Maria Madalena escrita por Beatrice do Prado, Arrriba, Beatrice do Prado


Capítulo 4
Todo Mundo em Pânico!


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, suas lindas! Era pro capítulo sair um pouco mais cedo, mas a comunicação entre a Arrriba e a Beatrice falhou um pouco, mals aí, hesuheuseh! E tivemos problema com o gif no final também ¬¬'

Queremos dedicar esse capítulo à leitora AustenGirl, que nos surpreendeu DEMAIS, DEMAIS MESMO recomendando a fic! Sua linda, te juramos amor eterno, muito obrigada mesmo!

E só pra avisar, nós tivemos que dividir esse capítulo em dois - o que fica evidente pelo tamanho deste, hehehe! Ia ficar enorme, portanto decidimos que, além deste, postaremos mais um capítulo normal e também um bônus. Ou seja, teremos mais duas semanas de Maria Madalena antes do fim, hehehe!

Beijos, suas lindas! Esperamos que gostem! Neste temos a prévia da aparição do Negan =D



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Anteriormente, nesta porra:

“-Maria Madalena e eu conseguimos nos infiltrar em segredo no caminhão que Rick conduzia a Alexandria, mais uma vez mostrando que a esperteza supera a força. Depois de conhecer o grupo e ver o potencial da comunidade, consegui convencê-los a nos acompanhar até Hilltop, a fim de unir nossos interesses contra a ameaça dos Salvadores...”

“-Jesus, ‘tá muito sucinto! Enrola mais nessa merda de previously, pelo amor de você, dá seu jeito aí!”

“-Ué, enrolar pra quê?”

“-Porque nesse capítulo vai ter aquela previazinha marota do confronto com o Negan, seu lerdo, e eu ‘tô me cagando toda aqui! O ânus ‘tá até parecendo um buraco negro engolindo tudo à volta, inclusive não ia falar, mas já que você me fez tocar no assunto, minha bunda ‘tá entrando pelo cu de tão entupido que está essa desgraça. Sabe quando o medo é grande ao ponto de dar alguns reflexos anais que...”

“-Maneira na riqueza de detalhes, Madalena, por favor... Os leitores não precisavam ter imaginado esse quadro mental, e muito menos eu!”

“-Mals aí, galera, mas ‘tá foda mesmo o negócio pro meu lado. Sei lá, de repente a gente pede ‘pra Beatrice e ‘pra Arrriba adiar um pouco mais isso aí, elas parecem ser tão gente boa! Nós podemos compensar fazendo uns trinta capítulos de zoeiras aleatórias com os personagens, o que acha? Esse povo é tão esculachado que material não ia faltar...”

“-Tarde demais, mana. Já estamos sendo seguidos pelo grupo do Negan, eu quase posso ver a Lucille na minha frente.”

“-Ai, caralho, fodeu! Fodeu forte, fodeu rude...”

“-Deixa de ser covarde, Madalena! É só você ficar quieta que vai dar tudo certo!”

“-Certo, Jesus, sério mesmo? Você sabe que ficar quieta está além das minhas habilidades, e convenhamos, você só fala isso porque sabe que o Negan é muito mais escroto com mulheres... Queria ver toda essa sua coragem se você estivesse prestes a enfrentar o idiota exalando feminilidade, tipo eu. E ‘pra isso basta tirar a barba e o gorro, caso esteja a fim de tentar!”

...

O silêncio se arrastava sorumbático no interior do trailer, vez ou outra perturbado pelo fino chuvisco que batia sobre a lataria do veículo.

Cada semblante parecia mergulhado dentro de suas íntimas conjecturas, como se naquela imersão aos próprios sentimentos os integrantes do famigerado grupo de Rick Grimes tentassem formular novas alternativas, que os fariam sobreviventes do confronto cada vez mais iminente com os Salvadores.

Já haviam passado por muito mais do que sabiam serem capazes de suportar, e cada desafio superado servia como um novo aprendizado às suas existências maltratadas. Contudo, por mais que reconhecessem o verdadeiro potencial de seu grupo, não pareciam de todo confiantes na amplitude de suas capacidades naquele novo impasse. Negan se mostrava uma criatura implacável, e até mesmo o próprio xerife vinha nutrindo sérias dúvidas sobre o embate que os aguardava.

Mas, no fim das contas, não importava.

Ao término de todo o conflito, sempre eram levados à exaustão de suas forças, assim como aos limites de suas humanidades já perigosamente abaladas. Quando sua própria espécie colocava em xeque a existência de semelhantes naqueles tempos tão árduos, às vezes desistir parecia tentador. Não era raro perceberem-se à beira da loucura quando se viam obrigados a travar uma guerra contra o sadismo humano. Quando, ao invés de unir forças contra os errantes, os sobreviventes daquele caos se valiam da existência dos mortos-vivos para justificar tamanhas barbáries e destruição.

Durante toda a experiência de Rick Grimes diante do apocalipse zumbi, o xerife brutalmente acabou aprendendo que não eram os mortos seus principais predadores. O verdadeiro mal não residia na infecção. Residia nos instintos sádicos de uma humanidade que não mais conseguia camuflar sua propensão à selvageria.

