O Príncipe e o Servo escrita por Flourstes


Capítulo 2
Regra n° 2 ✧ Ela pode usar magia, sob ocasiões de necessidade.


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem pelos erros de gramática.



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— Não há nada que possamos fazer– disse o médico real, examinando o garoto de cabelos castanhos deitado na cama do príncipe. – Ele perdeu muito sangue. Ou esperamos até que sucumba à morte, ou podemos dar um fim a sua dor agora mesmo.

 John olhou para seu servo, deitado em agonia. Descartou a ideia de “acabar com o sofrimento” assim que a ouviu. Deveria haver uma outra saída. Assim, muitos sentimentos negativos se apoderaram do jovem príncipe.

Pegando o doutor pelo colarinho, disse:

— Você deveria se envergonhar! Diz ser o melhor médico deste reino e nem ao menos consegue curar uma facada acidental?! – pretendia continuar a insultar o velho homem, porém, as tossidas de sangue o fizeram calar, largando o médico e se aproximando da cama. – Saia! –disse com firmeza o nobre ao doutor. Não conseguia compreender. Aquele rapaz não era nada além de um mero servo, por que deveria ficar tão preocupado e abalado com uma simples ameaça de morte?

Então, uma ideia passou por sua cabeça. Não se importava por Jack ser um mero servo, iria salvá-lo. Ou ao menos, fazer o possível. Chamou Porter, e mandou-o ficar em companhia do garoto à beira da morte.

Apanhou sua capa longa, que odiava, porém dava um ar superior por informar que era da nobreza, e a coroa, que ajudava no quesito “intimidação”. Saiu do quarto, deixando, relutantemente, o homem atraente com Jack, e seguiu para as masmorras com dois guardas em seu encalce.

Ao chegar no subsolo se deparou com um lugar imerso em sombras. Havia um sussurro escorregando salientemente pelas paredes úmidas e frias feitas de pedras.

— Me dê as chaves – ordenou o príncipe à um dos guardas. Ao pegar as chaves se dirigiu, sozinho, a uma cela.

Naquele lugar especifico, os ratos estavam mais aprumados, fazendo grande estardalhaço, as eras cobriam quase toda a porta, e as sombras passavam a impressão de estarem dançando, todos querendo entrar e se juntar ao que estava lá dentro.

O príncipe suspirou e abriu a porta. Se deparou com uma mulher. Cabeça abaixada, cabelos castanhos, desgrenhados, sujos, danificados pela umidade; um vestido de cor escura, rasgado, podre; pés descalços, calcanhares mais magros do que deveriam ser, pernas a mostra, machucadas, arranhadas, sujas; as mãos, desnutrias, largadas para os lados; duas enormes pulseiras de ferro em torno dos pulsos, com grandes correntes anexadas ao chão frio de pedra, tornando impossível para ela, levantar-se. Ao notar a presença do príncipe, a mulher moveu-se ligeiramente.

— Se for Lúcifer, avisa que não estou – disse, ironicamente, com voz rouca.

— Bruxa... – começou John, mas a mulher soltou uma risada estridente e maléfica.

— Príncipe John Von Doux. A que devo o desprazer desta surpresa? – pronunciou, ainda sem levantar o rosto.

— Vim lhe oferecer um acordo, prostituta de Satã – falou o nobre. 

— Prostituta foi Maria, seu covarde bastardo! –rosnou a bruxa, com raiva, cuspindo aos pés do príncipe.

— Se você almeja a morte, está muito próxima de conseguir. Continue com as provocações, e irei providenciar para que seja queimada na fogueira ao nascer do sol - neste momento, a mulher que até então mal havia se movido, levantou de súbito a cabeça; as tochas que estavam em extremas paredes, arderam em chamas, iluminando o cômodo frio e úmido, fazendo com que ambos pudessem ver as feições um do outro perfeitamente. Ao encontrar os olhos dourados da bruxa, o príncipe foi levado a um cenário aterrador: Sua mãe estava amarrada a um tronco de árvore, envolta em chamas, gritando em agonia e pânico. Chamava por alguém, mas o fogo ia lentamente comendo sua carne e abafando o nome... então houve uma explosão e o príncipe estava de volta a cela. Piscou forte e voltou a encarar o sorriso doentio no rosto da mulher de cabelos castanhos.

