Remember Me escrita por GabiHerondale2


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Oi amores! Desculpem a demora. Espero que gostem e comentem.



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Amar pode doer
Amar pode doer às vezes
Mas é a única coisa que eu sei

Quando fica difícil
Você sabe que pode ficar difícil 
algumas vezes
É a única coisa que nos faz sentir vivos
Nós mantemos este amor numa 
fotografia
Nós fizemos estas memórias para
 nós mesmos
Onde nossos olhos nunca se fecham
Nossos corações nunca estiveram 
partidos
E o tempo está congelado para sempre
Então você pode me guardar
No bolso do seu jeans rasgado
Me abraçando perto até nossos olhos
 se encontrarem
Você nunca estará sozinha
Me espere para voltar pra casa

Photograph - Ed Sheeran

Pov Eadlyn

— Também estou sem sono. - diz. Sinto minha garganta seca, e mordo o lábio inconscientemente. Kile ergue a mão e passa pelo meu lábio inferior libertando-o. Sinto minhas pernas ficarem bambas e uma tontura se abate sobre mim. Kile me segura rapidamente antes que eu caia. Nossos lábios estavam perigosamente perto. Ele se aproxima devagar, e eu fecho os olhos, esperando seus lábios colarem aos meus.

Mas isso não acontece. Sinto Kile tirar os braços em volta de mim, e se afastar. Abro os olhos e o fito confusa. Ele me olha com o ar debochado. De repente começa a rir, gargalhar na verdade. Eu fico cada vez mais confusa. Ele rir tanto, que fica vermelho. Eu fico sem saber o que fazer.

— Ah, Eadlyn, Eadlyn, Eadlyn. - diz o meu nome, como se estivesse recitando um mantra, parando de ri. Balança a cabeça negativamente, enquanto me encara, ainda com aquele sorrisinho irritante em seus lábios. - Você realmente achou que eu fosse beijar você? Não sabia que você era tão... ingênua. — frisa a última palavra com o seu claro deboche. 

Se eu fosse me definir em uma palavra naquele momento, eu teria a perfeita. Confusa. Pois é, eu ainda não tinha entendido o que o Kile pretendia. Solto o ar devagar dos meus pulmões. Passo a mão pelos meus cabelos, e o encaro quando ele começa a falar.

— Eu não sou mais aquele Kile idiota de antes. Eu amadureci, mudei. - acompanho-o com o olhar quando ele se dirigi, ao pequeno bar que tem na sala, e pega outro copo de bebida. Dando-lhe um longo gole, antes de voltar a falar. Ele parecia precisar daquilo, para falar. - Ainda lembro daquele dia em que você falou todas aquelas coisas para mim. Lembro de cada palavra. - dizia, enquanto me encarava com o seu olhar frio. Aquele olhar me machucava de tal forma, e eu nem saberia descrever. - Você disse que tinha homens melhores e mais ricos com quem você poderia se casar. Isso me atingiu. Doeu tanto, foram facadas em meu coração. - eu simplesmente, não sabia o que dizer. Era tudo verdade. Kile tinha todo a razão em me odiar. Eu sempre fui uma meninas que deu valor mais ao dinheiro do que aos sentimentos. Agora eu percebo o quanto eu fui burra, em desprezar o Kile. 

— Kile, eu... - tento falar algo que estava preso em minha garganta, entalado. Mas  parecia que agora eu finalmente iria dizer tais palavras. Eu iria.

— Não, Eadlyn! - grita Kile, me assustando. Me assustei tanto, que meu coração acelerou, e dei alguns passos para trás. Meu sistema nervoso estava entrando em colapso. - Não tente me enganar com as suas justificativas. Eu já disse que não sou o mesmo de antes. Não sou mais aquele... pobre coitado.  - diz as palavras que lhe disse quando o humilhei. Ao perceber meu espanto, Kile dá uma pequena risadinha. -  Olha as roupas que uso, os carros que eu dirijo, a casa onde eu moro. - fala, fazendo um gesto com as mãos ao redor da casa, como se estivesse mostrando-a. - Não tem mais nenhum pobre coitado aqui. Quer dizer, tirando você. 

— Por que você está falando tudo isso? - minha voz estava resumindo a um sussurro, eu estava abalada demais, para falar mais alto. Tudo o que ele estava dizendo, as palavras carregadas de ódio e desprezo, me lembrar que era exatamente assim, que eu tinha falado com ele. Sem me importar, se ele estaria magoado ou não. Agora estava provando do meu próprio veneno, mas da pior forma possível. Nem o tapa que Ahren me deu, doeu tanto, quanto essas palavras ditas pelo Kile. Palavras que doem mais que um tapa. Eu preveria que ele estivesse me batendo. Tenho certeza que não teria doído tanto. Porque quando você apanha, dói na hora, mas depois sara, mas as palavras não. Elas ficam marcadas em você, martelando na sua cabeça, cada vez que você se recorda delas.

— Porque você merece, isso e muito mais. O que eu falei não é nada, comparado ao que você merece ouvir. Mas em respeito ao meu filho, que você carrega no ventre, vou parar por aqui. - ele dá outro gole da bebida. Eu sabia exatamente o que ele queria. Queria eu ficasse humilhada, do mesmo jeito  que ele ficou humilhado.

— Não ache que você vai me humilhar, Kile. - minha voz falha, deixando claro que eu estava mentindo. Eu já estava me sentindo muito humilhada. 

— Eu não vou, eu já fiz. Você já está humilhada, Eadlyn. Só não quer admitir, pois seu orgulho não permite. - o xingo mentalmente, por ele está certo. Mas ele não podia saber disso.

— Eu não estou humilhada. 

