Escola para pessoas especiais escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 5
Notada




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/712501/chapter/5

P.O.V. Renesmee.

Vou levar a Bo para passear em Nova York no feriado. Eu e Elijah vamos levá-la para o mundo exterior pela primeira vez hoje.

—Tá pronta querida?

—Estou.

—Pegou tudo?

—Peguei. E você?

—Sim.

Entramos no carro e Elijah foi dirigindo.

—Vai devagar Elijah. Vamos ser multados e podemos bater o carro.

—Certo.

Bo estava sentada no meu colo no banco de trás olhando pela janela.

—Mas, não tem ninguém.

—Calma querida. O Instituto fica bem afastado.

Quando finalmente chegamos á estrada ela falou:

—Quero fazer xixi.

—Tem um posto logo a frente Elijah.

Ele estacionou e a Bo desceu correndo.

—Bo!

Desci e corri atrás dela. Ela estava sentada numa das mesas desenhando com giz de cera.

—Ah! Você tá ai. Não queria ir ao banheiro?

—Eu já fui. Da licença, você tá bloqueando a minha visão.

—Certo.

—Onde vocês foram?

—Eu fui ao banheiro pai.

—Então podemos seguir viagem?

—Eu to com fome.

P.O.V. Doutora Chang.

Eu estava tomando um café num posto de serviços quando senti um vento e depois outro vento e uma garotinha apareceu sentada numa das mesas.

Uma adolescente entrou correndo atrás dela.

—Bo! Ah! Você tá ai. Não queria ir ao banheiro?

—Eu já fui.

O jeito dela desenhar era diferente. Ela não esfregava o giz de cera no papel, só batia a ponta.

—O que você tá desenhando querida?

—Eu desenho o que eu vejo Doutora Chang.

Ela disse o meu nome? Mas, eu nem me apresentei.

—Sei disso. Acabei. Olha mãe, ficou bonito?

—Ficou lindo.

Ela tinha desenhado o interior da cafeteria. Era como uma máquina fotográfica.

—Eu vou pegar alguma coisa pra você comer. Elijah, se ela tentar alguma coisa... mate-a.

—O que?! Vai matar uma garotinha?!

—Não doutora. Ela estava se referindo a você.

A mãe dela trouxe um muffin de chocolate e chocolate quente.

—Cuidado. Tá quente.

—O que é isso?

—É o que tem.

—E a comida?

—É comida. Coma. Pelo menos experimenta.

—Tá.

Ela comeu com papel e tudo.

—Tem que tirar o papel Bo!

—Oh!

Eu vi aquela menina entornar o chocolate quente que ainda fumegava.

—Como é que vocês fazem isso?

—O que posso dizer querido, a nossa genética é boa.

A mãe fez o mesmo com o pedido. Entornou o café fumegante.

—Pronto. Vamos embora.

O rapaz pagou, a mãe pegou a menina no colo e ela acenou pra mim dizendo:

—Tchau Doutora Chang. Nos veremos de novo.

Os três entraram num carro preto e foram em direção á cidade de Nova York.

P.O.V. Renesmee.

Que droga!

—Você não pode usar os seus poderes em público!

—Porque não?

—Porque aqui é o mundo exterior. Aqui é o mundo dos mortais Bo!

—Mas, a gente não tem que usar os nossos dons pra ajudar as pessoas mãe?

—Tem. Mas, a última coisa que eu quero é o F.B.I na minha cola durante o feriado.

—Ótimo.

P.O.V. Doutora Chang.

Assim que cheguei ao instituto eu me sentei no sofá da sala de espera ainda tentando processar o que havia acontecido.

—O que houve Doutora Chang?

—Um milagre. Veja isso.

—Um desenho, parece uma fotografia. Quem fez isso?

—Uma menininha de mais ou menos dez anos.

—Ta brincando? Uma criança de dez anos fez esse desenho?

—Fez. Ela sabia quem eu era antes de eu me apresentar.

—Como isso é possível?

—É um milagre. 

—E essa menininha tinha um nome?

—Bo. O nome do pai é Elijah.

—Eram só uma garotinha e seu pai?

—A mãe estava lá também. Eu vi aquelas duas entornarem uma enorme xícara de chocolate quente cada uma sem sentir nada. A bebida estava fumegando e elas não sentiram absolutamente nada.

—Onde foi que encontrou essa família inusitada?

—Num posto de beira de estrada. 

—E viu em que carro eles entraram? Pra que lado foram?

—Entraram num carro preto e foram em direção a Nova York.

—Nova York?!

—Eu já vi o rosto dela em algum lugar. Eu só não me lembro onde.

—O rosto da garotinha?

—Não. O da mãe.

—Vamos para Nova York atrás dessa garotinha.

