Mandy Mellark (Hiatus) escrita por Paty Everllark


Capítulo 8
O Teste - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Oieeee galera, boa noite!!!

Quero dar boas vindas aos novos leitores, e mais uma vez agradecer ao pessoal lindo que tem deixado seus recadinhos e favoritações na Fic. Reforçando, VOCÊS SÃO INCRÍVEIS, e me incentivam a continuar a cada novo capítulo.

Boa leitura.



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— Não adianta insistir maninha, eu não vou fazer isso nem morta. – dava para sentir o sarcasmo na voz do meu irmão a quilômetros de distância quando me chamou de maninha.

— Mas a ideia que sua irmã teve é perfeita Fergie. Qual é o problema? – Rue questionou sem entender a reação de Finn diante de minha proposta.  

— Rue, Annie, vocês podem nos dar uma licencinha, eu e minha irmãzinha precisamos ir até o banheiro. – puxei Finnick pelo braço e o levei para o banheiro feminino que ficava a uns metros de onde estávamos. Assim que entramos no local, certifiquei-me se estávamos realmente sozinhos, em seguida me virei para meu irmão e perguntei: – Desembucha. Qual seu problema, Finnick? Você conhece a música, nós já cansamos de cantá-la para encerrar nossas apresentações.  

A ideia era simplesmente perfeita, nos apresentaríamos às quatro juntas. Como nós dois não dançávamos muito bem a apresentação se tornaria equilibrada.  Eu e ele interpretaríamos a primeira parte da canção que não nos exigiria uma grande performance de dança e nossas vozes por ser, digamos “peculiares” se encaixariam perfeitamente à melodia.  Rue e Annie que nos disseram serem eximias dançarinas dariam vida à segunda parte da música que era para lá de dançante, no entanto, minha queridíssima irmã resolveu não colaborar.

— Qual meu problema? Eu não acredito que você está me fazendo esta pergunta. The pussycat Dolls? E pior, Hush, Hush.  Tu só podes está de brincadeira. Peeta, é descer ladeira abaixo de vez! – Finn exclamou exaltado.

— Descer ladeira abaixo? Isso vindo de um carinha que deu um baita show dançando Umbrella só de cueca e sombrinha lilás no seu baile de formatura do ensino médio é simplesmente hilário. – gracejei.

— Ei! Eu estava super bêbado, não pode usar esse deslize do meu passado contra mim agora... Tente imaginar o que dona Effie diria se visse seus dois filhos homens vestidos desse jeito e dando uma de gazelas saltitantes naquele palco. – Finn deu ênfase à palavra homens. Com certeza minha mãe surtaria se nos visse daquela maneira.  E, mais uma vez meu irmão estava agindo de forma ajuizada e eu fazia justamente o contrário, tal situação se tornara rotineira desde que reencontrei Katniss.

— A mamãe não está aqui Finnick e se tudo der certo daqui algumas semanas a poeira assenta e poderemos voltar para casa sem nenhum arranhão. Entretanto, por hora, nós precisamos de um emprego que nos ajude a pagar nossas contas e que lugar melhor do que esse para fazermos isso? Ninguém nos procurará aqui. – ignorei o bom senso e continuei tentando convencê-lo a cantar conosco, permanecemos em silêncio por alguns minutos, depois Finn disse derrotado.   

—Tudo bem Peeta, mas, eu não vou rasgar meu vestido para revelar minhas pernas como a Annie sugeriu. É muita apelação, e eu não quero parecer uma garota vulgar.

— Finn? – tentei ponderar, nossas amigas disseram que nossas vestes eram comportadas demais para duas cantoras de boate.

— Sem chance Peeta, é pegar ou largar.

— Tá ok. Vamos contar para as meninas sobre nossa decisão.

