Who stalk the stalkers? escrita por HellFromHeaven


Capítulo 20
A verdade




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A descoberta era maior do que qualquer necessidade básica que o corpo humano poderia ter e Dalila rapidamente se arrependeu de ter deixado a vida criminosa, pois teria carros de sobra para nos providenciar em nossa caça ao tesouro. Sendo assim, saímos da lanchonete e fomos direto ao ponto de ônibus esperar um transporte até a rodoviária da Baía dos Pecadores. Não me lembrava de já ter visitado a Selva de Concreto, porém não me lembrava de boa parte da minha vida, então isso queria dizer belíssimos nadas. Entretanto, morei alguns anos em uma cidade próxima dali, onde conheci o meu velho colega de faculdade com ótimas filosofias, péssimo estilo de vida e dono da máscara que me garantiu o nome de stalker. Lembrar disso me fez sorrir em meio a toda aquela empolgação nos últimos bancos do ônibus, onde todos os stalkers do nosso grupo, com exceção do zumbi, estavam presentes.

Por não se tratar de um destino longe e ter um bom fluxo de pessoas indo e vindo, era fácil conseguir passagens para a cidade e com uma variedade moderada de horários. Como bons stalkers, escolhemos o próximo, que sairia dentro de meia hora. Compramos as passagens e fomos até os banquinhos de madeira do lado de fora da rodoviária, em frente à área de embarque. Eu, Hiperatividade e Dalila parecíamos ser os únicos que não estavam prestes a surtar com a espera. Para mim, a euforia de Sherlock e Leather era completamente compreensível, uma vez que eles chegaram a conhecer o Watcher e tudo indicava que os três eram, no mínimo, bons amigos. Mas admito que fiquei surpreso ao ver os sinais de ansiedade que os corpos de Daisy e Lance demonstravam. Olhos agitados, pernas balançando, dedos batucando no banco e o ritual torturante de conferir o horário no celular a cada vinte segundos. Ghost segurava a mão de sua namorada e mantinha sua cabeça encostada no ombro de Petúnia a fim de mantê-la mais calma enquanto eu e S.H. apenas nos divertíamos com a cena. Era bom estar entre os menos estranhos para variar.

A eternidade de trinta minutos finalmente passou e nosso transporte chegou, como uma carruagem de metal movida por cavalos brancos. O ônibus estava praticamente vazio quando saiu da rodoviária, nos dando uma boa privacidade.. Sempre gostei de observar a paisagem e, principalmente, as pessoas em viagens, mas o silêncio daquele grande automóvel e a maciez da poltrona me deixou extremamente relaxado. As poltronas eram divididas em pares e eu fiquei na janela, ao lado de Ana. Conversamos por boa parte do trajeto, mas acabei cedendo à atmosfera pacata e encostei minha cabeça no vidro, adormecendo. Acordei assim que chegamos ao nosso destino, uma hora e meia depois de partirmos da Baía dos Pecadores. Hiperatividade estava com a poltrona reclinada para trás, com a peruca escorregando pela lateral de sua cabeça enquanto dormia profundamente. Sorri ao pensar que seria pena tirá-la do mundo dos sonhos, mas era isso ou deixar ela no ônibus. Cutuquei sua bochecha direita três vezes e ela abriu os olhos lentamente. A garota coçou os olhos, esticou os braços e sorriu em minha direção. Retribuí o sorriso e fomos acordar os outros.

Estava escuro lá fora e lentamente todos os stalkers saíram do veículo, chegando no território inexplorado daquela pequena metrópole. O movimento de carros nas ruas era grande, mesmo a rodoviária ficando quase fora da cidade. Havia várias pessoas circulando pelo interior do prédio, carregando malas, comprando passagens, conversando, comendo e coisas do tipo. Cruzamos o local até sua entrada principal, andando mais alguns metros até o ponto de ônibus. Cerca de dez minutos depois, nosso transporte chegou, lotado como era de se esperar. O trânsito e a distância entre nosso ponto de partida até o ponto mais próximo do destino fez com que a viagem durasse meia hora, tempo esse que passamos em pé, espremidos como sardinha enlatada. A paisagem era o que eu esperava: uma infinidade de prédios e multidões apressadas que pouco se importavam com os arredores. O pouco de verde que existia ali vinha de algumas árvores em canteiros ou letreiros luminosos, estes que coloriam a noite daquela cidade em danças de luzes piscantes que entorpeciam os sentidos dos menos acostumados.

