50 Tons Nova Geração escrita por ritinha1500


Capítulo 8
Capitulo 8: Uma conversa civilizada


Notas iniciais do capítulo

Lá vai mais um capitulo para todos. Espero que gostem



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Deixei vários recados no celular de meu pai e fui fazer a única coisa que me acalmava: desenhar. Peguei meu caderno e meu lápis sentei e comecei a desenhar o bad boy suicida desmaiado no meu sofá.

Comecei a pensar nas coisas que Sara e Violeta tinham me falado que eu não sabia o que Josh tinha passado para querer se matar e que a única coisa que ele precisava é saber amar. O que leva uma pessoa a querer acabar com sua vida? Josh parecia ter tudo: uma família que o amava, era rico, além de ser popular e mandar praticamente em tudo na escola.

Quase levei um susto quando a campainha tocou e era o restaurante com a comida. Peguei uma nota de 100 e deixei que o entregador ficasse com o troco. Comecei a comer olhando para o Josh enquanto ele dormia, se alguém me dissesse que eu iria morar com o meu pai e cuidar de um garoto maluco há algumas semanas atrás eu iria rir de tanto chorar na cara da pessoa.

— Mãe – Ele começou a delirar – Sinto tanto mãe.

— Josh está tudo bem – Falei me aproximando dele.

— Eu sou um imbecil que só te magoa, mil desculpas por isso.

— Não se preocupe, tente dormir.

— Não me deixe sozinho – Falou segurando firme minha mão.

— Nunca.

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Sem perceber cair no sono profundo e com dificuldade levantei meio tonta já que tinha dormido em cima da mesinha de centro. Quase perdi o folego quando olhei para um sofá vazio.

— Fique calma – Josh estava parado em pé olhando para mim – Eu ainda estou aqui.

— Você estar bem? – Perguntei me levantando devagar.

— Foi você que cuidou dos meus machucados e tirou minha camisa?

— Sua camisa estava cheia de sangue, então coloquei ela para lavar. Você não respondeu minha pergunta.

— Porque me ajudou Nora? Depois do que fiz a você qualquer um teria me deixado sangrando no frio lá fora.

— Você ainda não entendeu né? Eu não sou todo mundo. Não conseguiria deixar você todo machucado e não fazer nada para ajudar.

— Acho mesmo que você é idiota ruivinha.

— Talvez eu seja mesmo. Você está com fome?

— Foi você que desenhou isso? – Perguntou segurando meu caderno com seu desenho a amostra.

— Não deveria ter pegado isso.

— Era meu desenho então acho que tive direito em querer ver. Até que você tem talento.

— Finalmente – Cochichei para mim mesma.

— Finalmente o que?

— Nada estava pensando alto.

— Me conta. Finalmente o que?

— Você me diz alguma coisa agradável. Eu cuidei de você e até agora não ouvi um obrigado.

— Eu não queria ser salvo.

— Você está com fome? – Tentei mudar de assunto, ainda não estava pronta para saber o motivo de ele ter feito isso consigo mesmo.

— Vai mesmo continuar perguntando isso?

— Esta ou não? É uma pergunta simples.

Ele ficou me olhando por um tempo como se procurasse alguma explicação para eu ser tão gentil com ele mesmo depois do que aconteceu entre nós.

— Estou.

— O que disse? – Perguntei não ouvindo o que ele tinha tido.

— Estou com fome.

— Vou preparar sanduiches para a gente comer. Senta no sofá e largue meu caderno que já volto – Sem olha-lo segui rumo à cozinha e comecei o trabalho. Quando finalmente terminei o ultimo sanduiche, peguei um suco de caju e voltei para a sala, onde Josh estava sentado folheando as paginas do meu caderno de desenhos.

— Mandei você deixar meu caderno em paz – Comentei colocando os sanduiches e o copo de suco na mesinha e sentando ao seu lado no sofá.

— Gosto de olhar seus desenhos.

— Minha mãe é uma artista, ela me ensinou a desenhar.