“-Nossa, cara, que vibe ruim de pensamentos... – Maria Madalena atestou, fitando o líder de Alexandria com algum espanto notório em suas feições comumente suaves – Temos que melhorar esse astral aqui, afinal isso ainda é uma comédia, né, as pessoas querem dar umas risadas... Vamos analisar o lado bom nisso tudo... Vocês estão exaustos de sempre cair nesse mesmo ciclo vicioso de enfrentar algum psicopata lunático? Sim, com certeza! As mentes insanas só pioram? Pois é, é a vida! Negan parece um oponente invencível? Não vou mentir ‘pra você, parece mesmo! Vocês estão ficando sem alternativa? Pode apostar que estão... – a mulher parou aquele discurso que tinha por intenção ser motivacional, tentando reencontrar aquele foco sem nenhum sucesso – Escuta, alguém aqui sabe o lado bom dessa porra toda ‘pra me contestar? Porque se ninguém me interromper eu posso continuar com isso até o fim do capítulo e ainda não vou conseguir defender meu ponto de vista...” – Maria Madalena viu todos aqueles rostos ainda dominados por uma profunda tensão, ninguém se dignando a respondê-la ou mesmo lhe oferecer qualquer tipo de cartaz que estimulasse seu monólogo.

O silêncio ainda se alastrou como uma praga entre eles, um verdadeiro aliado na arte de disseminar o medo e o receio que todos ali vinham sentindo, inclusive a própria irmã de Jesus. Maria Madalena examinou todos os que estavam no trailer, de início um pouco pensativa, até que um daqueles sorrisos arteiros não tardou a brotar em seu rosto jovial.

“-Eu já sei como animar vocês. Vamos cantar alguma coisa... – disse, percebendo Daryl soltar um muxoxo desagradado, ao que Rick apenas lhe lançou um olhar letal ao virar o rosto brevemente da direção, mas não chegou a pronunciar nenhuma palavra que demonstrasse sua impaciência... Já aprendera que, com aquela mulher, não adiantava nenhuma intervenção contrária. Madalena sorriu ainda mais largamente, feliz por finalmente arrancar deles alguma reação, ainda que adversa – Vocês não conhecem nenhuma música? Nada? Nossa, que povo desanimado... Vocês acham que o Negan vai gostar de toda essa apatia? – ainda não obteve qualquer resposta verbal, porém a moradora de Hilltop já entendia bem o grande motivo de toda a aflição ali concentrada. Ela suspirou longamente, vendo-se obrigada a tocar no delicado assunto – Bom, acho que pelo jeito todos vocês já tiveram a oportunidade de ver o episódio 7x01, não é mesmo? Sim, foi chocante, pesado e um completo chute no saco dos feelings, mas não é hora de perder a cabeça... – ela parou, franzindo o cenho ao prestar atenção no comentário que acabara de fazer – Bom, para o Abraham e para o Glenn talvez seja, num sentido bem literal, mas o resto precisa ficar firme agora que já estamos a caminho de encontrar os Salvadores...”

Continuaram olhando-a, pouco dispostos a entrar em seus estranhos jogos de humor duvidoso. Nenhum dos semblantes parecia ter aliviado a preocupação, alguns até se mostrando um tanto lívidos, sem saber muito bem como lidar com mais aquela adversidade.

Uma mulher loira, que até então não estava presente, surgiu com um ar indignado, fazendo com que todos ficassem boquiabertos.

“-Olha o nível disso... Vocês estão prestes a enfrentar o pior vilão da série até agora, e ainda se prestam a dar ouvidos para essa louca...”

“-Ih, gente, quem é essa?” – Maria Madalena questionou, não reconhecendo a mulher do seu encontro com o grupo do xerife.

“-Andrea?” – Michonne a reconheceu, ressabiada por ver a antiga amiga lá.

“-Que foi, parece até que viram um fantasma...” – a loira replicou, ainda com ares irritados.

“-É que você já morreu há umas duas, quase três, temporadas...” – Maggie lembrou-a, ao que Andrea apenas deu de ombros, desinteressada por aquele mísero detalhe.

“-Tô tentando um bico aqui porque me arrependi de ter saído da série... – confessou, esparramando-se num dos lugares vagos do trailer – Mas acho um desrespeito usar toda a tensão que envolve o apocalipse zumbi ‘pra fazer piadas, ainda mais elas sendo tão ruins...”

“-Eu não te conheço, moça, mas desencana – Tara se pronunciou ao seu estilo calmo, pouco propensa a discussões – Isso aqui é uma paródia, não tem como levar a sério mesmo...”

“-Fora que levar conselho de gente que já tá morta há quase três temporadas é foda, né...” – Glenn se manifestou, assim como seus demais colegas achando bizarra a aparição de Andrea.

“-Glenn, melhor ficar na sua que você é o próximo...” – Madalena o avisou, um sorriso de canto esperto brincando nos lábios.

“-De qualquer forma resolvi aparecer, vai que eu consigo ser esposa do Negan também – Andrea disse, o timbre soando esperançoso – Afinal, meu currículo em pegar gente escrota é imbatível!”

