Questão de Tempo escrita por


Capítulo 3
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

Ahhh estou de bom humor hj pq segunda é meu niver e então resolvi postar mais um cap pra vcs!!!!
Bjos!!!!!



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(Cap 03) 

Mais uma vez Mac iria dormir sem Christine e como ele sentia um alivio por isso, sem ela enumerar os motivos pelos quais deveriam ficar juntos e de como todos sentem inveja dela, não suportava mais a sua falta de maturidade. Dificuldades em levar alguém para a cama ele não tem e então por que ir com alguém que vai fazer disso um compromisso eterno? Dessa vez ela iria ficar mais tempo sem pegar no seu pé depois daquele beijo. Não imaginou que reencontrar a irmã de seu amigo lhe trouxesse tanta dor de cabeça, já tinha problemas de mais no trabalho para dar conta, suas escapadas para tocar no clube era um jeito de manter sua cabeça em ordem. 

Ah mas aquele beijo...ele não sabia como seus pensamentos acabaram naquele beijo na chuva e nem percebeu quando um sorriso displicente veio enfeitar seus lábios mas logo foi vencido pelo sono e adormeceu.  

O descanso de Mac não demorou muito, logo seu despertador tocava em cima da mesinha de cabeceira. Ele olha o despertador, marcava seis da manhã mas teve a impressão que acabara de fechar os olhos. 

Mac mal chegara ao laboratório aquela manhã quando é avisado do primeiro caso do dia. Sheldon já estava no local fazendo as análises preliminares quando ele chegava a cena, um local mais afastado do centro sem vizinhança de residências apenas vários galpões. 

Mac – O que temos? 

Sheldon – Um trabalhador do galpão ao lado fazia uma manobra com o guindaste quando saiu algo errado e acabou batendo nesse muro e a ossada foi descoberta e ligaram para a polícia. 

Mac se agacha para olhar com cuidado o amontoado de ossos velhos. 

Sheldon – Pelas roupas parece se tratar de uma mulher. 

Mac – Flack algum contato com o dono do galpão? 

Don – Nada. Tem pessoal meu buscando na prefeitura quem é o dono do local, os trabalhadores dizem que um vigia vem aqui as vezes olhar como está o local e vai embora, aparece aqui uma vez por mês. 

Sheldon – Mac. – Sheldon havia passado uma parte do corpo pelo buraco feito na parede e olhava o lado de dentro. – Não tem saída, é apenas um vão muito pequeno, acho que isso tem entre 50 a 60 centímetros de largura com 40 de profundidade, esse espaço cabe apenas um corpo de pé. Mac essa mulher foi literalmente emparedada para morrer. – Mac liga a lanterna e olha pela passagem. 

Mac – E ainda viva. 

Flack – Como? – franzindo o cenho. 

Mac – Tem marcas nas paredes, ela ainda estava viva quando foi colocada aqui dentro.  

Sheldon – Quem é essa mulher? O que ela fez para terminar seus dias assim? – surpreso com tamanha crueldade. 

Mac – É o que vamos descobrir.  

Mac se agacha mais uma vez para observar algo que parecia incrustrado entre algumas taboas, ele pede a pinça metálica que estava nas mãos de Sheldon e com a ajuda da lanterna resgata um pequeno objeto de formas arredondadas mas encoberto por uma camada de poeira e sangue seco. 

Mac – Faça o teste para sangue.  

…. 

Mais tarde no laboratório... 

 

Danny – Mac, Don ligou achou um nome e um endereço nos documentos da prefeitura. – o encontrando na sala de descanso com uma xícara de café nas mãos. 

Mac – Ok, eu vou até lá. 

Lindsay – Mac desculpe mas não teve como impedir. – ela falava apreensiva ao se aproximar do chefe. 

Mac – Do que está falando Linds? – franzindo o cenho. 

Lindsay – Tem uma mulher esperando por você na sua sala, o nome dela é Stella Bonasera e está com um bebê. – mal fechara a boca Mac larga sua xicara de café e caminha a passos largos até sua sala. 

Danny – Quem é Linds? Mais uma namorada do Mac? 

Lindsay – Não sei mas que a bebê é igualzinha a ele isso eu tenho que admitir. 

Danny – Eu preciso ver isso. 

.... 