— Minha mãe gosta de literatura. Ela sempre lia livros para eu poder dormir quando eu tinha pesadelos.

— Já a minha odiava ler. Come – Me surpreendendo Josh pegou um sanduiche e praticamente o devorou numa velocidade incrível.

— Parece que estava mesmo com fome – Comentei depois de vê-lo devorar o quinto sanduiche.

— Quero uma camisa – Comentou olhando para seu peito nu que estava totalmente exposto me deixando vermelha com o pensamento.

— Vou pegar uma camisa do meu pai, espere alguns minutos – Corri para cima e peguei a primeira camisa que encontrei no armário super organizado do meu pai – Aqui – Falei entregando uma camisa com manga longa verde para ele.

— Não gosto de verde.

— Vai começar? Porque o veste essa ou fica sem camisa.

— Você gostaria que eu ficasse sem camisa não é? – Perguntou olhando todo engraçadinho para mim.

— Veste logo isso – Avisei jogando a camisa encima dele.

— Estava brincando nervosinha – Comentou vestindo a camisa tampando os machucados no pulso – Você deve estar se perguntando por que eu fiz isso, não é? – Perguntou depois que me viu olhando para os hematomas.

— Não é da minha conta.

— Realmente Nora Carther, você não é igual a todo mundo.

— Finalmente aprendeu – Comentei sorrindo – Que foi? – Perguntei quando o vi me observando com seus olhos lindos.

— Você tem um lindo sorriso. É bem mais bonito de ouvir sorrir do que ver você chorar.

— Acho que perdeu muito sangue para está sendo tão simpático comigo, nós dois nos odiamos lembra?

 - Você me odeia? – Perguntou com curiosidade em seu olhar.

— Então você estava mesmo aqui – Falou senhor Grey entrando acompanhado de sua esposa, meu pai e dois homens mal encarados.

— Querido – A senhora Grey correu para os braços do filho ignorando completamente todos ao redor – Você esta machucado – Comentou vendo os curativos no pulso – Porque fez isso Josh? Eu quase perdi meu coração de tanta preocupação.

— Eu estou bem mãe, me desculpa.

— Acha que um pedido de desculpas resolve? – Perguntou senhor Grey irritado, mas podia ver a alegria em seus olhos por de encontrado seu filho vivo.

— Como sabia que eu estava aqui? – Perguntou Josh assim que conseguiu um pouco de liberdade do abraço de sua mãe.

— Nora me mandou mensagem dizendo que estava aqui – Explicou meu pai se aproximando de mim – Você estar bem? Desculpa não ter vindo antes, o local que estávamos procurando quase não tinha sinal.

— Tudo bem.

— Obrigado pelos seus cuidados com meu filho, Nora – Agradeceu à senhora Grey já se acalmando.

— Realmente você foi uma ótima pessoa – Começou senhor Grey – Me deixe compensa-la por isso – Falou já começando a pegar a carteira.

— Por favor, pare – Avisei.

— Porque Nora? – Começou Josh – Ganhar a confiança dos Grey é o que todos querem você pode pedir o que quiser agora. Acabou de tirar sorte grande garota.

— Josh, por favor, querido... – Repreendeu a senhora Grey.

— Não, deixe senhora, eu conheço seu filho e não esperava mais do que isso dele. Não quero ser rude senhor Grey, mas não quero seu dinheiro, ajudei o Josh porque EU quis e mais nada do que isso. Agora se quer agradecer retire esse mal educado daqui.

— Nora – Repreendeu meu pai.

— Ele começou – Falei irritada – E só mais uma coisa, eu não o odeio – Respondi gostando de ver sua cara de surpresa – Mas sinto pena porque você nunca irar entender o que é ajudar uma pessoa por coração e não por dinheiro – Peguei meu caderno de sua mão e ignorando o chamado de meu pai subi para o meu quarto e me tranquei. Mas antes parecia que eu tinha o ouvido dizer: “Gosto dela”.


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Notas finais do capítulo

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