Nova chance para o amor escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 2
Romeu Collins




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P.O.V. Romeu.

Era o meu primeiro dia e quando ela me viu veio me cumprimentar.

—Oi Romeu. Vai estudar aqui?

—Sim.

—Ótimo.

Notei que quando ela entrava nos locais a luz piscava. E ficava piscando até ela sair.

—Porque por onde você passa as luzes piscam?

—Não sou eu. É a Claudette.

—Como assim?

—Ela está em outra dimensão, a presença dela inverte os polos eletromagnéticos das lâmpadas e faz as luzes piscarem e ás vezes queimarem.

—E como você sabe disso?

—Eu sou boa com física e sou uma ávida estudante de ocultismo.

—É mesmo?

—É.

—Olha só a nerd arrumou um amiguinho. Se liga esquisita, você vai fazer meu dever de matemática e de física. É pra segunda.

—Não.

—O que?

—Eu não vou fazer. É o seu dever, não o meu. O meu eu já fiz.

—Você quer tomar uma surra nerd?

—Você deve ser Bobby Brown.

—Sou eu.

—Você não tocará nela seu covarde.

—Tu me chamou de que mauricinho?

—Covarde. Apenas homens covardes erguem a mão para uma dama.

—Arrumou um protetor, nerd?

—O meu nome é Amara Evans!

As lâmpadas explodiram.

—Que merda é essa?

—Você está ferida Amara?

—Não. Isso tá ficando fora de controle.

O senhor Brown foi atingido por vários estilhaços e ficou no chão sangrando. Até uma garota vestida de forma obscena gritar:

—Alguém chama uma ambulância.

Ela sacou um telefone celular e ligou para a emergência que rapidamente veio e socorreu o senhor Brown. Eu fui até o hospital, perguntei em que quarto ele estava e fui visitá-lo.

—O protetor da Nerd veio me visitar?

Eu tranquei a porta e fechei todas as cortinas.

—Você nunca mais vai machucá-las. Você vai morrer.

Nem dei a ele tempo para gritar enfiei os meus dentes em seu pescoço e suguei todo o sangue do corpo dele em sete segundos e meio. E para disfarçar gritei:

—Acudam! Acudam!

—O que aconteceu?

—Eu não sei, o aparelho começou a fazer esse barulho e apareceu essa linha.

—Ele morreu. 

—O que? Como?

—Eu não sei filho, mas o legista vai saber.

P.O.V. Doutor Morgan.

Eu nunca vi um corpo como este. E olha que eu tenho trezentos anos.

—E então doutor?

—A causa da morte é com certeza hemorragia. Entretanto, esse caso é diferente.

—Diferente como?

—Ele não tem nenhum pingo de sangue. Nada, perdeu todo o sangue que tinha o cadáver está completamente seco.

—Como?

—Eu não sei, mas o que mais me chamou a atenção foram os dois ferimentos no pescoço da vítima. Ele com certeza foi mordido por alguma coisa.

—Ataque de animal?

—Sim. Pode ter sido um morcego vampiro embora, eles não sejam naturais daqui, existem alguns vivendo nesse lugar.

—Um morcego vampiro?

—Sim.

—Não acha que um morcego vampiro conseguiria beber tanto sangue acha?

—Acho. Eles conseguem consumir o equivalente a dez litros de sangue por dia. 

—Um morcego fez isso?

—E um bem grande. Esse morcego com certeza é duma raça nova, eu nunca tinha visto ferimentos como esses, são enormes a única coisa com a qual eu posso comparar o tamanho dessas presas são caninos humanos.

—Caninos humanos Doutor?

—Sim. 

—Tá me dizendo que tem um vampiro á solta?

—Pra ser sincera com a senhora, eu nunca tinha visto nada igual a isso. Nunca tive conhecimento de nenhum animal capaz de fazer esse estrago, geralmente os bichos estraçalham a vítima, comem os órgãos ou coisa assim, mas nesse cadáver tá tudo no lugar. A única coisa que falta é o sangue. De resto tá tudo ai.

—Ele parece uma múmia.

—Ressecamento. Eu também nunca vi nada que fizesse isso.

—Acredita mesmo que foi um vampiro Henry?

—Eu não sei. Digamos que a causa da morte é inconclusiva. Não tem mais nada o que dizer.

—Acha que foi assassinato?

—Eu não sei. Pela primeira vez não posso te dar uma resposta.

P.O.V. Detetive Martinez.

Essa é a primeira vez que eu vejo o Henry intrigado. É a primeira vez que eu o vejo sem ter uma resposta e isso parece estar deixando ele louco.

—Precisa de alguma coisa?

—Preciso descobrir o que raios aconteceu com esse menino.

—Soube que tem uma testemunha. Um menino chamado Romeu Collins, ele estava lá quando a vítima faleceu.

—Então chamem-no e eu quero interrogá-lo.

—Você não é policial Henry.

—Posso ao menos estar lá?

—Claro.

O garoto veio e eu não pude acreditar nos meus olhos. Ele era... o filho do senhor e da senhora Collins. Era Bernard Collins, o Lorde herdeiro de Collinwood.

—Diga-me senhor Collins o que houve com o senhor Brown?

—Um bicho voador entrou pela janela, eu nunca vi nada parecido com aquela coisa. Ele começou a sobrevoar o senhor Brown e quando eu vi estava grudado no pescoço dele, eu tentei espantar o bicho, mas não consegui. Quando dei por mim o aparelho fazia um barulho estranho e havia apenas uma linha contínua. Imaginei que tivesse algo errado, que a criatura o tivesse infectado com alguma doença e seu corpo estivesse reagindo então, chamei a enfermeira e o bicho saiu voando antes dela chegar.

—E depois?

—A enfermeira constatou que o senhor Brown havia falecido. E levou o corpo.

—Pode descrever o animal que o atacou?

—Parecia um tipo de morcego, era enorme, preto nunca vi nada igual.

—E porque o morcego não atacou você?

—Eu não sei. Acho que ficou cheio.

—Ele foi direto até o senhor Brown?

—Foi. Creio que o cheiro do sangue o atraiu.

—O cheiro do sangue?

—O senhor Brown sofreu um acidente, uma lâmpada explodiu na escola e vários dos estilhaços o atingiram. É um milagre que tenha conseguido chegar ao hospital com vida.

—Alguém mais se feriu nesse acidente?

—Felizmente e estranhamente não. Ele foi o único.

—Como foi que a lâmpada explodiu?

—A senhora não acreditaria se eu contasse.

—Experimente.

—Foi o fantasma de Claudette Dupres, estava protegendo sua descendente que foi ameaçada pelo senhor Brown.

—Um fantasma? Espera que eu acredite que foi um fantasma que fez isso?

—Se a senhora encontrar alguma explicação lógica para a explosão daquela lâmpada te dou um saco com moedas de ouro.

—Então prepare as moedas.


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