— Não? - pergunto, debochado. Ele começa a ri, uma lágrima solitária escorre por meu rosto, mas eu a limpo rapidamente para que ele não veja. Eu abaixo a minha cabeça, quando mais lágrimas ameaçam cair. Kile não podia me humilhar desse jeito, mas quem era eu para falar isso? A garota que o humilhou. Eu não era ninguém, Kile tinha todo o direito. Eu podia está o mais humilhada, mas mesmo assim eu não o deixaria perceber. Ergo novamente a minha cabeça, meus olhos estavam cheios de lágrimas, e mais uma vez um lágrima cai, mas dessa vez eu não a limpo. Kile está me observando com a mão no queixo, com uma expressão pensativa. - Sabe Eadlyn. Se você chorasse na minha frente a um mês atrás, eu com certeza me desesperaria. Tentaria te confortar. Mas agora, suas lágrimas não me comovem.

— Chega! - explodo. Minha voz sai embargada pelo choro, mas tento ser o mais firme possível. - Amanhã mesmo eu vou embora. Não vim para cá, para ser humilhada.

— Ah, então você está humilhada? - pergunta, com o mesmo ar debochado de sempre. Fecho os olhos, com força. - E não pense que você vai embora. - diz, desta vez mais sério. - Desta casa você não sai, pelo menos não até o meu filho nascer. Então quando ele nascer você pode ir embora. Claro, deixando-o comigo. - o olho com uma expressão de pura incredulidade. 

— Até parece que eu vou deixar meu filho com você. - digo. A verdade é que eu nunca tinha parado para pensar no fato de que eu vou ser mãe, mas agora só de pensar na possibilidade do Kile ficar com essa criança, eu já sinto um aperto no peito, talvez seja coisa de mãe.

— Ah, então que pena. - diz como se sentisse muito. Depois foi em direção á porta. - Agora vou indo, pois tenho mais o que fazer. É melhor você ir dormir. - abre a porta, mas antes de sair ele diz. - Ah, e não me espere acordada. - dito isso, sai batendo a porta com força.

E eu? Bom, eu fico sozinha na sala, chorando compulsivamente. Eu nunca pensei que isso doesse, mas dói. Kile deve ter sentindo isso, quando eu o humilhei. Agora eu é que estou aqui, sozinha, chorando, grávida, de um homem que me odeia. Eu sei que mereço, mas mesmo assim não deixo de sofrer. Kile me odeia, eu sei que odeia, quando na verdade tudo o que eu queria era gritar: EU TE AMO, KILE. Mas agora era tarde demais, descobrir que o amo tarde de mais, pois agora, é ele que não me ama. Dou um passo em direção á escada, mas sinto uma tontura. É claro que isso iria acontecer, estou grávida, meus nervos estão a flor da pele, Kile gritou comigo me assustando. Tento me segurar em algo, mas é inútil, pois logo mergulho na completa escuridão. 

Pov Kile

Saio de casa, fechando a porta com força atrás de mim. O que eu acabei de fazer foi a coisa mais difícil, que já tive que fazer. Vê-la na minha frente, tão frágil, vulnerável, derramando lágrimas por minha causa. Tudo o que eu queria era envolvê-la em meus braços, e beija-la como se não houvesse amanhã. E aquele camisola? Eadlyn com certeza queria me deixar louco. Eu estava me controlando, para não arrancar aquela camisola fora, e fazê-la minha mais uma vez. Mas eu não podia. Só que eu também fiquei preocupado, será que iria fazer mal ao bebê. Entro no meu carro, ligando-o logo em seguida. Eu precisa sair, espairecer, esquecer o que aconteceu minutos atrás. 

Minutos depois estaciono em frente a uma boate. Saio do meu carro e entro na boate, sentindo o som estrondoso invadir o meu ouvido. Vou em direção ao bar, e peço uma bebida. Enquanto espero, viro para a pista de dança, e vejo de longe uma loira me olhando com olhar sexy. Ela mordia os lábios, na tentativa de me provocar. Ela logo vem em minha direção, e para a minha frente. Passa as mãos por meus braços, e eu entendi perfeitamente o recado, a puxando para um beijo cheio de lascívia. A puxo para o andar superior da boate, onde ficavam os quarto. Nós não falamos nada, e nem precisamos. A empurro na cama, e a beijo novamente, tentando com aquele momento esquecer de tudo. Mas fracasso, miseravelmente. Pois meu pensamento, sempre voltava a uma certa morena de olhos castanhos, que estava na minha casa nesse exato momento.

***

Entro no meu carro, colocando a cabeça no volante, soltando um suspiro frustrado. Ligo o carro e vou em direção a minha casa. Olho no meu relógio de pulso, e bejo que já se passou uma hora desde que eu sai de casa. Não demoro muito e eu chego. Saio do meu carro, e entro em casa. Tudo parece do jeito que eu deixei. Vou em direção á escada, mas paro no meio do caminho ao me deparar com uma cena. Eadlyn estava deitada no chão, ao pé da escada. Ela parecia está dormindo, mas algo me dizia que ela não estava. Ela não tinha o porque de dormir ao pé da escada. Sinto o pânico tomar conta de mim, juntamente com a culpa, se eu não tivesse saído de casa, talvez eu até a tivesse ajudado. 

A pego no colo, e a levo para seu quarto, a colocando na cama. Cubro-a com o edredom, para que não sinta frio. Sinto a mão de Eadlyn pegar a minha. Sua mão estava fria.

— Kile... - disse em uma arfar. - Por favor, não me deixe. - suplicava. Percebi que ela ainda dormia. - Fique comigo por favor.

— Sempre, Eady. - disse, mesmo que ela não ouvisse. - Sempre.


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Notas finais do capítulo

Lembrando que eu também posto no social spirit.
Gostaram?



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