Mac – O que faz aqui? –entrando em sua sala e se deparando com Stella de pé olhando um quadro pendurado na parede. 

Stella – Shiiii!!! Fala baixo que ela estar dormindo. – ela sorrir ao ver a assinatura do quadro antes de virar-se para ele. 

Mac – Ela quem? 

Stella – O bebê é uma menina e o nome dela é Sophie. – Stella usava um tom de voz doce olhando o bebê em seus braços, conferia se a criança ainda dormia em seu colo coberta por uma manta rosa. 

Mac – Isso é loucura! – passando por ela e sentando-se em sua mesa.  

Danny – Mac, está tudo bem? – entrando na sala do chefe mas seu interesse era ver a mulher e a criança. 

Mac – Está tudo bem Danny.  – jogando uma pasta parda em cima de sua mesa. 

Stella – Eu não quero atrapalhar mas eu preciso conversar com você. – se posicionando na frente da mesa dele. Danny se aproxima e acariciava o rosto da bebê. 

Mac – Nós já conversamos e o que eu disse continua valendo. – seu tom de voz foi mais áspero e um pouco mais alto. 

Danny – Shiii! Tem um bebê dormindo aqui. 

Mac – Você vai ficar do lado dela? 

Danny – Não estou do lado de ninguém, vocês que se resolvam mas a menina não tem culpa. 

Stella – Obrigada! Tirou as palavras da minha boca. 

Danny – Não tem que agradecer. Meu nome é Danny Messer. 

Stella – Prazer, Stella Bonasera. – estendendo a mão para ele desajeitadamente, Danny a cumprimenta de volta. Eles sorriem. 

Mac – Será que vocês podem conversar em outro lugar? Eu preciso trabalhar. – trazendo para si alguns documentos que estavam em cima da mesa. 

Stella – Você pode segurá-la um pouquinho? – falando com Danny. 

Danny – Claro. – Stella passa a criança cuidadosamente para os braços de Danny sob o olhar curioso de Mac. 

Stella – Olha aqui, não só você aqui que trabalha mas diferente da sua atitude eu estou preocupada com essa criança. – seu tom era duro porém baixo. Mac respira fundo. 

Mac – Desculpe eu estou no meio de uma investigação. – mas atrás dela Danny ninava a criança mas com a atenção na conversa, Mac percebe e para a explicação ali, já era demais dizer “desculpas”. 

Stella – Tudo bem mas porque não assume logo que a menina é sua filha? 

Mac – Porque ela não é minha filha. 

Danny – Mac essa menina realmente parece muito com você. – com um meio sorriso que fez Mac fuzilá-lo com o olhar. 

Mac – Não brinca com isso Danny. 

Stella – E porque não acredita no que estar escrito aqui? – retirando o papel do bolso do casaco. 

Mac – De novo esse bilhete molhado e faltando um pedaço? Muito conveniente para você. Me dá aqui. – ficando de pé e tomando o papel das mãos dela. 

Stella – Grosso! 

Danny – Pessoal, acho que tenho um problema aqui. 

Mac – Agora não Danny. – tentando ler o tal papel. 

Danny – Dessa vez é sério. 

Stella – O que foi? – ouvindo um chorinho. 

Danny – A neném acordou e acho que fez o que não devia porque o cheiro está horrível. 

Stella – Fez mesmo e como fez. – pegando Sophie no colo e franzindo a testa com o mal cheiro. – Eu preciso deita-la em algum lugar para trocar a frauda. 

Mac – Quê? – Stella se aproxima de Mac e deita a criança em cima dos papeis que estavam sobre a mesa. Ele a olha incrédulo, eram documentos importantes sobre a investigação. Isso o deixou possesso. Danny não acreditava no que ela estava fazendo, ele olhava a criança e depois a cara de Mac. 

Stella – Eu nunca fiz isso. – erguendo seu olhar para Mac a sua frente que permanecia incrédulo com a atitude dela. 

Mac – E quem trocou essa criança todos esses dias? – arcando uma das sobrancelhas. 

Stella – Você não ouviu nada do que eu falei ontem, né? Eu falei que a encontrei na minha porta ontem quando cheguei do trabalho. – Danny se intriga com o que Stella falara. 

Danny – Ontem à noite? Vocês se falaram ontem à noite?  