As sardinhas saíram da lata e tiveram que esticar os membros para prosseguir com sua grande jornada. O bairro das coordenadas não era muito agradável, com prédios mal cuidados, paredes pichadas, mendigos se aquecendo em fogueiras improvisadas com latões de lixo e o som de sirenes ao longe. Acredito que pessoas normais ficariam extremamente assustadas em um ambiente desses, mas meu grupo seguia confiante em meio ao fluxo de habitantes locais. Na verdade, eu estava assustado, mas pelos motivos errados. Detestava locais cheios de gente, pois é impossível prestar atenção em todos e eu posso deixar um stalker passar despercebido, o que poderia significar o meu fim. Tudo bem, eu sei que isso não passa de invenções de minhas paranoias para que eu me sinta desconfortável em todo e qualquer lugar porém não tenho como desviar destes golpes certeiros de minha mente.

À medida que nos aproximávamos do destino, o fluxo de pessoas diminuía e a qualidade dos prédios melhorava um pouco, o que me dava um pouco de alívio. Minhas paranoias estavam começando a teorizar que o nosso fundador estava sendo mantido refém e tinha plantado aquelas informações como pedido de socorro. Aliás, o silêncio foi nosso companheiro de honra em todo o percurso, o que era extremamente desconfortável e, ao mesmo tempo, compreensível. Vários quarteirões depois finalmente chegamos ao local marcado pelas coordenadas. Se tratava de um prédio aparentemente abandonado de quatro andares, com tijolos aparentes, vestígios de tinta azul clara nas paredes e sem porteiro ou alma viva por perto. Ana rapidamente usou seus dons e abriu o portão de metal da guarita, que rangeu ao ser empurrado pela garota. Atravessamos um pequeno estacionamento com dez vagas, cujas linhas de separação eram visíveis apenas ao se olhar com atenção. Havia alguns arbustos  ao redor das vagas e dentro de algumas, provavelmente por falta de podas. A porta dupla de vidro que dava para o saguão estava apenas encostada e possuía algumas rachaduras em sua superfície. O saguão era uma grande sala com uma recepção, pisos de cerâmica branca cobertos por poeira, dezesseis caixas de correio, estando a maioria fechada com cadeados, e uma foto da cidade em um quadro caído próximo à parede da esquerda. Sem muitas pistas, o primeiro passo foi vasculhar as correspondências.

Ana, Dalila e Petúnia se encarregaram de abrir os cadeados enquanto eu e Sherlock verificávamos as caixas que já estavam abertas. Lance e Daisy resolveram olhar o restante do andar em busca de mais informações. Meia hora depois, todos os cadeados foram devidamente abertos ou destruídos e o único achado da dupla de reconhecimento foi um pequeno molho de chaves embaixo do balcão da recepção. De acordo com a numeração deveriam ser as chaves dos apartamentos, o que facilitaria o trabalho de nossa amiga Ana. Eu e o detetive achamos duas caixinhas pretas de madeira com olhos talhados na superfície de suas tampas, cada uma contendo um pedaço de papel quadrado. Eles continham os números três e um escritos com tinta preta. Não foi preciso pensar muito para entender que eram o andar e o apartamento, só não sabíamos a ordem certa.

O elevador não parecia estar funcionando, tampouco seria seguro caso estivesse, o que nos restou vários lances de escadas. Por questão de proximidade, decidimos ir no apartamento 103, no primeiro andar. Paramos em frente à porta e Daisy pegou o molho de chaves para procurar a correta, desistindo daquele apartamento logo em seguida. A única chave faltando ali era a do apartamento 301, o que não deveria ser uma simples coincidência. Deixamos o andar intocado e subimos mais lances de escadas, aproveitando a aventura para se exercitar um pouco e paramos, enfim, em frente ao que parecia ser o “x” no mapa.

Ana usou pegou de um de seus bolsos um pequeno estojo contendo pequenos aparatos para suas empreitadas como invasora. A profissional levou pouco mais de dez minutos para destrancar a porta, que rangeu ao ser aberta e caiu no chão por causa da madeira podre. Tudo estava escuro lá dentro e uma nuvem de poeira subiu com a queda do grande objeto de madeira. Tentei ligar o interruptor e, para a surpresa geral, as luzes se acenderam ao som de algum dispositivo mecânico em algum lugar lá dentro. Provavelmente, deveria ser uma espécie de gerador, o que confirmava nossas suspeitas. O imóvel era pequeno e a sala não tinha um móvel sequer. À direita era possível ver o que deveria ser a cozinha, também sem móveis e à esquerda havia um corredor. Ao final dele estava o banheiro com a porta entreaberta e à direita uma porta branca de madeira fechada. Sem muitas escolhas, fomos até esta porta.