“-Tá bom, agora que você já apareceu, já teve os cinco minutos de atenção que queria, vamos voltar ao que interessa. Vou cantar uma música que vai tocar fundo no coração de vocês, principalmente o seu – Madalena apontou para Maggie – Essa é clássica, gente, não tem como não conhecer! – limpou a garganta, dando início à canção mesmo com os olhares em reprovação que a fitavam – O velho Hershel tinha uma fazenda, ia ia ô! No celeiro ele guardava um monte de zumbi, ia ia ô! Era gr gr gr pra cá... Era gr gr gr pra lá... Era gr gr gr pra todo lado, ia ia ô... Todo mundo comigo agora, vai, do começo! O velho Hershel tinha uma fazenda, ia ia ô! Daí chegou um xerife enxerido, ia ia ô. Rick Grimes é tão burro que fodeu com todo mundo, ia ia ôôô...— a última nota saiu arrastada, devido ao breque brusco que o líder deu no trailer, ia ia ô... (Não, galera, desculpa, a gente ficou com a música na cabeça. Erro nosso). – Hey, palhaço, comprou a habilitação foi? Você acabou com o ritmo da minha música.”

“-Temos um problema aqui...” – o xerife aferiu, olhando embasbacado para a enorme barragem humana que tinha à frente.

Contra tudo o que o líder esperava encontrar naquela viagem, a estrada estava toda bloqueada por várias fileiras de palhaços assassinos, todos os macabros circenses olhando de forma perversa para o trailer. Os inúmeros sorrisos, igualmente assustadores, fazendo um arrepio brotar na espadachim ao se deparar com aquela aterrorizante cena. Os olhos estranhamente atemporais daquelas criaturas eram de um profundo dourado, as íris tão malignas como os sorrisos de dentes pontiagudos que se abriam, como uma promessa de morte.

Michonne abriu o mapa sobre o painel do trailer, irritada após se recuperar do susto.

“-Eu disse que aquela entrada não ‘tava certa, Rick, olha aqui! – apontou para o mapa de modo incisivo – A gente veio parar no estúdio errado. Esse aqui deve ser o do remake de It, do Stephen King. Temos que pegar o primeiro desvio e voltar.”

“-Cara burro... – Madalena resmungou enquanto Grimes dava ré, ainda aborrecida por ter sua música interrompida. – Agora vou ter que começar outra...” – avisou, ao que todos trajaram semblantes desanimados. O arqueiro bufou, o único a expressar seu descontentamento com palavras.

“-Alguém joga essa garota ‘pros palhaços assassinos... ela ia fazer sucesso no meio deles!” – Dixon resmungou, tendo que se controlar para ele mesmo não se atirar dali. Duvidava seriamente qual das opções parecia mais desesperadora; se os inúmeros Pennywises à fora, ou aquela única menina loira e insolente atazanando sua paciência. Acabou concluindo que a convivência com psicopatas circenses lhe parecia menos cruel.

“-Ah, que gentil! – Madalena exclamou numa felicidade honesta – Sabia que você não ia resistir por muito tempo, seu lindo! Essa próxima música eu dedico à Maggie de novo, mas depois a gente conversa melhor, gostoso!”

“-Melhor parar com a cantoria, Madalena. Por isso que o Rick entrou no estúdio errado...” – Paul Rovia se manifestou, e embora já estivesse plenamente habituado às loucuras da irmã, nem ele parecia suportar mais aquela situação.

“-Nem vem me culpar por isso não, eu ‘tô na minha aqui divertindo a plateia, não é mesmo, galera?”

Silêncio. Ninguém olhou diretamente para Maria Madalena, apenas Daryl relanceou um olhar descontente à mulher enquanto soltava um tsc audível, representando bem a opinião geral em toda a sua rudeza.

“-Ah, agora todo mundo virou crítico musical, é isso mesmo? Eu tenho uma canção melhor, acreditem em mim, dessa vocês vão gostar. Me acompanha nessa, Maggie... – ela pediu, um sorriso de expectativa quando encarou a esposa de Glenn – Você pode fingir que eu sou a Beth!”

“-Vou dispensar essa, obrigada...” – recusou, ainda que com um sorriso simpático nos lábios.

“-Mas como não, se ‘tá no seu script? – argumentou, retirando os papeis com as falas e mostrando para a mulher de olhos verdes – Bem aqui, ó! 'Maggie acompanha Maria Madalena na cantoria, alegre como só ela'! Acho que as autoras estavam com preguiça de escrever isso, que merda, né... Tenho certeza de que eu faria um trabalho melhor...”

“-Você se enganou... Houve mudanças no roteiro, acho que não te passaram.”

“-Maggie, Maggie, não me faça chamar a Arrriba e a Beatrice aqui... Bom, de qualquer forma você ainda não sabe a letra, escuta primeiro e depois você me acompanha no dueto. – pigarreou de forma exagerada antes de novamente se por a cantar – Vida, devolva toda minha família, não quero ficar tão sozinha, devolva-me o Gleeeeenn...— arrastou a nota, o timbre desafinado provocando uma careta em Daryl, esta vindo acompanhada de um suspiro – Sem seus olhinhos meu mundo fica tão vazio, assim nem quero ter meu filho! Por que tudo isso comigo? Eu vou engordaaar...