Mac – Danny isso aqui não é uma investigação. – Stella percebe um certo olhar de Mac nervoso sobre ela e se mantém calada, sentia que não deveria revelar nada sobre o encontro noite passada. 

Stella – Me dá o telefone. 

Mac – Quê? 

Stella – O telefone. – ela o olhava séria. Mac entrega o aparelho para Stella.  

Ele tentava se manter indiferente mas seu olhar se alternava entre a menina que balançava os braços freneticamente e a mulher que andava de um lado para o outro ao telefone, ela ajeitava mais uma vez o óculos no rosto que teimava em escorregar. O casaco que vestia era comprido e um lenço repousava deliciosamente sobre seus ombros, seu cabelo novamente estava preso num coque e alguns cachos se desprendiam caindo pela sua testa. 

Stella – Toma. – passando o telefone para Mac. Ele olha para o aparelho na mão dela e depois encara Stella. – Não tenha ideias mirabolantes, escuta o que a Sam diz e repete para mim. – Danny esconde o riso que tamborilou em seus lábios ao ouvir aquilo e o olhar de reprovação de Mac, podia ouvi-lo respirar fundo longamente tentando conter o desagrado ao ouvir o que Stella dissera antes de falar ao telefone. 

Mac >> Taylor. << (...) >> Não, eu não sou o pai da Sophie. << (...)  

Mac pensou que teria que repetir isso muitas vezes de agora em diante. 

Mac – Ela disse para você limpá-la com os lenços humedecidos e depois passar pomada para assaduras. – ainda mantendo o telefone na orelha.  

Stella – Danny me passa a bolsa dela que está no sofá. 

Danny – Claro. – só agora Mac havia percebido a bolsa rosa em cima do seu sofá e outra bolsa feminina. – Deixa eu pegar para você. – abrindo a bolsa e retirando tudo o que ela havia pedido. Stella retira a frauda suja e não pode deixar de fazer uma certa careta ao sentir aquele mal cheirinho, Mac estende para ela o cesto de lixo antes que Stella descartasse a frauda suja em cima de sua mesa. Mesma insegura Stella conseguia trocar a frauda de Sophie. 

Stella – Pronto agora você está linda e cheirosinha. – passando a mão pela barriguinha da criança. 

Danny – Você trocou direitinho. – sorrindo com o sorriso de Sophie.  

Stella – É, consegui. – o olhando. 

Danny – É mas poderia ter deixado comigo, sempre faço isso tenho uma filha pequena em casa. Acho que até o Mac já fez isso por ela. – Stella olha para Mac surpresa com aquela revelação. 

Mac – Ela ainda quer falar com você. – mantendo sua seriedade passando o telefone para Stella. 

Stella >> Tudo bem Sam, está tudo bem. << (...)>> Ok, tchau. << - desligando. 

Mac – Podemos resolver o nosso assunto agora? 

Stella – Vai ficar com a Sophie hoje? – apoiando as mãos sobre a mesa. 

Mac – Ela não é minha filha. – enfrentando o olhar dela. Sophie da gritinhos e acaba caindo no choro. 

Mac olha para a menina, é a primeira vez que ele olhava diretamente o bebê. Sophie não parava de chorar. No meio do soluço Sophie e Mac se encaram, ele observava aquele bebê tão pequeno, tão frágil, precisando de carinho. Sophie estende os bracinhos para ele querendo um pouco de colo. Stella e Danny se afastam um pouco e observavam um momento mágico que acontecia na frente deles. Mac pega Sophie no colo com um pouco de medo de machuca-la, a neném brinca com o boton no terno dele e depois agarra-lhe uma das orelhas, ela abre um sorriso angelical e aqueles gritinhos que faziam ir abaixo a dureza de Mac o fez sorrir largamente. Era uma troca de olhares ternos entre o bebê e aquele homem que Stella e Danny não se atreviam interromper mas o silêncio cheio de ternura fora quebrado pelo telefone. Stella da a volta na mesa para aproximar-se e tira Sophie dos braços de Mac. 

Mac >> Taylor. <> Ok Don eu vou até a delegacia falar com você. << - desligando o telefone. 

Danny – Don achou mais alguma coisa sobre o dono do galpão? 

Mac – Ele tem mais informações. 

Stella – Nós ainda temos que resolver uma coisa. 

