P.O.V. Liv.

Meu nome é Olivia Moore e eu sou uma zumbi.

—Senhorita Moore?

—Oi. Você deve ser a Bo.

—Sou. Eu quero saber como é o mundo lá fora.

—Você nunca saiu daqui?

—Não. Sou poderosa demais para o mundo exterior. As pessoas iriam querer usar o meu poder como arma.

—E você não quer isso?

—Eu uso pra me defender. Quando eu entro em pânico as coisas ficam feias, minha mãe disse que vai me levar pra passear amanhã.

—E se te rastrearem até aqui?

—Isso não vai acontecer. Minha mãe colocou sigilos de todos os tipos aqui, encheu o lugar com câmeras de segurança, lazers e tecnologia de ponta em segurança. Esse lugar tem feitiços de ocultação dos melhores. Ninguém entra aqui sem um convite.

—Onde vocês vão passear?

—Nova York. É a minha primeira vez fora desses muros.

—Tá animada?

—Estou. Muito.

—Vai levar a sua câmera?

—Eu vou levar papel e giz de cera. Eu sou boa em desenhar coisas.

—Ótimo.

—Alguma dica?

—Divirta-se. E aproveite, mas tenha cuidado as pessoas realmente vão querer usar os seus poderes para ganhar dinheiro e fazer o mal. Sempre vão haver pessoas assim querendo explorar a gente garotinha, mas também existem pessoas boas no mundo.

—Obrigado senhorita Moore. Pelo sábio conselho.

—De nada. Como você é tão inteligente?

—Sou filha da minha mãe. Eu fiquei na barriga dela durante três anos.

—Três anos?!

—É. Tive tempo o suficiente para desenvolver cem por cento da minha capacidade cerebral e cem por cento da minha capacidade mágica.

—E com que tamanho você nasceu?

—Com o tamanho de um bebê normal. Sou sobrenatural não anormal.

—Eu sei.

Ela fez um aviãozinho de papel e o lançou. Ele ficou planando, ia para diferentes direções.

—Você tá fazendo isso?

—É. Chama telecinesia.

—Eu sei.

—Eu faço tudo o que a minha mãe faz e algumas coisas a mais. Você nasceu zumbi?

—Não. Fui arranhada por um.

—Legal. Agora eu tenho que ir dormir, porque amanhã vamos para Nova York.