Na saída do banheiro uma voz masculina ecoou pelo autofalante da boate comunicando que Katniss já se encontrava no estabelecimento e dentro de vinte minutos daria início as audições. Seguimos em direção aos nossos lugares, porém, no meio de trajeto demos de cara com alguns seguranças que não estavam ali antes. Fiquei completamente paralisado, os reconheci como sendo os mesmos que há algumas semanas estavam junto com Gale Hawthorne na mansão de Plutharch Haevensbee.

— Peeta...esses homens...

 – Acalme-se Finnick, por favor. – pelo sussurro apavorado que meu irmão exprimiu os reconheceu também, ele envolveu meu braço com força como se buscasse proteção – Apenas continue andando – orientei-o.

Os quatro seguranças que conversavam animadamente se calaram e começaram a nos encarar logo que se deram conta de nossa aproximação, a atitude deles nos deixou ainda mais apreensivos, no entanto continuamos o percurso de forma mecânica sob o olhar atento dos homens.

— Ei, você! – estaquei no lugar em que me encontrava ao ouvir a voz do Hawthorne às nossas costas. Um arrepio frio percorreu todo meu corpo. Finnick, apertou mais forte meu braço e eu fiquei sem reação, fechei os olhos e fiz uma breve oração pedindo ajuda aos céus. Tudo aconteceu muito rapidamente, no instante seguinte Gale colocou a mão em meu ombro esquerdo e me virou para si.   

— Eu não conheço você de algum lugar, princesa? – ouvi risadinhas masculinas a minha volta e enquanto abria os olhos era deliberadamente acariciado pelo entojadinho que se achava à minha frente e confundia meu braço com um corrimão de escada.

— Com certeza não – fitei-o emburrado e na sequência dei uma tapa em sua mão, após me desvencilhar dele puxei Finn e continuamos andando.

— Ei, ei! Calma aí princesinha... – novamente ele se colocou em meu caminho me obrigando a parar. Gale pegou uma mecha da minha peruca e enrolou-a entre os dedos, aproximou-se do meu rosto perigosamente e olhando diretamente para meus lábios perguntou usando um tom de voz um pouco manhoso demais para meu gosto: – Você sabe quem eu sou? 

— Não sei, e nem pretendo saber. Quer, por favor, nos deixar passar. – dei-lhe um leve empurrão, entretanto ele continuou me seguindo.

— Eu sou, Gale Hawthorne. Irmão da coreógrafa e sobrinho do dono deste lugar. – enfatizou – Posso saber qual seu nomezinho, linda?

— Não, não pode. – respondi curto e grosso, ele ficou inerte e de queixo caído no meio do salão, nada satisfeito com o fora que acabara de levar, os quatro brutamontes que o cercavam começaram a rir e caçoar dele.  

— Você ainda vai ser minha loirinha. – gritou.

— Vai sonhando seu mané. – rebati.

Cheguei ao nosso destino ofegante, não acreditando no que acabara de me acontecer. Ainda indignado, me servi de um copo de água mineral que se encontrava sobre a mesa. 

— Meninas o que aconteceu?— Annie e Rue perguntaram juntas.

— Não foi nada garotas, apenas encontramos um empecilho gigantesco pelo caminho. – as duas se entreolharam sem entender muita coisa, depois voltaram sua atenção para o palco onde Johanna batia palmas chamando atenção dos presentes no recinto.   

— O que foi? – interroguei a Finnick que me olhava de um jeito esquisito.

— Eu não acredito que minha irmãzinha mais velha acabou de receber uma cantada barata do Gale Hawthorne. – Finnick disse num sussurro ao mesmo tempo em que tentava conter os risos, no entanto, falhando miseravelmente.

— Cala a boca! – dei-lhe uma cotovelada ouvindo um resmungo contrariado vindo de sua parte.

— Desculpa aí princesinha— debochou mais uma vez.

— Meninas! Eu preciso de um minutinho da atenção de vocês. – Mason disse ao microfone, como num passe de mágica todas as meninas que estavam no salão fizeram silêncio. – Garotas, primeiro quero pedir desculpas a vocês pela demora em atendê-las, e dizer que é um prazer tê-las todas aqui independente do resultado do teste.  Agora eu quero chamar aqui no palco nossa nova coreógrafa, Katniss Everdeen.