Mac – Eu sei. – sentando-se em sua poltrona. – De quanto você precisa? 

Stella – Quê?!! 

Mac – É só o que eu posso ajudar. 

Stella – Eu não estou falando de dinheiro. Você deve assumir sua responsabilidade de pai. 

Mac – Não vou assumir uma responsabilidade que não é minha. 

Stella – O que eu estou procurando é a família dessa garotinha. 

Mac – Já disse para procurar uma delegacia e entregar essa criança as autoridades, eu posso ir com você ou pode entrar em um grande problema. 

Stella – Segura ela pra mim novamente. – passando a bebê para Danny que num susto pegou a criança no colo com o inesperado pedido de Stella. 

Danny – Claro.  

Stella – Por que você não pode considerar a hipótese dessa menina ser sua filha? – era notada a indignação naquelas palavras. 

Mac – Essa possibilidade não existe. Eu saberia se tivesse uma filha por ai. 

Stella – Será que saberia mesmo? – ela o desafiou. 

Mac – O que está querendo dizer? 

Stella – Eu estou dizendo que essa menina deve ter sido fruto de um caso extraconjugal e você não quer que sua esposa descubra. – olhando a aliança na mão dele. Mac se surpreendeu com a atenção dela, ele gira a aliança em seu dedo como de costume com o polegar no dedo anelar. 

Mac – Você não sabe do que está falando!! – a rispidez aumentou um tom de sua voz e seu olhar pairou sobre a sua aliança. 

Stella – Ou então a outra alternativa é que seja estéril. – Stella sentiu que aquele assunto seria um campo minado e então resolveu dar um “ar divertido.” 

Mac – Continua sem saber o que estar dizendo. – ainda com seu olhar perdido na mesa. 

Stella – Você é gay? – Mac a encara não acreditando no que estava ouvindo. Logo ele que tem várias mulheres no seu pé ser chamado de gay, Danny tentava ao máximo não rir mas não se atreveu a entrar naquela discussão. 

Mac – Não, eu não sou gay. – ele falava sério. 

Stella – Então você tem outros problemas. – cruzando os braços. 

Mac – Que “outros problemas”? 

Stella – De ... de ereção, talvez? 

Mac – Não, eu não tenho outros problemas. – ele falava entre os dentes. 

Stella – Sei. – rindo da cara que ele fazia. – Então continuo com a minha primeira teoria. 

Mac – Teoria errada. Quando você resolver levar essa criança as autoridades pode me procurar. – pegando um cartão em sua mesa e entregando para Stella. Ela o olha incrédula, não acreditava que ele estava a dispensando daquela forma. 

Stella – Estúpido! – apertando de leve os olhos de raiva. Eles se encaram. Mais uma vez ele observava o rosto dela tomado pela feição de raiva e como ela ficava tão bonita chateada.  

Stella pega a carta que ainda estava jogada sobre a mesa coloca dentro da bolsa em seguida dá-lhe as costas, pega Sophie no colo de Danny, tencionava pegar sua bolsa em cima do sofá mas Danny se adiantou. 

Danny – Eu pego pra você. – pegando a outra bolsa dela que estava em cima do sofá e passando para Stella. Ela sai sem dizer uma palavra. 

Danny – Você vai deixa-la ir assim? – olhando para Mac que estava de pé atrás de sua mesa. 

Mac – O que você quer que eu faça? Temos que ir falar com o Don e ...  essa menina não é minha filha. – ele fala querendo acreditar que era razão suficiente para não sair atrás dela. 

Danny – E a tal carta? 

Mac – Está muito molhada e parece ter o nome Taylor mesmo escrito mas há muitos Taylors por ai. – dando de ombros. 

Danny – E como ela chegou até você? 

Mac – Deixa pra lá. – não querendo dizer sobre o clube que frequentava para tocar, era o único lugar que não era chefe, que não importava sua identidade, o lugar onde tinha um pouco de sossego. Ele novamente tentava se distrair com os seus papeis mas ainda se mantendo de pé. 

Danny – Você não sente nenhum pouco de remorso? A Stella também não tem vínculo com essa criança. 

Mac – Deixaram na porta dela. – erguendo o olhar para o amigo que estava bem na sua frente. 

Danny – Como poderia ser na porta de qualquer um. 