— Cale-se bonequinho. Diga-me a que veio.

— Você é um monstro – pronunciou o príncipe. O sorriso desapareceu.

Se eu sou o monstro, — disse a bruxa, com uma voz aterrorizante, fria e cortante – você é o motivo! Você e aquele pai de merda que você tem  a voz corria por toda a masmorra. – Se não vai me disser para que finalidade se prestou a descer até meus “humildes aposentos”, RETIRE-SE! — ao entoar estas últimas palavras, as fechaduras nas portas tremeram e um vento gélido levantou a capa do príncipe, vindo da parede onde a mulher jazia escorada.

— Se salvar uma vida, salvarei a sua. – falou o rapaz, fazendo a bruxa gargalhar.

— Por que eu faria uma cagada dessas?

— Já falei, por sua vida. Ou você morre amanhã, ou salva a vida de meu servo hoje e, adianta sua validade – outra risada gélida se fez ouvir.

— O principezinho está preocupadinho com o servinho? Hein? Está? – pronunciou ela, com voz manhosa. – Mas me diga, por que?  - Voltou a falar normalmente.

— Isso não a importa. Se não vai me ajudar, morra queimada.

— Nunca disse que não ajudaria. Apenas estou curiosa. Retire estas correntes infernais e farei tudo que estiver ao meu alcance – assim, a bruxa, com dificuldade, foi levada aos aposentos do príncipe, que subornou os guardas a guardarem segredo.

Ao chegar lá, a morena avistou uma bandeja com comida (John não havia comido) e se atirou a ela. E em menos de dois minutos, estava tudo limpo, inclusive o cálice com vinho.

— Estou melhor – falou, ficando ereta e se espreguiçando. Quem é o... – Começou. Porém, ao olhar para o lado, deu de cara com o servo. Ficou paralisada, o olhando com assombro. – Jack?! –disse com a voz falha e trêmula. Parecia a beira de lágrimas. Acariciou o rosto suado e pálido do garoto, com as mãos tremendo. Se virou e olhou com raiva para o príncipe e Porter, que estavam parados olhando a cena, surpresos. – SAIAM! – pronunciou, fazendo um movimento com a mão forçando-os a se retirarem e lacrando a porta.

— Senhor... acho que ela o conhecia.

— Você acha, é?! – disse o nobre, com sarcasmo e raiva para o guarda. – Me ajude a arrombar esta porta.

— Se ela o conhece e gosta dele, não vai deixá-lo morrer. Acho que se forçarmos, vamos apenas deixá-la brava e, talvez, descontrolada.

— Tem razão – anuiu o príncipe, sentando-se no chão.

(ノ◕ヮ◕)ノ*:・゚✧

Na manhã seguinte, John acordou com a cabeça escorada no ombro de Porter.

— Sai! – disse o príncipe, empurrando o outro, que ainda dormia, para o lado. Olhou para frente e viu um pé a mostra pelos rasgos de um vestido.  Levantou o rosto e se deparou com a bruxa, olhando-o.

— Bom dia – falou ela.

— Como ele está?

— Ah, você é muito estúpido. A faca não acertou um ponto muito crítico. Fechar a ferida foi fácil. O problema, apenas, foi a perda de sangue. Mas, como agora o sangue vai ficar dentro do corpo dele, está tudo bem – o príncipe suspirou aliviado. – E só para constar, você está com a cara horrível.

— Olha quem falando – disse John, se levantando e indo para o quarto. Ouviu um som de tapa, seguido por “O que aconteceu? ” e logo depois, Porter entrava no aposento. – Guarda, preciso que me faça um favor.

— Ah, corta essa, vai –disse Porter. – Pode me chamar de Porter senhor, já não precisamos ser tão formais. Pode falar chefia –o príncipe o olhando meio incrédulo, disse:

— Vá até a cozinheira e traga três porções de café da manhã.

— Jack não pode se alimentar – interveio a bruxa.

