Nunca fui uma garota ligada na moda, sempre vestia roupas simples e escuras, acho que preto e marrom sempre foram as minhas cores preferidas para usar. Agora estou eu de frente para um espelho com uma calça preta jeans, uma camisa da minha banda preferida e um casaco preto combinando.

Sem mais demora pequei minha mochila vermelha, que era a única coisa linda de outra cor que chamou minha atenção, e desci para seja lá o que for a minha escola nova. Tia Renata já estava tomando café e preparando torradas.

— Bom dia – Falei já pegando uma torrada.

— Bom dia, preparada para hoje?

— Nem um pouco.

— Você vai se sair bem, vai ver. Seu pai já saiu mais de deixou um boa sorte antes de ir.

— Eu duvido – Acabei falando sem querer.

— Olha, eu sei que esta vendo isso tudo como uma injustiça, mas ele é seu pai merece você tanto quando sua mãe.

— Tudo bem tia não do a fim de discuti isso agora.

— Esta bem, mas você sabe que terá que falar sobre isso mais cedo ou mais tarde, né? E não é comigo e sim com ele.

— Passa o suco, por favor?

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Depois de passar por casas bem cuidadas e lojas que nunca terei dinheiro para ir lá, logo não demorou muito para visualizamos um prédio antigo que parecia um castelo medieval com uma linda estatua de um homem na frente.

— Quer que eu entre com você? – Perguntou minha tia parando na frente.

— Não precisa. É só procurar à coordenadora Potts e ela me passa tudo que preciso.

— Lembre-se aqui não é mais a Califórnia e esses jovens são ricos e mimados, não arranje problemas, ok?

— Deixe comigo, tchau – Sai do seu carro e caminhei entre Mercedes e Forbes caros até que reconheci a estatua do homem que ficava na frente da escola com uma cara seria: o nervoso e pelo jeito muito importante Christian Grey.

— Parece meio exagerado, né? – Falou um garoto tímido que usava óculos e sempre olhava para o chão – A família dele pensa que são reis, pelo o menos o filho dele pensa que é o rei desta escola.

— Você... – Antes que eu pudesse falar qualquer coisa o garoto esquecido me deixou falando sozinha.

Depois de uma ou duas perguntas consegui encontrar a sala da coordenadora que era bem pequena comparada o resto da escola.

— Entre – Pediu assim que eu bati na porta de vidro.

— Com licença, sou Nora Minerva Carther – Informei para uma senhora que sinceramente parecia que tinha chorado e precisava urgente sai para pegar um pouco de ar.

— Assim, a aluna nova. Você é muito sortuda não aceitamos alunos ainda, muito menos no meio de março, mas seu pai conhece o senhor Grey então devemos obedecer.

— Como?

— Esquece estou falando sozinha, entregue seus documentos, por favor.

— Aqui – Falei entregando um pacote cheio de papeis.

— Parece esta tudo certo. Esse é o seu horário e o numero de suas salas estão ai do lado – Me explicou entregando um envelope azul – E essa é a chave do seu armário com identificador para você não perder muito tempo procurando.

— Obrigada.

— Bem vinda à escola que os únicos espertos são aqueles que saibam ficar calados.

— Como assim senhora?

— Digamos que ninguém me chama de senhora por aqui. Não se preocupe senhorita Carther logo saberá do que estou falando. Apenas quem tem grana sobrevive aqui, espero que consiga ficar bem, eu gostei de você.

— Obrigada, eu acho.

— É melhor ir andando, tenha um ótimo dia.

Sem muita demora dei um cumprimento de cabeça e sai, mas antes de fechar a porta a ouvir dizer.

— Espero que não a matem.

Realmente não demorei muito para encontrar o meu armário onde já tinha livros para eu utilizar dentro dele. Olhei meu horário e quase tive um ataque de risos, minha primeira aula seria artes, talvez as coisas não fossem tão ruins assim. Olhei o numero da sala e fui direto para lá ansiosa para fazer a aula que mais amava no mundo. Assim que cheguei comecei a perder as esperanças, os alunos estavam descontrolados enquanto a professora não fazia nada além de ouvir musica pela o fone de ouvido.

Quase querendo sai correndo abrir a porta e caminhei até sua mesa observando vários olhares em mim conforme eu andava pela sala.

— Deve ser a nova aluna da Califórnia – Disse à professora que já tinha retirado os fones – Sou a senhora James, sua professora de artes. Pegue uma cadeira fazia e faça um desenho com cores vivas para mim valendo nota.

— Sim senhora.

— Temos uma pessoa educada aqui – Gritou uma voz que logo reconheci sendo do carinhoso Josh Grey.

Não aguentando os risinhos e minha própria voz respondi.

 - Melhor do que ser mal educada – Todos ficaram no silencio constrangedor e sem esperar para ver a cara de raiva do meu mais novo inimigo me encaminhei até uma mesa vazia começando a fazer a única coisa que me faria parar de tremer, comecei a desenhar.

— Quero silencio – Avisou a professora voltando a colocar os fones.

Depois de um minuto o garoto que eu tinha encontrado na frente da escola entrou na sala todo sujo de giz e ovos e todos riram dele assim que o viram.

— Mas o que é isso senhor Williams? – Perguntou a professora já levantando assustada pelos risos.

— Desculpa professora ocorreu um acidente – No momento que ele disse isso seus olhos se encontraram com Josh e seus amiguinhos ficaram tanto risadinhas, dava na cara que esse acidente tinha nome e sobrenome.

— Vá imediatamente ao banheiro tentar se recompor e volte para terminar o trabalho que passei.

— Sim – Disse saindo apressado.

— Isso é o que acontece com gente educada – Comentou Josh no meu ouvido me assustando o fazendo olhar para ele – Vou deixar passar dessa vez a sua brincadeirinha, mas melhor tomar mais cuidado no futuro.

— Acha que tenho medo de você?

— Bem – Disse se aproximando mais do meu rosto – Seus olhos azuis dizem que tem muito medo de mim. Da avisada – Falou se afastando e voltando para o grupo de homens da caverna.

Quase que sem pensar desenhei rapidamente o mar e um dia lindo de sol, desejando com tudo está lá do que encarar uma guerra com um garoto poderoso. Assim que o sinal tocou entreguei o meu desenho e corri para um banheiro chique e sem pensar vomitei colocando tudo para fora deste a torrada de manha cedo até o medo de Josh Grey.