Remember Me escrita por GabiHerondale2


Capítulo 10
Capítulo 10




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Ei garoto, você nunca fez muitos joguinhos
Eu pensei que precisava melhorar
Então eu fui embora embora embora
Agora, vejo que você tem saído
Com aquela outra garota na cidade
Parecendo um casal de palhaços palhaços palhaços

Lembra das coisas que eu e você fizemos primeiramente?
E agora você está fazendo essas coisas com ela
Lembra das coisas que eu e você fizemos primeiramente?
Você me pegou, me pegou assim
E agora você está levando ela para todos os restaurantes
E para todos os lugares que nós fomos, qual é!
E agora você está levando ela para todos os restaurantes
Você me pegou, me pegou assim

Garoto, você pode dizer o que quiser
Eu não dou a mínima, ninguém mais pode te ter
Eu quero você de volta
Eu quero você de volta
Que-quero você, quero você de volta
Eu terminei achando que você ficaria chorando
Agora me sinto mal olhando você curtindo
Eu quero você de volta
Eu quero você de volta
Que-quero você de volta

Want u Back - Cher Lloyd

Pov Kile

— Eadlyn. - chamo, voltando a minha atenção para estrada. Ela se vira para mim, e me encara em silêncio, olho pelo canto do olho. - Eu quero ficar perto do meu filho. Ver ele crescer, acompanhar cada etapa da gestação e tudo mais. - digo e ela assente, parecendo um tanto confusa. - E é por isso que eu tomei essa decisão.

— Que decisão?

— Você vai morar comigo. - vejo-a arregalar os olhos surpresa. Sorrio, e agora a diversão começa. Eadlyn abre a boca várias vezes, provavelmente, tentando dizer algo, mas sua voz não saía. Me virei para frente me concentrando na estrada, enquanto Eadlyn se recuperava do choque. Bom, vocês devem está pensando que eu estou fazendo isso apenas pela minha vingança, mas a verdade é que eu estou adorando a ideia de ser pai. E quero ficar o mais perto possível do meu filho.

— Não! - a voz da Eadlyn me tira do meu breve devaneio. - Eu não vou morar com você, Kile. - seu tom era decidido, mas eu não voltaria atrás em minha decisão, ela iria morar comigo e ponto. 

— Eadlyn, deixa de birra, você vai morar comigo, sim! - sorri, ao ver sua expressão. Ela parecia está desesperada. - Eadlyn, relaxa! Até parece que você nunca quis morar em uma mansão. - digo debochado. 

— Para onde estamos indo? - pergunto, reparando pela primeira vez no caminho que estou fazendo. 

— Para a empresa. - digo, sem olha-la. - Preciso pegar uns papéis, depois vamos para a minha "casa". 

— E as minhas roupas? 

— Não se preocupe com isso. - dou de ombros, e a conversa acaba por ali.

Olho vez ou outra para Eadlyn e ele sempre está olhando pela janela. Apesar de tudo que ela me fez não posso negar que ela mexe comigo. A quem eu estou querendo enganar, eu a amo. Ainda mais agora que ela está grávida. Suspiro, tentando controlar meus pensamentos, eu estava vacilando, era difícil, não queria fazê-la sofrer. Mas eu não podia vacilar, tinha que ser forte. Agora que ela vai morar na mesma casa que eu, vamos nos ver a todo instante, meus sentimentos vão ficar mais fortes, eu tenho certeza disso. Vejo o meu carro estacionar em frente a empresa, fazendo-me acordar dos pensamentos.

Pov Eadlyn

Eu estava desesperada. Kile só podia está maluco, agora surgiu com essa ideia absurda de eu ir morar com ele. Confesso que no fundo eu gostei, iria ficar mais perto do Kile, e além do mais a casa que ele morava, provavelmente era uma mansão. Mas eu nem estava me importando tanto com isso. Mas mesmo assim, sabia que o Kile queria se vingar de mim. Me manter por perto fazia parte da sua vingança. Suspirei internamente, não podia me aborrecer, era isso que o Kile queria, e eu não iria dar esse gostinho a ele. Olhei para Kile e vi ele concentrado na estrada, ele era tão lindo.