— Isso eu posso perceber. As três porções são para nós três, que estamos conscientes.

— Tudo bem –assentiu  Porter. – Senhorita –acrescentou ao se retirar.

— Que encantador – murmurou a mulher.

— De onde você o conhece? – perguntou John, se escorando na parede ao lado da cama enquanto encarava Jack.

— Frequentamos um orfanato na França juntos - disse ela, recostando-se ao lado da porta. - Seu nome completo é Jacques Williams. Mistura perfeita de francês e americano. 

— Então ele também é...

— Mágico? Não. Nós, bruxos, não escolhemos isso. Nascemos assim. Eu e ele apenas crescemos juntos – ela sorriu, se lembrando de algo. – Lembro-me de quando descobri sobre os poderes. Ele estava ao meu lado e riu quando eu explodi um bolinho em minha própria cara - o príncipe ouvia atentamente a todas as palavras proferidas pela mulher. - O orfanato era feito para crianças iguais a mim. Jack apenas estava lá pois Madame Charlotte o encontrou abandonado em uma casa que havia sido incendiada - meu nome é Jaqueline. Só para informar.

— Você já sabe o meu nome. Me diga, quantas crianças viviam lá – a expressão de Jaqueline se tornou obscura.

— Escuta, seu demônio tenebroso, - proferiu com raiva apontando um dedo para John – todos nós fomos criados por mulheres geniais, gentis, educadas e firmes. Nunca ousaríamos usar os dons que nos foram dados para um fim maldoso e egoísta. Fomos criados com disciplina, aulas iguais as suas e, principalmente, isolamento! Então, se acha que eu vou dar qualquer informação que seja para um mostro que apenas vê a verdade que quer ver e se recusa a ouvir o lado dos outros como você, saiba que está muito enganado! E se ousar condenar Jacques por “envolvimento com magia negra” sentirá a magia negra no meio da bunda!

— Isso nem passou pela minha cabeça! Esqueceu que quem a condenou foi meu pai?! Eu não estou nem aí para você ou seu dom. Apenas queria...- e calou-se, constrangido. A mulher avançou para ele e forçou-o a olha-la nos olhos. Sorriu.

— Ah... entendi. Você apenas queria... saber como Jackie cresceu. Bom, éramos apenas oito. E não se preocupe, ele nunca namorou –  gargalhou.

— Isso nunca passou por minha cabeça – respondeu ele, corando.

— Claro que não. Claro que não – proferiu ela em tom sarcástico e compreensivo. – Já ouviu dizer que os olhos são os portões da alma, jovem mestre?

— Cala a boca – Jaqueline riu mais.

— Como você pretende salvar minha vida?

— Ainda não sei – falou John, olhando para o servo. – Quando ele vai acordar?

— Talvez hoje, talvez amanhã. Entre este período. Mas não vai poder se esforçar muito por umas três semanas, o corto pode não ter sido em um lugar grave, mas foi fundo e pode voltar a abrir.

— Certo – neste momento, Porter entrou carregando uma enorme bandeja com seis pratos; três de frutas e três com torta de framboesa, juntamente a três copos de suco.

— Diga-me, Porter, - articulou Jaqueline, sentada na escrivaninha com as pernas cruzadas, tomando suco. – Você tem namorada? – o guarda se engasgou.

— N-Não – tossiu. John começou a rir e a bruxa sorriu.

(ノ◕ヮ◕)ノ*:・゚✧

Naquele dia, o príncipe tratou de trazer Porter para sua própria guarda, e manteve Jaqueline em seu quarto o tempo todo. As refeições foram tomadas no quarto, todas em três porções. O servo ainda descansava.

— Que tédio! – disse Jaqueline. Os quatro estavam no quarto (Jack na cama, desacordado), John lia, Porter observava uma mosca e a bruxa estava atirada em uma poltrona. – Porter! –gritou, fazendo o guarda se sobressaltar.

— S- sim?

— Vamos dar “uns pegas”. – ela proferiu, ainda encarando o teto.

— O- o que isso s- significa?

— Ah... A gente se beija e passa a mão um no outro, como se estivéssemos nos “pegando”, entende? – ele corou fortemente.