Mac – Você está querendo que eu me sinta culpado? – desistindo dos documentos e os abandonando na mesa mais uma vez. 

Danny – Tudo bem Mac mas deixe-me dizer uma última coisa, não as deixe tomar um banho de chuva, o tempo está fechando e com um bebê no colo e com bolsas é complicado tomar um táxi. Eu vou falar com o Don e te repasso tudo. – o olhar de Mac foi direto a janela de vidro da sala. 

Mac – Ok você venceu. – pegando seu sobretudo que estava pendurado e um guarda-chuva. 

.... 

Ao chegar na recepção Mac podia ver Stella na porta do edifício pronta para sair à rua mas o barulho de um trovão a fez erguer a cabeça e olhar o céu, os primeiro pingos de água começavam a cair. 

Mac – Eu deixo vocês em casa. – abrindo o guarda-chuva para não molha-las já na calçada. Stella apenas o olha um pouco assustada sem dizer nada. – Me desculpa mais uma vez. – os olhos de Mac eram culpados. A chuva começava a ficar mais forte. – A chuva tende a piorar. – Stella apenas o olhava pois mais uma vez estava tão próxima a ele e dessa vez a máscara dura de Mac não estava em seu rosto, parecia mais humano. 

Stella – Tudo bem eu vou aceitar por causa da chuva. – desviando dos olhos dele. 

Mac – Vamos entrar meu carro está no estacionamento. Deixe-me ajudar. – pegando as bolsas que estavam penduradas no ombro dela. Eles entram novamente no prédio pegam o elevador e vão até o estacionamento no subsolo. 

Mac dirigia com cuidado, muitas vezes quando acionava o freio colocava a mão na frente do bebê com medo que se machucasse. 

Stella – Eu não quero causar problemas para você. – não sabia porque mas Stella estava se sentindo constrangida. 

Mac – Do que está falando? 

Stella – Você é casado e eu te acusando de ter um filho fora do casamento. 

Mac – Não sou casado. – mantendo sua atenção no transito complicado por causa da chuva. Stella ficou em silêncio esperando por alguma explicação afinal estava vendo uma aliança reluzente no dedo dele.  

Ele não a encarava mas pelo silêncio ele teria que falar, Mac respira fundo ao parar em um sinal vermelho. Mais uma vez ele gira a aliança. 

Mac – Eu sou viúvo. Minha esposa morreu no onze de setembro. – seus olhos pairavam na aliança em seu dedo. 

Stella – Me desculpa, me desculpa. Nossa eu...eu... – sem graça pelo que falara. 

Mac – Você não tinha como saber. Está tudo bem. – ele abre o porta-luvas em busca de uma foto da esposa para mostrar mas Stella dá um espirro. 

Stella – Ah não acredito. – virando o rosto para a janela para proteger Sophie. 

Mac – Está tudo bem? 

Stella – É a minha alergia que está atacando, quando abriu o porta-luvas subiu o aroma de um perfume.  

Mac – Você é alérgica a perfume? – erguendo uma das sobrancelhas fechando o porta-luvas. 

Stella – Perfumes fortes, poeira, fumaça. Renite alérgica. 

Mac – Então ontem você não estava chorando? 

Stella – Não. – um pequeno sorriso brota no canto dos lábios dela. Mac dá a partida no carro quando o sinal abre. – Achou mesmo que eu estava emocionada? – ele apenas sorriu. – Pode parar ali. 

Mac – Aqui nessa casa? 

Stella – Isso. – Mac estacionava o carro na frente da casa que Stella indicara. – Obrigada. – abrindo a porta. 

Mac – Calma eu te ajudo. – descendo do carro, ele pega o guarda-chuva e as bolsas que estavam no banco de trás. Mac da volta e abre a porta do carro para Stella sair com Sophie mantendo as duas em baixo do guarda-chuva. 

Stella – Entra, você está molhado. – Mac praticamente andava na chuva para mantê-las protegidas sob o guarda-chuva. 

Mac – Não posso, tenho muito trabalho. Quando você decidir procurar a polícia não deixe de me avisar. – ela revira os olhos bufando. – Por que você não pode pensar que eu me cuido e por isso não tenho filhos por aí?! 

.... 

Sam – Com quem você estava conversando? 

Stella – Que susto Sam! – quando entrava em sua sala de casa e se deparando com Sam. 

