros de morte pelo labirinto.

—Achei que Kikyou fosse ser a Mulher Osso.

—E é, eu sou uma banshee. — Kagome confirmou sentando-se ao lado da amiga, e tomando muito cuidado com o vestido branco.

—Você viu Rin e Sesshoumaru? Eu os levei até o labirinto.

—Eu os vi. — Kagome concordou, fazendo uma careta — Rin caiu e machucou o joelho.

—Nossa! Ela está bem?

—Não é nada grave, você com certeza já fez coisa pior.

—Uma vez desloquei o joelho andando de bicicleta. — Sango riu.

—Com certeza não foi nada assim. — Kagome balançou a cabeça nem querendo imaginar a cena — Só espero que Sesshoumaru... Ali vem Miroku.

Miroku não havia tido sorte no sorteio em classe, e acabara ficando com o papel de uma criatura que nem sequer precisava de uma fantasia além de um par de luvas qualquer.

—Olá garotas. — ele sorriu — Do que falavam?

—De Rin e Sesshoumaru. — Kagome.

—A-ah, vocês... Falaram com eles? — por que Miroku parecia um pouco nervoso?

E não foi apenas impressão sua, porque Sango também o olhou desconfiada.

—Sim, e Rin machucou o joelho. — Sango contou ainda desconfiada.

—Sério? — Miroku surpreendeu-se — Como?

—Acho que estava correndo. — Kagome deu de ombros.

—Quem estava correndo? — alguém perguntou com voz abafada.

De repente Kagome arfou e quase derrubou o refrigerante em seu impecável vestido branco quando uma assustadora cabeça de touro se assomou sobre o grupo, quem quer houvesse se ocupado de confeccioná-la havia se dedicado muito — talvez até demais — em seu realismo.

De repente a cabeça de touro foi retirada e a cabeça humana de Inuyasha surgiu por baixo, com os cabelos amassados, claro, ele era o minotauro.

—Rin. — Sango respondeu.

—Ah. — Inuyasha segurou a cabeça de touro debaixo do braço — Ela se assusta fácil, não é?

Três pares de olhos se fixaram em Inuyasha.

—Inuyasha não me diga que você assustou a Rin. — Miroku o censurou.

—Eu puxei o pé dela... Por que estão me olhando assim?

—Seu monstro insensível. — Kagome murmurou desviando o olhar, aquela cabeça de touro era terrível — A pobre menina...

—Era o labirinto do horror, o que mais eu devia fazer? — Inuyasha defendeu-se.

—Ele é irmão de Sesshoumaru, o que mais se podia esperar? — Sango virou a cara.

—Talvez ela estivesse fugindo dele quando de machucou. — Miroku acusou.

—Mas do que vocês estão falando?! — Inuyasha reclamou irritado sem entender nada.

:::Fim da Cena extra:::


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Notas finais do capítulo

Infelizmente o que aconteceu com a mãe de Rin não é apenas ficção, esse é um problema atual do Japão: muitas pessoas acabam trabalhando em excesso e morrendo por isso, o fato é conhecido como "Karoshi", e atualmente o governo do Japão vem tentando implementar medidas para "forçar" seus cidadães a descansar.
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Agora sobre o capitulo, será realmente que nosso gélido Sesshoumaru em fim conseguiu sentir alguma compaixão? Mas de um jeito ou de outro ele em fim foi buscar o exame de DNA...!
E o que acharam da cena extra?
Ah, apenas uma curiosidade à parte: A mulher osso (Hone-Ona) referida por Sango e Kagome como sendo a fantasia de Kikyou no festival, se refere a uma lenda onde uma mulher, geralmente jovem e bela, que deixou um grande um amor em vida levanta-se de seu túmulo numa forma cadavérica e vaga pelas ruas perguntando sobre a residência de seu amado, ao encontrá-lo ela rouba sua força vital e o leva consigo para a morte.



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