“-Já chega, eu me demito! – Maggie ergueu-se, pela primeira vez exaltada – Achei que eu podia participar disso aqui ‘pra tentar superar todas as sacanagens que fizeram comigo na série, mas não está dando certo ‘pra mim, me recuso!”

“-Calma, moça, tudo bem, não precisa cantar junto não! Poxa, só quis te homenagear, você é a pessoa mais sofredora da série inteira! Perdeu o pai, perdeu a irmã, daqui a pouco vai perder o pouco-olho aqui, quer dizer, uma hora a pessoa surta mesmo... Mas pensa pelo lado positivo, você ainda teve uma família que te amou muito, já esse aqui – apontou descaradamente para Dixon, meneando a cabeça numa negação pesarosa – nunca teve nada...”

“-É mesmo – Maggie acalmou-se de imediato ao fitar o caipira, voltando a sentar em seu assento – Ainda ‘tô no lucro.”

“-Então, pensando nesse gostoso que só se fode a porra da série inteira, mas que não fode ninguém, vou cantar uma música muito especial para alegrá-lo e levantar seu astral. Me acompanhe nessa, Daryl, eu sei que você sabe de cor! – Madalena estalou os dedos algumas vezes, acompanhando o ritmo irritantemente feliz que Daryl de imediato reconheceu – We're on easy street, and it feels so sweet, cause the world is but a treat when you're on easy street! And we're breaking out the good champagne, we're sitting pretty on the gravy train and when we sing every sweet refrain repeats, right here on easy street! It's our moment in the sun and it's only just begun. It's time to have a little fun, we're inviting you to come and see why you should be on easy street... Yeah, we got a front row seat! O, to a life that can't be beat right here on easy street. It's our moment in the sun and it's only just begun, it's time to have a little fun and we're inviting you to come and see why you should be on easy street! Yeah, we got a front row seat. O, to a life that can't be beat right here on easy street! Cause the world is but a treat when you're on easy street. Cause the world is but a treat when you're on easy street!

“-Eu vou pular dessa porra!” – o arqueiro disse, agora ele se levantando de seu lugar e estudando a largura das janelas.

“-Puta que pariu, a gente se esforça e ninguém fica contente com nada aqui, eu acho que... – Maria Madalena interrompeu sua própria fala, de repente farejando o ar com atenção redobrada. Ela levantou num salto, olhando os arredores como se naquele instante percebesse algo de muito errado no ambiente. Todos, por mais que já estivessem cientes de sua peculiaridade, ainda começaram a procurar o que a incomodava – Alguma coisa mudou aqui... – ela disse, o semblante de todo sério e não mais zombeteiro – Tem uma vibe muito diferente no ar!”

“-Eu não estou sentindo nada...” – Tara comentou, sem entender.

“-O único cheiro estranho é o do Daryl, mas esse porra sempre cheirou assim então a gente já ‘tá acostumado...” – Abraham se manifestou, também intrigado com a atitude da jovem loira.

Maria Madalena virou muito devagar o rosto na direção do arqueiro, seus traços transformados numa feição completamente séria e com uma pitada de teatralidade. Uma das mãos fez o cabelo esvoaçar para trás, os olhos semicerrados o encarando com fúria contida.

“-Quem é a meretriz que detém o teu amor e tua atenção, óh, Dario Alberto Dicson? – Maria Madalena o questionou, por completo dominada por aquela nova expressão de todo dramática – Por que recusas meu amor?”

“-Óh, menina – Dixon replicou, causando em todos os passageiros um sentimento de completa confusão – Não posso amar a ti dessa forma, pois sou teu pai!”

“-Isso não é possível, Dario Alberto, já que nunca fodeste ninguém...” – Carl virou da mesma forma espalhafatosa, e os poucos que ainda não tinham sido atingidos por aquela estranha aura permaneceram pasmos com a estranhíssima cena que se desenrolava diante de seus olhos.

“-Cala-te, Carlos Daniel! – o arqueiro passou os dedos pelo cabelo de modo inusitado, mas a sujeira ali era tanta que eles ficaram presos no meio do caminho – Estás equivocado! Fodi tua mãe, e tu também és meu filho, e estás com um tumor terminal na cabeça, por esta razão te perdoo...!”

“-GALERA, TENTA RESPIRAR O MÍNIMO POSSÍVEL AÍ! – Michonne se virou do banco do copiloto, um pano tapando o nariz e a boca fazendo com que sua voz soasse de leve abafada – O Rick pegou o caminho errado de novo e a gente veio parar na Televisa, pode ter efeitos colaterais! Aguentem aí que já estamos voltando!”