Ela não estava trancada e seu interior estava iluminado por luzes azuladas. Havia apenas uma grande mesa de madeira com um monitor de quarenta polegadas ligado em uma tela azul e o gerador conectado à fiação do apartamento mais ao canto esquerdo do quarto. Não havia mouse e o teclado tinha apenas uma tecla, todas as outras foram arrancadas. Sherlock se adiantou e apertou a tecla e o monitor ficou preto. Alguns segundos depois, alguns códigos passaram pela tela e um reprodutor de vídeo foi aberto em uma tela com um símbolo estranho feito com olhos cruzados. A imagem se desfez, dando lugar a um jovem adolescente com olheiras profundas, pele pálida que não via o Sol há meses, olhos negros e cabelos também negros, curtos e bagunçados. Ele usava um casaco preto com capuz e parecia extremamente inquieto, olhando para os lados involuntariamente e tremendo um pouco. Ele pegou uma caneca preta com café e virou em segundos, olhando para a câmera e coçando a garganta. Suas feições eram muito familiares, assim como sua voz, mas não me liguei no início... Enfim, o jovem se aproximou da câmera e começou a falar:

— Saudações… Stalkers. Tenho certeza de que fazem parte do Eye, caso contrário nunca seriam capazes de encontrar este lugar. Sei que poderiam ser demolidores, a polícia ou algo do tipo, mas programei o gerador para só ligar caso as caixas com os números fossem abertas. Caso meus sistemas de segurança falhem, decidi não falar mais nada sobre vocês sabem o que.

Ele encheu sua caneca mais uma vez e a tomou em uma velocidade assustadora. Acho que muita cafeína deve fazer mal para um jovem daquela idade.

— Enfim, eu sou o Watcher. Eu sei, eu sei, sou muito jovem e pareço inofensivo, mas… Essa é a verdade. Decidi me isolar aqui e gravar esse vídeo revelando minha identidade porque eu já não suporto mais a pressão. Achei que tudo ficaria mais fácil quando criei a “empresa”, mas tudo cresceu tão rápido e a quantidade de “funcionários” era tão assustadora que minha confiança foi para o inferno e… Bem, eu comecei a ficar cada vez mais paranoico. Então… Eu cheguei ao meu limite. Meu orgulho se recusa a apagar meu legado sem fazer parte dele, então espalhei os rumores a respeito da minha existência e deixei as coordenadas deste apartamento escondidos nos códigos do sistema com a esperança que alguém um dia as encontre. Agora, minha mente já está mais fragmentada do que um copo de vidro que caiu de uma torre e eu só vejo uma solução viável. Assim que terminar essa gravação, engolirei três potes inteiros de remédios tarja preta e encerrarei minha existência como um mito para os “funcionários” e um jovem idiota para aqueles que encontrarem esse segredo obscuro. Adeus, meus caros. Boa sorte e não enlouqueçam.

O monitor se desligou e algumas correntes elétricas percorreram sua superfície, quebrando a tela. O gerador parou de funcionar e tudo voltou a ficar escuro. Pegamos nossos celulares e ligamos suas lanternas para iluminar o local. Todos se voltaram para mim, boquiabertos sem que eu soubesse o motivo. Leather entregou o celular para Dalila, se aproximou de mim, colocou suas mãos em meus ombros e me sacudiu freneticamente.

— Você é o Watcher, seu filho da puta?

— Eu? Mas aquele jovem… Era… Eu?

Senti um forte impacto em minha mente, como se ela estivesse emperrada há séculos e finalmente voltasse a andar. Consegui acessar pontos distantes em minha memória, pequenos fragmentos de momentos em uma viagem alucinante e nauseante que me fez desmaiar. Enquanto estava inconsciente, pude lembrar de forma mais concreta da minha memória mais antiga.

Eu acordei em uma maca, ligado a alguns aparelhos que facilitavam minha respiração e monitoravam meus sinais vitais. Não tinha recordações e estava extremamente confuso. Horas mais tarde, um médico me explicou que fui encontrado em uma sarjeta ao lado de vários frascos de comprimidos e que fiquei em coma induzido por alguns anos. Passei por terapias e psicólogos, mas fui incapaz de me lembrar do motivo do ocorrido. Com o tempo, passei a me interessar pelo ofício de stalker e acabei me distanciando um pouco da realidade, mascarando de vez essas memórias e plantando algumas falsas. Um trabalho delicado das minhas paranoias para proteger minha mente delicada. No fim, tudo indicava que eu fui o Watcher um dia, mas meu próprio cérebro me impedia de acessar as memórias dessa época. Sabe, acredito que minhas paranoias deveriam ter um bom motivo para me fazer esquecer da época em que decidi cometer suicídio. Eu com certeza era um hacker muito melhor, porém não estava disposto a pagar o preço que viria com essas habilidades adormecidas.