Calça jeans escura, blusa social, e salto quinze, só para variar. Ela estava linda! Meu coração quase saiu pela boca quando a morena subiu ao palco. Uma salva de palmas fez-se ouvir pelo espaço e eu prontamente dei minha contribuição um pouco acalorada demais, Finn me olhou de soslaio intrigado com minha reação diante dela, para dizer a verdade até eu mesmo estava intrigado.

Katniss nos explicou como seriam realizadas as audições, a quantidade de cantoras que pretendia contratar. Dez ao todo, e quais os critérios levaria em conta na hora da escolha final.  Afinação, ritmo e presença de palco.  Notei que ao tocar no assunto critérios, três meninas saíram de fininho da boate.  Dadas às instruções e feita a apresentação da banda tributus, ela se dirigiu a uma cadeira de frente ao palco e se sentou. Ao lado dela já se encontrava Joh e o babaca do Hawthorne.  Observando-a agir, me peguei pensando. Por que uma garota tão desenvolta e profissional como ela estava garimpando uma vaga de atriz na Lerner com tanto afinco há algumas semanas?  

                              (...)

As primeiras cinco meninas que se apresentaram foram uma comédia no palco. Pela cara que Joh e Katniss estavam fazendo dava para perceber que elas odiaram. As cinco foram dispensadas com sutileza pela coreógrafa. Qualquer coisa entro em contato com vocês através do telefone deixado na ficha de inscrição. Foi o que ela disse ao dispensa-las.

 A sexta menina a se apresentar, Glimmer Rambin, era o nome dela. Apresentou-se de forma impecável. Afinação, ritmo e presença de palco a garota tinha de sobra, e além do mais a loira era extremamente sexy e a escolha da canção Crasy in Love, da Beyoncé ajudou bastante no seu desempenho.  Johanna pediu que ela se posicionasse ao seu lado direito após um cochicho rápido com a Everdeen. Ficou claro que ela fora escolhida. Mais cinco garotas tiveram o mesmo destino. Enobaria Golding, Katie Holmes, Verônica Vasquez, Clove Ruiz e Donna Ashley. Isso nos deixou nervosos já que só teriam mais cinco vagas e nós estávamos em quatro e metade das garotas ainda não haviam se apresentado.  

Como Rue havia previsto, lá pelas tantas, todos já se achavam cansados inclusive Katniss e Johanna. O salão já quase vazio revelava que as duas eram muito exigentes, e que a maioria das garotas não se deram bem na audição aumentando e muito nossas chances de sermos contratados.   

— Meninas, não teremos a menor chance de passar neste teste.   – Annie disse desanimada, Rue assentiu. Só faltavam mais seis meninas antes de nós, e pela fisionomia da Everdeen e da Mason, elas não estavam nada satisfeitas com o saldo do dia. Joh nos dissera anteriormente que não facilitaria nada para Finnick e eu por sermos seus amigos e que seria imparcial na hora de fazer suas escolhas. Eu também já começava a ficar desanimado quando Finn me surpreendeu.

— Qual é, que desanimo é esse, gurias?  Já temos um não garantido, então só nos resta batalhar por um sim. Eu não sei vocês, mas estou decidida a batalhar por um sim. – ele nos olhou com um sorrisinho no canto dos lábios e colocou a mão direita sobre a mesa. Nós três nos entreolhamos e repetimos seu gesto colocando nossas mãos uma encima da outra.

— Ai, meninas que emoção! Estamos parecendo As Quatro Mosqueteiras. – Annie disse animada.   

Então só nos resta proclamar. – Foi a resposta de meu irmão.

Uma por todas, e todas por uma. – dissemos os quatro juntos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.

Boa semana a todos, e deixem seus recadinhos, adorarei saber o que estão achando até aqui.

Bjs.



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