—O que?! Pra que?

—Ela é um milagre. Vale uma boa grana.

—Não pode estar falando sério! É uma garotinha!

—É uma garotinha que vale uma fortuna.

P.O.V. Bo.

Eu adoro o mundo exterior. Acabamos de chegar a Nova York e tudo aqui é lindo, colorido e bastante barulhento.

Visitamos o museu de história natural e muitos outros museus. Num deles tinha um retrato.

—É a tia Katherine não é?

—É. Ela ainda era humana nessa época, foi o seu tio Niklaus que fez essa pintura.

De repente a polícia começa a cercar o lugar.

—Mãe, eu to com medo.

—Vai ficar tudo bem Bo. Médica desgraçada! Ela vai pagar com sangue!

—Moça coloque ás mãos atrás da cabeça.

—Porque? Sou inocente e estou de férias com a minha família. Por favor, policial vá prender criminosos e nos deixe em paz.

Ele olhou pra mamãe e para a pintura.

—É linda não é? Foi o meu cunhado que pintou. O nome dela é Katerina Petrova ou Katherine Pierce.

—Olha mãe um dinossauro!

Eu sentei e comecei a desenhar o dinossauro.

—Moça, eu preciso que coloque as mãos na cabeça.

—Tá bem.

Minha mãe ergueu as mãos e todas as armas deles desmontaram.

—Feliz? Se manda, eu não vou pedir de novo.

—Se não quiser ser um cadáver acho melhor escutá-la.

—Baleias! Mãe, vamos ver as baleias?

—Vamos.

Saímos de mãos dadas e ouvindo o policial pedir reforços.

Andamos e andamos, eu enchi três blocos de desenho.

—Porque você não tira fotos Bo? Leva menos tempo.

—Eu gosto de desenhar. 

—Eu também.

—Porque essas baleias não estão nadando? No mar?

—Porque os homens as mataram e as empalharam.

—Porque?

—Porque eles queriam estudá-las. Mas, a maioria morreu por causa do óleo, eles matam as baleias pra fazer óleo.

—Malvados.

—Olha, o povo mortal faz qualquer negócio por dinheiro minha filha. Acostume-se.

—Porque estão atrás de nós?

—Porque somos especiais. Diferentes, porque fazemos coisas que eles não fazem.

—Tia Liv disse que pessoas iriam querer usar os nossos dons como arma.

—Exato. 

—E a Doutora Chang?

—Sempre vão haver pessoas como ela tentando explorar a gente.

—É isso ai. Sua mãe ta certa.

—Eu sei.

—Como vamos sair Renesmee?

—Do mesmo jeito que entramos. Não temos culpa de nada e estamos de férias.

Assim que saímos minha mãe me comprou sorvete e tinham carros pretos e carros da polícia pra todos os lados.

—Parados!

P.O.V. Renesmee.

Esses mortais estão enchendo o meu saco.

—Cacete estamos aproveitando o feriado! Saíam do nosso pé!

Um dos idiotas pegou o bloco de desenhos da Bo.

—Ei! É meu! Devolve!

—Devolva para ela. É dela, eu comprei.

—Me devolve. É meu!

O homem começou a apertar a cabeça e deixou cair o bloco de Bo, mas ele não chegou a cair no chão.

—A sua mamãe não te ensinou a não mexer no que não é seu?

—Deixa pra lá Bo. Vamos.

—Eu quero comida.

Bo mordeu o pulso do policial e se alimentou até ele cair morto.

—Pronto. Mortal malvado.

—E essa agora.

P.O.V. Doutora Chang.

Um policial foi morto por uma garotinha de onze anos desarmada.

—Eu não gostei de Nova York. E eu não tenho onze, eu tenho seis, cronologicamente falando.

Eles entraram no carro e foram embora. Aquilo foi pra mim.

—O que diabo foi aquilo?

—Foi uma criança vampira.

P.O.V. Doutora Chang.

Entrei no museu e me deparei com o quadro. Era ela, a mãe da menina.

—O nome dela era Katerina Petrova ou Katherine Pierce.

—O que disse?

—Não fui eu que disse. Foi a moça igual a ela.

—Como sabe disso?

—Eu ouvi ela falar. Foi o cunhado dela Niklaus que pintou esse quadro.

—E o que mais ela disse?

—Disse que elas eram parentes, mas não a mesma pessoa.

—Ela falou o próprio nome?

—Não. Mas, disse pra filha que ela seria assim quando crescesse.

—E o que isso quer dizer?

—Eu sei lá. Eu só tenho cinco anos!

—Cameron! Vem aqui!

A mulher que eu imaginei ser a mãe veio correndo.

—Desculpe. Vamos, é hora de ir pra casa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Escola para pessoas especiais" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.