Maria Madalena olhou através de uma janela, a fim de se certificar daquela informação, analisando com cuidado a interação de um suposto casal no meio da estrada, prestando atenção na estranha fala da mulher de olhos chorosos do lado de fora do trailer:

“-Guilherme Augusto Martinez, sou louca por ti!” – A desconhecida declarou-se, em seguida esbofeteando com força o rosto do homem por quem acabara de confessar seu amor. O rosto masculino virou de forma exagerada, acompanhando bem a intrigante teatralidade da parceira.

“-Gente, e não é que é a Televisa mesmo, olha aí! Puxa, que alívio, achei que o problema era comigo...” – Maria Madalena meneou de leve a cabeça, como se tentasse espantar a confusão mental instaurada ali.

“-Mas é...” – grunhiu Daryl, também incomodado com a cena que acabaram protagonizando por influência dos trágicos cenários mexicanos, que pelo visto tinham o poder de intoxicá-los apenas através do ar aspirado.

Maria Madalena, sem nada dizer, empinou a cabeça de modo melodramático, imitando a mulher que acabara de ver do lado de fora ao virar um tapa estalado no rosto do arqueiro. Antes que Dixon pudesse se recuperar do súbito movimento – ou mesmo reagir de alguma forma –, Madalena o puxou com rudeza pela nuca, selando seus lábios num beijo conciso e firme. Tão rápido quanto iniciou o toque, se afastou, as íris donas de um teor vitorioso que tinham por intuito irritar ainda mais o caipira. Uma única sobrancelha elevou-se em desafio conforme ela se divertia em observar Dixon, todo esquivo.

“-Merda, perdi até pro Daryl...” – Carl reclamou, olhando sugestivamente para Enid, que ergueu o dedo médio em direção ao adolescente, desinteressada.

“-Maria, ‘tá louca? – Jesus confrontou a irmã pela investida mais ousada no arqueiro, os olhos azuis se esbugalhando em verdadeira preocupação – Você pode pegar uma doença! Vai que foi exatamente assim que começou a infecção zumbi?! Pode não ser à toa que o cara ‘tá na seca desde o começo! Depois você vai vir como o cão arrependido, com suas orelhas tão fartas, o osso roído e o rabo entre as patas ‘pra mim, e eu não vou te curar disso não!”

“-Desculpa, gente, me exaltei mesmo aqui... Foi efeito colateral da Televisa! Ainda ‘tô sentindo o ar mexicano à minha volta...!”

“-Não tá não que a gente já saiu de lá faz tempo!” – Rick anunciou, sem rodeios, finalmente guiando o trailer pela rota certa sob a vigilância constante e severa da espadachim.

“-Então minha referência a Chaves não foi efeito da Televisa?” – Jesus questionou, preocupado por se imaginar, de alguma forma, semelhante à irmã em suas loucuras.

“-Não, foi efeito colateral das autoras mesmo...” – Glenn disse sabiamente.

“-Roteiro do caralho...” – Daryl resmungou baixo, ainda enraivecido com tudo o que era obrigado a aturar daquela menina.

“-Deixa de ser viado, cara, a gente sabe que você gostou!” – Abraham disse, sorrindo de forma sacana para o arqueiro, que mal se dignou a olhá-lo.

Dixon deu sua resposta padrão àquele comentário; um grunhido descontente, que fez Maria Madalena o encarar com curiosidade.

“-Me ensina esse dialeto aí, tio... Quem sabe quando eu ficar fluente em Caipidixonês a gente não começa a se entender melhor...” – piscou, algo que foi acompanhado por um sorriso arteiro. A loira se dedicou a coçar o ombro esquerdo, e antes que Daryl pudesse responder à sua maneira mal humorada, Eugene disse, seu cenho franzido:

“-Minha nossa, o que é isso?” – o antigo professor de ciências apontou para uma cicatriz disforme abaixo do ombro da loira, apenas agora percebendo aquela irregularidade em sua pele.

“-Isso aqui? – ela apontou despreocupadamente para a marca, pouco interessada – Teve um dia que uns malucos aí tentaram me apedrejar... – contou, rindo com o espanto exagerado que tomou conta das feições do falso cientista – Mentira, isso aqui não é nada de mais, eu fui mordida.” – declarou, e percebeu cada um naquele trailer estancar, embora não descartassem que aquele fosse mais um logro bizarro da jovem. Grimes freou o veículo de forma brusca ao ouvir aquela confissão, e sem tardar foi até a garota loira, acompanhado por uma Michonne também perplexa.

“-Você foi o quê?” – o xerife questionou, já com a mão pousando em sua pistola, pronto para reagir ao menor sinal de necessidade.

“-Mordida.” – repetiu, ainda tranquila.

“-Você foi mordida?” – Rick insistiu, sem acreditar.

“-Fui sim.”

“-Mordida por um zumbi?”

“-É.”

“-Você está me dizendo que foi mordida por um errante?”

Maria Madalena se ergueu de seu assento, indo em direção ao líder com um olhar grave. Quando ficou bem próxima a ele, segurou o rosto do homem com ambas as mãos, o gesto firme apesar de delicado, e disse pausadamente, como se falasse a alguém com problemas de aprendizado:

“-Eu... fui... mordida... por... um... zumbi...”

“-Quanto tempo faz?” – Porter indagou, ressabiado.