— O- O QUÊ?!

— Concordo com Porter – meteu-se o príncipe. – Por que você fala desse jeito?

— Que jeito? –perguntou a mulher, se sentando.

— Não sei explicar, mas é diferente. Mas um bom exemplo, é essa expressão: “pegar”.

— Ah. Sabe, bruxas tem... “tipos”, como se fossem raças ou espécies. Eu, como exemplo, sou uma bruxa temporal. Eu nasci anexada a uma época diferente desta, por isso algumas vezes tenho pensamentos ou falas que se contradizem com esta época – ambos anuíram e voltaram a fazer suas atividades. – Porter! Você não respondeu.

— A senhorita está me deixando embaraçado – o mesmo respondeu.

— Maricas.

— O que isso significa?

— Significa, meu caro loirinho, que você é uma mulherzinha.

— Por não me “pegar” com você? – como resposta, ela deu de ombros. Não demorou muita até o silêncio ser quebrado novamente.

— Isso é muito melhor do que aquela cela.

— Imagino – disse o príncipe.

— Hm – concordou o guarda.

John levantou e foi até a janela.  Estalou os dedos e disse:

— Já sei! – mas ninguém teve tempo de perguntar do que ele estava falando, porque neste exato momento, uma voz, a muito tempo calada se fez ouvir.

— O que está acontecendo? – era, obviamente, Jack. Acordado e tentando se sentar. – Ai, ai, ai, ai – disse, enquanto voltava lentamente a se deitar.

— Você precisa ficar deitado. Vai doer um pouco, mas vai sobreviver – pronunciou Jaqueline.

— Jaqueline?! – falou o servo, sentando-se rapidamente, e proferindo um grito de dor logo após a ação.

— Fique deitado – disse John, entre dentes, ajudando o empregado a se recostar o menos dolorosamente possível.

— O que você está fazendo aqui? – perguntou Jack.

— Eu estava passando por aqui e fui atacada por seu sogro. Mas aí, a mesa virou e o filho dele me pediu para curar uma pessoa, então eu descobri que você estava à beira da morte por hemorragia, e que você era a pessoa que eu deveria curar para adquirir liberdade, e o filho prometeu que eu iria ficar viva e está me protegendo a um dia, sem deixar o pai saber. E com protegendo, quero dizer, me deixar trancada nesse quarto fedido com você.

— Espera aí... Sogro?! – pediu o príncipe, virando-se para ela.

— Isso faz sentido – anuiu o servo.  

— Você vai poder se mover mais, assim que não sentir mais dor, tudo bem? – disse Jaqueline.

— Sim.

— Está escurecendo. Deixe- começou o príncipe, porém parou de falar subitamente. – Está com fome? – perguntou a Jack.

— Não. O que você ia dizer?

— Tenho um plano para deixar Jaqueline viva.

— Ela vai ter de se mudar? – pediu o servo, com lágrimas nos olhos.

— Ah, querido... – proferiu a bruxa, com tristeza na voz. – Não. Claro que não – e sentou-se ao lado do empregado, abraçando-o. John ficou observando a cena com uma expressão cômica. Estalou os dedos de novo e disse:

— Tudo bem. Novo plano. Você vai ser a nova médica do castelo – sorriu. – É perfeito. Eu digo a meu pai que ter dois médicos é bem melhor, e se ele não concordar, você o enfeitiça. E para mudar o visual, apenas precisaria mudar a cor dos olhos..., mas como fazer isso? – Ele parecia animado. Porém, os outros o olhavam como se ele fosse louco. - Não a querem aqui?

— Não é isso. Apenas, me parece um plano falho – disse Jack.

— Eu apenas gostaria que ela ficasse aqui... – o príncipe falou, e iria continuar, se não fosse pelo servo, que o interrompeu, tentando sentar novamente.

— Ah, é? E por que? – pronunciou, com irritação.

— Você, obviamente, tem um laço forte por ela e eu preciso de um médico melhor – respondeu, com uma cara inocente de desentendimento. – E Jaqueline também precisa de um lugar para ficar. Apenas queria chegar a uma solução que beneficiaria a todos. – Jack assentiu, voltando seu olhar para a bruxa, que os olhava mordendo o lábio e sorrindo.

