— Você acabou de chegar? – Perguntou ele se aproximando de mim.

— Sim, Marcos me trouxe.

— Peço desculpas por isso eu tinha muito trabalho para fazer que não deu pra de buscar.

Meu pai por incrível que pareça quase não era parecido comigo, tinha olhos castanhos, cabelos pretos e tinha um bigode bem cuidado que se você olhasse bem ele pintava para esconder os fios brancos.

— Senhor e senhora Grey, essa é minha filha Nora – Disse me apresentando para a família Buscapé.

— Ou então essa é sua famosa filha? – Perguntou à senhora Grey – Muito prazer Nora, sou Anastásia Grey e meu marido Christian Grey, e meus filhos Violeta Grey e Josh Grey.

— Muito prazer – Disse Violeta ficando do lado de sua mãe o tempo todo.

— Prazer senhorita. E me desculpe à confusão – Cumprimentou senhor Grey já ficando mais calmo.

— Tudo bem, não se preocupe...

— Por favor, não precisamos pedir desculpas para a filha de um segurança, precisa? – Interrompeu-me Josh que olhando de perto podia ver seus olhos verdes esmeralda.

— Tenha mais respeito garoto – Avisou senhor Grey retornando sua raiva.

— Por mim do nem ai – Falou já saindo.

— Volte já aqui. Você esta de castigo só vai sair de casa para ir para escola entendeu? – Gritou senhor Grey o seguindo.

— Mil perdões – Pediu senhora Grey seguindo o marido e o filho, com sua filha logo atrás.

— Cadê a senhora Grey eu trouxe a água – Comentou Sonia entrando.

— Guarde a água Sonia – Pediu meu pai – E desmarque tudo que tenho pra hoje, vou levar minha filha para casa.

— Pode deixar.

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O caminho para a casa foi um silencio total, logo ele parou em uma casa branca de dois andares com uma grama congelada e uma caixa de correios um pouco antiga.

— Essa é sua casa agora – Comentou meu pai quando entramos. Tinha uma escada com persianas cinza que dava para cima, a sala ficava do lado direito onde eu podia ver a enorme televisão que estava ligada no jogo de beisebol e na esquerda podia ver a cozinha onde não possuía mesa só um balcão de mármore parecido com os bares.

O meu quarto estava cheia de livros espalhados por prateleiras e tinha um lençol vermelho novo em cima de uma cama novinha em folha.

— Eu comprei pra você espero que goste. O banheiro fica no corredor e você pode pedi comida tem uns telefones colados na geladeira.

— Você não cozinha?

— Não tenho tempo pra fazer compras, mas se quiser cozinhar eu deixo o dinheiro e você pode ir comprar no mercado que tem a duas quadras daqui.

— Tudo bem.

— Sua mãe disse que você não ficou muito feliz em estar aqui, mas você irar estudar em uma das melhores escolas do país tenho certeza de que vai ser bom para seu futuro.

— É, pensamos diferentes mesmo sobre o que é bom para mim.

— Vou deixar você arrumar suas coisas e descansar. Sua tia vem mais tarde para o jantar, ela quer de ver.

— Legal.

— E Nora, só uma coisinha. Aquilo que viu lá no meu trabalho gostaria que não contasse a ninguém é o meu emprego que esta em jogo.

— Relaxa, não conheço ninguém mesmo para poder contar.

— Não conhece ninguém ainda. Chega de papo, vou deixar você em paz – Disse saindo e me deixando sozinha com meu novo quarto bagunçado.

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Arrumei minhas coisas e tomei um banho quente. Depois mandei mensagem para minha mãe e a Carla e sem pensar duas vezes adormeci ainda cansada da viajem. Acabei acordando de noite ouvindo vozes lá embaixo, vesti uma roupa e desci me surpreendendo no final da escada.

— Tia? – Perguntei vendo uma mulher de cabelos curtos e pretos com uma tatuagem no pescoço olhar para mim.

— Olha só para ela – Disse vindo me abraçar com seu cheiro de laranja – Você está linda, e esse cabelo? Você ficou mesmo ruiva.

— Pois é minha mãe não achava que isso fosse acontecer.

— E como ela está?

— Bem, todos estão muito bem.

— Espero que goste de comida mexicana, porque seu pai odeia.

— Eu não disse que odiava – Comentou meu pai usando calça jeans e uma camisa branca com um casaco xadrez por cima.

— Eu gosto de comida mexicana – Respondi.

Comemos sentados no balcão e depois formos para sala onde meu pai pegou uma cerveja e ficou assistindo um programa sobre agricultura. Minha tia e eu formos para o sofá com duas xicaras quentes de chá de canela.

— Então, você ainda desenha? – Perguntou.

— Sim, trouxe meu caderno se quiser da uma olhada.

— Claro que quero. Sua mãe me disse que você quer fazer faculdade no Japão, né?

— Na faculdade de artes de Tóquio. Dizem que é bem difícil passar lá, não sei se vou consegui.

— Não seja boba, aposto que seus desenhos são lindos.

— Gentileza sua. Tia em que a você trabalha?

— Sou assistente pessoal da senhora Grey, você irar conhece-la.

— Eu já a conheço, eu a vi hoje no trabalho de meu pai.

— Ela é um amor de pessoa, a melhor chefa que alguém pode ter na vida.

— Ela me pareceu mesmo uma boa pessoa.

— Ansiosa por primeiro dia de aula amanhã?

— Nem um pouco.

— Você vai se sair bem. Eu vou leva-la até lá já que seu pai sai super cedo. Podíamos depois almoçamos juntas que tal?

— Ok.

— Melhor a Nora ir dormir, amanhã tem aula bem cedo e não é muito legal chegar atrasada no seu primeiro dia de aula – Falou meu pai não tirando os olhos da televisão.

— Não se preocupe, Nora tem cara de ser responsável. Até amanhã então querida.

— Até amanhã. Boa noite para vocês.

— Boa noite filha.

— Boa noite querida.

Subi e tranquei a porta. Realmente se o meu primeiro dia nesta cidade foi assim, imagina um ano inteiro? Só hoje fiquei plantada, vi uma família complicada e um garoto mal educado, meu pai não sabe como lidar comigo e minha tia esta tentando assumir o papel de minha mãe. Acho que estou com muito medo só em pensar na escola amanhã.