Eu não sabia o que sentia de verdade por ele. Meus sentimentos sempre foram muito confusos em relação a Kile. O que eu de verdade sentia por ele? Ou melhor, eu sentia algo por ele? Essa eram perguntas para qual eu não tinha nenhuma resposta. Sinto o fundo dos meus olhos arderem, e o choro vindo em  minha garganta, mas não podia chorar, não na frente do Kile. Percebo que o ele estaciona o carro, em frente a uma grande empresa. Olho e meus olhos se arregalam, era enorme. Kile sai do carro e eu, sem pensar duas vezes, vou atrás.

— Kile. - chamo. Ele para e me olha por cima do ombro. Franze o cenho, provavelmente confuso. - Posso ir com você? - ele ergue as sobrancelhas, e vejo o esboço de um sorriso, controlado por ele. Seus olhos verdes estão brilhando em divertimento. - Não quero ficar sozinha no carro. - explico. Ele aumenta seu sorriso, e assente, virando e seguindo seu caminho, comigo logo atrás. Aperto o passo, para alcança-lo, até que fico lado a lado com ele.

Kile logo passa um braço ao redor da minha cintura. Isso me pega totalmente de surpresa, e uma corrente elétrica passa por meu corpo, ao sentir seu toque. Não sei se ele sentiu, mas se sentiu, disfarçou muito bem. Andamos até a recepção, onde uma moça de cabelos pretos estava. Kile se aproximou e a moça arregalou os olhos, visivelmente surpresa e nervosa. Seu olhar intercalou entre mim e o Kile. Sentir uma enorme vontade de ri, mas segurei. Eu nunca tinha visto alguém tão assustada, quanto essa moça ao ver o Kile. Olhei para o mesmo, e o vi com os olhos estreitados, estranhando a atitude da moça.

— Sr. Woodwork. - fala surpresa e nervosa. - Pensei que o Sr. não voltasse mais hoje.

— Algum problema? - Kile perguntou, ignorando totalmente a fala da moça. Ergui as sobrancelhas, perplexa. O que aconteceu com o Kile doce e gentil que eu conheci? Ah, é, eu destruir os sentimentos dele. Que maravilha, Eadlyn! Agora ele vive causando isso nas pessoas, por sua culpa. Idiota! Minha consciência gritava comigo, mas a ignorei, do mesmo jeito que Kile ignorou o que foi falado pela moça. - Não respondeu. Algum problema? - perguntou. Seu tom de voz imponente, me fez acordar do meu breve devaneio. 

— Não, Sr. Só fiquei surpresa. - disse, sua voz soou trêmula. Mas se o Kile percebeu, ignorou. Percebi que ele anda fazendo muito isso. Os olhos da moça pararam em mim, parecia ser a primeira vez que ele me notava. A expressão assustada deu lugar a uma confusa. Ela olhou para o Kile e depois para mim. Devia está se pergunta quem sou eu. Mas com certeza não perguntaria.

— Essa é a Eadlyn. - disse o Kile, respondendo a pergunta estampada em seus olhos. Então, o Kile também percebeu. - Ela é uma amiga. - foi só eu que percebi que ele falou a palavra amiga, com uma pontada de ironia e deboche. Olhei para moça, é ela também percebeu. Mas logo eu percebi que era exatamente isso que o Kile queria. Desgraçado! - Bom, eu só vim pegar uns papéis. Eadlyn você me espera aqui? - pergunta, se dirigindo a mim. Eu apenas assinto, estava assustada demais para falar qualquer coisa.

Vejo o Kile soltar minha cintura, e ir em direção ao elevador. De repente, sinto como se faltasse algo. Ah, lembrei era a mão do Kile em mim. Mas que droga!  Por que eu estou tão estranha ultimamente? Fecho os olhos com força e respiro profundamente, tentando afastar aqueles pensamentos da minha cabeça. Me viro para moça e vejo a mesma me observando, seu olhar parece me percorrer, me deixando um tanto constrangida. Ela parecia está me avaliando.

— Tudo bem? - pergunto, tentando soar o menos grosseira e petulante possível. Ela abre a boca para responder, mas logo a fecha novamente abaixando seu olhar. Estranho sua atitude, até que olho para trás e vejo Kile se aproximando, com uma pasta em suas mãos. Ah, agora entendi. Mesmo assim não deixa de ser estranho. 