Sam – Você deixou a porta da cozinha aberta e eu vim só pegar um pouco de café. 

Stella – Vou aprender a fechar a porta. – colocando suas bolsas no sofá. 

Sam – Ah deixa eu segurá-la um pouco. – tomando Sophie nos braços. – Você não me disse com quem estava aí fora. 

Stella – Era o Taylor. – tirando o casaco. 

Sam – O mesmo Taylor da voz de tele sexo que falei por telefone mais cedo? – Stella ri. 

Stella – Esse mesmo Sam, esse mesmo. – se jogando no sofá. 

Sam – E como foi com ele? Assumiu? – sentando ao lado dela. 

Stella – Foi pior ainda, não assume a menina e ainda disse que eu tenho que entrega-la a polícia. 

Sam – Ai que maldade! 

Stella – Também acho mas ele disse que eu posso ter problemas por isso. Mas não vou abandonar essa fofura. – fazendo cocegas na barriguinha de Sophie que ria alto. – Sei muito bem o que é estar em um abrigo e não vou fazer essa maldade com essa inocente. – suas palavras tiveram uma pontada de tristeza. 

Sam – Mas ele viu esse sorriso dela? Essa risada gostosa? 

Stella – No começo ele não olhava para ela mas Sophie sabe como conseguir atenção e toda aquela dureza dele foi por água abaixo quando viu esse riso gostoso. – fazendo mais cocegas na barriguinha da menina a fazendo rir alto mais uma vez. 

Sam – Vejo uma pontada de tristeza nos seus olhos Stell. – acariciando o rosto dela. 

Stella – Não é nada Samantha. – tomando Sophie no colo. – E Sophie é muito parecida com ele. 

O celular de Stella começa a tocar dentro da bolsa. 

Stella – Acho que estou ouvindo meu celular tocar. Toma aqui ela Sam. 

Stella vasculha a bolsa até achar seu celular que acumulava várias chamadas de Andrew Bedford, um advogado que trabalha para a embaixada grega. 

Stella >> Oi senhor Andrew.

Drew >> Oi Stella, até que enfim você atendeu.

Stella >> O celular estava na bolsa nem ouvi as chamadas.

Drew >> Stella você não veio trabalhar, aconteceu alguma coisa? Te procurei aqui na embaixada e me disseram que não veio hoje, estava com problemas pessoais, o que aconteceu?

Stella >> Não foi nada senhor Andrew, são coisas que tive que resolver da minha irmã ... foi isso... tive que tomar conta dos meus sobrinhos.

Drew >> Tudo bem mas se precisar você pode me ligar que eu te ajudarei, não hesite em me chamar e Stella pode me chamar de Drew.

Stella >> Está tudo bem. Ah ... Drew ...  eu preciso desligar, tenho umas coisas pra fazer.

Drew >> Ah tudo bem mas antes quero te convidar para me acompanhar a festa beneficente.

Stella >> Ah eu? << - surpresa com o convite.  

Drew >> Sim, você Stella. Me acompanha?

Stella >> Drew eu não sei.

Drew >> Não vou aceitar um não como resposta, já estou com os convites, depois combino melhor com você, agora eu preciso entrar para uma reunião com o Kolovos.

Stella >> O senhor Kolovos já retornou da viagem? << - estranhando o fato do secretário geral da Embaixada estar em Nova York. 

Drew >> Ele chegou no final da tarde e como ele não para marcou uma reunião comigo agora devido alguns problemas na viagem. Agora tenho que ir, falo como você depois.

Stella >> Ok, tchau. << - desligando. 

Sam – Eu posso saber porque não aceitou logo de cara o convite? 

Stella – Que convite Sam? 

Sam – Não se faça de desentendida. Pelo menos assim você se veste feito gente e deixa de usar essas roupas horrorosas.  

Stella – Sam! 

Sam – Mas é verdade, essas roupas largas são bonita desde quando? – Sophie ri alto como se entendesse. – Adoro quando você tem esses almoços ou jantares ou coquetéis importantes porque assim você se veste bem. 

Stella – E você ainda ri bonequinha. – fazendo cocegas na barriguinha dela. – Sam eu vou fazer café. 

Sam – Não, eu não quero aquele seu café grego cheio de pó. Fica com a Sophie que eu faço. 

....


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