Acordei poucos minutos depois, com a cabeça no colo de Ana. Todos me olhavam aparentemente preocupados, mas não havia tempo para cerimônias. Levantei-me vomitei minhas lembranças enquanto ainda estavam frescas em minha mente, com medo de que tudo se apagasse novamente. Para meu espanto, fui capaz de dar mais detalhes enquanto relatava tudo a meus companheiros, como se meu subconsciente falasse por mim. No fim, estava mentalmente exausto e sentei-me sobre o gerador. O restante do grupo se juntou e todos começaram a cochichar, deixando minhas paranoias em alerta total. Só nesse momento percebi o verdadeiro peso de minhas ações. Confirmei as suspeitas de stalkers profissionais de que eu era o alvo com a maior recompensa em todo o A.S.E. e ainda forneci evidências e um testemunho confiável, amparado pelo vídeo que acabamos de assistir. Todas as paranoias presentes em meu ser gritavam desesperadamente, me xingando de imbecil e pedindo para que eu providenciasse uma saída para aquela situação maldita. Diziam que eles estavam combinando como me sequestrariam e fariam com que eu confessasse para o Eye, reivindicando a recompensa logo em seguida. Pensei em usar o gerador como arma, porém estaria perdido em um combate. Eu era um cara magro com péssima saúde e do outro lado estavam uma ex criminosa, uma torturadora profissional, uma garota que conseguia escalar um prédio de cinco andares e eu tenho certeza que o porte atlético de Lance o fazia mais forte que eu. Fugir também estava fora de cogitação, pois meu condicionamento físico era ridículo e… Enfim, tudo indicava que eu tinha assinado minha sentença de morte. Quando o grupo se separou e Hiperatividade se aproximou de mim, senti que meu coração ia ser ejetado da minha caixa torácica.

— Queremos pedir a sua permissão para uma coisa, S.G. - disse a garota, com a mão direita sobre meu ombro esquerdo. - Podemos atear fogo nesse prédio?

— É… Vocês.. O quê?

— Achou que a gente ia te vender? - perguntou Petúnia. - Achou errado, otário!

— Estamos nesse negócio muito mais por satisfação pessoal e não pelo dinheiro. - disse Sherlock.

— Bem… Eu estou nessa pelo dinheiro. - disse Hiperatividade. - Sabem como é, né? Sou boa nisso e tenho uma família para sustentar. Mas nunca entregaria você, cara! Minhas irmãs te adoram e nós somos amigos, poxa. Além do mais, essa informação estaria errada. O Watcher morreu assim que engoliu aqueles comprimidos. Você é o Skull Guy.

— Espera… Vocês não vão acabar com a minha vida?

— Relaxa, cara! - exclamou Ana. - Sei que está desconfiado por causa das suas amiguinhas paranoias, mas o pessoal está satisfeito em descobrir que o Watcher está morto. Você não é mais a mesma pessoa e não voltará a ser, pelo seu próprio bem.

Para a decepção de todas as minhas paranoias, suas suspeitas foram todas para o inferno. Aquele grupo de estranhos que me assustavam no começo e que passaram a ser cada vez menos estranhos para mim me deram algo que vinha buscando em toda a minha vida. Finalmente consegui encontrar pessoas em quem poderia confiar. Ajudei aqueles loucos a destruir todas as evidências da minha verdadeira identidade que escondi tão bem que sequer me lembrava dela e, no fim, levamos conosco os fragmentos do computador e das caixas, incinerando os objetos no condomínio da Leather. Pude sentir que algo mudou dentro de mim naquele dia. Minhas paranoias não foram erradicadas, obviamente, porém depois de uma grande discussão, finalmente deixaram os membros daquele grupo em paz. Sei que esses seres imaginários que sempre e dizem como agir são mecanismos de defesa que minha mente fragmentada criou para evitar uma nova tentativa de suicídio, entretanto passar o resto da minha vida dentro de uma bolha não me parecia mais uma boa ideia. Pois é, nunca imaginei que poderia dizer algo desse tipo. Minha situação com a Senhorita Hiperatividade estava longe de ser resolvida, porque eu tinha medo de estragar tudo e magoar aquela pessoa. Andar em meio a multidões ainda era desconfortável e vez ou outra me pegava pensando que Doppelganger estava me seguindo. Estabeleci uma meta de trocar os componentes do meu computador a cada dois meses para garantir que Heretic nunca o invadiria. Entretanto, passei a colocar fé no relacionamento de Dalila e Petúnia, uma vez que as duas realmente pareciam se completar. Leather preenchia o vazio na alma da fantasminhas e esta, por sua vez, ajudava a sadomasoquista a não perder totalmente os sentimentos. Bem, não dá para chamar isso de cura, mas seria muita maldade com a minha pessoa dizer que não sai do lugar e, mesmo que em pequenos passos de bebê, sei que chegará o dia em que não precisarei mais de minhas paranoias. Por hora, decidi apenas aproveitar as pequenas conquistas e seguir com a vida.


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