— Vamos? - pergunta, sem me olhar. Eu assinto, mas como ele não está me olhando não vê, então eu digo um "sim", queria realmente ir embora, e mesmo se não quisesse, não teria escolha. Acompanho ele para fora da empresa, indo em direção ao seu carro. Entro no mesmo, enquanto Kile dá a volta e coloca a pasta no banco de trás. Ele entra no carro e dá a partida. 

Minutos depois Kile estaciona o carro em frente a uma mansão. Abro a boca surpresa. Era muito linda. Ainda tinha um jardim. Desci do carro, juntamente com o Kile. Ele percebeu que eu olhava maravilhada para a mansão a minha frente, e abriu um sorriso cínico. Eu o segui para dentro da "casa". Sempre observando tudo. A sala, era enorme. Tinha um escada reta bem no meio dela, que dava para o andar de cima que eu percebi ter várias portas. Kile fez um gesto com a mão, para mim o segui-lo. Ele subiu a escada, que não era nada pequena. Depois de terminar de subir a escada, ele me conduziu a uma porta.

— Aqui é o seu quarto. - disse, abrindo a porta, me permitindo ter um deslumbre de um quarto completamente lindo. Percebi que tinha algumas coisas minhas nele. Franzi o cenho e olhei para o Kile em busca de resposta. - Eu pedi para alguns dos meus empregados trazerem suas coisas para, enquanto você ainda estava no hospital.

— E se eu não aceitasse vim? - perguntei, com um sorrisinho irônico. O rosto do Kile se transformou, se antes ele estava com uma expressão divertida, deu lugar a uma expressão séria. Ele se aproximou lentamente de mim, pegou meu rosto com as mãos, acariciando meu rosto. Seu toque estava gelado, frio; O que me causou tremendo arrepios. 

— Eadlyn, Eadlyn! - disse, como se estivesse me repreendendo. Aproximou um pouco mais de mim. - Até parece que você ainda não entendeu. Você não tinha escolha. Você vinha, querendo ou não. - dizendo isso, soltou meu rosto e saiu do quarto. Eu estava assustada, nunca tinha me sentindo assim, em relação ao Kile. Medo. Ele nunca me causou isso. Mas isso foi antes de eu magoa-lo.

***

Já estava noite, e eu estava deitada na minha mais nova cama, olhando para o teto completamente entediada. Soltei um suspiro, desde que o Kile me deixou aqui no quarto, ainda não tinha saído dele. Levantei da cama, iria sair um pouco desse quarto. Não queria ficar presa. Devia ser tarde, eu já estava de camisola, mas sem sono. Sai do meu quarto, o mais silenciosamente possível. Fui em direção as escadas, e desci as mesma devagar, tinha medo de escorregar e acabar caindo. Olhei ao redor da sala, estava meio escuro, mas uma silhueta na janela, chamou minha atenção. Ele estava olhando para janela, com um copo do que parecia ser uísque. Estava completamente perdido em pensamentos. Me aproximei devagar, e fiquei um pouco atrás dele.

— Não consegue dormir? - sua voz sai em um sussurro. Como ele tinha percebido minha presença? Ele se vira para mim, seus olhos estavam ilegíveis, na verdade ele não esboçava expressão alguma. - Já está tarde, para você está andando por aí de camisola. - fala, olhando meu corpo, coberto apenas pela camisola. Não me senti nenhum pouco constrangida com seu olhar. O observei de cima a abaixo também. Estava usando uma camisa branca de manga comprida, que deixava seus músculos bem marcadas. Seus olhos brilhavam, em meio a pouco luz do ambiente. 

— Não consegui dormir. - digo, sussurrando também. Parecia inadequado falar alto, em um lugar totalmente silencioso. Kile vira o copo, e toma o resto da bebida no copo, e coloca o mesmo em cima de uma mesinha que tinha ali perto. Suas bochechas estavam um pouco rubras, mas não parecia ser vergonha ou raiva. Talvez fosse o efeito da bebida. - E você?

— Também estou sem sono. - diz. Sinto minha garganta seca, e mordo o lábio inconscientemente. Kile ergue a mão e passa pelo meu lábio inferior libertando-o. Sinto minhas pernas ficarem bambas e uma tontura se abate sobre mim. Kile me segura rapidamente antes que eu caia. Nossos lábios estavam perigosamente perto. Ele se aproxima devagar, e eu fecho os olhos, esperando seus lábios colarem aos meus.


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Notas finais do capítulo

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