“-Um ano, mais ou menos...” – a jovem loira declarou, parecendo pouco instigada com o assunto. Seus olhos azuis exalavam tédio.

“-Mas... Como você não se transformou num deles?” – Rosita inquiriu, vendo que a cicatriz de fato parecia bem antiga e saudável.

“-Porque eu sou uma X-Men...” – disse, ainda muito séria, quase solene.

“-Desconsidera, gente, ela só criou uma cura.” – Paul Rovia respondeu, também enfadado pelo assunto.

“-Vai se foder, Jesus. Como assim criou uma cura? Não é porque você transforma água em vinho e ressuscita pessoas que pode subestimar o trabalho duro dos outros. Foi difícil ‘pra cacete chegar nessa cura, mais respeito por favor!” – Madalena proferiu, indignada, pouco ligando para os semblantes completamente desacreditados e titubeantes que a fitavam, o receio difundido entre eles de forma unânime.

“-Você fez uma cura?” – o xerife novamente a abordou com uma indagação descrente, também relanceando olhares para a cicatriz no braço da jovem moça.

“-Isso.”

“-Você?”

“-Eu.”

“-Você está me dizendo que criou uma cura para a infecção?”

Maria Madalena respirou fundo como se tentasse reencontrar sua paciência perdida, novamente segurando o rosto do líder de Alexandria, da mesma maneira que havia feito pouco tempo atrás.

“-Eu... desenvolvi... uma... cura... à... infecção... dos... errantes!”

“-Pior que é verdade...” – Jesus resmungou ao se deparar com todos aqueles semblantes perplexos.

“-A sua cura é igual a do Eugene? Porque desse tipo de pilantragem a série já se ocupou bastante ‘pra gente voltar a bater nessa mesma tecla...” – Rosita novamente se manifestou, lançando um olhar de leve repreensor ao amigo que enganara tanto a si quanto Abraham, a fim de ganhar alguma proteção que o permitisse sobreviver.

“-Não, eu não sou amadora. Minha cura existe e digo mais... funciona.” – Madalena avisou com orgulho, e quando todos olharam em dúvida para Jesus em busca de alguma confirmação, ele anuiu com a cabeça.

“-Eu ainda custo a acreditar, mas é verdade...” – apoiou a irmã, fitando-a com indiscutível afeto. Ela tinha a capacidade de por vezes enlouquecê-lo com sua personalidade no mínimo questionável, porém ela era o que tinha de melhor em seus dias...

...O que apenas comprovava o quanto o resto era uma merda.

“-Como você descobriu a cura?” – Eugene questionou, ainda num misto de dúvida e fascinação.

Maria Madalena olhou fundo em seus olhos, os orbes de um azul profundo o fitando com solenidade.

“-Eu comi o cérebro de homens inteligentes como você. Quando usavam esse corte mullet então, eram os da minha preferência só pelo mau gosto.”

Eugene a fitou com reservas, se esgueirando para mais perto de Abraham, como se o soldado ainda tivesse a antiga motivação de servir a favor da proteção daquele que, falsamente, se intitulara cientista.

“-Dá uma mão aqui, Abraham...”

“-Se vira, seu puto escroto.” – o ruivo respondeu com irritação, sempre sentindo-se um completo imbecil por ter se deixado ludibriar pelas mentiras contadas por aquele homem.

“-E isso me lembra de um assunto que já queria tratar com o grupo... – Maria Madalena principiou, um sorriso travesso surgindo aos lábios – Eu até posso distribuir a cura ‘pra vocês, mas nada é de graça nessa vida... – disse, olhando com descaro para o arqueiro – Não vou especificar qual é o meu preço, mas digo que ele fede, é charmoso e tem uma mira fantástica!”

Como num ato reflexo, todos os olhares pousaram em Daryl, que se manteve impassível ao discurso.

“-Nem fodendo!” – ele decretou, terminando ali o assunto.

“-Daryl, eu sei que parece cruel – o xerife pesou, olhando de Madalena para Dixon –, mas se tudo isso for verdade e houver mesmo uma cura, às vezes temos que nos sacrificar pelo grupo...”

“-Olha, pensando bem eu posso me contentar com você, Rick. Prefiro o gostosão da besta, é verdade, mas já que você tem todo esse espírito de grupo e união, posso considerar... Tão bonito esse altruísmo!” – zombou.

“-Não, veja bem... – o xerife recuou, tremendo só de pensar em alongar aquela convivência – Eu até me sacrificaria pelo todo, mas já tenho um compromisso com outra pessoa e não posso me envolver aqui...”

“-Pimenta nos olhos dos outros é refresco, né, seu sacana? – a jovem loira disse, sorrindo – De qualquer forma meu fetiche é com o Daryl mesmo, por mais que você seja insistente, não daria certo entre nós e eu tenho um profundo respeito pela Michonne...”

“-Gente...” – Jesus tentou chamar a atenção dos outros, olhando com preocupação através do vidro da janela.

“-Gosto muito do jeito com que ele maneja as flechas, me arrepio toda...” – Maria desconsiderou o irmão, seu foco ainda todo direcionado a Dixon.