— O que foi?

— Ah! Nada, nada maninho.

— Achei que vocês não eram irmãos – apontou John.

— Eu disse que não éramos por sangue. Nunca falei que não éramos irmãos por criação.

— Ah.

— Mas enfim – continuou a mulher. – Eu consigo mudar a cor dos meus olhos e hipnotizar seu pai. Concordo com ambos. O plano pode tanto dar certo, como pode dar errado. Eu não tenho nada a perder – os homens na sala esperaram para ver se ela perceberia o erro que cometera. – Apenas a vida.

— Tudo bem. Você se apresentará amanhã – falou o príncipe. – Para que ninguém suspeite, você dormirá aqui. E no meio da noite Porter lhe levará até a fonte, para que tome um banho, arrume-se.

— Senhor, há guardas à noite no castelo. Como poderíamos ir até a fonte, que eu nem ao menos sei onde está situada, sem sermos vistos? – apontou o guarda.

— Você e eu iremos ao andar de baixo, pegamos algumas roupas que passarão despercebidas e depois pegamos roupas para depois do banho. Eu sei onde podemos achar vestidos bonitos. E quanto a fonte, aproveitando que vamos descer, eu o levo até lá.

— Amei o plano – Pronunciou Jaqueline, com um sorriso maroto no rosto.

— Não tenha ideias, ele levara você até lá, ficara do lado de fora, e depois a acompanhará de volta aos meus aposentos – repreendeu o príncipe.

— E nós podemos dormir todos juntos. Será divertido – disse Porter.

— Tudo bem, vamos – respondeu o nobre revirando os olhos e se dirigindo a porta.

John e Porter haviam descido, deixando Jack e Jaqueline sozinhos.

— Ele se importa com você – disse ela.

— Quem se importa com isso?

— Ele. Eu. Você.

— Eu não me importo.

— Então, qual seria o problema de ele querer que eu fique?

— Nenhum. Apenas pensei que ele queria fazer coisas “erradas” com você.

— Eu percebi. Mas você não estava preocupado exatamente comigo nesta situação.

— Claro que estava.

— Está tudo bem. Eu não me importo. Mas, você deveria saber, ele não o vê como um servo.

— Percebi isso. Acho que ele vive tão sozinho, com um tratamento tão igual que viu o amigo honesto em mim. Você já me disse que essa é a minha melhor qualidade – ela revirou os olhos, levou a mão à têmpora e balançou a cabeça em negação, pensando “honesto nas palavras e não nos sentimentos. Idiota! ”.

— Durma Jackie. Cale-se e durma.

(ノ◕ヮ◕)ノ*:・゚✧

Após o jantar, John preparava uma maleta com sabão, toalhas, escova para os cabelos e roupas, para o banho da bruxa, enquanto Porter esperava ao lado da porta. Um tempo depois, o guarda e a mulher dirigiram-se à fonte, deixando nobre e servo sozinhos.

O príncipe despiu-se, colocou uma calça, pois preferia dormir sem camiseta e deitou-se ao lado do empregado, deixando um grande espaço vazio na cama, pelo fato de a mesma ser muito grande. John não demorou muito a adormecer.

Ao acordar, o nobre deparou-se com uma cena que o fez corar... de raiva. Jaqueline e Porter estavam deitados na cama, juntamente a ele mesmo e Jack. A bruxa estava deitada com os pés na cara do príncipe e o guarda o abraçava como a um travesseiro. John fez questão de empurrar ambos para fora da cama, e vendo que não havia sol, através das cortinas que estavam abertas, voltou a dormir.

Um tempo depois, acordou novamente com um forte tapa na cara. Jaqueline estava em pé, arrumada, elegante e linda, esperando-o acordar. E Porter estava debruçado sobre a escrivaninha, observando-a.

— Precisamos falar com seu pai - proferiu a mulher.


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Notas finais do capítulo

(ノ◕ヮ◕)ノ*:・゚✧ comentem ʘ‿ʘ.



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