“-Gente...” – Jesus repetiu, aflito.

“-...E esse sotaque caipira então? Me faz ovular de cara, os ovários ficam em fúria!”

“-Eu acho que vocês deviam ver isso...” – Jesus chamou os outros, já sentindo o coração pulsar um pouco mais rápido em seu peito.

Rick foi de encontro ao homem de Hilltop, observando o lado de fora do trailer, e de imediato o espanto tomou as feições do xerife.

“-Eles estão aqui.” – comunicou, sua voz grave combinando com a postura já ousada de sua liderança.

“-Eles quem? Os Salvadores? – Madalena correu até uma janela, vislumbrando uma verdadeira horda dos homens de Negan cercando todo entorno do trailer – Porra, Jesus, por que você não avisa essas coisas? Presta atenção, cara!” – ralhou, recebendo do irmão um olhar cerrado de irritação.

“-Se me atacá, eu vou atacá*!” – Sasha alertou, seu olhar bem treinado de atiradora focado nos homens que apertavam o sítio do lado de fora.

“-É esse o espírito, garota! – Madalena aprovou, porém as mãos se entrelaçavam compulsivamente, deixando exteriorizar seu nervosismo – Mas gente, confesso que eu ‘tô me cagando aqui... Fodeu! Vai adiantar se eu disser 'Óh, e agora, quem poderá nos defender’?”

“-Vai! – Chapolin Colorado surgiu, balançando a marreta biônica em sincronia com suas agitadas anteninhas de vinil – Palma, palma, não priemos cânico!”

“-Vermelhinho! – Madalena disse com notório alívio, naquele exato instante sentindo-se um pouco mais calma – Graças ao Kirkman! Você veio nos defender do Negan!”

“-Peraí, é The Walking Dead essa porra? – Chapolin olhou para fora do veículo, já avistando Negan se aproximar com Lucille descansando em seu ombro direito. O herói mexicano passou a mão por suas anteninhas, acovardando-se – Eu voooou... sair fora daqui! Se virem, otários! – disse Chapolin um pouco antes de sumir, completando a frustração de todos com seu típico bordão – Não contavam com minha astúcia! Era melhor terem chamado o Batman!”

Naquele mesmo instante, uma voz forçadamente rouca se propagou por dentro do largo automóvel.

“-Nem fodendo...” – um homem vestido de morcego disse enquanto observava a cena de fora do trailer, também sumindo com rapidez do cenário desfavorável.

O grupo de Rick Grimes se olhou de forma assustada, e antes que qualquer um pudesse dizer alguma coisa, o xerife se prontificou:

“-Fiquem aqui. Eu vou lá.”

“-Sem chance, você é burro demais ‘pra isso! – Maria Madalena interviu, tomando a dianteira do desfavorável encontro – Não se preocupem, eu vou resolver esse caralho. Tenho um plano perfeito!” – anunciou, já saindo do veículo com plena confiança do que fazia. Jesus abaixou a cabeça, negando algo. De seus lábios foi possível ler algo como era isso o que eu temia...

Negan a fitou descer do automóvel, um amplo sorriso se abrindo em seu rosto à medida que brincava de forma desafiadora com Lucille no ombro. Foi Maria Madalena que cortou o silêncio antes que o próprio líder dos Salvadores o fizesse.

“-Isso non ecziste! É uma ilusão de óptica! Podem ir ‘pra casa!” – a jovem loira tentou, parecendo convicta de que poderia usar a força da mente para espantá-los. As mãos passaram a se movimentar em frente ao rosto da moça, como se ela tentasse enfeitiçá-los com algum tipo de ilusionismo barato – Vão, capetas!”

“-Esse é o... melhor... que consegue fazer?” – Negan questionou, sem jamais apagar aquele sorriso atrevido e prepotente de seu rosto.

“-Não, meu bom homem, eu jamais viria até aqui sem um plano B! Não sou louca de apostar tudo numa única investida... – disse, a expressão astuta e zombeteira brincando num rosto intransigente, que de imediato instigou o líder dos Salvadores. Maria Madalena retirou do cós da calça uma espécie de varinha, apontando para o rosto de meia idade do homem – Obliviate! – Maria Madalena tentou lançar o feitiço contra Negan, percebendo-o infrutífero pelo fato de o homem sequer alterar sua postura, o sorriso ainda intacto. Ela passou a olhar para o objeto, sacudindo-o – Merda, comprei esse caralho no AliExpress, levou um ano ‘pra chegar e agora não funciona! Faz o seguinte, querido, segura o bastão um pouco mais à frente que eu vou tentar uma coisa... – pediu, contudo Negan sequer pareceu lhe dar ouvidos – Não vai colaborar? Tudo bem, eu tento mesmo assim, andei treinando, vai funcionar... Expelliarmus!” – engoliu em seco ao ver o homem começar a assoviar tranquilamente, tirando Lucille de seu ombro enquanto chegava mais perto.

“-Já acabou de brincar, bonequinha?” – perguntou num tom falsamente afável, usando a extremidade rodeada por arames farpados do bastão para erguer de leve o queixo da menina aparentemente atrevida.

“-Você não me dá outra escolha! Espero que me anistiem pelo uso da maldição imperdoável, é preciso! IMPERIUS! – tentou uma última vez, desesperada. Vendo que não funcionou, baixou os olhos, parecendo conformada e um tanto deprimida – Acho que o jeito é partir ‘pro plano C então... Ainda tem vaga aberta no seu harém? – questionou, em nada alegre com aquela sugestão – Qual é o processo seletivo? As moças precisam fazer alguma prova, sei lá, uma fudest** ou algo do tipo?”

Negan soltou um riso curto, quase parecendo um homem saudável naquele lapso de divertimento. O líder dos Salvadores passou a rodeá-la, arrastando Lucille no chão conforme se dedicava a contemplar cada detalhe da mulher, os olhos bem vívidos a estudando com minúcia, numa lentidão que parecia programada para fazer crescer ainda mais o nervosismo da jovem que ainda o enfrentava sozinha. Quando Negan completou a volta por Maria Madalena, cessou sua análise crítica, fitando os olhos bem azuis da menina com diversão.

“-Não se preocupe com isso. Gostei do que vi. Você sequer precisa de um processo seletivo.”

Um brilho invadiu o olhar da jovem, que naquele átimo de segundo demonstrou uma felicidade quase radiante e tão incoerente quanto.

“-Nossa, moço, que bacana! Eu nunca tinha passado em nada antes, e nem precisei fazer nada!” – bateu num dos ombros de Negan num gesto claramente exultado, e o líder dos Salvadores a encarou com alguma pontada de dúvida, porém sem jamais deixar o sorriso se corromper.

Deixou que sua atenção se desviasse para o automóvel, onde o resto das pessoas ainda se abrigava. Assoviando, caminhou até a lateral do veículo, de súbito golpeando a lataria com uma forte investida de seu bastão.

“-Que tipo de grupo se esconde todo dentro de um trailer enquanto uma única mulher vem me enfrentar? – Negan questionou, o próximo golpe ainda mais forte – Um bando de ratos, no mínimo. Sugiro que saiam daí por vontade própria. Se eu tiver que obrigá-los a isso, nossa conversa vai ser muito pior.” – avisou, e bastaram alguns segundos para que a porta agora amassada se abrisse.

Para a profunda alegria de Maria Madalena, Daryl foi o primeiro a sair, sua expressão desafiadora sobre Negan fazendo a menina sorrir de orgulho. Que homem!

“-Tão covarde que comecei essa temporada te socando a porra da cara!” – o arqueiro replicou, desafiador.

Em seguida saiu Jesus, dando de ombros quando passou por Negan.

“-Não julga não, cara, até o Batman fugiu de você... Eu amo essa garota, mas não sou estúpido...” – comentou, colocando-se ao lado da irmã.

Os demais saíram sem qualquer entusiasmo e se colocaram ao lado dos companheiros, prostrando-se ombro a ombro. Negan andou ao longo do grupo, fazendo questão de encarar demoradamente cada uma das pessoas, seus orbes castanho-escuros luzindo um brilho sádico conforme reconhecia a fibra daquelas pessoas. Ainda sorrindo, ordenou:

"-Ajoelhem-se, filhos da puta!"


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Notas finais do capítulo

*Bordão muito loko da Inês Brasil xD

**Fudest = trocadilho infame com um dos vestibulares mais cruéis do estado de São Paulo (fuvest). Aliás, desejamos boa sorte a quem está nessa fase demoníaca da vida! Nós conhecemos o seu desespero, hehehe!

Gente, nós precisamos compartilhar isso... No dia em que nos encontramos para escrever esse capítulo, naquela parte em que todos são dominados pelos ares da Televisa (emissora mexicana), a Arrriba se empolgou um pouco e disse num tom de voz super baixo e sutil (sqn) uma fala da Enid para o Carl (que a gente acabou tirando depois), mais ou menos assim: "Fique na sua, Carlos Daniel, pois também não me fodeste". O nosso vizinho de mesa começou a rir loucamente e ninguém mais conseguiu disfarçar porra nenhuma, a gargalhada se instaurou na praça de alimentação, hesuheuseh!
E mais, foi muito produtivo esse dia! Ganhamos algodão doce de graça! Brincamos de esgrima com eles (pareciam sabres de luz, gente, era tão bonitinho)? Brincamos sim, mas faz parte.

Aliás, fica aqui uma nota da Arrriba:
Galera, vim aqui pra dar uma dica pra vocês... Sabe essa musiquinha irritante pra caralho que foi usada na tortura do Daryl? Pois é, preciso compartilhar com vocês que coloquei essa droga de música como despertador, assim toda vez que acordo às 5 da manhã querendo matar o primeiro que surgir na minha frente eu penso "O Daryl tá pior do que eu, levanta a porra da bunda daí e vai se arrumar", e olha, tá dando certo, huashuashauhs! Quando passa meu ódio por acordar com essa música dos infernos eu consigo ficar um pouco mais otimista. Só isso mesmo, dica da Arrriba xD



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